ARTIGO CIENTÍFICO - Secretaria de Estado da Educação

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eflexão de Richards (1998), Gimenez (2002), DCES/SEED (2006), que antes estavam apenas no papel por serem considerados utópicos ou de difícil viabilização. O crescente interesse pelas Línguas Modernas, enquanto disciplina escolar, firmou-se exatamente no momento em que a educação deixou de ser um monopólio dos ricos e veio a ser considerada essencial para ascensão social e para comunicação global. Assim sendo, faz-se necessário desenvolver estratégias de ensino que incentivem o aprendiz da língua estrangeira a aprender e romper o círculo vicioso no qual o processo de ensino-aprendizagem da mesma encontra-se inserido (Meurer, 2000). O aluno deve ser instigado pelo professor a buscar respostas e soluções para seus questionamentos, necessidades e anseios relativos à aprendizagem, em consonância com os princípios educacionais, propostos pelas Diretrizes Curriculares para a Língua Estrangeira Moderna, (DCES/SEED, 2006), uma vez que essas diretrizes estabelecem que o aluno deve ser capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita; vivenciar, na aula da LEM a possibilidade de estabelecer relações entre ações individuais ou coletivas; ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade. Para tanto,o educador deve privilegiar uma linguagem que favoreça a comunicação dos aprendizes com o contexto social em que vivem, possibilitando uma interação mais efetiva com a língua estrangeira. Costa (1987, p. 67) considera que: A mediação do professor é fundamental em todo percurso de aprendizagem que abrange ainda o desenvolvimento e o aprimoramento de atitudes. Coloca-se a necessidade de intervenção do professor em relação às orientações sobre como organizar e lidar com o material de estudo, como desenvolver atitudes de pesquisa e reflexão sobre as descobertas, para promover a autonomia do aluno, sem a qual se torna mais difícil garantir avanços. No entanto, é inegável o fato que na escola pública a disciplina de inglês não é valorizada. O currículo escolar não privilegia essa disciplina, a carga horária da mesma é reduzida se comparada às outras disciplinas e o aluno não é reprovado nessa disciplina. Como resultado, o próprio aluno não valoriza o inglês, mesmo sabendo que esse idioma é o instrumento de comunicação no mundo globalizado e dos avanços tecnológicos dos tempos modernos. No contexto geral, as aulas de inglês são marcadas pela indisciplina, o que gera um stress para o professor. Além disso, é difícil para o professor trabalhar a língua inglesa com o número elevado de alunos existente nas salas de aula, tornando-se inviável o uso de 4
metodologias diferenciadas, que muito contribuem para a motivação do aluno na sala de aula. Quanto ao fator motivacional, torna-se importante ressaltar que o aprendizado da língua estrangeira está interligado com a motivação do aluno em aprender. Estudos realizados por diversos autores demonstram isso. Dentre eles, vale ressaltar a teoria de Krashen (1987). Segundo ele, o aprendizado da língua estrangeira deve ocorrer de forma natural, não deve ser memorizada, mas adquirida de forma gradual, em situações reais de comunicação. Estabelece, também, a hipótese do filtro afetivo, em que enfatiza que a autoconfiança, motivação e baixa ansiedade constituem-se para os alunos em elementos facilitadores no processo de aquisição da língua estrangeira. Dentro deste contexto, a proposta de intervenção na escola prevista pelo Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, teve como foco central a utilização de práticas metodológicas diferenciadas na sala de aula. Como em uma sala de aula convencional seria inviável a aplicação dessa proposta tendo em vista as dificuldades existentes, a mesma foi aplicada em contra turno aos alunos interessados em participar do projeto. Dessa forma, o projeto foi desenvolvido com um grupo de alunos da 1ª série do Ensino Médio, no Colégio Estadual Dr. Sebastião Paraná, em Wenceslau Braz, no contra-turno, com carga horária semanal de três horas semanais, durante o ano letivo de 2008. O projeto iniciou com 15 participantes, no entanto houve algumas desistências por motivos socioeconômicos, uma vez que alguns alunos, apesar do interesse, tiveram problemas em custear o transporte até escola em horários diferentes do habitual. Desta forma, participaram, efetivamente do projeto 10 alunos, com faixa etária entre 14-17 anos. Importante destacar, que durante a aplicação do projeto aproximadamente 15 alunos do 2ª e 3ª série do Ensino Médio da escola mostraram interesse em ingressar no projeto. A abordagem comunicativa norteou a prática de sala de aula. Foram utilizados recursos metodológicos que elevaram o fator motivacional dos alunos. Os alunos participaram de atividades, que até então, não foram utilizadas na disciplina em questão, tendo em vista as dificuldades já apresentadas anteriormente. Além disso, as atividades utilizadas durante a aplicação do projeto de intervenção envolveram os alunos durante toda a realização do mesmo. As atividades propostas permitiram o envolvimento total do aluno no processo de 5
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