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ynari a menina - Cielli

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Universidade Estadual de Maringá – UEM<br />

Maringá-PR, 9, 10 e 11 de junho de 2010 – ANAIS - ISSN 2177-6350<br />

_________________________________________________________________________________________________________<br />

Percebemos ao ler as lendas e contos africanos que os mesmos não estão<br />

vinculados a um povo, por exemplo, Brás (2001) ao situar a Lenda A Viúva Velha em<br />

Angola, lembra que muitas lendas possuem inúmeras versões, e que esta encontrará em<br />

outros grupos tribais e em países vizinhos outras interpretações. Esta afirmativa de Brás<br />

reforça, como característica da lenda, a idéia de não pertencimento a um único povo.<br />

Montiel(1999), africanista mexicana, lembra que “muitos contos são restos de<br />

mitos”, dentro deste pensamento, encontraremos uma proximidade ainda maior entre os<br />

contos, mitos e lendas e a dificuldade que temos em dissociá-los. Montiel (ibidem)<br />

lembra que a oralidade apresenta, no caso dos contos, uma linguagem codificada. O<br />

conto chega até nós com esta linguagem (codificada), em sua maioria, trazendo uma<br />

mensagem implícita, que cabe ao leitor decifrar.<br />

O conto popular se aproxima do receptor pelas características orais que<br />

apresenta, uma vez que utiliza linguagem ligada ao dia a dia, e ao mesmo tempo se<br />

afasta da realidade deste pelo seu caráter fantasioso.<br />

Na busca de identificar este gênero foi feito um grande percurso. Percebemos<br />

que alguns textos classificados como lendas num livro, aparecem em outro como contos<br />

populares.<br />

Diante destes desencontros nas definições relacionadas às Lendas e Contos<br />

populares, nós não nos prenderemos aqui a nomenclatura, mas ao caráter oral e seus<br />

desdobramentos: caráter fantasioso, imaginário, linguagem codificada, oralidade.<br />

Observaremos também no desenrolar deste estudo, alguns aspectos encontrados<br />

em Nunes (2009) que aponta para características dos contos. Dentre eles ressaltamos:<br />

• Uns contos apresentam “estrutura definida no conto arquetipal:” Situação Inicial<br />

(SI) de equilíbrio, que é perturbada pelo aparecimento de um acontecimento<br />

desestabilizador, e, retorna novamente ao equilíbrio, Situação Final (SF).<br />

• Outros, ao contrário, apresentam uma relação de inversão entre a SI e a SF.<br />

• Existe também os que apresentam uma estrutura complexa, que se caracterizam<br />

pela presença de narrativas encadeadas, em que cada uma tem uma SI e uma<br />

SF.

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