16 25 de Novembro a 1 de Dezembro de 2005 O Milénio/Stadium... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!
O Milénio/Stadium... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si! Um empate em França e lá vêm as maçadoras contas de qualificação. O Benfica não foi além de um empate sem golos frente ao Lille, em jogo da 5ª jornada do Grupo D da Liga dos Campeões. Os benfiquistas tiveram uma exibição apagada, surgindo com um onze inesperado. O estado do terreno não ajudou, o frio também não e as ausências de elementos como Simão sentiram-se. Houve muita emoção no Stade de France, mas não pelo futebol jogado, que foi mau. As bancadas estiveram cheias e os adeptos portugueses foram incansáveis. Quando foram anunciadas as equipas, ninguém parecia querer acreditar no onze que o Benfica iria apresentar. Aliás, seria para todos impensável que Koeman iria apostar em Alcides na direita. Ricardo Rocha voltou a jogar à esquerda e, embora, faça o jeito, o holandês tem uma solução melhor no banco. Já que apostava, novamente, em Léo para o lugar de Simão, por que não colocar Dos Santos a apoiá-lo? Manuel Fernandes ficou de fora dando lugar a Beto, que esteve bem na pré-época, mas foi infeliz nas suas prestações na Liga. O camisola 16 não se ressentiu das críticas e, perante o apoio público do treinador, que elogiou a sua capacidade de trabalho, Beto lutou muito durante toda a partida. Houve outro dos habituais titulares que ficou de fora. Geovanni não produziu em Braga e Koeman preferiu apostar no adiantamento de Nélson. Mal sucedido, diga-se. O ex-boavisteiro quase não se viu em campo. Miccoli jogou de início, mas ainda em dificuldades. Acabou por ressentir-se e foi substituído aos 40 minutos. O italiano pouco fez lá na frente e não aguentou um pico de velocidade, após lançamento longo de Nuno Gomes, que jogou mais atrás, como um número 10. O internacional português gosta de ter outro avançado ao lado, mas hoje teve de jogar nas suas costas para construir jogo. Tentou, mas nem sempre saiu bem, até porque o relvado, em mau estado, também não ajudou. Na primeira metade houve muita luta a meio-campo e os encarnados apostaram no contra-ataque. Mas, embora Tony Silva tenha demonstrado hesitações, faltou objectividade. O Benfica não teve poder ofensivo. Os seus elementos mais criativos e desequilibradores, como Nélson, tiveram uma exibição modesta e pouco dada a recortes técnicos, já que esbarravam nas irregularidades da relva. O Lille criou as ocasiões mais perigosas. Os franceses voltaram do intervalo com vontade de continuar a empurrar o Benfica para a sua área e os encarnados sentiram grandes dificuldades para sacudir a pressão adversária. A espaços ainda tentaram o contra-ataque, mas sem criar grandes oportunidades. Houve alturas em que se limitaram a criar uma muralha para segurar um resultado menos mau. Tony Silva foi quase um espectador. Só em tempo de descontos se assustou com a insistência de Mantorras, que não fez melhor que atirar por cima. Agora é esperar pelas cenas dos próximos capítulos. Ainda há esperanças, mas a batalha é muito complicada. O adversário das decisões chama-se Manchester United e, mesmo que esteja longe das exibições de outros tempos, é um nome a respeitar. O Benfica está obrigado a vencer. Equipas: - Lille: Tony Sylva, Lichtsteiner, Tavlaridis, Rafael, Tafforeau, Chalme (Mirallas, 69), Bodmer, Makoun, Dernis, Acimovic (Fauverge, 87) e Moussilou (Hicham, 75). (Suplentes: Malicki, Vitakic, Cabaye, Mirallas, Hicham, Kader Keita e Fauvergue). - Benfica: Quim, Alcides, Luisão, Anderson, Ricardo Rocha, Nelson, Beto, Petit, Leo, Nuno Gomes e Miccoli (Mantorras, 43). (Suplentes: Rui Nereu, João Pereira, dos Santos, Manuel Fernandes, Karyaka, Geovanni e Mantorras). Árbitro: Massimo Busacca (Suíça). Acção disciplinar: cartão amarelo para Makoun (20), Tavlaridis (67) e Rafael (79). Assistência: 76.184 espectadores. Benfica só passa se vencer M. United Depois dos jogos desta terça-feira, ao Benfica só resta uma alternativa para seguir em frente: ganhar ao Manchester United, na última jornada. Se o conseguir, o Benfica passará a ter 8 pontos e isso será suficiente. Se o Villarreal derrotar o Lille somará 10 pontos, se houver empate ficará com 8 e os franceses com 7, se os espanhóis perderem seguirão em frente Benfica e Lille, este com 9 pontos. O empate não serve ao Benfica porque nesse caso o M. United ficaria com 7 pontos, os mesmos que o Villarreal já tem, e o Benfica apenas com 6. Portanto é "simples": vai ser preciso ganhar ao M. United. nesta altura o Benfica ocupa a última posição do grupo D. A derrota dos ingleses significaria também a eliminação da equipa de Alex Ferguson, que nesta altura ocupa a terceira posição. Contas Benfica: só passa se ganhar; M. United: passa se ganhar; se empatar passa se o Villarreal vencer o Lille ou perder por dois golos de diferença*; em caso de empate nos dois jogos seguem Villarreal e Lille porque os franceses têm balanço positivo frente ao M. United; Villarreal: se ganhar passa; se empatar também; Lille: passa se ganhar em Espanha; passa se empatar e o Manchester United também empatar. *Este grupo poderá também ter um apuramento nunca visto na Liga dos Campeões. Basta que o M. United empate sem golos na Luz e o Villarreal perca 1-0 em casa, o tipo de resultados em que o grupo tem sido pródigo. Nesta situação, as duas equipas ficariam em segundo (7 pontos), com o Lille em primeiro (9) e o Benfica em último (5). Além de empatadas em pontos, as duas equipas ficariam também iguais nos primeiros 5 critérios de desempate do regulamento da Liga dos Campeões! Empataram entre elas 0-0, o que esgota os critérios 2 e 3; terminariam 2-2 em golos, o que anula os critérios 4 e 5! Restaria o critério 6, que, diga-se, é propício à confusão. Segundo o regulamento a UEFA, seguiria em frente a equipa que tivesse somado mais pontos nas cinco épocas anteriores. Para encontrar este valor contariam em 33 por cento os pontos do países de que provêm os clubes, sendo o restante resultado dos pontos conseguidos individualmente pelas equipas, descontando os jogos das pré-eliminatórias. Complicado? Bastante, embora tudo indique que neste cenário o M.United estaria nos oitavos-de-final. Está muito à frente do Villarreal, apesar de a Espanha ter mais pontos do que a Inglaterra. Man Utd, com Ronaldo, empata diante do Villarreal A crise de resultados do Manchester United agudizou-se esta terça-feira com o nulo frente ao Villarreal, em jogo do Grupo C da Liga dos Campeões. A equipa inglesa podia dar um passo de gigante rumo aos oitavos-de-final, mas não conseguiu ultrapassar o incómodo adversário espanhol, o que acaba por ser bom para o Benfica. Face ao empate com o Lille (0- 0), os encarnados ainda se mantêm na corrida. Cristiano Ronaldo foi titular no conjunto orientado por Alex Ferguson, mas também ele teve dificuldades para ultrapassar a defesa do Villarreal. Como seria de esperar, o Manchester United teve a iniciativa do jogo, rematou mais vezes à baliza do que o seu adversário, mas a noite negra dos avançados acabou por ter consequências directas no resultado final. Sendo assim, os "red devils" continuam com um uma vitória no Grupo D, enquanto, do outro lado, o Villarreal cumpriu o seu objectivo na vista a Old Trafford: pontuou e o apuramento continua a estar nas mãos da equipa espanhola, que recebe o Lille na última jornada, enquanto os ingleses viajam à Luz, onde são obrigados a ganhar ao Benfica para seguirem em frente na prova milionária. Ficha do jogo Manchester United: Van der Sar; Brown (Gary Nevile, 73m), Ferdinand, Silvestre e O Shea; Fletcher (Park, 53m), Smith (Saha, 82m), Scholes e Cristiano Ronaldo; Van Nistelrooy e Rooney. Villarreal: Barboza; Javi Venta, Gonzalo, Peña e Arruabarrena; Roger (Font, 66m), Tacchinardi (Josico, 78m), Senna e Sorin; Figueroa (Xisco, 87m) e Jose Mari. Resultado final: 0-0 Grupo A: B. Munique cilindra Rapid Viena, Juventus cumpre tarefa com Bruges Bayern de Munique e Juventus conseguiram naturalmente os passaportes para os oitavos de final da Liga dos Campeões, deixando os adversários a longa distância. Esta noite, os dois grandes do Grupo A disputaram encontros com as equipas menores. E se o Bayern cilindrou o Rapid Viena com quatro golos sem resposta, em Turim foi preciso esperar até ao minuto 80 para ver Del Piero festejar o golo da vitória. Na Alemanha, o Bayern começou a arrumar a questão bem cedo. Deisler apontou aos 21 minutos o primeiro golo, Karimi ampliou a vitória no começo da segunda parte, aos 51, e depois começou o jogo de Roy Makaay que, com dois golpes, fechou a contagem aos 73 e aos 77 minutos. O Rapid pouco conseguiu fazer e continua com zero pontos a uma jornada do fim. No outro encontro, uma Juventus com quase todas suas estrelas, mas sem o poder de fogo de Zlatan Ibrahimovic, sentiu algumas dificuldades para bater uma equipa fechada como é o Bruges. A táctica quase dava resultado, não fosse o génio de Del Piero aparecer novamente em ano de Mundial, para assegurar a vitória "normal" Grupo B: Lucílio Baptista "aparece" no Thun-Arsenal, Ajax consegue qualificação O Ajax conseguiu o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, ao vencer o Sparta de Praga por 2-1. Mesmo assim, a formação holandesa teve de sofrer um pouco na Arena para conseguir a qualificação. Quem não teve de sofrer nada foi o Arsenal que foi passear à Suíça. O passeio acabou numa vitória para a equipa inglesa. Robert Pires converteu uma grande penalidade assinalada pelo árbitro português Lucílio Baptista aos 88 minutos. No entanto, foi o assistente de Baptista quem viu o penalty, uma vez que árbitro mandou jogar inicialmente. O juiz português que já tinha aparecido no jogo muito antes. Logo aos 35 minutos quando mostrou o cartão vermelho directo a Demis, do Thun. No resto, Lucílio mostrou seis cartões amarelos, três a cada equipa. Teve ainda tempo para anular dois golos ao Thun por forade-jogo. Um certo, outro errado. O Arsenal venceu e assegurou primeiro lugar no grupo B. O Ajax é que estava "pendurado" por muito pouco para conseguir a qualificação. Que chegou esta noite, no encontro com o Sparta de Praga. De Jong foi o homem do jogo ao apontar dois golos que acabaram por ser de extrema utilidade. Isto porque Petras marcou um no final do jogo que podia ter empatado a partida. Mesmo assim, o Ajax, com o resultado do Thun frente ao Arsenal tinha já assegurada a passagem. Grupo C: Deco carimba apuramento com vitória sobre o Werder Bremen 25 de Novembro a 1 de Dezembro de 2005 17 TRIUNFO F<strong>RE</strong>NTE AOS "<strong>RE</strong>D DEVILS" OBRIGAÇÃO DOS "DIABOS VERMELHOS"! O Barcelona garantiu esta terça-feira um lugar nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. A formação catalã já tinha o apuramento praticamente garantido, será necessário quase um cataclismo para evitar a qualificação, pelo que jogando em casa, perante o seu público, limitou-se a colocar um carimbo sobre o passaporte para a próxima fase. Um empate bastava, a derrota por apenas um golo de diferença seria mesmo suficiente, mas o Barça fez mais do que isso e ganhou ao Werder Bremen. Com Deco a titular, tal como por exemplo Ronaldinho e toda a defesa titular, a formação de Frank Rijkaard controlou sempre as operações e chegou com naturalidade ao triunfo. O treinador holandês deu descanso a Xavi, Edmilson, Messi e Etoo, mas nem a ausência destes elementos, principalmente do avançado camaronês que é o melhor marcador da equipa, limitou a dinâmica do Barcelona. É verdade que a equipa não esteve particularmente inspirada, mas jogou o suficiente para ganhar com segurança. Começou a fazê-lo logo treze minutos quando Gabri, uma das inovações do treinador no lugar de Xavi, inaugurou o marcador na sequência de uma jogada individual. Os alemães tentaram responder de imediato, mas sentiram muitas dificuldades em criar perigo. Mesmo assim, e um pouco injustamente, chegaram ao empate, aos 21 minutos, na sequência de um penalty por falta de Van Bronckhorst sobre Micoud. Durou pouco o empate. Bastou o Barça acelerar um bocadinho e logo Ronaldinho Gaúcho, na marcação de um livre, voltou a colocar os catalães em vantagem. Uma vantagem controlada sempre com segurança, até que aos 70 minutos Larsson, outro habitual suplente, fez o terceiro e colocou um ponto final no jogo. Udinese, sem Vidigal, ganha no inferno de Atenas com reviravolta em dois minutos e fica a um ponto do apuramento Sobra agora apenas um lugar de qualificação no Grupo C que vai ser disputado até ao fim, já que Werder Bremen, Panathinaikos e Udinese podem ainda alcançá-lo. Leva vantagem, porém, a Udinese. Uma vantagem de três pontos, conquistada depois da vitória em Atenas sobre o Panathinaikos. Sem Vidigal, que está lesionado, os italianos garantiram a vitória no limite do sofrimento. Entraram nos últimos dez minutos do jogo a perder depois do cipriota Charalambides ter marcado nos descontos para o intervalo e acabaram por dar a volta nesse período. Iaquinta, aos 81 minutos, e Candela, aos 83, fizeram os golos de um triunfo épico. Para Vidigal se apurar para os oitavosde-final basta empatar em casa com o Barcelona na última jornada. Resultados desta terça-feira: Barcelona-Werder Bremen, 3-1 (Gabri, 11; Ronaldinho, 25m; Larsson, 70m) (Borowski, 21m) Panathinaikos-Udinese, 1-2 (Charalambides, 45m) (Iaquinta, 81m; Candela, 83m)