Poluentes Orgânicos Persistentes (Pops) como ... - Fapese
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Fabiana Ferreira Felix; Sandro Navickiene; Haroldo Silveira Dórea<br />
priedades físico-químicas dos pesticidas mais relevan-<br />
tes no resultado final para sua classificação em relação<br />
à contaminação das águas (Ferracini et al., 2001). Já a<br />
CETESB (2001) aponta esses parâmetros tanto para<br />
avaliar o nível de contaminação de águas <strong>como</strong> para a<br />
contaminação de solos.<br />
Na tabela 1, são apresentado os valores de pressão<br />
de vapor, solubilidade, log Kow e log Koc, que<br />
são as principais características dos doze POPs en-<br />
contradas na literatura. Não se deve esquecer que estes<br />
poluentes potencialmente perigosos, geralmente, es-<br />
tão presentes, mesmo em concentrações baixas, nos<br />
pontos onde foram processadas, estocadas ou utilizadas<br />
e isso é um dado importante na condução dos<br />
estudos efetivos do histórico do local. Desta forma,<br />
as concentrações determinadas nesses locais são com-<br />
paradas aos valores orientadores para a definição da<br />
condição da qualidade do solo. Assim, conhecendo<br />
Tabela 1. Principais propriedades dos <strong>Poluentes</strong> <strong>Orgânicos</strong> <strong>Persistentes</strong><br />
as propriedades do solo e dos pesticidas é possível<br />
estabelecer critérios de avaliação da qualidade do solo.<br />
Pressão de vapor (p) é definida <strong>como</strong> sendo a pres-<br />
são exercida pela substância ou composto em um siste-<br />
ma fechado e em equilíbrio. É uma medida da tendên-<br />
cia de volatilização em seu estado puro em função dire-<br />
ta da temperatura, não expressa diretamente a taxa de<br />
volatilização de um ingrediente ativo. É a principal pro-<br />
priedade na determinação do potencial de volatilização<br />
de um composto. Quanto maior a pressão de vapor,<br />
maior a tendência do contaminante estar no estado ga-<br />
soso (CETESB, 2001). A pressão de vapor de um deter-<br />
minado composto ou substância é a medida de quão<br />
rapidamente este irá evaporar. Varia com a temperatura,<br />
aumentando e diminuindo com esta. Pode ser expressa<br />
por meio de unidades <strong>como</strong>: mili-Pascal (mPa), milíme-<br />
tros de mercúrio (mmHg), quantidade por metro qua-<br />
drado (psi) e atmosferas (atm) (PANNA, 2006).<br />
Massa Pressão de Solubilidade Log Kow Log Koc Meia-vida<br />
Molar vapor (mmHg) (mg/L) (dias)<br />
Aldrin (1) 364,93 1.2x10 -4 0,027 6,50 7,67 730 a<br />
(25ºC) (27ºC) 14245 (a)<br />
HCB (10) 284,79 1,73x10 -8 0,005 5,73 6,08 365 a<br />
(25ºC) (25ºC) 7305 (c)<br />
Clordano (3) 409,8 2,2x10 5 a 0,056 (20ºC) 5,54 a 6,00 3,49 a 5,57 730 a<br />
2,9x10 5 (25ºC) 5479 (a)<br />
DDT (4) 355,49 1,60x10 -7 Insolúvel 6,91 5,18 730 a<br />
(20ºC) 14245 (a)<br />
Dieldrin (5) 380,93 5.89x10 - 0,186 (25ºC ) 6,2 6,67 3652 a<br />
6 (25ºC) 4383 (d)<br />
Dioxinas (6) 459,8 7,4x10 -10 2x10 -4 (25ºC) 6,8 - > 4383 (g)<br />
(25ºC)<br />
Endrin (7) 380,93 2,7x10 -7 0,23 (25ºC) 5,34 5,2 3650 a )<br />
(25ºC) 4383 (b<br />
Furanos (8) 68,08 3,3x10 -5 Insolúvel 2,67 - 986 a<br />
(20ºC) 8336 (b)<br />
Heptacloro (9) 373,5 3x10 -4 0,056 (25ºC) 5,44 4,34 > 730 (e)<br />
(20ºC)<br />
Mirex (11) 545,50 3 x 10 -74 0,2 (24ºC) 5,28 3,763 4383 (f)<br />
(25ºC)<br />
PCB (2) 188,7 a 498,7 4x10 -4 a 0,24 a 0,59 4,7 a 5,6 - 10 a 548 (b)<br />
6.7x10 -3 (25ºC) (25ºC)<br />
Toxafeno (12) 414 a 413,8 3x10 -7 (25ºC) 0,4-0,3(25ºC) 3,3 3,69 100 a 4383 (g)<br />
Fonte: (1) Machado Neto (2002); (2) Salgado (2002); (3) Oliveira (2002a); (4) Jesus (2002); (5) Leite (2002); (6) Nascimento (2002);<br />
(7) Assumpção (2002); (8) Martins (2002); (9) Lima (2002); (10) Toledo (2002); (11) Fernícola (2002); (12) Oliveira (2002b); (a) Gaynor<br />
(2001); (b) Adeola (2004); (c) Oliveira (2002a); (d) Nascimento (2002); (e) Lima (2002); (f) Fernícola (2002); (g) GEF (2006).<br />
Revista da <strong>Fapese</strong>, v.3, n.2, p. 39-62, jul./dez. 2007