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promocao 08.pmd - BVS Ministério da Saúde

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A saúde, como produção social de determinação múltipla e complexa,<br />

exige a participação ativa de todos os sujeitos envolvidos em sua<br />

produção – usuários, movimentos sociais, trabalhadores <strong>da</strong> <strong>Saúde</strong>,<br />

gestores do setor sanitário e de outros setores –, na análise e na<br />

formulação de ações que visem à melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong>. O<br />

paradigma promocional vem colocar a necessi<strong>da</strong>de de que o processo<br />

de produção do conhecimento e <strong>da</strong>s práticas no campo <strong>da</strong> <strong>Saúde</strong><br />

e, mais ain<strong>da</strong>, no campo <strong>da</strong>s políticas públicas faça-se por meio <strong>da</strong><br />

construção e <strong>da</strong> gestão compartilha<strong>da</strong>s.<br />

Desta forma, o agir sanitário envolve fun<strong>da</strong>mentalmente o estabelecimento<br />

de uma rede de compromissos e co-responsabili<strong>da</strong>des em<br />

favor <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e <strong>da</strong> criação <strong>da</strong>s estratégias necessárias para que ela<br />

exista. A um só tempo, comprometer-se e co-responsabilizar-se pelo<br />

viver e por suas condições são marcas e ações próprias <strong>da</strong> clínica, <strong>da</strong><br />

saúde coletiva, <strong>da</strong> atenção e <strong>da</strong> gestão, ratificando-se a indissociabili<strong>da</strong>de<br />

entre esses planos de atuação.<br />

Entende-se, portanto, que a promoção <strong>da</strong> saúde é uma estratégia de<br />

articulação transversal na qual se confere visibili<strong>da</strong>de aos fatores que<br />

colocam a saúde <strong>da</strong> população em risco e às diferenças entre necessi<strong>da</strong>des,<br />

territórios e culturas presentes no nosso País, visando à criação<br />

de mecanismos que reduzam as situações de vulnerabili<strong>da</strong>de,<br />

defen<strong>da</strong>m radicalmente a eqüi<strong>da</strong>de e incorporem a participação e o<br />

controle sociais na gestão <strong>da</strong>s políticas públicas.<br />

Na Constituição Federal de 1988, o estado brasileiro assume como<br />

seus objetivos precípuos a redução <strong>da</strong>s desigual<strong>da</strong>des sociais e regionais,<br />

a promoção do bem de todos e a construção de uma socie<strong>da</strong>de<br />

solidária sem quaisquer formas de discriminação. Tais objetivos<br />

marcam o modo de conceber os direitos de ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia e os deveres<br />

do estado no País, entre os quais a saúde (BRASIL, 1988).<br />

Neste contexto, a garantia <strong>da</strong> saúde implica assegurar o acesso universal<br />

e igualitário dos ci<strong>da</strong>dãos aos serviços de saúde, como também<br />

à formulação de políticas sociais e econômicas que operem na<br />

redução dos riscos de adoecer.

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