CINTHYA MARIA DOS SANTOS SALUMONI - UCDB
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ensino é um constante movimento do todo para as partes, das partes entre si e destas<br />
para o todo, afirmam os autores. O papel do professor se define como mediador entre o<br />
aluno e o conhecimento histórico. Essa metodologia pressupõe uma ação interativa no<br />
ensino. Torna-se imprescindível para essa orientação metodológica apontar para a<br />
História como práxis, sempre relacionando-a com o materialismo dialético. Propõe-se<br />
desenvolver pressupostos metodológicos de um materialismo histórico renovado,<br />
deixando abertas as possibilidades de partir de várias temáticas. O conteúdo deve ser<br />
particularizado, estudado com profundidade.<br />
Com efeito propomos não mais um programa que privilegie a organização<br />
dos conteúdos respeitando a evolução natural dos acontecimentos de acordo<br />
com a tradição francesa do mundo ocidental; nem a periodização marxista<br />
dos modos de produção; nem o ecletismo subjacente ao currículo base de<br />
1991, que na tentativa de inovar caiu na armadilha do presentismo, não superando<br />
nem mesmo a divisão seqüencial dos fatos, [...] (HORN & GERMINA-<br />
RI, 2006, p. 109).<br />
Nessa perspectiva, a abordagem temática nos PCNs é analisada por Cerri<br />
(2004) como reconhecimento da impossibilidade de abordar, no Ensino Médio, toda a<br />
história, dificuldade há muito tempo apontada pelos professores do Ensino Médio. Os<br />
PCNEM propõem usar uma abordagem diferente da cronológica no ensino médio. Horn<br />
& Germinari (2006) afirmam que o currículo também estabeleceu uma confusão ao<br />
permitir o enfoque do tempo de maneira diversificada; o que deve fundamentar o ensino<br />
da História não é o tempo em si, mas o processo e a ação do homem. Esta é uma forma<br />
de olhar o passado como parte do presente em ação. A metodologia utilizada permitirá a<br />
dialetização de conteúdos em vários tempos. Os autores citam como exemplo o tema<br />
escravidão, que pode ser tratado dentro do contexto da Grécia e levado e comparado<br />
com outras épocas e países em que ainda existe escravidão. É preciso enfatizar as<br />
culturas e as lutas sociais no ensino de História, evitando o reducionismo marxista.<br />
Devemos questionar a perspectiva que concebe os homens como vítimas das forças<br />
materiais. Não se deve perder a possibilidade de resgatar as experiências dos grupos<br />
sociais menos privilegiados através de aspectos relacionados aos seus antigos costumes,<br />
festas, manifestações familiares, entre outros.<br />
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