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daros augusto teodoro da silva caracterização da distribuição e ...

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melhor compreender as relações ecológicas existentes. Acrescente-se a isso o fato<br />

de os remanescentes dessa floresta estarem distribuídos de forma heterogênea nos<br />

três planaltos do Estado, continuando seu processo de degra<strong>da</strong>ção antrópica, o que<br />

resulta em uma paisagem bastante fragmenta<strong>da</strong> (CASTELLA, BRITEZ & MIKICH,<br />

2004). Além <strong>da</strong> per<strong>da</strong> de habitat, também o isolamento de populações é propiciado<br />

por esse processo, causando redução <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de e empobrecimento genético<br />

(PRIMACK & RODRIGUES, 2001; CASTELLA, BRITEZ & MIKICH, 2004).<br />

Na região de Curitiba, entretanto, a monotonia <strong>da</strong>s escuras e altivas<br />

Florestas com Araucárias era interrompi<strong>da</strong> pelo mosaico de campos (Estepe<br />

Gramíneo-Lenhosa) com capões de floresta com araucárias, florestas ribeirinhas<br />

(Floresta Ombrófila Mista Aluvial), e também pontilhados por campos úmidos e<br />

várzeas (Formação Pioneira de Influência Flúvio-Lacustre) (KLEIN &<br />

HATSCHBACH, 1962; DOMBROWSKI & KUNIYOSHI, 1967; BIGG-WITHER, 1974;<br />

HUECK, 1978; SAINT-HILAIRE, 1978; IMAGUIRE, 1980; MAACK, 2002; AB’SÁBER,<br />

2003; SEGER et al., 2005; CURCIO et al., 2006), até o início dos contrafortes <strong>da</strong><br />

Serra do Mar paranaense, a leste, onde a paisagem <strong>da</strong>va lugar à floresta atlântica<br />

(Floresta Ombrófila Densa). O texto no pretérito sugere que essa paisagem não faz<br />

mais parte de nosso cotidiano. Klein & Hatschbach (1962) já na déca<strong>da</strong> de 60,<br />

descrevendo a fitofisionomia dos arredores de Curitiba, relatavam que o aspecto <strong>da</strong><br />

vegetação <strong>da</strong> região era resultante de uma “forte e descontrola<strong>da</strong> intervenção do<br />

homem sôbre a floresta”, e ain<strong>da</strong> que “a cobertura vegetal presente, está<br />

completamente modifica<strong>da</strong>, sendo muitas vêzes, impossível de precisar os limites,<br />

outrora existentes, entre os campos e as matas”. A urbanização e o<br />

“desenvolvimento” agropecuário descaracterizaram quase que totalmente essa<br />

região, sendo raro encontrar um remanescente de campo, e, quando se encontra,<br />

este já possui estrutura e florística muito altera<strong>da</strong>s, assim como as florestas.<br />

Dombrowski & Kuniyoshi (1967) descreveram sucintamente como foi gra<strong>da</strong>tivamente<br />

sendo alterado um capão nas cercanias de Curitiba, por conseqüência <strong>da</strong><br />

urbanização. Processos semelhantes ocorreram em to<strong>da</strong> a região, restando apenas<br />

alguns dos muitos capões que aí ocorriam, restringindo-se a parques municipais,<br />

alguns terrenos particulares, e estando a maioria situados na Região Metropolitana<br />

de Curitiba. Este é o caso do “Capão do Corvo” ou “<strong>da</strong>s Gaiolas”, situado na Estação<br />

Experimental do Canguiri (EEC), pertencente à Universi<strong>da</strong>de Federal do Paraná<br />

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