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No.17 /1978

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terrorismo é incompatível com a<br />

consciência de homens civilizados<br />

Pronunciamento do Chanceler Azeredo da Silveira<br />

sobre Terrorismo, durante a VIII Assembléia-Geral da<br />

Organizaçáo dos Estados Americanos (OEA), realizada<br />

em Washington, em 23 de junho de <strong>1978</strong>.<br />

Senhor Presidente,<br />

Senhores Chanceleres,<br />

Mais uma vez voltamos a discutir o tema<br />

do terrorismo, atentados contra pessoas e<br />

extorsão conexa, que infelizmente ainda<br />

constitui grave problema para muitos países.<br />

O impacto provocado por fatos recentemente<br />

acontecidos no continente e alhures conven-<br />

ce-nos cada vez mais do acerto da posição<br />

que vimos mantendo nos foros multilaterais,<br />

em particular no da OEA, sobre esse as-<br />

sunto. Condenamos o terrorismo por enten-<br />

dê-lo incompatível com nossa consciência<br />

de homens civilizados que buscam a reali-<br />

zação dos objetivos comuns do progresso e<br />

da harmonia.<br />

Renovamos, nesta oportunidade, o apoio do<br />

Brasil aos estudos que vêm sendo realiza-<br />

dos sobre a matéria no âmbito do Conselho<br />

Permanente. Foi com satisfação que verifi-<br />

camos ter o relatório final do Grupo de Tra-<br />

balho designado aquela tarefa incorporado<br />

a sugestão do Brasil no sentido de que seja<br />

elaborado um projeto de convenção sobre o<br />

terrorismo em geral mais abrangente que<br />

a Convenção de Washington de 1971.<br />

brasil defende na oea<br />

a tese da segurança coletiva<br />

para o desenvolvimento Entrevista do Ministro de Estado das Relações<br />

Exteriores, Antonio F. Azeredo da Silveira, a Rede<br />

Globo de Televisão, em 22 de junho de <strong>1978</strong>, a<br />

propósito da VIII Assembléia-Geral da Organização<br />

dos Estados Americanos.<br />

Pergunta - A agenda da OEA, de 31 itens,<br />

tem como principal assunto a reforma da<br />

Carta da Organizaçáo. Ministro, qual será a<br />

participação do Brasil nas discussões dessa<br />

reforma? Quais seriam a importância e a<br />

vantagem da reforma?<br />

Resposta - Neste tema da reforma da<br />

Carta, a participação do Brasil será muito<br />

ativa. Gostaria de indicar algumas linhas<br />

básicas de nossas posições na matéria. Em<br />

primeiro lugar, o Brasil entende que a refor-<br />

ma da Carta deve se concentrar nos pro-<br />

blemas de cooperação econômica para o<br />

desenvolvimento. Assim, não se pensa em<br />

tocar nos princípios fundamentais do sis-<br />

tema interamericano, que resultam de um<br />

longo processo histórico de cristalização,<br />

como o princípio da não-intervenção, da<br />

autodeterminação, da solução pacífica de<br />

controvérsias, etc. O que falta na Carta é,<br />

pois, fortalecer os mecanismos de coope-<br />

Documento digitalizado pela equipe de Mundorama - Divulgação Científica em Relações Internacionais (http://www.mundorama.net).

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