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Escrevendo a história no feminino - Fazendo Gênero

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Anais do VII Seminário <strong>Fazendo</strong> <strong>Gênero</strong><br />

28, 29 e 30 de 2006<br />

O Mundo infanto-juvenil e as relações de gênero: olhares ampliados. – ST 8<br />

Ivonete Pereira<br />

UNIOESTE/PR<br />

Palavras-chave: Crianças, puericultura, eugenia.<br />

“Não basta ser mãe, tem que ser higiênica e honesta” 1<br />

{...} senhores, como recurso supremo, eu me volto para a infância – os pequeni<strong>no</strong>s de hoje<br />

que serão os grandes de amanhã; é nela que ponho as esperanças da grandeza do atual<br />

regime pela regeneração da pátria.<br />

{...}<br />

Temos uma pátria a reconstruir, uma nação a firmar, um povo a fazer... e para<br />

empreender essa tarefa, que elemento mais dúctil e moldável a trabalhar do que a<br />

infância?” 2<br />

No Senado Federal, em 11 de setembro de 1896, Lopes Trovão, em discurso inflamado,<br />

alertava para a importância dos cuidados que a sociedade deveria ter com as crianças para, <strong>no</strong><br />

futuro, não ter problemas com os adultos, principalmente os das classes trabalhadoras. Sua fala<br />

demonstrava as <strong>no</strong>vas concepções que estavam se constituindo <strong>no</strong> Brasil em tor<strong>no</strong> da infância,<br />

principalmente da pobre, bem como o ideal de trabalhador necessário para o progresso da nação.<br />

A preocupação com as crianças e adolescentes pobres, como um problema presente e futuro,<br />

foi construída historicamente em um momento bem marcante na sociedade brasileira, a mudança do<br />

regime político e do sistema de produção. Desde as últimas décadas do século XIX, em estudos de<br />

diferente natureza, como textos médicos, literários, políticos, jornalísticos, jurídicos, entre outros,<br />

encontramos reflexões apreensivas em relação à população infanto-juvenil proveniente das camadas<br />

populares.<br />

Não por acaso, a produção intelectual de diferentes áreas de atuação passou a ter como foco<br />

de suas análises os filhos das camadas populares. Influenciados por estudos realizados na Europa –<br />

posteriormente <strong>no</strong>s estados <strong>no</strong>rte-america<strong>no</strong>s –, bem como pelas “verdades” que se desprendiam<br />

das teorias criadas por tais estudos, a intelectualidade brasileira, apropriando-se de um status de<br />

científica, passou a analisar a vida dos pobres e, através de seus estudos, a apontar os muitos<br />

problemas que estes representavam para o país, como também as medidas que deveriam ser<br />

tomadas para solucionar tais problemas.<br />

No bojo da discussão acerca dos pobres e do que eles representavam para a nação,<br />

destacava-se a discussão sobre a população infanto-juvenil. Os olhares dirigidos a este grupo<br />

ocorriam por dois principais motivos: 1°) a concepção de ser ele um potencial que necessitava ser<br />

controlado e direcionado para o interesse da sociedade brasileira; 2º) uma vez disciplinado e<br />

treinado, seria a mola mestra – os braços – do progresso da nação, haja vista que os outros grupos<br />

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Anais do VII Seminário <strong>Fazendo</strong> <strong>Gênero</strong><br />

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que compunham as camadas populares – adultos e idosos – , <strong>no</strong> máximo, poderiam ser controlados<br />

e disciplinados, mas jamais “transformados” <strong>no</strong> trabalhador que toda nação “civilizada” e em<br />

progresso requeria.<br />

A atenção à infância encampada por médicos brasileiros desde o final do século XIX passou<br />

a <strong>no</strong>rtear as ações de se investir na “célula” da infância e através dela, agir sobre a família,<br />

passando-lhes as <strong>no</strong>ções de higiene e saúde física e moral. Desta feita, se tor<strong>no</strong>u premissa dessa<br />

elite intelectual e política a gestão científica da pobreza através do saber-médico higienista, bem<br />

como a imposição de <strong>no</strong>rmas burguesas às camadas populares, bem como o controle e apropriação<br />

da infância por diferentes saberes. A partir deste momento a prática da puericultura e as teorias<br />

eugenicas passavam a ganhar espaço <strong>no</strong>s meios acadêmico e político.<br />

A pediatria e a puericultura já existiam <strong>no</strong> Brasil <strong>no</strong> decorrer do século XIX, entretanto<br />

somente <strong>no</strong> XX adquiriram cunho científico e tornaram-se especialidades médicas. Em especifico, a<br />

puericultura ao elaborar uma representação da criança dentro do padrão de "<strong>no</strong>rmalidade", <strong>no</strong> qual a<br />

criança para ser saudável deveria ser rosada, gordinha e sorridente, criou <strong>no</strong> imaginário social a<br />

representação da criança doente, ou seja, daquela que não se enquadrava nas características acima<br />

descritas.<br />

Dentro de um pla<strong>no</strong> de metas e com o discurso de ter como objetivo o cuidado para que a<br />

criança fosse gerada, nascesse e crescesse sadia, a puericultura foi sendo organizada até atingir ao<br />

que atualmente o Estado de<strong>no</strong>mina de "Programa de saúde mater<strong>no</strong>-infantil", sendo também<br />

utilizada como forma de acesso de filantropos e reformadores sociais – médicos, juristas, teólogos,<br />

sociólogos, entre outros – ao interior das famílias. Estes, através de suas práticas tentam influenciar<br />

não apenas nas relações de higiene e saúde entre mães e filhos, mas também em suas relações<br />

afetivas, ampliando essa interferência para as relações íntimas dos membros adultos da família,<br />

inclusive as relações sexuais.<br />

Como um dos precursores, principalmente da puericultura, com idéias e métodos<br />

cientificamente embasados, Moncorvo Filho deu inicio à sua “cruzada” em prol da infância<br />

brasileira. Em 24 de março de 1889, em sua residência, situada na Rua da Lapa, o Instituto de<br />

Proteção e Assistência à Infância do Rio de Janeiro, que foi inaugurado, em 14 de julho de 1901, na<br />

rua Visconde do Rio Branco 3 . Desde então, ele passou a ser um dos grandes divulgadores da<br />

importância de estabelecimentos desta natureza, bem como das ações e medidas que deveriam ser<br />

tomadas visando à criação de políticas efetivas que atingissem as questões relacionadas às<br />

gestantes, crianças e adolescentes pobres do Brasil.<br />

No discurso da inauguração do Instituto, na presença do então Presidente do país, Campos<br />

Salles, o médico destacava quais seriam as principais e imediatas realizações do Instituto, entre<br />

várias,<br />

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Anais do VII Seminário <strong>Fazendo</strong> <strong>Gênero</strong><br />

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Sob o seu imediato patrocínio procurará ter o Instituto todas as crianças pobres, doentes,<br />

defeituosas, maltratadas e moralmente abandonadas de <strong>no</strong>ssa Capital.<br />

A lactação na classe pobre será assunto da maior preocupação de <strong>no</strong>ssa instituição que,<br />

após a perfeita regularidade <strong>no</strong> funcionamento do serviço de exame e atestação das amas<br />

-de-leite, se esforçará por obter do Gover<strong>no</strong> e da Municipalidade a regulamentação<br />

salvadora de milhares de crianças. 4<br />

Tomando como exemplo países que considerava “civilizados”, Moncorvo Filho revelou sua<br />

preocupação com o controle da saúde das amas de leite que, bem antes de amamentarem os filhos<br />

das camadas populares, inclusive os delas próprias, aleitavam os filhos das famílias abastadas. Fica<br />

evidente que a preocupação não era com a saúde das mulheres, mas com a das crianças a que elas<br />

davam de mamar. Em "A Polícia das Famílias", Jacques Donzelot mostra que, na Europa, desde<br />

meados do século XVIII, a discussão em tor<strong>no</strong> dos vícios e doenças que as crianças poderiam<br />

contrair quando amamentadas por nutrizes contratadas sem passarem anteriormente por<br />

investigações médicas e sociais, ganhavam cada vez mais destaque, originando, em alguns casos,<br />

leis regulamentadoras das atividades das nutrizes 5 .<br />

No Brasil, em 1863, foi apresentado à Academia Imperial de Medicina um projeto que<br />

pleiteava a regulamentação do serviço oferecido pelas amas-de-leite. Tal projeto, elaborado pela<br />

Madamer Durocher 6 , já havia sido enviado <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 1849 à Câmara Municipal da Capital do país,<br />

contudo não foi levado adiante em nenhum dos casos. Serviu de base,porém, para as discussões que<br />

posteriormente seriam travadas <strong>no</strong> meio acadêmico e divulgadas pela imprensa quanto à<br />

necessidade de serem estipulados exames médicos para as mulheres que ofereciam o serviço de<br />

ama-de-leite, bem como a obtenção de informações sobre os padrões higiênicos e o comportamento<br />

moral delas, tanto “que em junho de 1875 o barão Lavadrio solicitou das autoridades a<br />

regulamentação do aluguel de amas-de-leite” 7 .<br />

Desta feita, percebemos que a intenção de implantar, na capital do Brasil, uma<br />

regulamentação das atividades das amas-de-leite, a exemplo do que já existia na França desde 1874,<br />

não era recente. Em sua produção intelectual, bem como nas atividades que <strong>no</strong>rtearam toda sua<br />

jornada, Moncorvo Filho apresentou vários projetos que visavam o controle das “nutrizes<br />

mercenárias” 8 . Entretanto, tais projetos não lograram êxito, o que não o impediu de exercer esse<br />

controle através do Dispensário existente, <strong>no</strong> Instituto por ele criado. Suas ações também serviram<br />

de modelo para a implantação do controle dessa atividade em outros Estados, tendo sido criada,<br />

desta forma, uma ação permanente entre os puericultores que, ao exercerem tal controle, ao mesmo<br />

tempo tornavam a atividade de ama-de leite uma profissão disciplinada.<br />

Segundo Jurandir Freire Costa, nas primeiras décadas do século XX, a teoria eugênica<br />

difundia-se entre <strong>no</strong> Brasil, num momento em que o país atravessava uma expressiva crise devido<br />

às mudanças que vinham ocorrendo desde o final do século anterior. Respostas e soluções aos<br />

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Anais do VII Seminário <strong>Fazendo</strong> <strong>Gênero</strong><br />

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problemas que já estavam postos faziam com que a intelectualidade brasileira visse na eugenia uma<br />

luz <strong>no</strong> final do túnel.<br />

O regime republica<strong>no</strong> atravessava nas duas primeiras décadas do século XX, um período<br />

de convulsões. A abolição da escravatura, a imigração européia, migração de camponeses e<br />

antigos escravos para as cidades; enfim, os efeitos econômicos da industrialização nascente<br />

agravavam as tensões sociais e colocavam em questão o próprio regime, cuja legitimidade a<br />

elite dirigente procurava justificar por todos os meios. 9<br />

Uma das justificativas atribuídas pela intelectualidade aos problemas vivenciados <strong>no</strong> país era<br />

a miscigenação do povo brasileiro que, segundo ela, possuía em sua constituição raças inferiores,<br />

indisciplinadas e preguiçosas, assim, via <strong>no</strong> melhoramento do povo, através da “purificação da<br />

raça”, uma das saídas para a crise. A partir deste período, médicos e higienistas brasileiros passaram<br />

a rever os procedimentos que deveriam ser tomados para resolver os problemas representados pelas<br />

crianças e adolescentes pobres, defendendo que o melhoramento da raça começava pela modelação<br />

e mudança destes, o que garantiria a construção de adultos fortes, sadios e ordeiros.<br />

A criação de tais sujeitos estava pautada nas idéias eugenistas criadas, em 1883, pelo<br />

fisiologista inglês, Francis Galton, o qual, inspirado nas teorias de Charles Darwin, criou a tese de<br />

que era possível, através do controle de fatores sociais, promover a melhoria étnica de gerações<br />

futuras. 10 Nesta perspectiva, desde tenra idade, os indivíduos deveriam ser educados, em sua<br />

corporeidade, de acordo com, pelo me<strong>no</strong>s, duas medidas disciplinares: 1ª) a disciplina do tempo,<br />

marcando as diversas formas de fiscalização – tempo de acordar, brincar, estudar 11 –; 2ª) a<br />

disciplina trabalhista, atendendo ao projeto de construção de adultos acostumados com o mundo do<br />

trabalho, ou seja, desde cedo, o corpo deveria ser “domesticado” para desempenhar atividades que<br />

formassem nas crianças e adolescentes o gosto pelo trabalho. 12<br />

Com isto, lembramos um dos modelos da medicina social analisada por Foucault – a<br />

medicina urbana – que surgiu na França por volta do século XVIII, visando, conforme este autor, a<br />

medicalização de espaços e elementos que, nas cidades, em seu processo de urbanização, apareciam<br />

como foco de doenças que se multiplicavam. Assim, além da profilaxia do espaço urba<strong>no</strong>, deveria<br />

ser feita também uma higienização dos corpos. 13<br />

No Brasil, somente a partir de 1914 14 começaram a ser publicados trabalhos de divulgação<br />

das teorias eugenistas, entretanto elas já permeavam as atividades médico-higienistas em todo o país<br />

e, não raras vezes, as encontramos <strong>no</strong>s discursos de parlamentares que, imbuídos do sentimento<br />

patriótico, conclamavam o melhoramento do “homem” brasileiro através do cuidado com a criança.<br />

Em 1915, Moncorvo Filho, <strong>no</strong> “Curso Popular” organizado por ele e realizado <strong>no</strong> Instituto<br />

de Proteção e Assistência à Infância do Rio de Janeiro sobre a “Higiene privada da infância”, já<br />

dissertava sobre o tema. Em 1918, um grupo de médicos fundou a primeira entidade eugênica do<br />

país, inaugurada com o <strong>no</strong>me de Sociedade Eugênica de São Paulo. 15 O melhoramento da raça, bem<br />

como a garantia de adultos disciplinados, saudáveis e trabalhadores, orientou o pensamento e os<br />

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Anais do VII Seminário <strong>Fazendo</strong> <strong>Gênero</strong><br />

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discursos de intelectuais e autoridades públicas em tor<strong>no</strong> da assistência às crianças e adolescentes<br />

pobres do país.<br />

Assim, com a perspectiva de tornar toda gestação e o fruto dela saudável, as teorias e<br />

práticas da puericultura, seguidas das da eugenia, passaram a ser, nas primeiras décadas do século<br />

XX <strong>no</strong> Brasil a base das ações dos saberes dito especializados sobre a população.<br />

Resguardadas pelo caráter científico, tais teorias, para além da constituição do sujeito ideal<br />

conclamava a formação de uma <strong>no</strong>va raça para o país. Para tanto, a preocupação de profissionais<br />

guiados pelas teorias eugênicas era a de impedir a procriação de pessoas que pudessem gerar<br />

crianças moral e fisicamente doentes. Neste contexto, além das prescrições da puericultura, <strong>no</strong> que<br />

se refere aos cuidados com a gestante e recém-nascidos, são fomentados também práticas de<br />

controle da natalidade que ia desde a esterilização dos doentes e "degenerados" ao incentivo à<br />

utilização de métodos contraceptivos.<br />

Em teses defendidas na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, aparecem defesas<br />

contundentes sobre a esterilização de pessoas que, através de sua prole poderiam perpetuar "a<br />

classe inútil dos idiotas, imbecis, amorais e crimi<strong>no</strong>sos constitucionais 16 ",o que prejudicaria a<br />

implementação de um país moder<strong>no</strong> e civilizado.<br />

No rol das discussões também o casamento passou por questionamentos. Em 1922, <strong>no</strong> I<br />

Congresso de Proteção a Infância, Dr. Alarico de Freitas em sua palestra defendia que era <strong>no</strong><br />

"domínio da psicanalise que a sociedades científicas devem consumir suas melhores energias<br />

promovendo <strong>no</strong> organismo Social a sua necessária profilaxia – num trabalho incessante de<br />

periquirição eugenica promovendo o aperfeiçoamento da espécie – pela seleção de seus valores." 17<br />

Sendo assim, "a lei deve vedar que se consume o casamento entre os imcapazes de consetimento." 18<br />

Para os casamentos que ja haviam sido realizados e a partir dele famílias constituidas, Dr.<br />

Alfredo Balthazar da Silveira, em mesmo Congresso, defendeu a intervenção em tais lares.<br />

Alegando que alguns "elementos" não tinham condições de gerar e educar seus filhos. Em seu<br />

discurso utilizou a tese defendida pelo delegado do tribunal judiciário de Barcelona, Dr. Armengol<br />

y Lornet, <strong>no</strong> Congresso Penitenciário de París em 1815 o qual defendia que "os pais que se não<br />

condizem com dignidade e as mães desnaturadas, constituindo a verdadeira e, talvez única, causa<br />

da perversão moral dos filhos, em virtude do modo porque desempenham as funções, que lhes<br />

conferiram as leis naturais e cívis." 19<br />

Sob o auspício de preservar o futuro da nação, os "homens da ciência" defendiam um maior<br />

controle por parte dos poderes públicos na gestação e criação das crianças das camadas populares.<br />

Práticas de controle e mesmo repressão passaram a <strong>no</strong>rtear as ações de filantropos e do Estado sobre<br />

o quotidia<strong>no</strong> de mulheres pobres na relação e <strong>no</strong> trato com seus filhos.<br />

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Anais do VII Seminário <strong>Fazendo</strong> <strong>Gênero</strong><br />

28, 29 e 30 de 2006<br />

Sobre a mulher recai a responsabilidade de um futuro promissor da nação, não apenas por<br />

suas funções geratrizes, mas também por ser ela o primeiro "agente" protetor e educativo da<br />

criança. Na medida em que crescia a responsabilidade da mulher em relação a quantidade e<br />

qualidade das pessoas que deveriam constituir o povo da nação moderna e civilizada que se<br />

almejava, era reforçada a imagem da maternidade como desti<strong>no</strong> femini<strong>no</strong>; fato que justificava ações<br />

repressivas e profiláticas sobre as mulheres que não desempenhavam a contento suas funções de<br />

progenitoras, mãe e educadoras dos futuros cidadãos do país.<br />

Referências :<br />

COSTA, Jurandir Freire. História da Psiquiatria <strong>no</strong> Brasil: um corte ideológico. 2ª ed. Rio de<br />

Janeiro: Editora Documentário, 1976;<br />

DONZELOT, Jacques . A Polícia das famílias. 2ª ed., vol.9, Rio de Janeiro: Graal, 1986;<br />

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. 11. ed., Rio de Janeiro: Graal, 1993;<br />

I Congresso Brasileiro de Proteção à Infância: 7º Boletim (1924) – Teses oficiais, memórias e<br />

conclusões. Rio de Janeiro: Empresa Gráfica Editora, 1925;<br />

MONCORVO FILHO, Arthur. Histórico da Protecção à Infância <strong>no</strong> Brasil: 1500-1922. 2ªedição.<br />

Rio de Janeiro: Empreza Graphica Paulo Pongetti, 1927<br />

NEVES FILHO, Ma<strong>no</strong>el Tavares. Da esterilização de a<strong>no</strong>rmais como processo eugênico. Rio de<br />

Janeiro: Tese da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, 1921;<br />

ORLANDI, Orlando V. Teoria e prática do amor à criança: introdução à pediatria social <strong>no</strong> Brasil.<br />

Rio de Janeiro: Zahar, 1985<br />

SILVA, Ana Márcia. Elementos para compreender a modernidade do corpo numa sociedade<br />

racional. Cader<strong>no</strong>s CEDES a<strong>no</strong> XIX, n, 48, Ago. 1999;<br />

6


1 Este texto faz parte de um dos capítulos de minha tese de doutorado intitulada "Crianças e adolescentes pobres à<br />

sombra da delinquencia e da desvalia: Florianópolis - 1900/1940".<br />

2 Discurso proferido por Lopes Trovão <strong>no</strong> dia 11 de setembro de 1896 <strong>no</strong> Senado Federal, Rio de Janeiro. Apud:<br />

MONCORVO FILHO, Arthur. Histórico da Protecção à Infância <strong>no</strong> Brasil: 1500-1922. 2ªedição. Rio de Janeiro:<br />

Empreza Graphica Paulo Pongetti, 1927. p. 128-131<br />

3 Idem, p. 139-140<br />

4 Ibidem, p. 142<br />

5 DONZELOT, Jacques . A Polícia das famílias. 2ª ed., vol.9, Rio de Janeiro: Graal, 1986, p. 33<br />

6 ORLANDI, Orlando V. Teoria e prática do amor à criança: introdução à pediatria social <strong>no</strong> Brasil. Rio de Janeiro:<br />

Zahar, 1985. p. 68. Orlandi coloca que de acordo com Fernando Magalhães em Obstetrícia <strong>no</strong> Brasil, publicado em<br />

1922, na cidade do Rio de Janeiro pela editora Leite Ribeiro, “Mme Durocher foi a primeira parteira diplomada pela<br />

<strong>no</strong>va Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1934 – mais tarde, o primeiro e único titular femini<strong>no</strong> da Academia<br />

Imperial de Medicina.<br />

7 Idem, p. 59<br />

8 Ibidem, p. 70<br />

9 COSTA, Jurandir Freire. História da Psiquiatria <strong>no</strong> Brasil: um corte ideológico. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora<br />

Documentário, 1976, p.33<br />

10 ORLANDI, Orlando, Op. Cit p.93<br />

11 Sem dúvida existiam projetos específicos - que transparecem <strong>no</strong>s discursos por nós analisados - para as crianças e<br />

adolescentes dos meios abastados, porém acreditamos que a análise dos papéis construídos aos filhos das famílias<br />

abastadas, são merecedoras de um estudo específico.<br />

12 SILVA, Ana Márcia. Elementos para compreender a modernidade do corpo numa sociedade racional. Cader<strong>no</strong>s<br />

CEDES a<strong>no</strong> XIX, n, 48, Ago. 1999, p. 22.<br />

13 FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. 11. ed., Rio de Janeiro: Graal, 1993, p 89<br />

14 ORLANDI, Orlando. Op. Cit., p. 93<br />

15 Idem, p. 93<br />

16 NEVES FILHO, Ma<strong>no</strong>el Tavares. Da esterilização de a<strong>no</strong>rmais como processo eugênico. Rio de Janeiro: Tese da<br />

Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, 1921, p. 14<br />

17 I Congresso Brasileiro de Proteção à Infância: 7º Boletim (1924) – Teses oficiais, memórias e conclusões. Rio de<br />

Janeiro: Empresa Gráfica Editora, 1925, p. 47<br />

18 Idem.<br />

19 Ibidem, p, 43

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