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Reflexões sobre os deslocamentos populacionais no Brasil - IBGE

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Reflexões <strong>sobre</strong> <strong>os</strong> deslocament<strong>os</strong> <strong>populacionais</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong><br />

Além dessa dimensão e à luz d<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> do Censo Demográfico<br />

2010, esse artigo traz também uma visão mais atual e geral d<strong>os</strong> principais eix<strong>os</strong> de<br />

crescimento, com base n<strong>os</strong> totais <strong>populacionais</strong> para <strong>os</strong> municípi<strong>os</strong> investigad<strong>os</strong> em<br />

2010 e <strong>os</strong> totais observad<strong>os</strong> em 2000, através do cálculo da taxa média geométrica<br />

anual de crescimento.<br />

O artigo foi estruturado em três capítul<strong>os</strong>.<br />

A parte 1 trata das informações provenientes do Censo Demográfico 2000,<br />

traçando um pa<strong>no</strong>rama geral d<strong>os</strong> flux<strong>os</strong> observad<strong>os</strong> <strong>no</strong> País <strong>no</strong> quinquênio 1995/2000,<br />

tanto <strong>no</strong> nível regional quanto <strong>no</strong> estadual, através da análise das trocas <strong>populacionais</strong>,<br />

do Índice de Eficácia Migratória e d<strong>os</strong> imigrantes de retor<strong>no</strong>.<br />

Na parte 2, buscou-se analisar <strong>os</strong> dois períod<strong>os</strong> abarcad<strong>os</strong> pelas PNADs, 2004<br />

e 2009, privilegiando as tendências observadas na década, através das trocas interregionais,<br />

do Índice de Eficácia Migratória e d<strong>os</strong> imigrantes de retor<strong>no</strong>. Vale ressaltar a<br />

inclusão de dois gráfic<strong>os</strong> comparativ<strong>os</strong> entre o Censo 2000 e as PNADs referentes ao<br />

Índice de Eficácia Migratória e a<strong>os</strong> imigrantes de retor<strong>no</strong>, que permite uma avaliação<br />

da tendência, por Unidade da Federação, n<strong>os</strong> diferentes levantament<strong>os</strong>.<br />

Baseada n<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> do Censo Demográfico 2010, a parte 3 traz<br />

uma análise das taxas de crescimento populacional d<strong>os</strong> municípi<strong>os</strong> relativas ao<br />

período 2000-2010, buscando identificar <strong>os</strong> principais eix<strong>os</strong> de crescimento, através<br />

de cartogramas e comparando-as com as taxas líquidas migratórias municipais em<br />

2000. Além disso, traz uma análise das taxas de crescimento por classes de tamanho<br />

populacional d<strong>os</strong> municípi<strong>os</strong>.<br />

Pa<strong>no</strong>rama da migração interna <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> <strong>no</strong> último<br />

quinquênio do Século XX<br />

Deslocament<strong>os</strong> inter-regionais<br />

Os deslocament<strong>os</strong> de população <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> tiveram um período intenso, que foi<br />

marcado pel<strong>os</strong> an<strong>os</strong> 1960-1980, quando grandes volumes de migrantes se deslocaram<br />

do campo para a cidade, delineando um processo de intensificação da urbanização<br />

e caracterizando áreas de expulsão ou emigração: Região Nordeste e <strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> de<br />

Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul; e áreas de atração<br />

ou forte imigração populacional - núcleo industrial, formadas pel<strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> de São<br />

Paulo e do Rio de Janeiro (ERVATTI, 2003).<br />

Esses deslocament<strong>os</strong>, típic<strong>os</strong> da primeira fase da transição demográfica (BRITO,<br />

2009), quando as taxas de fecundidade eram altas e a mortalidade começava a declinar,<br />

gerando excedentes <strong>populacionais</strong> que favoreciam a migração do campo para a cidade,<br />

começaram a perder importância <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> a partir d<strong>os</strong> an<strong>os</strong> 1980.<br />

N<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong> da década de 1980 e n<strong>os</strong> an<strong>os</strong> 1990 observou-se uma<br />

diminuição <strong>no</strong> volume desses migrantes e a formação de <strong>no</strong>v<strong>os</strong> flux<strong>os</strong> migratóri<strong>os</strong>,<br />

incluindo se, nesse contexto, as migrações a curta distância e aqueles direcionad<strong>os</strong><br />

às cidades médias.<br />

O Censo Demográfico 1991, muito rico em informações a respeito das migrações<br />

internas, já havia apontado algumas transformações <strong>no</strong> comportamento d<strong>os</strong> flux<strong>os</strong> que<br />

antes predominavam <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, como o arrefecimento das migrações do Nordeste para<br />

o Sudeste e algumas reversões n<strong>os</strong> sald<strong>os</strong> migratóri<strong>os</strong> das Unidades da Federação.

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