Irrigações no Ceará. Por Th Pompeu Parte 01 - Ceara.pro.br
Irrigações no Ceará. Por Th Pompeu Parte 01 - Ceara.pro.br
Irrigações no Ceará. Por Th Pompeu Parte 01 - Ceara.pro.br
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
REVISTA<<strong>br</strong> />
durante o verão e é geralmente composto em sua parte<<strong>br</strong> />
superficial de rochas cristallinas, quer em grandes massas<<strong>br</strong> />
formando serrotes seccos, quer em peque<strong>no</strong>s fragmentos.<<strong>br</strong> />
Esses terre<strong>no</strong>s, recebenrl.o directamente os raios do sol,<<strong>br</strong> />
adquirem uma tempPratura elevauissima, e tanto que <strong>no</strong><<strong>br</strong> />
leito de alguns rios seccos. entre as pedras, o thermometro<<strong>br</strong> />
se eleva até Gl 0• O ar expirado do litoral para<<strong>br</strong> />
o interior vae aquecendo pouco e pouco, participando do<<strong>br</strong> />
calor dos lagares por onde passa, sendo consequentemente<<strong>br</strong> />
sua temperatura <strong>no</strong>s limites do sertã0 muito mais elevada<<strong>br</strong> />
do que <strong>no</strong> litoral. Como a temperatura . elas serras<<strong>br</strong> />
limitrophes é muito mais baixa qae a do sertão visinho,<<strong>br</strong> />
o ar desce das serras, obedecendo ao foco do aquecimento,<<strong>br</strong> />
e na região quente encontra-se com o que vem da costa :<<strong>br</strong> />
ahi as duas correntes elevam-se em consequencia de<<strong>br</strong> />
grande calor, e o ar vae caminhando rarefeito em sentido<<strong>br</strong> />
contrario, e superior ao qu& desce elas serras mais<<strong>br</strong> />
frio e mais denso. Nas serras parte delle se condensa,<<strong>br</strong> />
perdendo o exceeso de colorico que trasia, e o que sobe<<strong>br</strong> />
mais alto salva por so<strong>br</strong>e a cordilheira, - perde-se nas<<strong>br</strong> />
chapadas do Piauby. Os rodemoinhos, tão frequentes <strong>no</strong><<strong>br</strong> />
sertão, pela secca são consei]uencia irnmediata da expi-<<strong>br</strong> />
'<<strong>br</strong> />
ração <strong>no</strong> ar pelo' grande calor.»<<strong>br</strong> />
O que falta principalmente ao clima do <strong>Ceará</strong> é<<strong>br</strong> />
humidade. Quando o solo, reseqnido p13lo verão recebe<<strong>br</strong> />
as primeiras chuvas do inver<strong>no</strong>, transforma-se como por<<strong>br</strong> />
enr.anto. As arvores esqueleticas, despidas de folhagem,<<strong>br</strong> />
de galhos negros. co<strong>br</strong>em-se ele basta e densa verdura<<strong>br</strong> />
de folhas, as grammineas <strong>br</strong>otam <strong>no</strong>s campos, os leito<<strong>br</strong> />
are<strong>no</strong>sos dos ribeiros se enchem e a vida vegetal e animal<<strong>br</strong> />
ostenta-se em toda a sua pujana.<<strong>br</strong> />
Os dados que ha so<strong>br</strong>e o estado hygrometico da<<strong>br</strong> />
atmosphera são deficientes e não permittem dedusir a<<strong>br</strong> />
lei de sua variação.<<strong>br</strong> />
«Quando o staclo hygrometrico da atmosphera não<<strong>br</strong> />
soffre alguma perturbação, que o altere repentinamente,<<strong>br</strong> />
'll maior seccura, diz o Senador <strong>Pompeu</strong> (o<strong>br</strong>a citJ , acontece<<strong>br</strong> />
do meio uia as duas horas da, tanle. Para ás 3 ou