No.17 /1978

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governo brasileiro condecora ramalho eanes Discursos, de improviso de Ernesto Geisel e António dos Santos Rarnalho Eanes, no Palácio do Planalto, em Brasília, em 22 de maio de <strong>1978</strong>, durante a solenidade de troca de condecorações entre os Presidentes brasileiro e português. PRESIDENTE BRASILEIRO Excelentíssimo Senhor Presidente de Por- tugal, General António Ramalho Eanes. Na oportunidade da visita de Vossa Excelên- cia ao nosso País, é com grande honra e melhor prazer que nós o recebemos. No início desta cerimônia, eu desejo conferir a Vossa Excelência, em nome do Go- verno brasileiro, a maior condecoração que o Brasil reserva a Chefes de Estados de paí- ses amigos. Trata-se do Grande Colar da Ordem do Cruzeiro do Sul. Mas, a par dessa condecoração, nós nos recordamos que Vossa Excelência é, tam- bém, um General do Exército português. O nosso Exército houve por bem, também, nesta oportunidade, conferir a Vossa Exce- lência a maior condecoração que o nosso Exército tem: a Grande Cruz da Ordem do Mérito Militar. Faço esta entrega com extra- ordinária satisfação, lembrando sempre os laços de fraterna amizade que nos uniram no passado e deverão continuar a unir-nos pelos tempos afora. PRESIDENTE PORTUGUÊS Senhor Presidente Ernesto Geisel, Em nome do povo português, eu vou entre- gar a Vossa Excelência uma condecoração que nos é extraordinariamente cara, o Grande Colar da Ordem do Infante Dom Hen- rique, que nos é cara muito em especial nesta grande terra que é o Brasil. Ela marca aquilo que foi o sonho dos anos 500, um sonho não utópico, mas um sonho feito de realismo, dado que conseguiu defender-se a ciência e à técnica. Sonho realista porque não morreu com a descoberta. Sonho realista porque vive neste país de que Vossa Excelência é Presidente da República. Sonho realista porque é aqui que ele demonstra toda a sua vitalidade. Demonstra toda sua capacidade criativa, toda sua enorme pos- sibilidade de se projetar no futuro. É, pois, com emoção, que eu vou lhe entre- gar esta Ordem que, sendo portuguesa e brasileira, e brasileira no seu simbolismo total, o Brasil de que Vossa Excelência é Chefe de Estado e a nação que no presente e que promete ser também no futuro a continuação desse sonho que não é lusiada porque o ultrapassa. Sonho de criação de uma nova fraternidade. Sonho projetado numa realização cientlfica e técnica que cer- tamente cabe a este grande Brasil. Esta con- decoração simboliza ainda o nosso abraço fraterno ao povo brasileiro através do seu Chefe de Estado, Presidente Ernesto Geisel. Documento digitalizado pela equipe de Mundorama - Divulgação Científica em Relações Internacionais (http://www.mundorama.net).
as conclusões do primeiro encontro das câmaras portuguesas de comércio Conclusões do Primeiro Encontro Intercâmaras Portuguesas de Comércio do Brasil e da Reunião das Câmaras Portuguesas de Comércio com empresários portugueses e brasileiros, realizadas em São Paulo, nos dias 22 e 23 de maio de <strong>1978</strong>. ENCONTRO INTERCAMARAS mércio luso-brasileiro, a partir de dados que eles próprios colherão, de modo a poderem representar junto as autoridades dos dois Na primeira Reunião, verificaram as Câma- países no sentido da sua eliminação. ras 'o caráter muito insatisfatório do inter- AS Câmaras promoverão a fundação de câmbio econômico luso-brasileiro, em par- uma Escola Superior dedicada a temas em- ticular no que respeita as relações comer- presariais em Portugal, com a cooperação ciais no sentido Portugal-Brasil e procura- das Associaçóes Portuguesas que represen- ram encontrar vias alternativas que foram tam o setor privado da Economia e aprovadepois discutidas na Reunião com empresários portugueses e empresários brasileiros. ram uma Resolução nesse sentido que se anexa ao presente documento. 1. Ficou acertado o estabelecimento de uma cooperação permanente entre as Câ- maras de Comércio, como forma de se con- seguirem atingir as finalidades que Ihes REUNIAO DAS CÂMARAS DE estão confiadas e superar a escassez de meios com que se debatem; foi ainda de- COMERCIO finida a forma como deve processar-se essa cooperação, nomeadamente através da cria- ção de um secretariado conjunto e da rea- Na segunda reunião, em que estiveram pre- lização de reuniões periódicas. sentes empresários brasileiros e empresá- 2. As Câmaras de Comércio entenderam que a sua atividade não se limita as relafções comerciais em sentido estrito, mas que, pelo contrário, se estende a todos os tipos de intercâmbio econômico, designadamente o dos investimentos, da transferência de tecnologias e dos serviços, incluindo o turismo. Estes setores parecem, as Câmaras, estratégicos para modificar o panorama desfavorável atual e podem corres- ~onder a caoacidades suba~roveitadas do 'iado português. rios portugueses e em que participaram igualmente o Presidente do Instituto de In- vestimentos Estrangeiros, o Diretor da Ca- cex do Banco do Brasil, um representante do Itamaraty, o Diretor da Delegação do Fundo de Fomento da Exportação em São Paulo e outras entidades portuguesas e bra- sileiras das mais representativas, foram apresentadas as conclusões do encontro anterior. Por seu lado, os empresários pre- sentes formularam críticas e sugestões e apresentaram projetos relacionados com o intercâmbio econômico luso-brasileiro. Fo- 3- Ficou programada uma colaboração re- ram concordantes no sentido de se encaraguiar das Câmaras com a sec~ão portuguesa rem globalmente todas as formas de inter- ,do Centro Empresarial Luso-Brasileiro, precâmbio econômico^ sidida pela Associação Industrial Portuguesa, apontando-se metas e formas concretas Foi o sentimento da insuficiên- .dessa colaboração. cia do comércio atual, tendo-se apontado .4. As Câmaras comprometeram-se a fazer como obstáculo ao seu desenvolvimento, 40 levantamento geral dos obstáculos ao co- entre outras: Documento digitalizado pela equipe de Mundorama - Divulgação Científica em Relações Internacionais (http://www.mundorama.net).
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