IN225 > a capa assinante 23.11.04 10:28
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© 1<br />
WOOX<br />
FWM777,<br />
DA PHILIPS:<br />
mini-system<br />
toca o<br />
som do PC<br />
la IBM em 1993, foi um fracasso retumbante. Mas os atuais<br />
telefones inteligentes viraram moda. No terceiro trimestre<br />
deste ano, as vendas de smartphones cresceram 190%<br />
no mundo inteiro, segundo o instituto Canalys, contra 18%<br />
de expansão dos handhels solteiros.<br />
Os celulares que tiram fotos também vivem dias de glória.<br />
A produção mundial de câmeras casadas com telefone<br />
atingiu perto de 35 milhões de unidades em 2003, ultrapassando<br />
a de câmeras solitárias, segundo pesquisa do<br />
IDC. A previsão do instituto é de que esse volume passe de<br />
60 milhões de unidades este ano. Motivo principal: conforto<br />
para o usuário, que deixa de carregar um monte de gadgets<br />
e ainda pode trocar dados por tecnologias diversas.<br />
A TV digital já começa a acontecer. Sky, NET e TVA já<br />
transmitem televisão por assinatura com sinais digitais.<br />
Ao longo dos últimos dez anos, o PC deixou de ser apenas<br />
uma ferramenta de trabalho para se tornar também<br />
uma máquina de games, um tocador de músicas, um queimador<br />
de DVDs de filmes, um display de álbuns digitais...<br />
Se depender da Microsoft, um dia o PC se tornará uma<br />
central de entretenimento. A empresa de Bill Gates aposta<br />
suas fichas na TV por IP, a televisão interativa entregue<br />
pela internet. No momento, empenha-se em convencer<br />
as operadoras de banda larga a testar a nova mídia, e os<br />
estúdios, a produzir conteúdo especial. Outra empresa<br />
que aposta na TV por IP é a Nokia. Seu celular 7700 tem<br />
tela grande, embute PDA, receptor de TV digital por IP<br />
ou radiodifusão e conexão para o Nokia Streamer, uma<br />
set-top box minúscula para interpretar o sinal.<br />
© 1<br />
IPOD,<br />
DA APPLE:<br />
MP3 player<br />
guarda fotos e<br />
exibe na TV<br />
7700,<br />
DA NOKIA:<br />
celular com<br />
PDA e receptor<br />
de TV digital<br />
© 2<br />
A implantação do serviço convergente englobando internet,<br />
telefonia móvel e TV digital com qualidade de serviço<br />
é algo que não veremos tão cedo. Para a Europa, o<br />
serviço não deve estar pronto em menos de quatro anos.<br />
A previsão é de Walter Duran, diretor do Laboratório Philips<br />
da Amazônia e coordenador do braço brasileiro do<br />
Projeto Instinct, um programa de pesquisas financiado pela<br />
Comissão Européia para a criação de hardware e software<br />
com tecnologias convergentes.<br />
Enquanto os pesquisadores queimam neurônios com<br />
protocolos, os fabricantes de hardware se adiantam. A HP<br />
já caiu na produção de TVs e players de MP3. A Dell entrou<br />
com tudo no mercado americano de televisores LCD<br />
e de plasma, todos com função de monitor. A julgar pela<br />
pesquisa de intenção de compra da Consumer Electronics<br />
Association, a Dell terá um felicíssimo Natal — as TVs de<br />
plasma encabeçam a lista de compras dos americanos.<br />
Para quem tem saldo bancário de milionário, há plasma<br />
à vontade no Brasil. Exemplares espetaculares da Sony,<br />
da Toshiba, da Sharp, da LG, da Samung... Ainda nos Estados<br />
Unidos, a Toshiba pretende lançar uma HDTV com disco<br />
rígido. Aqui, a empresa prepara para o Natal DVD players<br />
de mesa com disco rígido de 80 GB.<br />
A convergência num futuro mais adiante é outra história.<br />
A Intel trabalha na produção de chips para um mundo<br />
móvel em que qualquer dispositivo computacional terá<br />
<strong>capa</strong>cidade de se comunicar sem fio. Já a IBM privilegia<br />
a integração de funções. O projeto Blue Octane, por<br />
exemplo, desenvolve um circuito único para carros como<br />
objeto de convergência entre funções de locomoção, comunicação<br />
via celular, monitoramento, entretenimento e<br />
conforto. “O projeto começa a tangenciar as funções futurísticas<br />
de autoteste, em que o carro, se detectar falha, avisa<br />
ao dono que precisa ir ao mecânico”, diz Fábio Gandour,<br />
gerente de novas tecnologias da IBM. Para ele, os engenhos<br />
convergentes de maior valor serão os que mesclarem<br />
tecnologias de indústrias distantes, como os celulares<br />
equipados com medidores de glicose para diabéticos.<br />
Sobreviverão os que tiverem um projeto comercial viável.<br />
DEZEMBRO 2004 I INFO I 41