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CINTHYA MARIA DOS SANTOS SALUMONI - UCDB

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Criar alternativas para o desenvolvimento da sociedade é urgente. Escutar<br />

culturas silenciadas em nossa história é indispensável. Encontrar trilhas apagadas<br />

pela imposição de uma lógica única é fundamental. Fazer emergir as<br />

perspectivas abandonadas é essencial para refazer a vida... O presente tem as<br />

marcas do passado que, mesmo sendo imperceptíveis, precisam ser (re) interpretadas<br />

como sinais de possibilidade de luta e de transformação (ESTE-<br />

BAN, 2002, p. 17).<br />

Muitas vezes as ações avaliativas contribuem para a perpetuação de uma<br />

escola elitista e autoritária. As reprovações maciças nos vestibulares não contribuíram<br />

em nada para a evidente necessidade de melhorias no Ensino Médio. A pedagogia do<br />

medo ainda está presente em muitas escolas.<br />

O/a professor/a de História que embasa sua ação pedagógica na abordagem<br />

positivista de avaliação promove a exclusão, com base em provas que privilegiam<br />

nomes de heróis, inúmeras datas, questões que exigem memorização e não o<br />

entendimento, transformando a História em uma ciência estática e inútil, além de<br />

enfadonha para milhares de adolescentes e crianças. Conforme Esteban (2002), a<br />

abordagem quantitativa rompe com a humanidade do processo de ensino e<br />

aprendizagem e apenas ensina o aluno a se adaptar à sociedade. A História que<br />

reconhece somente a importância de heróis e generais se desvincula da luta por<br />

igualdade, da busca por formar alunos/as transformadores, pois desta forma os incentiva<br />

ao conformismo de ficar esperando por alguém que venha solucionar os seus problemas.<br />

Segundo Guarinello (2004, p. 27), “é passado, mas só existe no presente, influencia, ou<br />

mesmo domina nossas vidas, mas só existe se for acolhido, aceito, reproduzido e<br />

transmitido para o futuro”.<br />

A abordagem marxista trouxe para o Brasil uma inovação muito importante<br />

para o entendimento da História, que é a dialética. Essa corrente de pensadores<br />

introduziu principalmente na escola pública brasileira uma visão de conteúdo<br />

comprometida com a linguagem dos sindicatos e dos movimentos populares de luta. Se<br />

o/a professor/a não trabalha corretamente os conceitos básicos para entender a visão da<br />

História através dos modos de produção, torna o conteúdo incompreensível para o/a<br />

aluno/a. Segundo Luckesi (2003), quando o/a professor/a adota determinada opção<br />

metodológica, jamais pode inserir questões em sua avaliação que não sigam a mesma<br />

orientação de aulas. Se o professor/a não observa, isto torna impossível ao educando<br />

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