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Capítulo 1<br />
Introdução<br />
“O começo simbólico <strong>da</strong> Nanotecnologia é marcado por uma palestra proferi<strong>da</strong>, no fi<strong>na</strong>l de<br />
1959, no Instituto de Tecnologia <strong>da</strong> Califórnia, pelo físico Richard Feynman (Prêmio Nobel,<br />
1965), intitula<strong>da</strong> “Há muito espaço lá <strong>em</strong>baixo”. Um dos pontos que Feynman quis enfatizar<br />
com este título foi. . . o ex<strong>em</strong>plo do DNA. Parece incrível, à primeira vista, que uma molécula<br />
de mais de metro de comprimento possa caber dentro do núcleo de uma célula, o qual normalmente,<br />
só pod<strong>em</strong>os enxergar com o auxílio de um microscópio. O fato é que há muito espaço<br />
lá <strong>em</strong>baixo do que nossa intuição “macroscópica” nos indicaria. Outro ponto levantado por<br />
Feynman, importantíssimo para o t<strong>em</strong>a deste artigo, é a possibili<strong>da</strong>de de projetar e criar<br />
novos materiais, com proprie<strong>da</strong>des físicas e químicas previamente determi<strong>na</strong><strong>da</strong>s, mediante a<br />
manipulação direta de átomos. . . ” [2].<br />
“A <strong>na</strong>notecnologia é a fronteira <strong>da</strong> ciência e <strong>da</strong> engenharia dos materiais. Disto decorre<br />
o seguinte. Em primeiro lugar, materiais estão presentes <strong>em</strong> todos os setores industriais <strong>da</strong><br />
economia moder<strong>na</strong>. Ou seja, <strong>na</strong>notecnologia terá um impacto <strong>em</strong> todos os setores industriais<br />
cont<strong>em</strong>porâneos. É difícil, neste momento, prever onde este impacto será maior ou menor,<br />
pois há que imagi<strong>na</strong>r novas descobertas a ser<strong>em</strong> feitas. . . . por se propor a manipular diretamente<br />
átomos e moléculas - algo que ain<strong>da</strong> estamos longe de poder fazer <strong>em</strong> escala industrial!<br />
a <strong>na</strong>notecnologia se coloca como talvez a última fronteira de ocupação <strong>da</strong> ciência e engenharia<br />
de materiais. Da<strong>da</strong> a magnitude do desafio, isso significa que ela vai estar conosco por um<br />
bom t<strong>em</strong>po, talvez por déca<strong>da</strong>s, se não por um século ou mais. . . ” [3].<br />
Muitos progressos têm ocorridos desde o início <strong>da</strong> era <strong>da</strong> <strong>na</strong>notecnologia. O desenvolvimento<br />
<strong>da</strong> eletrônica (principalmente dos dispositivos baseados <strong>em</strong> Silício) t<strong>em</strong> uma estreita<br />
relação com o desenvolvimento <strong>da</strong> <strong>na</strong>nociência, possibilitando a construção de equipamentos<br />
ca<strong>da</strong> vez menores e com maior precisão. Em pesquisas de materiais, instrumentos como<br />
Scanning Tunneling Microscope (STM), High Resolution Transmission Electron Microscopy<br />
(HRTEM) e Atomic Force Microscope (AFM) [4] são essenciais e abriram novas portas para<br />
as investigações <strong>em</strong> <strong>na</strong>nociência experimental.<br />
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