Irrigações no Ceará. Por Th Pompeu Parte 01 - Ceara.pro.br
Irrigações no Ceará. Por Th Pompeu Parte 01 - Ceara.pro.br
Irrigações no Ceará. Por Th Pompeu Parte 01 - Ceara.pro.br
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
DA ACADEMIA CIU.RENSlll 15<<strong>br</strong> />
cipalmente se sopram do oeste e <strong>no</strong>roeste, entra francamente<<strong>br</strong> />
a estaçã() chuvosa.<<strong>br</strong> />
cE' principalmente nas <strong>pro</strong>ximidade, e depois do<<strong>br</strong> />
equi<strong>no</strong>xio de Março, que a estação chuvosa torna-se mais<<strong>br</strong> />
forte e intensa.<<strong>br</strong> />
«D'aqui Vl:lm a convicção do sertanejo, de que se o<<strong>br</strong> />
inver<strong>no</strong> não começa francamente por · S. José ( 19 de<<strong>br</strong> />
Março) a secca está declarada.<<strong>br</strong> />
dto está confon11P- a th('oria de Maury. Com effeito,<<strong>br</strong> />
a zona das calmas equatoriaes, que acarreta o annel<<strong>br</strong> />
de nuvens equatoriaes, e oscilla ao <strong>no</strong>rte e sul do equador,<<strong>br</strong> />
segundo a declinação do sol, acha-se <strong>no</strong> hemispherio do<<strong>br</strong> />
sul de Março a A<strong>br</strong>il, e <strong>no</strong> do <strong>no</strong>rte de Junho a Agosto:<<strong>br</strong> />
e como, por onde passa o anue! da nuvens da zona das<<strong>br</strong> />
calmas, começ-a a esta·ão chuvosa. por isso <strong>no</strong>s mezes<<strong>br</strong> />
de Março e A<strong>br</strong>il, em que essa zona toca os gráos de<<strong>br</strong> />
2.0 ao <strong>no</strong>rte e 4.0 ao sul, deve ser, e é, o tempo mais<<strong>br</strong> />
chuvoso da estaç-ão inver<strong>no</strong>sa do <strong>Ceará</strong>.<<strong>br</strong> />
«Observando-se pois a marcha das chuvas <strong>no</strong> <strong>Ceará</strong>,<<strong>br</strong> />
não se pode desconhecer a infiuencin que exerce n'esse<<strong>br</strong> />
pbe<strong>no</strong>me<strong>no</strong> a marcha do sol ou a rotação da terra, á<<strong>br</strong> />
que acompanham as correntes aereas. Estas correntes,<<strong>br</strong> />
porem, que cortam a face da <strong>pro</strong>víncia quasi parallelalmente,<<strong>br</strong> />
são ora mais intensas, constantes e vwlentas, ora<<strong>br</strong> />
me<strong>no</strong>s, e mais variaYeis.<<strong>br</strong> />
«D'esses dous factos, cuja causa primordial me escapa,<<strong>br</strong> />
dependende principalmente a maior ou me<strong>no</strong>r abundancia<<strong>br</strong> />
de chuva.<<strong>br</strong> />
CACSAS UAS CHUVAS PEIOS ALIZEOS<<strong>br</strong> />
«Os vapores aquosos, que os alizeos <strong>no</strong>s quadrantes de<<strong>br</strong> />
<strong>no</strong>rdeste. leste e sueste tiram em tão grande massa do ocea<strong>no</strong><<strong>br</strong> />
e conduzem d'essa direcç-ão, se parassem sempre so<strong>br</strong>e o solo<<strong>br</strong> />
do <strong>Ceará</strong>, se condensariam e se resolveriam em chuva. Mas,<<strong>br</strong> />
como Sl:l sabe pelas leis physieas, os vapores só se condensam<<strong>br</strong> />
quando encontram temperatura mais baixa ou<<strong>br</strong> />
são cumprimiclos. Ora os alizeos de Junho em diante se