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Reflexões sobre os deslocamentos populacionais no Brasil - IBGE

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Moviment<strong>os</strong> pendulares<br />

Tabela 1 - População residente e pessoas que realizaram moviment<strong>os</strong> pendulares<br />

intrametropolitan<strong>os</strong>, segundo <strong>os</strong> indicadores selecionad<strong>os</strong><br />

Região Metropolitana do Rio de Janeiro - 2000<br />

Indicadores selecionad<strong>os</strong><br />

População residente<br />

(%)<br />

Pessoas que realizaram<br />

moviment<strong>os</strong> pendulares<br />

intrametropolitan<strong>os</strong><br />

(%)<br />

Proporção de jovens (pessoas de 10 a 24 an<strong>os</strong>) 26,2<br />

23, 4<br />

Taxa de potencialidade do trabalho (pessoas de<br />

20 a 59 an<strong>os</strong>) 55,3<br />

86, 3<br />

Proporção de pessoas<br />

com 60 an<strong>os</strong> e mais<br />

11,0<br />

3, 0<br />

Taxa de analfabetismo funcional 31,9<br />

13, 5<br />

Pessoas com 11 an<strong>os</strong> e mais de estud<strong>os</strong><br />

24,6<br />

35,5<br />

Proporção de pessoas<br />

com até 5 salári<strong>os</strong> mínim<strong>os</strong><br />

71,4<br />

76, 0<br />

Proporção de pessoas com 10 salári<strong>os</strong> mínim<strong>os</strong> e<br />

mais 11,2<br />

7, 6<br />

Fonte: <strong>IBGE</strong>, Censo Demográfico 2000.<br />

Tem-se que ter presente que <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> da pendularidade e da circularidade da<br />

população ficam, em geral, por conta d<strong>os</strong> indivídu<strong>os</strong> quando p<strong>os</strong>t<strong>os</strong> em movimento,<br />

em função da eco<strong>no</strong>mia e da sociedade. As pessoas quando p<strong>os</strong>tas em movimento<br />

sofrem as consequências do desenvolvimento econômico que, numa primeira etapa,<br />

valoriza-se a força de trabalho qualificada, devido à sua escassez, mas, p<strong>os</strong>teriormente,<br />

com o aumento de sua oferta, cai o seu valor relativo, mesmo entre as pessoas<br />

consideradas com alt<strong>os</strong> rendiment<strong>os</strong>.<br />

Considerações finais<br />

Os moviment<strong>os</strong> pendulares da população estão diretamente relacionad<strong>os</strong><br />

com as condições de desenvolvimento econômico e social, cujo desdobramento<br />

contemporâneo está relacionado com <strong>os</strong> mecanism<strong>os</strong> da reestruturação produtiva,<br />

responsáveis por <strong>no</strong>vas formas de trabalho e de mobilidade ou imobilidade espacial<br />

da população. A análise desses fenômen<strong>os</strong> exige <strong>no</strong>vas abordagens, o que implica<br />

em <strong>no</strong>vas concepções escalares e classificatórias d<strong>os</strong> moviment<strong>os</strong> da população<br />

<strong>no</strong> território, assim como a introdução de <strong>no</strong>v<strong>os</strong> quesit<strong>os</strong> n<strong>os</strong> cens<strong>os</strong> demográfic<strong>os</strong><br />

e em outras fontes de dad<strong>os</strong> correlat<strong>os</strong>, que n<strong>os</strong> ajudarão a pensar a mobilidade<br />

pendular <strong>no</strong> sentido de “aprender a repensar o tempo” (AUGÉ, 2010) e o espaço<br />

em que se realiza.<br />

Os moviment<strong>os</strong> pendulares relacionam-se também com a expansão do território<br />

metropolita<strong>no</strong>, o que p<strong>os</strong>sibilita, em term<strong>os</strong> social e geográfico, a criação de <strong>no</strong>vas<br />

territorialidades e espaç<strong>os</strong> sociais <strong>no</strong> lugar de origem e de desti<strong>no</strong> (lugar do domicílio<br />

e do trabalho ou estudo, lazer, atividades culturais, entre outras); a mudança de lugar<br />

associa-se a<strong>os</strong> moviment<strong>os</strong> sociais, que influenciam as políticas urba<strong>no</strong>-metropolitanas<br />

referentes à infraestrutura urbana e social, e à política de transportes. Portanto,<br />

vinculam-se à mobilidade residencial da população nas grandes aglomerações<br />

urbanas-metropolitanas.<br />

As explicações da pendularidade enfocada somente nas condições econômica<br />

e educativa, com base em dad<strong>os</strong> censitári<strong>os</strong>, não conseguem responder nem aclarar<br />

a complexidade do fenôme<strong>no</strong> em questão. Entretanto, apesar de suas limitações é

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