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No.17 /1978

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7. Na solenidade de assinatura do<br />

Acordo sobre Comércio e Cooperação<br />

Econômica, Industrial e Técnica entre :,<br />

Brasil e a Noruega, o Chanceler Azeredo<br />

da Silveira assevera que esse<br />

documento "possui significativo valor<br />

prático, no objetivo de ordenar e promover<br />

um relacionamento que tende a se tornar<br />

cada vez mais amplo e complexo".<br />

Segundo Silveira, a Comissão Mista<br />

Brasil-Noruega, criada por esse Acordo,<br />

terá a função de reavaliar, periodicamente,<br />

todos os assuntos de interesse bilateral,<br />

dinamizando, assim, os entendimentos<br />

entre os dois países, seja a nível<br />

governamental, seja através de entidades<br />

privadas, identificando novas áreas de<br />

cooperação, examinando e implementando<br />

projetos visando ao aproveitamento do<br />

grande potencial de complementaridade<br />

das duas economias. O Príncipe-Herdeiro da<br />

Noruega, Kronprins Harald, na mesma<br />

solenidade, opina que o Acordo entre os<br />

dois países "poderá se tornar um<br />

instrumento flexível para ser aplicado<br />

em várias circunstâncias e em um<br />

grande número de assuntos de nosso<br />

interesse". Páginas 77 e 103.<br />

8. Em entrevista a Rede Globo de<br />

Televisão a propósito da Assembléia-Geral<br />

da ONU sobre Desarmamento, o Ministro<br />

de Estado das Relações Exteriores,<br />

Antonio F. Azeredo da Silveira, informa<br />

que o Brasil tem uma posição muito firme<br />

a respeito dessa questão: "Quanto ao<br />

armamento convencional, o Brasil acredita<br />

que deve corresponder a dimensão<br />

geográfica e à população de cada Estado,<br />

garantindo-lhe a segurança externa. Isso<br />

nada tem a ver com o armamento nuclear,<br />

contra o qual o Brasil tem uma posição<br />

muito clara. Em matéria de desarmamento<br />

nuclear, pensamos que é necessário iniciar<br />

um processo de redução armamentista e<br />

de efetivo desarmamento, porque o que<br />

o mundo teme, hoje, com razão, é a sua<br />

destruição pelos arsenais nucleares<br />

existentes." Na opinião do Chanceler<br />

brasileiro, "o desarmamento deve ser<br />

iniciado - e ilustrado - pelas potências<br />

que estão fortemente armadas".<br />

Durante a sessão especial da<br />

Assembléia-Geral da ONU sobre<br />

Desarmamento, o Embaixador Sérgio<br />

Correa da Costa - que representou<br />

o Brasil - chama a atenção para o<br />

acelerado desenvolvimento tecnológico<br />

dos países em relação aos armamentos,<br />

refere-se a ineficácia das medidas até<br />

agora adotadas para o desarmamento e<br />

manifesta a opinião de que "todos os<br />

países têm responsabilidades no processo<br />

de desarmamento". Segundo Correa da<br />

Costa, o Brasil sustenta<br />

que o processo negociador<br />

sobre desarmamento deve ser<br />

permanentemente informado pelas<br />

condições gerais de paz e de segurança,<br />

pois "não haverá desarmamento enquanto<br />

não houver paz e segurança; e não haverá<br />

paz e segurança enquanto convivermos<br />

com a carreira armamentista".<br />

O Embaixador brasileiro declara que o<br />

Brasil tem posições contrárias a soluções<br />

discriminatórias para a questão do<br />

desarmamento, pois o país não admite<br />

qualquer tipo de entrave à sua utilização<br />

pacífica, respeitadas as salvaguardas<br />

não-discriminatórias e universais.<br />

"Salvaguardas de tal natureza - reafirma<br />

o Embaixador do Brasil - são elemento<br />

indispensável para alimentar a confiança<br />

entre os Estados, no âmbito da<br />

cooperação internacional. Para tanto,<br />

é mister que se apliquem<br />

indistintamente a todos os Estados.<br />

Nenhuma dessas medidas, entretanto,<br />

deve ser de tal sorte que propicie<br />

ingerências na soberania dos<br />

Estados, nem afete o desenvolvimento<br />

científico, tecnológico ou econômico<br />

com finalidades essencialmente<br />

pacificas." Página 81.<br />

Documento digitalizado pela equipe de Mundorama - Divulgação Científica em Relações Internacionais (http://www.mundorama.net).

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