ARTIGO CIENTÍFICO - Secretaria de Estado da Educação

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Desnecessário mencionar que os objetivos das aulas de inglês da escola regular, pública ou privada, são diferentes dos objetivos dos institutos de idiomas. A escola regular preocupa-se, além dos conteúdos lingüísticos, com a formação do ser humano para cidadania. Já a escola de idiomas visa a melhoria das habilidades lingüísticas dos alunos. No entanto, face aos problemas socioecônomicos da grande maioria da população brasileira faz-se necessário criar oportunidades aos alunos da escola pública, que em sua quase totalidade não podem freqüentar escolas de idiomas, mas tem interesse no aprendizado da língua inglesa, especialmente na comunicação oral. Assim, iniciativas como o projeto de intervenção implementado no ano de 2008 devem ser estimulados, não devem ser implementados temporariamente, como parte de um programa específico, com carga horária predefinida, como é o caso do projeto de intervenção proposto pelo Programa de Desenvolvimento da Educação – PDE. Acredita-se que o desenvolvimento de projetos como esse devem ser uma constante na prática escolar. Sugere-se que as políticas governamentais instituam nas escolas projetos permanentes para os alunos interessados em terem aulas de línguas estrangeiras modernas em contra turno nas escolas da rede pública de ensino. Algumas escolas da rede pública propiciam o ensino das línguas estrangeiras modernas na própria escola, em horários diferentes das aulas regulares, através do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas - CELEM. No entanto, essa prática não funciona em todas as escolas, tendo em vista problemas de falta de pessoal capacitado e espaço físico adequado. Assim, existe a necessidade de maiores investimentos nesse setor. Importante, ainda, destacar, que o ensino da língua estrangeira deve se desprender dos métodos convencionais de ensino, onde o aluno não tem autonomia para participar ativamente das atividades. As observações realizadas e os resultados obtidos durante a aplicação do projeto de intervenção permite-nos afirmar que o envolvimento do aluno na construção do seu conhecimento é altamente benéfica para ele e gratificante para o professor, desvinculando o processo de ensino- aprendizagem da língua estrangeira da frustração tradicionalmente gerada para os alunos e professores. 4. REFERÊNCIAS 8
ALMEIDA FILHO, José Carlos P. de. Dimensões comunicativas no Ensino de Línguas. Campinas: Pontes Editores, 1993. ALMEIDA FILHO, José Carlos P. de. O professor de Língua Estrangeira em formação. Campinas: Pontes Editores, 2005. ALMEIDA, Patricia. O ensino/aprendizagem – prazerosos – de língua estrangeira na rede pública. In Anais do Congresso Latino-Americano sobre Formação de Professores de Línguas, 2007. Disponível no site: , acesso em 24/11/2008. COSTA, D. M. Porque ensinar língua estrangeira na escola de 1º grau. São Paulo: EPU/EDUC, 1987. GIMENEZ, T. (Org). Trajetórias na formação de professores de línguas. Londrina: EDUEL, 2002. KRASHEN, Stephen D. Principles and Practice in Second Language Acquisition. Prentice-Hall International, 1987. KRASHEN, Stephen D. Second Language Acquisition and Second Language Learning. Prentice-Hall International, 1988. MEURER, José Luiz. O conhecimento de gêneros textuais e a formação do profissional da linguagem. In Aspectos da Lingüística Aplicada. Florianópolis: Insular, 2000. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Orientações Curriculares para o Ensino Médio – Linguagens , Códigos e suas Tecnologias, Conhecimento de Línguas Estrangeiras. Brasilia: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. 2008. 9
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