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daros augusto teodoro da silva caracterização da distribuição e ...

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2.2.1 Densi<strong>da</strong>de e <strong>distribuição</strong> de ninhos de Meliponina<br />

A maior parte dos estudos realizados no Brasil e no mundo, relacionados à<br />

identificação de meliponíneos em ambiente natural, restringe-se à coleta de<br />

amostras de espécimes quando estes estão forrageando, ou seja, procurando<br />

alimento, água ou material de construção para seus ninhos (LIOW, 2001; AGUIAR &<br />

MARTINS, 2003; SANTOS, CARVALHO & SILVA, 2004). Contudo esses estudos<br />

apenas passam a idéia de abundância relativa e riqueza de espécies, mas pouco<br />

colaboram para a real <strong>distribuição</strong> <strong>da</strong>s colônias de Meliponina em um determinado<br />

ambiente.<br />

Alguns estudos têm tentado esclarecer melhor a ecologia de nidificação <strong>da</strong>s<br />

abelhas sem ferrão em diversas partes do mundo; assim, Camargo (1970)<br />

descreveu o habitat e a estrutura dos ninhos de 10 espécies de meliponíneos na<br />

região de Porto Velho – RO, onde afirmou que “o principal fator limitante para a<br />

expansão de uma espécie seria o local de nidificação”.<br />

Wille & Michener (1973) discutiram a arquitetura dos ninhos de 145 espécies<br />

de abelhas sem ferrão <strong>da</strong> Costa Rica, contudo não entraram em detalhes sobre o<br />

ambiente em que se encontravam.<br />

Hubbell & Johnson (1977) realizaram um dos mais completos trabalhos<br />

sobre a densi<strong>da</strong>de e o padrão de <strong>distribuição</strong> dos ninhos de meliponíneos, em uma<br />

floresta tropical seca <strong>da</strong> Costa Rica, e analisaram o porquê desses padrões.<br />

Entretanto perceberam o oposto do sugerido por Camargo (1970) e propuseram que<br />

os locais de nidificação não eram determinantes, mas sim a disponibili<strong>da</strong>de de<br />

alimento, a marcação dos locais potenciais para nidificação com ferormônios, o<br />

recrutamento <strong>da</strong>s operárias e a agressivi<strong>da</strong>de entre colônias rivais.<br />

Fowler (1979) estudou 149 ninhos de uma espécie de abelha sem ferrão do<br />

Paraguai, Tetragonisca fiebrigi (Schwartz) – cita<strong>da</strong>, pelo autor, com o nome Trigona<br />

angulata fribrigi Schwartz – , e verificou que essa espécie nidifica prioritariamente em<br />

ninhos abandonados <strong>da</strong>s formigas cortadeiras Acromyrmex rugosus (Smith) e<br />

Acromyrmex crassispinus Forel, situados na base de grandes árvores, e isso faz<br />

com que seja mais vulnerável à pre<strong>da</strong>ção por humanos. Constatou, também, que a<br />

densi<strong>da</strong>de média de seus ninhos foi de 3,7 colônias/ha, e que os ninhos foram<br />

encontrados em 28 espécies diferentes de árvores.<br />

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