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Sinopses 36 - fauusp

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<strong>36</strong><br />

Universidade de São Paulo<br />

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo<br />

Fazendas do sul de Minas – Séculos 18 e 19<br />

Cícero Ferraz Cruz<br />

O “campo ampliado” e as novas formas da arte na paisagem<br />

Ubiraélcio da Silva Malheiros<br />

As transformações na maneira de se intervir na arquitetura do passado entre<br />

os séculos 15 e 18: O período de formação da restauração<br />

Beatriz Mugayar Kühl<br />

Desconstrução fílmica da pintura “O banquete dos oficiais da Companhia<br />

Cívica de São George”: Descrições cromáticas<br />

Rosa Cohen<br />

A questão da ética no meio ambiente urbano ou por que todos devemos ser<br />

belezuras<br />

Issao Minami / João Lopes Guimarães Júnior / Élcio Yoshinori Miazaki<br />

Leituras Urbanas<br />

Clice de Toledo Sanjar Mazzilli<br />

Polêmico não; mas a eterna discussão de forma e conteúdo tentando estabelecer<br />

um meio de distinguir a expressão da verossimilhança<br />

Jorge Aristides de Sousa Carvajal<br />

Abertura à pesquisa da documentação do arquivo Rino Levi na Biblioteca da<br />

FAUUSP<br />

Maria Lucia Caira Gitahy / Ludmila Tana Moron<br />

ISSN 0101-7225<br />

Publicação Semestral<br />

Dezembro 2001


Universidade de São Paulo<br />

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo<br />

Revista <strong>Sinopses</strong><br />

Comissão de Publicação<br />

Prof. Dr. Adolpho José Melfi – Reitor<br />

Prof. Dr. Helio Nogueira da Cruz – Vice-Reitor<br />

Profª. Drª. Maria Ruth A. de Sampaio – Diretora<br />

Profª. Drª. Sheila Walbe Ornstein – Vice-Diretora<br />

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da<br />

Universidade de São Paulo – FAUUSP<br />

Rua do Lago, 876 – Cidade Universitária – Butantã<br />

05508-900 – São Paulo – SP – Brasil<br />

fone (11) 3813-2511 – fone/fax (11) 3091-4801<br />

http://www.usp.br/fau<br />

Profª. Drª. Élide Monzeglio – Editora<br />

Prof. Dr. Benedicto Lima de Toledo<br />

Profª. Drª. Heliana Comin Vargas<br />

Profª. Drª. Maria Lucia Caira Gitahy<br />

Profª. Drª. Sueli Ramos Schiffer<br />

Conselho Editorial Profª. Drª. Ana Lucia Duarte Lanna (FAUUSP)<br />

Profª. Drª. Annateresa Fabris (ECAUSP)<br />

Prof. Dr. Carlos Alberto Cerqueira Lemos (FAUUSP)<br />

Prof. Dr. Carlos Eduardo Zahn (FAUUSP)<br />

Prof. Dr. Carlos Torres Formoso (Norie/UFRGS)<br />

Prof. Dr. Carlos R. Zibel Costa (FAUUSP)<br />

Prof. Dr. Dácio Araújo Benedicto Ottoni (FAUUSP)<br />

Prof. Dr. Eduardo Abdo Yazigi (FFLCHUSP)<br />

Profª. Drª. Élide Monzeglio (FAUUSP)<br />

Profª. Drª. Erminia T. M. Maricato (FAUUSP)<br />

Prof. Dr. Francisco Foot Hardman (IEL-Unicamp)<br />

Prof. Dr. Francisco Romeu Landi (EPUSP)<br />

Profª. Drª. Gilda Collet Bruna (FAUUSP)<br />

Prof. Dr. Gildo Magalhães (FFLCH)<br />

Prof. Dr. Giorgio Giorgi Jr. (FAUUSP)<br />

Profª. Drª. Heliana Comin Vargas (FAUUSP)<br />

Prof. Dr. Hugo Segawa (EESCUSP)<br />

Prof. Dr. João Walter Toscano (FAUUSP)<br />

Prof. Dr. Jorge Coli (IFCH-Unicamp)<br />

Prof. Dr. José Luiz Caruso Ronca (FAUUSP)<br />

Prof. Dr. José Pinheiro Queiroz (UFRN)<br />

Prof. Dr. José Teixeira Coelho Neto (ECAUSP / MAC<br />

USP)<br />

Prof. Dr. Júlio Roberto Katinsky (FAUUSP)<br />

Profª. Drª. Lucrécia D’Alessio Ferrara (FAUUSP)<br />

Prof. Dr. Luiz Américo de Souza Munari (FAUUSP)<br />

Prof. Dr. Luiz César Marques Filho (IFCH-Unicamp)<br />

Prof. Dr. Marcelo Zuffo (EPUSP)<br />

Profª. Drª. Maria Alice Rosa Ribeiro (Unesp-Araraquara)<br />

Secretária da Comissão Stella Regina A. A. Anjos<br />

Profª. Drª. Maria Amália Dantas (FFLCH)<br />

Profª. Drª. Maria Cecília França Lourenço (FAUUSP)<br />

Profª. Drª. Maria Ruth Amaral de Sampaio (FAUUSP)<br />

Prof. Dr. Mario Barata (UFRJ-Fac. Filosofia)<br />

Profª. Drª. Marlene Yurgel (FAUUSP)<br />

Profª. Drª. Marta Rosseti (IEBUSP)<br />

Prof. Dr. Milton Vargas (EPUSP)<br />

Profª. Drª. Miranda Martinelli Magnoli (FAUUSP)<br />

Prof. Dr. Murilo Marx (IEBUSP)<br />

Profª. Drª. Otília Arantes (FFLCHUSP)<br />

Prof. Dr. Paul Israel Singer (FEAUSP)<br />

Prof. Dr. Paulo Julio Valentino Bruna (FAUUSP)<br />

Prof. Dr. Paulo Mendes da Rocha (FAUUSP)<br />

Profª. Drª. Regina Maria Prosperi Meyer (FAUUSP)<br />

Profª. Drª. Regina Tirello (FAUUSP)<br />

Prof. Dr. Ricardo Marques de Azevedo (FAUUSP)<br />

Prof. Dr. Ricardo Toledo Silva (FAUUSP)<br />

Profª. Drª. Sara Bacal (ECAUSP)<br />

Profª. Drª. Sheila Walbe Ornstein (FAUUSP)<br />

Prof. Dr. Shozo Motoyama (FFLCHUSP)<br />

Prof. Dr. Silvio Mendes Zanchetti (UFPe)<br />

Prof. Dr. Silvio Soares Macedo (FAUUSP)<br />

Profª. Drª. Suzana Pasternak Taschner (FAUUSP)<br />

Prof. Dr. Tupã Gomes Correa (ECAUSP)<br />

Prof. Dr. Vanderley Moacyr John (EPUSP)<br />

Prof. Dr. Vicente del Rio (UFRJ)<br />

Prof. Dr. Walter Zanini (ECAUSP)<br />

Prof. Dr. Witold Zimitrowisky (EPUSP)<br />

Profª. Drª. Yolanda Lhullier dos Santos (ECAUSP)<br />

CREDENCIAMENTO E APOIO FINANCEIRO DO:<br />

PROGRAMA DE APOIO ÀS PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS PERIÓDICAS DA USP<br />

COMISSÃO DE CREDENCIAMENTO


<strong>36</strong><br />

Universidade de São Paulo<br />

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo<br />

ISBN 85-88126-31-1<br />

Publicação Semestral<br />

Dezembro 2001<br />

1


2<br />

720<br />

Si67<br />

Desenho da Capa<br />

Projeto Gráfico<br />

Produção Gráfica<br />

Reprodução Fotográfica<br />

Distribuição<br />

<strong>Sinopses</strong> / Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e<br />

Urbanismo. – v.1 (1981) – . – São Paulo : FAU, 1981 –<br />

v. : 26 cm.<br />

N. <strong>36</strong>, dez. 2001<br />

Issn: 0101-7225<br />

Publicação semestral<br />

1. Arquitetura – Periódicos I. Universidade de São Paulo. Faculdade<br />

de Arquitetura de Urbanismo. III. Título<br />

Clice de Toledo Sanjar Mazzilli<br />

José Tadeu de Azevedo Maia<br />

Laboratório de Programação Gráfica da FAUUSP<br />

Roberto Bogo<br />

Fundação para a Pesquisa Ambiental – FUPAM<br />

Rua do Lago, 876 – Cidade Universitária – Butantã<br />

05508-900 – São Paulo – SP – Brasil<br />

Fone (11) 3091-4815<br />

20.ed. CDD 720<br />

Serviço de Biblioteca e Informação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP


Sumário<br />

5<br />

7<br />

10<br />

20<br />

24<br />

37<br />

55<br />

71<br />

79<br />

82<br />

86<br />

Editorial<br />

Resumos/Abstracts<br />

Artigos<br />

Fazendas do sul de Minas – Séculos 18 e 19<br />

Cícero Ferraz Cruz<br />

O “campo ampliado” e as novas formas da arte na paisagem<br />

Ubiraélcio da Silva Malheiros<br />

As transformações na maneira de se intervir na arquitetura do passado entre os<br />

séculos 15 e 18: O período de formação da restauração<br />

Beatriz Mugayar Kühl<br />

Desconstrução fílmica da pintura “O banquete dos oficiais da Companhia Cívica<br />

de São George”: Descrições cromáticas<br />

Rosa Cohen<br />

Documento<br />

A questão da ética no meio ambiente urbano ou por que todos devemos ser<br />

belezuras<br />

Issao Minami / João Lopes Guimarães Júnior / Élcio Yoshinori Miazaki<br />

Desenho<br />

Leituras Urbanas<br />

Clice de Toledo Sanjar Mazzilli<br />

Polêmico não; mas a eterna discussão de forma e conteúdo tentando estabelecer<br />

um meio de distinguir a expressão da verossimilhança<br />

Jorge Aristides de Sousa Carvajal<br />

Comentário<br />

Abertura à pesquisa da documentação do arquivo Rino Levi na Biblioteca da FAUUSP<br />

Maria Lucia Caira Gitahy / Ludmila Tana Moron<br />

Teses e Dissertações<br />

3


4<br />

Normas para publicação<br />

1. <strong>Sinopses</strong> é uma revista da FAUUSP que tem por objetivo<br />

a divulgação de trabalhos da área.<br />

2. A Comissão de Publicação da revista <strong>Sinopses</strong>, em conjunto<br />

com o Conselho Editorial, decidirá quais artigos terão<br />

a possibilidade de publicação considerando para tanto o<br />

espaço disponível e a pertinência do tema em face da linha<br />

editorial.<br />

3. As contribuições apresentadas para os encaminhamentos<br />

à publicação devem pertencer às seguintes categorias: História<br />

e Crítica, Projetos, Ensino, Pesquisa, Documentos,<br />

Comentários, Resenhas, Registros, Informações, Abstracts,<br />

Desenhos.<br />

4. Os originais deverão ser encaminhados seguindo os<br />

seguintes padrões:<br />

a) Apresentados em disquetes.<br />

b) Utilizar o processador Word, sem formatação, determinando<br />

apenas a abertura dos parágrafos.<br />

c) Os trabalhos deverão ter no máximo 25 (vinte e cinco)<br />

laudas, incluindo todos os componentes do texto e das<br />

ilustrações.<br />

d) Utilizando o tamanho da fonte 12, as laudas compõemse<br />

de até 30 (trinta) linhas. A linha compõe-se de até 80<br />

(oitenta) caracteres, intervalos de espaçamentos inclusos.<br />

e) As laudas deverão ser numeradas.<br />

f) Dos trabalhos apresentados devem constar: o título,<br />

o(s) nome(s) do(s) autor(es), sua(s) qualificação(ões) e procedência(s).<br />

5. São obrigatórios o resumo e o abstract, respectivamente<br />

nas línguas portuguesa e inglesa, com no máximo<br />

1.000 (um mil) caracteres (resumo + abstract), intervalos<br />

de espaçamentos inclusos.<br />

6. As notas e referências bibliográficas devem vir apresentadas<br />

agrupadas no final do texto, e deverão ser referenciadas,<br />

assim como também as citações, de acordo<br />

com as normas da ABNT-NBR-6023.<br />

7. As ilustrações deverão ser entregues em folhas separadas<br />

com as devidas indicações de créditos e legendas e<br />

referenciadas no texto.<br />

8. Os desenhos devem ser entregues em arte-final. Se<br />

apresentados em formatação/disquete utilizar programas<br />

compatíveis (CAD, Corel Draw, Photoshop, PM6.5). As<br />

imagens podem ser em branco e preto ou em cores.<br />

9. Após o ato da entrega, as condições dos originais<br />

serão criteriosamente analisadas. Os trabalhos em desacordo<br />

com os padrões descritos serão devolvidos em seguida<br />

para que seja providenciada a regularização.<br />

10. Os trabalhos não aprovados pelo Conselho Editorial e<br />

pela Comissão de Publicação serão devolvidos a seus autores.<br />

11. Cada autor receberá gratuitamente 3 (três) exemplares<br />

do número da revista na qual foi publicado seu trabalho.<br />

Artigo • Alexandre Barrozo do Amaral Villares<br />

Normas de publicatión<br />

<strong>Sinopses</strong> São Paulo n. 28 p. 34-41 dez. 1997<br />

1. <strong>Sinopses</strong> es una revista de la FAUUSP que tiene por<br />

objeto la divulgación de trabajos en el campo de conocimiento<br />

de la arquitectura y el urbanismo.<br />

2. La decisión acerca de cuales serán los artículos aceptados<br />

para su publicación será tomada en conjunto por la<br />

Comision de Publicaciones y el Consejo Editorial; teniendo<br />

en consideración tanto el espacio disponible como la pertinencia<br />

del tema tratado por el artículo en relación a la línea<br />

editorial.<br />

3. Las contribuciones deben pertenecer a las categorias<br />

que se exponen a continuación: História y Crítica, Proyectos,<br />

Enseñanza, Investigación, Documento, Comentário,<br />

Reseña, Relevamiento, Croquis y, Dibujos, Resumen.<br />

4. Los originales deberán ser enviados de la seguiente<br />

manera:<br />

a) Presentados en disquetes.<br />

b) Utilizando el processador Word sin formatear, determinando<br />

apenas el início de los parágrafos.<br />

c) Los trabajos deberán ter un máximo de 25 (veinticinco)<br />

páginas incluyendo texto e ilustraciónes.<br />

d) Utlizando un tamaño de letra 12 (doce), cada página<br />

tendrá hasta 30 (treinta) líneas. La línea se compone de<br />

hasta 80 (ochenta) caracteres incluidos los espaciamientos.<br />

e) Las páginas deberán numerarse.<br />

f) Los trabajos deberán constar de: el título, el (los) nombre(s)<br />

del(delos) autor(es), su(s) calificación(es) profesional(es)<br />

y procedéncia.<br />

5. Será obligatória la presentación de un resumen en portugués<br />

y inglés, con un máximo de 1.000 (un mil) caracteres,<br />

incluyendo espaciamientos.<br />

6. Las notas y referencias bibliográficas se presentarán al<br />

final del texto referenciadas y agrupadas, así como las citas<br />

textuales, ello de acuerdo a las Normas de la ABNT –<br />

NBR-6023.<br />

7. Las ilustraciones se presentarán en hojas separadas<br />

con las indicaciones necesárias de legendas y referencias al<br />

texto.<br />

8. Los dibujos deberán ser presentados en originales o en<br />

disquetes formateados en programas compatibles (CAD,<br />

Corel Draw, Photoshop, PM6.5), en blanco y negro o en<br />

colores.<br />

9. Luego de entregados los originales serán analizados<br />

criteriosamente. Aquellos en desacuerdo con los padrones<br />

antedichos se devolverán para providenciar su pronta regularización.<br />

10. Los trabajos que no hayan sido aprobados por el Consejo<br />

Editorial y la Comisión de Publicaciones serán devueltos<br />

a los autores.<br />

11. Cada autor tendrá derecho a recibir gratuitamente tres<br />

ejemplares de aquel número de la revista en el cual fuera<br />

publicado su trabajo.<br />

Publication norms<br />

1. <strong>Sinopses</strong> is a review of the FAUUSP that has by object to<br />

divulgate the works of the architecture and urbanism<br />

knowledge field.<br />

2. The <strong>Sinopses</strong> Publication Commission, with the Editorial<br />

Council, will decide about which articles will be accepted for<br />

the publication, considering the disposable space and the<br />

theme pertinence to the editorial line.<br />

3. The contributions presented for the publication must to<br />

appertain to the following categories: History and Critique,<br />

Projects, Teaching, Research, Documents, Comments,<br />

Reviews, Registries, Informations, Abstracts, Draws.<br />

4. The originals must be sended to attending the following<br />

patterns:<br />

a) Presented by disquetes.<br />

b) To use the Word program, whithout format, only defining<br />

the paragraphs begining.<br />

c) The works must have a maximum of 25 (twenty five)<br />

pages including the text and the illustrations.<br />

d) To using the letter type height 12 , each page will have<br />

until 30 (thirty) lines. The line is composed by until 80<br />

(eighty) signs with the spacements included.<br />

e) The pages must be enumerated.<br />

f) The works must present: the tittle, the name(s) of the<br />

author(s), their(s) professional qualification(s) and origin.<br />

5. It’s obbligatory the presentation of the abstracts in<br />

portuguese and english languages, containing a maximum<br />

of 1.000 (one thousand) signs with the spacements included.<br />

6. The notes and bibliographic references will be presented<br />

at the end of the text, referred and grouped, also for the<br />

citations, according the norms of the ABNT – NBR-6023.<br />

7. The illustrations must be sended in separated papers<br />

containing the credit indications and the inscriptions must be<br />

referred in the text.<br />

8. The draws must be sended in theirs originals or by<br />

disquetes using compatibles programs (CAD, Corel Draw,<br />

Photoshop, PM6.5). The images may be in black and white<br />

or in color.<br />

9. After their presentation the originals will have the critical<br />

analysis. Those which are not in according to the stablished<br />

patterns will be returned to take the necessary providences<br />

for theirs regularization.<br />

10. The works not approved by the Editorial Council and<br />

by the Publication Commission will be devolved to theirs<br />

authors.<br />

11. Each author will receive gratuitously 3 (three)<br />

exemplars of the review number in which his work was<br />

published.


Universidade de São Paulo<br />

Editorial<br />

Do espaço-tempo, um percurso de produções:<br />

• da iniciação científica, ao doutorado, ao pós-doutorado;<br />

• momentos de estudos que caracterizam modos de indagação;<br />

• pesquisa que se define em cada etapa do percurso para cada nível<br />

da formação do conhecimento;<br />

• integração na seqüência do percurso para a produção de conhecimento.<br />

Um exemplo que se revela na área de arquitetura e urbanismo.<br />

Temas desenvolvidos:<br />

– da história da arquitetura, a noção de espaço-tempo na formação<br />

de imagem e identidade local: a casa rural brasileira;<br />

– o espaço-tempo na paisagem: os lugares públicos de cidades e o<br />

conceito na era contemporânea de arte/cidade;<br />

– o espaço-tempo pictórico e o espaço-tempo cinematográfico: pontos<br />

de encontro nas encenações e nas significações projetadas;<br />

– o espaço-tempo que devolve imagens originais: arte e ciência no<br />

restauro de arquitetura e suas linguagens;<br />

– o espaço-tempo da imagem comunicacional da cidade: os percursos<br />

perceptivos dos cidadãos que devem ler a cidade e compreendê-la;<br />

– a indispensável avaliação do real desempenho de sistemas de comunicação<br />

visual urbanos, pontos de vista sobre questões de seu<br />

planejamento e projeto, a essencial atualização/renovação das leis<br />

que os regem;<br />

– o espaço-tempo que põe à mostra, para consulta, a criação arquitetônica:<br />

acervos especializados e os centros de documentação, a<br />

biblioteca;<br />

– e, concluindo, a poética do espaço-tempo da imagem da arte<br />

pela imagem da cidade, seus bairros e lugares, sua história.<br />

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo<br />

De um percurso de pesquisas e resultados alcançados, selecionamos<br />

um conjunto de trabalhos. Do primeiro degrau da iniciação científica<br />

e em um suceder de momentos de outros degraus que prosseguiram<br />

com o intuito de sempre mais alcance do saber, encontramos produções<br />

integrando significados de imagens de espaço-tempo, nas linhas<br />

temáticas acima mencionadas.<br />

Da história da arquitetura, a noção de espaço-tempo na formação<br />

de imagem e identidade local: a casa rural brasileira.<br />

O espaço-tempo na arquitetura rural brasileira, “as fazendas da segunda<br />

metade do século 18 – A região do sul de Minas Gerais”. O<br />

desenho, da imagem arquitetônico-paisagística pela tipologia de implantação<br />

territorial, de distribuição em planta, de elevações construindo<br />

as fachadas, e de detalhes compondo essa imagem da casa<br />

rural brasileira, que se prolongou até o fim do século 19.<br />

O espaço-tempo na paisagem: os lugares públicos de cidades e o<br />

conceito na era contemporânea de arte/cidade.<br />

O trabalho do artista conjugado ao trabalho do arquiteto urbanista.<br />

Uma poética de espaço-tempo de lugares na cidade, modelagem de<br />

visuais, desenho de imagens sensíveis, criações artísticas. Uma pesquisa<br />

para uma nova estética ambiental a compor e integrar a idéia<br />

de cidadania. Novos indicadores de novos conhecimentos de novas<br />

orientações de percepção ambiental. Arte e cidade, para sempre um<br />

novo olhar sensível a nos ensinar a ler, educando-nos pelo ambiente<br />

que nos cerca.<br />

O espaço-tempo pictório e o espaço-tempo cinematográfico: pontos<br />

de encontro nas encenações e nas significações projetadas.<br />

O espaço-tempo na construção da cena pictórica de um mural que<br />

se projeta no lugar cinematográfico. Cena e lugar, criação de design:<br />

representa a interface pintura/cinema e reflete cinema/pintura. Estrutura<br />

interdisciplinar com intuito à comunicação cultural e à repre-<br />

5


6<br />

Editorial<br />

sentação de poética de lugar que gera comportamento e uso. Arte<br />

pictórica que quer se espelhar na realidade cênica do motivo de<br />

enredo de um cineasta, e, em contrapartida, a arte cinematográfica<br />

que projeta seu roteiro nas pinceladas que modelam o mural/tela<br />

ideado por artista plástico. Um jogo de conhecimentos transmitidos<br />

para reflexões sobre modos de ver lugares por suas funções e projeções<br />

que sobre eles os pensamentos dos usuários participantes passam<br />

a conferir novas significações, novas tramas a reconstituir roteiros<br />

em sucessão de acontecimentos imprevistos. Um jogo de intenções<br />

a construir permutas de participações, e jogo de conhecimentos<br />

estruturados a partir de fluxos de luz, a induzir participações, a inventar<br />

acontecimentos, a significar cena e cenário em um invólucro que<br />

é cor local, cor pictórica, cor/luz, espaço e forma, luz/cor do imaginário<br />

poético.<br />

A “desconstrução” fílmica de pintura pela “reconstrução” da imagem<br />

em busca de intérpretes.<br />

O espaço-tempo que devolve imagens originais: arte e ciência no<br />

restauro de arquitetura e suas linguagens.<br />

Conhecimentos que nos transmitem a intenção de restaurar imagem<br />

reconduzindo-nos à percepção do momento de sua criação. O<br />

restauro da imagem da arquitetura no espaço-tempo de percurso da<br />

aquisição de conhecimentos que reconstituam e revelem sua primeira<br />

mensagem ambiental. Desenho na expressão que lhe foi concedida<br />

na origem. Recuperação com o propósito de comunicar ao<br />

espectador/perceptor seu verdadeiro e próprio conteúdo. Sensibilidades<br />

transmitidas e compreendidas pela linguagem do arquiteto-artista<br />

autor do projeto e do artista-arquiteto que revelou, pelo<br />

domínio do traço e da técnica, as expressões estéticas e as conotações<br />

culturais de sua época. Significado do restauro como arte e como<br />

ciência, um desafio de concepção metodológica, dotado de uma<br />

meta: aprender a conhecer pela imagem a identidade daquele momento<br />

de expressão e representação, tornando-o presente, atual,<br />

perene.<br />

O espaço-tempo da imagem comunicacional da cidade: os percursos<br />

perceptivos dos cidadãos que devem ler a cidade e compreendê-la.<br />

A indispensável avaliação do real desempenho de sistemas de comunicação<br />

visual urbanos, pontos de vista sobre questões de seu planejamento<br />

e projeto, a essencial atualização/renovação das leis que os<br />

regem.<br />

E outros conhecimentos que se prendem à comunicação urbana<br />

pela construção da paisagem, por componentes que devem almejar<br />

<strong>Sinopses</strong> São Paulo n. <strong>36</strong> p. 5-6 dez. 2001<br />

o tom harmônico como qualidade, dimensão e quantidade, participação<br />

social, projeção cultural, educação visual. Consideração das<br />

questões que são estéticas e também éticas. Tom harmônico alcançado<br />

pela reunião dos mais diferentes aspectos que compõem e são<br />

parte da paisagem da cidade. Entre eles, os ecológicos, os sociais, os<br />

culturais, os econômicos, os sígnicos dos locais de mensagem histórica<br />

tão importantes para afirmar a preservação dos valores que<br />

construíram a imagem. Uma meta: prosseguir construindo e não<br />

desconstruindo. Um desafio para sistemas de legislação de proteção<br />

à paisagem. Pesquisas empreendidas, do acadêmico ao profissional,<br />

para uma coordenação de leis e feitos, de planos e projetos urbanísticos.<br />

Uma linguagem se destaca a do sistema de comunicação visual,<br />

atuando como elo de ordenação de pensamentos na idealização do<br />

desenho dos espaços da cidade: da amplitude panorâmica aos microespaços<br />

inseridos, aos componentes edificados, aos detalhes dos<br />

equipamentos que são os objetos do dia-a-dia da vida humana. De<br />

cada lugar para a cidade e da cidade para cada lugar: um elo de<br />

natureza e cultura.<br />

O espaço-tempo que põe à mostra, para consulta, a criação arquitetônica:<br />

acervos especializados e os centros de documentação, a Biblioteca.<br />

Documentos, expressões de projetos de arquitetura que passaram a<br />

significar acervo de patrimônio cultural brasileiro. Os projetos do<br />

Escritório Rino Levi de São Paulo, do arquiteto, seu criador, ao conjunto<br />

obras, produções representativas dos grupos que participaram<br />

ao longo do espaço-tempo do desenvolvimento projetual e de construções<br />

que marcaram e marcam a contribuição da cultura brasileira<br />

à arquitetura urbana.<br />

E, concluindo, a poética do espaço-tempo da imagem da arte pela<br />

imagem da cidade, seus bairros e seus lugares, sua história.<br />

Imagens plásticas de sensibilidade pictórica: linguagens que marcam<br />

composições cromáticas de momentos vividos na cidade. Imagem<br />

mental, idéia, pensamento, no propósito de se constituir em comunicação<br />

poética de espaco/cidade. A luz/cor de bairros de São Paulo:<br />

do Centro/Sé, ao Brás, à Bela Vista, à Penha.<br />

Consta neste número da revista mais um novo elenco de Dissertações<br />

de Mestrado e Teses de Doutorado, defendidas, homologadas<br />

e catalogadas para obras de consulta e que passaram a compor o<br />

acervo da Biblioteca da FAUUSP.<br />

Élide Monzeglio<br />

Editora


Universidade de São Paulo<br />

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo<br />

Resumos Abstracts<br />

Fazendas do sul de Minas – Séculos 18 e 19<br />

Cícero Ferraz Cruz – Arquiteto formado pela FAUUSP em 1999<br />

Resumo<br />

Este trabalho é um estudo sobre a casa rural no sul do estado de<br />

Minas Gerais nos séculos 18 e 19. A região delimitada é a porção sul<br />

da bacia do rio Grande em território mineiro.<br />

São fazendas formadas no período que vai da segunda metade do<br />

século 18, com a decadência do ciclo do ouro, até o fim do século<br />

19, com as mudanças trazidas pela Proclamação da República, o fim<br />

da escravatura e a chegada do trem de ferro. Esse foi um período<br />

marcado pela ruralização e pelo isolamento econômico e social da<br />

região. É uma arquitetura que se caracteriza basicamente pelo uso<br />

da mesma técnica construtiva (estrutura independente de madeira e<br />

uso do pau-a-pique), do mesmo tipo de implantação e pelo uso dos<br />

mesmos programas de necessidades, obtendo, muitas vezes, o mesmo<br />

resultado plástico.<br />

Este trabalho é o resultado de uma pesquisa e de um levantamento<br />

realizado entre 1996 e 1997, como iniciação científica, e teve como<br />

orientador o professor Antônio Luiz Dias de Andrade. Nesse período<br />

foi feito o levantamento arquitetônico de 73 fazendas por meio<br />

de desenhos (planta, implantação, fachadas e detalhes) e fotografias.<br />

O trabalho foi exposto na Faculdade de Arquitetura da Universidade<br />

do Porto, Portugal, em 1998, e na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo<br />

da Universidade de São Paulo, em 2000.<br />

Abstract<br />

The present work is a study about rural houses in the state of Minas<br />

Gerais which date from the 18 th and 19 th centuries. The chosen region<br />

is that of the southern part of Grande river basin in the territory of<br />

Minas Gerais.<br />

The above mentioned houses belong to farms raised during a period<br />

which extends from the second half of the 18 th century, marked by the<br />

decay of the golden rush in Minas Gerais, to the end of 19 th century,<br />

marked by the changes brought by the Proclamation of Republic, the<br />

abolition of slavery and the arrival of the railway locomotives. This<br />

period reflects the ruralization and the economic and social isolation<br />

of the region which, in its turn, reflects upon the arquitecture,<br />

characterized basically by the use of the same building technique<br />

(independent wooden structures and stud and mud structures), by<br />

the same implementation and by the use of similar programs of needs,<br />

obtaining, most times, the same plantic result.<br />

This work came out as a result of bibliographic and field research<br />

developed between 1996 and 1997, under the tutorship of professor<br />

Antônio Luiz Dias de Andrade, as part of the program of scientific<br />

initiation. During this period, 73 farms were studied, drawn (drafting,<br />

implementation, façades and details) and photographed.<br />

The wok was exhibited at Architecture College of Porto University,<br />

Portugal, in 1998 and at Architecture and Urbanism College of<br />

University of São Paulo, Brazil, in 2000.<br />

7


8<br />

Resumo<br />

Resumos • Abstracts<br />

Este artigo aborda as mudanças pelas quais passaram o modo de se<br />

intervir na arquitetura do passado, no período compreendido entre<br />

os séculos 15 e 18, com o objetivo de mostrar a gradual sedimentação<br />

de certas posturas que se encontram nas raízes do estabelecimento<br />

da restauração como ciência, que se firmou principalmente a<br />

partir do século 19. As intervenções feitas em edifícios já existentes<br />

eram voltadas, em geral, para sua adaptação às necessidades da época<br />

e eram ditadas por exigências práticas. No entanto, várias noções<br />

que floresceram no período que se estende dos séculos 15 ao 18<br />

foram amadurecendo e gradualmente conjugadas na formação das<br />

teorias de restauro: o respeito pela matéria original, a idéia de reversibilidade<br />

e distinguibilidade, a importância da documentação e de<br />

uma metodologia científica, o interesse por aspectos conservativos e<br />

de mínima intervenção, a noção de ruptura entre passado e presente.<br />

Principalmente a partir da segunda metade do século 18, a caracterização<br />

da restauração afasta-se cada vez mais de ações ditadas por<br />

razões pragmáticas e assume uma conotação fundamentalmente<br />

cultural, baseada em análises sistemáticas e com maior rigor e método<br />

nos procedimentos, com o julgamento alicerçado no conhecimento<br />

histórico e análises formais. Esses fatores contribuíram, por<br />

meio de um lento processo de sedimentação, para fundamentar as<br />

atuais noções ligadas ao restauro, entendido como uma ação de<br />

caráter eminentemente cultural, que se transforma em um ato crítico<br />

alicerçado na análise da relação dialética entre fatores estéticos e<br />

históricos.<br />

<strong>Sinopses</strong> São Paulo n. <strong>36</strong> p. 9-12 dez. 2001<br />

As transformações na maneira de se intervir na arquitetura do passado entre os séculos 15 e 18: O período de<br />

formação da restauração<br />

Beatriz Mugayar Kühl – Professora doutora do Departamento de História da Arquitetura e Estética do Projeto da FAUUSP<br />

Abstract<br />

This article refers to the changes in the way how to intervene in<br />

former architecture in the period included between the 15 th and the<br />

18 th centuries, with the purpose of showing the gradual sedimentation<br />

of certain attitudes found in the roots of establishing restoration as a<br />

science, which was consolidated as from the 19 th century. The interventions<br />

made in the already existing buildings were, in general, oriented<br />

towards adapting those buildings to the needs of that time, and were<br />

dictated to by practical requirements. Nevertheless, several concepts,<br />

which flourished in the period lapping over from the 15 th to the 18 th<br />

century, were gradually incorporated in the building of restoration theories:<br />

the respect for the original material; the notion of reversibility and<br />

of what is distinguishable; the importance of a documentation as well<br />

as a scientific methodology; the interest for conservative aspects that<br />

require little intervention; the notion of a rupture between the past and<br />

the present. As from the second half of the 18 th century, mainly, restoration<br />

deviates more and more from acts ruled by pragmatic reasons<br />

and acquires a fundamentally cultural conotation, based on systematic<br />

analyses together with greater rigour and method regarding the procedures.<br />

Judgement, as well, is based on historical knowledge and formal<br />

analyses. Such factors have contributed, through a slow sedimentation<br />

process, to validate the present concepts regarding restoration, which is<br />

presently understood as a highly cultural act that changes into a critical<br />

one, based on the analysis of the dialectical relation between esthetics<br />

and historical factors.


Universidade de São Paulo<br />

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo<br />

O “campo ampliado” e as novas formas da arte na paisagem<br />

Ubiraélcio da Silva Malheiros – Professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Tocantins. Doutorando e mestre em<br />

Estruturas Ambientais Urbanas pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo<br />

Resumo<br />

Este artigo observa, a partir do conceito de Rosalind Krauss sobre<br />

“campo ampliado”, o binômio arte/paisagem, como uma estratégia<br />

para dotar de significado o espaço natural e os espaços públicos da<br />

cidade. A paisagem urbana contemporânea apresenta, na sua configuração,<br />

traços de algumas das trajetórias artísticas dos anos 60 –<br />

minimalismo e land art – que caracterizam a proximidade entre o atual<br />

trabalho do artista e do arquiteto na cena urbana pós-modernista.<br />

Abstract<br />

This paper shows the concept of Rosalind Krauss about “expanded field”,<br />

the dichotomy art/landscape, like a strategy to give meaning to the<br />

natural environment and the city public space. The contemporary urban<br />

landscape presents, in its configuration, some traces of the artistic<br />

tendencies from 1960s – minimalism and land art –, that evidences<br />

the similarity between the present work of the artist and of the architect<br />

in the post modern urban scene.<br />

Desconstrução fílmica da pintura “O banquete dos oficiais da Companhia Cívica de São George”: descrições<br />

cromáticas<br />

Rosa Cohen – doutoranda ECA-USP<br />

Resumo<br />

O tema pretende refletir o resultado intertextual da pintura “O banquete<br />

dos oficiais da companhia cívica de São George” (1616), do<br />

pintor holandês barroco Frans Hals (1582-1666) no filme O cozinheiro,<br />

o ladrão, sua mulher e o amante (Cook), 1989, do cineasta e<br />

pintor britânico contemporâneo Peter Greenaway (1942).<br />

Abstract<br />

The subject intend to reflect the intertextual result of the paint “Banquet<br />

of the officers of the Saint George civic Guard (1616) from the dutch<br />

barroc painter Frans Hals (1582-1666) at the film The cook, the<br />

thief, his wife and her lover (1989) from the british contemporary director<br />

and painter Peter Greenaway (1942).<br />

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