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Obra Completa

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Ainda esperando<br />

A votação do convénio na camara<br />

dos deputados não vincou no<br />

nosso espirito uma extranha surpresa.<br />

Nnnca esperámos que a<br />

maioria de torpes subservientes<br />

que defendeu sempre, com a razão<br />

do seu numero, as violências do<br />

governo n'esta questão nacional,<br />

condemnasse n'uma altaneira revolta<br />

de consciência, essa traição<br />

infame de que as camarilhas arraçoadas<br />

se vangloriam.<br />

Esse resultado era previsto.<br />

Mas o que sempre esperamos, e o<br />

que ainda insistimos em proclamar,<br />

é que o país saberia oppôr o seu<br />

é á realisação do convénio infamante<br />

que lhe leva, com as ultimas<br />

migalhas, os derradeiros títulos<br />

de honra e de pundonor.<br />

Enganamo-nos? Este silencio,<br />

esta mudez, esta apathia, não é,<br />

como julgavamos, uma concentração<br />

de elementos, o formar da tempestade,<br />

mas antes, e só, o symptoma<br />

flagrante e triste de uma decomposição<br />

adeantada?<br />

Talvez.<br />

Ultimado o espectáculo indigno<br />

com que se precedeu a sancção<br />

do convénio na camara baixa, com<br />

rasgos theatraes de uns Vautrins<br />

rebuçando-se na túnica solemne de<br />

Catão e affirmações cynicas de patriotismo,<br />

pouco resta para que o<br />

país caía finalmente nas mãos do<br />

extranjeiro sem esperanças de um<br />

dia de libertação.<br />

A camara dos pares, como a<br />

dos deputados, ha de sanccionar a<br />

obra do governo.<br />

A scena das retaliações partidárias,<br />

para ingle\ vêr, repetir-seha,<br />

com o largo estalar das phrases<br />

sonoras e as citações inflammadas<br />

da revolução franceza, e<br />

dentro em poucos dias tudo cairá<br />

numa pesada calmaria.<br />

E o país?<br />

Então, decididamente, chegou o<br />

momento de conclamar o finis patrice,<br />

remettendo-nos para a historia<br />

com a grilheta da nossa cobardia<br />

e o stigma indelevel de uma<br />

morte indecorosa?<br />

A interferencia do povo não a<br />

pedimos nós, com as nossas incitações<br />

que não são um crime mas<br />

um alto e nobre dever.<br />

Tornou-a necessaria a affirmativa<br />

impudente, a cynica provocação<br />

do chefe do governo, quando<br />

diz, e repete malevolamente, que o<br />

país acceita o convénio como recurso<br />

necessário e excellente.<br />

Proteslaram, em representações<br />

dirigidas ao parlamento, as mais<br />

importantes collectividades da industria<br />

e do commercio; affirmaram<br />

o seu desaccordo com essa<br />

(i5) Folhetim da "RESISTENCIA,<br />

MAXIME RUDE<br />

UMA VÍCTIMA<br />

DO<br />

CONVENTO<br />

VII<br />

—Não, coronel, respondeu Argouges,<br />

que pareceu despertar á voz de<br />

Roland.<br />

—E' que, diabos me levem se o<br />

passeio desta manhã não parece te-lo<br />

fatigado mais que a Mademoiselle<br />

Croisy.<br />

Acabavam de tocar para o jantar.<br />

Hermínia entrava na sala do jantar<br />

com Alice-, ouvira tudo.<br />

— Ah! coronel, gostava de o ver no<br />

lugar de Argouges!<br />

—E eu também, minha senhora,<br />

respondeu galantemente o coronel.<br />

—Não creia em tal, replicou Hermínia.<br />

Com a sua impaciência... militar,<br />

cançava-se depressa com a<br />

vigilancia, a cautella, os cuidados, que<br />

necessita, quem começa, apezar de<br />

medida avexante os jornaes que<br />

se não jungiram a torpes compromissos<br />

; a armada e o exercito, mau<br />

grado todos os desmentidos e repressões,<br />

lavrou surdamente o seif<br />

protesto digno; homens cujo nome<br />

refulge n'um nimbo de heroísmos,<br />

reclamam que a Patria não soffra<br />

o attentado d'essa venda assim torpe;<br />

a mocidade affirma nos gritos<br />

alvoraçados da sua alma generosa,<br />

a intenção de votar-se aos maiores<br />

sacrifícios; e apezar de tudo isto,<br />

que é patente e de fulminante contradição,<br />

apezar dos receios evidentes<br />

e das pavorosas calculadas,<br />

o governo affirma que o país está<br />

sereno e de bom grado acceita a<br />

sua obra!<br />

Quem é que provoca? Quem é<br />

que incita?<br />

Esgotados todos os recursos<br />

que a lei, tantas vezes despresada,<br />

offerece, que resta ao país para demonstrar<br />

ao governo que condemna<br />

decisivamente a sua infamante<br />

traição?<br />

Não somos, portanto, nós os<br />

incitadores. E se apezar dessas<br />

affirmativas do governo o país continuar<br />

na' mansa indifferença com<br />

que tem chancellado todos os attentados<br />

do regimen, apressando a<br />

sua própria e vergonhosa dissolução,<br />

então nada mais resta fazer,<br />

porque se terá demonstrado que é<br />

inexorável a sua condemnação.<br />

Carta de Lisboa<br />

d».A.t>ril.<br />

Parece termos chegado a um período<br />

de acontecimentos. A denuncia, vinda<br />

por certa imprensa, duma manifes<br />

táção da armada contra o convénio e<br />

contra a administração portuguêsa, tal<br />

como se tem exercido até hoje, provo<br />

cou um interesse que em cousas políticas<br />

já se não via ha "muito em terra<br />

portuguêsa. Com effeito, o facto é de<br />

molde a fasêr suppôr que alguma cousa<br />

se deve pensar nésta desgraçada nação.<br />

Foi realmente assignada a representação<br />

a que se referem as declarações<br />

das gazetas ?<br />

Foi, — ellas o dizem — pormenorisando<br />

que o numero de signatarios ascende<br />

a 200.<br />

Tal representação não é uma representação.<br />

E' positivamente um pronunciamento—<br />

sabido que os militares não<br />

podem, segundo a lei, fazer manifestações<br />

collectivas.<br />

' E' um pronunciamento com uma<br />

formula nova — mas é um verdadeiro<br />

pronunciamento.<br />

Evidentemente, nós não podemos<br />

nem devemos suppôr que os officiaes,<br />

que se diz terem compromettido a sua<br />

assignatura, a tenham retirado.<br />

Souberam o que fizeram quando<br />

assignaram. Hão de honrar o seu compromisso;<br />

hãode realisar o seu propósito.<br />

Pensar o contrario seria injuria-los<br />

gravemente.<br />

Alice me ter apresentado como hábil e<br />

valente.<br />

—A senhora exaggera as dificuldades,<br />

disse Argouges, a tarefa que<br />

minha prima me impoz foi fácil. De<br />

mais deve conhecer já o bom humor<br />

de Lambrune para não extranhar um<br />

gracejo...<br />

—Sem consequências, meu Deus!<br />

accrescentou, com uma ironia doce, o<br />

coronel, que tinha notado o tom um<br />

pouco enfadado de Argouges.<br />

O serão terminou cedo, com o pretexto<br />

de que Mademoiselle Croizy devia<br />

sentir-se fatigada. Quaes eram, em<br />

summa, as disposições de Hermínia?<br />

Na vespera, não passava dum coquette<br />

por instincto e por calculo, com<br />

sêde de liberdade, e da elegância da<br />

vida, e querendo, a todo o custo, fugir<br />

do convento, sem conhecer o retrato<br />

exacto de quem havia de ser o seu salvador.<br />

Mas, desde pela manhã, revellára<br />

se nella a mulher; também ella<br />

experimentara o sobresalto dos nervos,<br />

os saltos do peito, e as titillações da<br />

carne, naquêlles contactos do passeio a<br />

cavallo, repetidos, sobre tudo no fim,<br />

por Emmanuel; a principio ficára admirada,<br />

depois, apezar dos esforços que<br />

fizera para corresponder á alegria de<br />

Alice, sossobrára. Innocente na sua<br />

vida de collegial revoltada, e absoluta<br />

mente virgem de sentidos, Mademoi-<br />

RESISTENCIA — Quinta-feira, 1 de Maio de 1902<br />

O pronunciamento faz se, pois.<br />

E como o recebe o rei ?<br />

Attende-o, desembaraçando-se de<br />

partidos que tem levado o país á po<br />

breza, á mizeria e á infamia?<br />

A vida portuguêsa tem entrado<br />

numa nova phase.<br />

Mas o rei, que tem dado toda a confiança<br />

aos partidos chamados de rotação,<br />

o rei, que se tem interessado pelo<br />

convénio a ponto de escrever cartas a<br />

Eduardo VII e ao imperador da Allemariha<br />

— o rei, fará rea'mente caso do<br />

que lhe dizem aquelles que, tendo o<br />

especial dever de defender a Patria,<br />

procuram defende la realmente?!<br />

E' licito suppôr que não.<br />

E o que succede na hypothese ?<br />

Ficam de braços crusados aquelles<br />

que julgaram dever impôr-se ?...<br />

Seria ainda injuria pensa-lo.<br />

Desta fórma, toda a gente tem di<br />

reito a prevêr graves acontecimentos.<br />

Comprehende-se, mede se toda a gravidade<br />

de momento — gravidade que o<br />

proprio governo denunciou. Desde muitos<br />

annos, é a primeira vez que publicamente<br />

se annuncia que a força armada<br />

se dispõe a intervir r.os negocios<br />

públicos. Ha, pois, uma grande e justificada<br />

anciedade. Chegamos a um<br />

período de consciência. Vê se que chegou<br />

a hora duma Patria se afundar<br />

para sempre ou se levantar. Afundarse-ha<br />

ou levantar-se-ha ?... Não o sei.<br />

Mas sei que é o dever de todos não<br />

se pouparem em tal instante aos mais<br />

urgentes sacrifícios. Pedem se mais<br />

que sacrifícios. Exigem-se audacias que<br />

venham estimular energias latentes.<br />

Rainha Santa<br />

F. B.<br />

Afim de angariarem donativos para<br />

a realisação da festividade da Rainha<br />

Santa, nesta cidade, a mêsa da Real<br />

confraria dirigiu cartas a grande número<br />

de pessoas de Coimbra e outras<br />

localidades, ped.ndo-lhes coadjuvação<br />

para bem se desempenhar da sua tarefa.<br />

As festas da Rainha Santa costumam<br />

chamar enorme concorrência de<br />

forasteiros a esta cidade, o que é um<br />

bem para o commércio, que realisa durante<br />

êsses dias bastantes transacções.<br />

Bico systema Auer<br />

Mudou provisoriamente aléjunlio para<br />

o 1.° andar da mesma casa da rua Visconde<br />

da Luz, sendo a entrada pela rua<br />

Corpo de Deus n.° õ.<br />

Por bem fazer...<br />

Foi depositada nesta redacção, por<br />

David da Cruz Papo e Álvaro Netto,<br />

uma mala de couro, que um académico<br />

lhe deu na terça feira á noite na<br />

estação nova, afim de lh'a levar para o<br />

seu domicílio, o que elles não poderam<br />

fazer por o académico não morar na<br />

rua e número indicado, ou por não terem<br />

tomado bem conta na direcção que<br />

lhes foi dada.<br />

Indo o Papo e o Netto á esquadra<br />

da Alta, para allí deixarem a mala depositada,<br />

o guarda 23 e mais outro que<br />

lá se encontrava, insultai am e ameaçaram<br />

os dois, segundo elles dizem, declarando<br />

lhes que não acceitavam a<br />

mala, que lh'a esfarrapavam na cara,<br />

selle de Croisy sabia todavia, naquêlle<br />

momento, que Argouges^ era o seu<br />

pensamento e o seu coração.<br />

Seria possível? Elle era o noivo de<br />

Alice, e ella sabia... Emmanuel e<br />

Mademoiselle de Villy deviam amar se<br />

seriamente...<br />

Mas, então porque era que Alice<br />

não tinha no sangue a febre que começava<br />

a consumir o delia? Porque é que<br />

Emmanuel, quando olhava para ella,<br />

não tinha a chamma que lhe ardia nos<br />

olhos, quando os levantava para Hermínia?<br />

Quando fallava, só para Mademoiselle<br />

de Croisy tinha a voz inquieta,<br />

que parece partir-se por instantes.<br />

Não se teriam enganado Mademoiselle<br />

de Villy e Argouges sobre o valor dum<br />

sentimento reciproco, que^ não seria<br />

talvez mais que uma affeição de prima<br />

pelo primo? Afinal Emmanuel era livre;<br />

não tinha satisfações a dar a ninguém,<br />

não estava prezo por juramento algum.<br />

Quanto a Alice, não tinha ella o direito<br />

de esperar tudo, pela alta situação em<br />

que se encontrava, até mesmo um marido<br />

mais reconhecido e mais submisso.<br />

Tal era o raciocínio com que Hermínia<br />

se comprazia »absolver a sua<br />

falta. Voltava a elle sempre, desde que<br />

reflectia no seu quarto silencioso, e<br />

encontrava o irrefutável.<br />

{Continúa),<br />

por ser dum estudante, etc., etc., por<br />

causa da academia já não se deitavam<br />

ha duas noites.<br />

Ora semelhante procedimento é tu<br />

do, menos correcto e próprio de agentes<br />

da auctoridade.<br />

Se os dois têem ficado com a mala,<br />

eram prezos e alcunhados de ladrões;<br />

levam-na honradamente á esquadra por<br />

não saberem onde reside o dono, e<br />

lá sam recebidos com ameaças e insultos<br />

I<br />

Bonito prémio á honradez do Papo<br />

e do Netto, não tem dúvida.<br />

E vá lá um homem ser honrado<br />

com taes policias.<br />

A mala que, como dissemos, se encontra<br />

depositada nesta redacção, será<br />

entregue ao académico que provar pertencer-lhe.<br />

Depois de composta esta noticia appareceu<br />

o domno da mala, o académico<br />

sr. Amadeu Mapteiro, a quem foi<br />

já entregue.<br />

A' caça da Hydra<br />

Este lendário bichano foi na terçafeira<br />

á noite procurado com grande m<br />

sistencia pela policia, coadjuvada por<br />

infanteria e cavallaria.<br />

Antes da chegada do comboio da<br />

noite, de Lisboa, onde haviam de vir<br />

bastantes quintanistas, a policia embuscou<br />

se n'uma azinhaga que ha ao<br />

fundo da rua da Moeda, a infanteria<br />

tomou posições na Avenida e a cavallaria<br />

estacionou nas immediações da<br />

estação.<br />

Ós quintanistas chegáram, retiraram-se<br />

para suas casas, e se traziam a<br />

Hydra, esconderam n'a e levaram-n'a<br />

para a Alta, não sendo descoberta pelo<br />

faro policial, por mais que os subordi<br />

nados do sr. Ferrão, e elle próprio, mettessem<br />

o narís em toda a parte.<br />

Muito pãosinha nos saiu a policia<br />

conimbricense!<br />

Uns perfeitos maduros, que não<br />

vêem um palmo deante dos olhos; valentes<br />

quando estám em grande numero<br />

e os adversarios sam poucos, cobardes<br />

e traiçoeiros quando encontram<br />

quem lhes faça frente!<br />

Estám mesmo a pedir uma limpe\a<br />

geral e uns pares de oculos.<br />

A' ÚLTIMA HORA<br />

Começa a ver-se o effeito do<br />

tiro de ontem.<br />

A notícia do encerramento, que<br />

fôra bem recebida por todos, por<br />

a julgarem como uma medida transitória<br />

devendo durar apenas o tempo<br />

de fazer ouvir aos estudantes a<br />

voz dos paes, depois dos ferimentos<br />

d'ontem transformou-se num<br />

protesto para mostrar a irritação<br />

de todos pelo attentado policial.<br />

Hoje, quando o sr. reitor do<br />

lyceu ia a entrar na sua repartição,<br />

deu com um cartaz convidando os<br />

alumnos á greve. Rasgou-o.<br />

Os estudantes atiraram-se a<br />

elle e desacataram-no, irritados por<br />

um bofetão, que o sr. reitor déra,<br />

segundo nos dizem, num alumno,<br />

que o insuitára.<br />

E ; um caso lastimavel que ainda<br />

se poderia evitar.<br />

Os alumnos de pharmácia entregaram-nos<br />

a representação, que<br />

publicámos em seguida, em que<br />

exprimem a sua solidariedade com<br />

os do Lyceu e Universidade.<br />

Os estudantes de pharmácia, solidários<br />

com a Academia de Coimbra, e com<br />

os alumnos do Lyceu, protestando energicamente<br />

contra os abusos e absurdos<br />

da auctoridade civil desta cidade, rezolvem,<br />

apezar do sacrifício que isso lhes<br />

traz por ponto aos seus trabalhos escollares<br />

como protesto á vergouhosa tentativa<br />

de assassinato do estudante Pessanha<br />

(do 2.° anno) promettendo o seu incondicional<br />

appoio.<br />

Associação Oommercial<br />

Produziu gerai desagrado a fórma<br />

como procedeu esta Associação<br />

na reunião extraordinária que<br />

se realisou hoje á uma hora da<br />

tarde.<br />

Esperava-se que esta Associação<br />

interpretando o sentir da maioria<br />

dos seus associados e da população<br />

desta cidade, tomasse outro<br />

caminho mais consentâneo com os<br />

interesses de todos.<br />

Fallava-se que publicariam um<br />

manifesto em que imparcialmente<br />

contassem os acontecimentos succedidos<br />

nêstes últimos dias e aconselhar-se<br />

á todos prudência e moderação.<br />

Mas nada disto fêz e depois de<br />

ter ido em commissão ao sr. reitor<br />

e ao sr. governador civil, limitouse<br />

a enviar um telegramma ao sr.<br />

ministro do reino e a approvar<br />

por unanimidade a seguinte proposta:<br />

Considerando, que nada justifica os<br />

acontecimentos que ha dias se veem desenrolando<br />

nesta cidade, cora verdadeiro<br />

atropello ás leis de garantia individual e<br />

do direito de petição;<br />

Considerando, que o estado anormal<br />

mantido pela auctoridade é de incalculáveis<br />

prejuizos para toda a população conimbricense,<br />

e muito especialmente par»<br />

o seu commércio;<br />

Considerando, que ao commércio, como<br />

entidade de paz e de trabalho, assiste<br />

o direito do reclamar contra actos que<br />

injustamente o prejudiquem;<br />

Propomos:<br />

1.' Que n'esta assomblea seja nomeada<br />

uma grande commissão d'associados<br />

que se dirija á auctoridade superior do<br />

districto pedindo para que cesse immediatamente<br />

este estado anormal.<br />

2." Que a mesma commissão se dirija<br />

ao prelado da Universidade pedindolhe<br />

para que, como chefe d'este estabelecimento<br />

scientífico, influa, com a sua auctoridade<br />

paternal da academia, junto do<br />

governo para que sejam sem demora reabertas<br />

as aulas.<br />

A DIRECÇÃO.<br />

Agradecimento<br />

Um grupo d'amigos do fallecido<br />

Germano Augusto Pires, vem em<br />

seu nome e em nome, da familia do<br />

fallecido, agradecer a todas as pessoas<br />

que se dignaram acompanhar<br />

o funeral de casa á egreja e ao cemiterio,<br />

especialisando o nosso reconhecimento,<br />

para com o ex. m0<br />

snr. Manoel José da Costa Soares,<br />

pela cedencia dos caros precisos<br />

para o mesmo funeral.<br />

A todos o nosso profuudo reconhecimento.<br />

Coimbra 2 5 de abril de 1902.<br />

ANNUNCIO<br />

A Commissão Central de Benefi»<br />

cencia Poiarense faz publico, que se<br />

acha aberto concurso para a construcção<br />

de um hospital no concelho de<br />

Poiares, districto de Coimbra, por espaço<br />

de 3o dias a contar da data d'este<br />

annuncio.<br />

As propostas devem ser apresentadas<br />

em carta fechada e dirigidas ao<br />

presidente da commissão Jeronymo<br />

Silva, residente em Santo André de<br />

Poiares. A planta, orçamento e condições<br />

da arrematação, acham-se patentes<br />

em Coimbra, no estabelecimento<br />

do Ex. m0 Snr. Francisco Rodrigues da<br />

Cunha Lucas, rua dos Sapateiros, 44,<br />

onde poderão ser examinadas em todos<br />

os dias úteis desde as 10 horas da<br />

manhã até ás 4 da tarde.<br />

A Commissão, abertas as propostas<br />

apresentadas, reserva-se o direito<br />

de fazer a adjudicação a quem melhores<br />

garantias offerecer.<br />

Poiares, 24 de abril de 1902.<br />

A Commissão,<br />

Francisco Corrêa da Costa,<br />

José Henriques Simões,<br />

José Ferreira de Carvalho Lima,<br />

Arthur Montenegro Ferrão Castel-Branco,<br />

Jeronymo Silva.<br />

.Túlio de Mattos<br />

§s (Alienados nos feribunaes<br />

1<br />

Illustrado com photogravuras<br />

Li imbôa<br />

LIVRARIA EDITORA<br />

TAVARES. CARDOSO & IRMÃO<br />

5, Largo do Camões» 6

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