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Cobertura:<br />
4ª NACIONAL DO TEXEL Santana do Livramento/RS<br />
Páginas centrais<br />
ANO XI Edição 127<br />
15 de Fevereiro à<br />
13 de Março de 2014<br />
R$ 8,00<br />
Foto: Edisson Larronda<br />
jornal.terraecampo@hotmail.com | on Facebook: jornal terra e campo | www.jornalterraecampo.com.br<br />
Edição Especial:<br />
<strong>30ª</strong> <strong>Feovelha</strong> Pinheiro Machado /RS
2<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
Editorial Charge Expediente<br />
Embora com uma queda nos preços<br />
do cordeiro para abate a ovinocultura<br />
continua em alta, uma prova desta<br />
pujança regional foi a <strong>30ª</strong> edição<br />
da <strong>Feovelha</strong> – Feira e Festa Estadual<br />
da Ovelha realizada no município<br />
de Pinheiro Machado/RS. Um<br />
evento ímpar não só pela oferta de<br />
animais, somente em um remate, 10<br />
mil ovinos, o maior remate do Brasil<br />
com 14 horas de duração ininterruptas,<br />
mas sobre tudo pela qualidade<br />
- genética de ponta que foi<br />
disputada por criadores de São Paulo,<br />
Paraná e Mato Grosso do Sul.<br />
Um evento que congrega muito<br />
bem, negócios e festividades.<br />
Um churrasco com 100 cordeiros<br />
agradou o público visitante e entrou<br />
para a história de nosso estado.<br />
Tudo a ver, Pinheiro Machado,<br />
<strong>Feovelha</strong> e churrasco. Isso sem falar<br />
na mostra de artesanato produzido<br />
com lã e das inúmeras oficinas realizadas.<br />
Os números não poderiam<br />
ser melhores, mais de 1,6 milhões<br />
em comercialização de animais, totalizando<br />
um faturamento, de aproximadamente<br />
2 milhões –animais<br />
– máquinas – produtos e serviços.<br />
A competência de uma diretoria<br />
aguerrida, tendo a frente o empresário<br />
e produtor Rossano Lazzarotto,<br />
um jovem talentoso, dinâmico<br />
e empreendedor, que a partir<br />
deste primeiro passo, nos faz refletir.<br />
Como será a próxima <strong>Feovelha</strong>?<br />
Sucesso a todos e parabéns!<br />
Frase destaque<br />
“<br />
Índice<br />
A <strong>Feovelha</strong> e as comercializações<br />
realizadas no Parque Charrua em<br />
Pinheiro Machado representam<br />
1/3 do PIB do município.<br />
Rossano Lazzarotto<br />
Silva Tavares 1187 - Canguçu/RS<br />
“<br />
Fundado em outubro de 2002<br />
Grafik Gráfica Expressa<br />
CNPJ: 05.038.806/0001-92<br />
General Osório, 1400<br />
Galeria Acosta sala 10<br />
Fone: (53) 3252.2183<br />
Diretor:<br />
Éverton Neves<br />
Depto. Comercial:<br />
Lindamar Neves<br />
Jornalista responsável:<br />
Éverton Neves DRT 13145<br />
Projeto gráfico:<br />
Luiz Antônio Machado Jr.<br />
Diagramação :<br />
Matheus Ferreira da Silva<br />
Colaboradores: Dejalmo Prestes,<br />
Fernando Furtado Velloso, Gerson Pinto,<br />
Cristiano Costalunga Gotuzzo, Luiz<br />
Fernando Mainardi, Daniel Barros, Elieser<br />
Noble, Edisson Larronda, Mickael Freitas,<br />
Renato Pinheiro, Emerson Sabedra,<br />
Fabiana Gonçalves, Air-Imagens Aéreas.<br />
Tiragem: 10.000 exemplares<br />
Abrangência: Regiões Sul e Campanha.<br />
Foto Capa: Edisson Larronda<br />
Conselho Editorial & Assessoria:<br />
O Jornal Terra & Campo não se responsabiliza<br />
por conceitos emitidos em colunas<br />
e artigos assinados e não devolve<br />
originais, publicados ou não.<br />
Envio de materiais, fechamento<br />
redação: até o dia 23<br />
Fechamento publicitário:<br />
até o dia 20.<br />
Agenda de Leilões/ Eventos......4<br />
Mercado / Repórter Rural..........6<br />
Raças - Crriedale......................7<br />
Pecuária em destaque...............8<br />
Especial XXX <strong>Feovelha</strong> ..............10<br />
<strong>Feovelha</strong> ..................................12<br />
<strong>Feovelha</strong> .................................14<br />
Especial 4ª Nacional do Texel .....<br />
........................................16 e 17<br />
Especial Leilões .....................18<br />
<strong>Feovelha</strong> ..................................20<br />
Artigo Dejalmo Prestes..........24<br />
<strong>Feovelha</strong> 30 anos de história.25<br />
Planejamento Rural ................26<br />
VIP Rural ...............................27<br />
Info Afubra ...........................28<br />
Coluna do Mainardi...............30<br />
Eqüinos ................................32
3<br />
www.al.rs.gov.br<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
PROMOVER<br />
A CIDADANIA<br />
FORTALECE<br />
A DEMOCRACIA.<br />
O programa Deputado por Um Dia,<br />
importante experiência de educação<br />
para a cidadania, coordenado<br />
pela Escola do Legislativo,<br />
foi reconhecido com a conquista<br />
do Prêmio Top Cidadania 2013<br />
da ABRH-RS, Associação Brasileira<br />
de Recursos Humanos, seccional<br />
Rio Grande do Sul.<br />
201 escolas já participaram<br />
do programa, promovendo<br />
a aproximação do Parlamento<br />
com mais de 48 mil pessoas, entre<br />
estudantes, pais e professores,<br />
que descobriram a importância<br />
do trabalho parlamentar no<br />
dia a dia de todos os gaúchos.<br />
Assembleia Legislativa, vencedora<br />
do Prêmio Top Cidadania 2013<br />
da ABRH-RS.<br />
SERVIÇOS AO CIDADÃO
4<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
Calendário de Leilões - Fevereiro e Março<br />
Cotações agropecuárias<br />
Cavalos:<br />
19/02<br />
26/02<br />
07/03<br />
08/03<br />
15/03<br />
Leilão Fazenda SJ<br />
São Lourenço do Sul/RS<br />
Horário: 21:00h<br />
Crioulos Fronteiriços<br />
Canal Rural<br />
Horário: 21:00h<br />
Redomão da Paz<br />
Dom Pedrito/RS<br />
Horário: 21:00h<br />
Redomão de Ouro<br />
Guaiba /RS<br />
Horário: 21:00h<br />
Leilão Três Corações<br />
Gramado/RS<br />
Horário: 21:00h<br />
19/03<br />
23/03<br />
Gado Geral:<br />
20/02<br />
08/03<br />
12/03<br />
Marcas e Rumos<br />
Canal Rural<br />
Horário: 21:00h<br />
Estirpe Crioula<br />
Esteio/RS<br />
Horário: 21:00h<br />
Pref. de novilhos<br />
Pelotas/RS<br />
Horário: 20:00h<br />
Leilão de Aniversário<br />
União - Canguçu/RS<br />
Horário: 15:00h<br />
Pref. de Novilhos<br />
Pinheiro Machado/RS<br />
Horário: 20:00h<br />
PREÇOS EM R$<br />
PRODUTOS<br />
UNIDADE<br />
MÍNIMO MÉDIO MÁXIMO<br />
Arroz em Casca 50 Kg 33 , 50<br />
35 , 64 39,00<br />
Feijao 60 Kg 120,00<br />
137 , 82 180,00<br />
Milho 60 Kg 21,00 23 , 19 26, 00<br />
Soja 60 Kg 60 , 50<br />
62 , 48 67,00<br />
Sorgo Granifero 60 Kg 18 , 40<br />
19,37 21, 30<br />
Trigo 60 Kg 30,00 31 , 95 33 , 50<br />
Boi para Abate Kg vivo 3,70 3,95 4 , 05<br />
Cordeiro para Abate Kg vivo 3, 50<br />
3 , 94 5 , 20<br />
Suino Tipo Carne Kg vivo 2, 90<br />
3 , 09 3 , 50<br />
Vaca para Abate Kg vivo 3 , 30 3 , 54 3, 70<br />
Leite (valor liq recebido) Litro 0,71 0,86 0 , 99<br />
Eventos - Fevereiro<br />
19/02<br />
VII Feira de Verão - Rosário do Sul/RS<br />
20 A 23/02<br />
IV Expocipó - Capão do Cipó/RS<br />
Entre 03/02 a 07/02/2014 | Fonte: EMATER/RS - ASCAR<br />
21 A 23/02<br />
XXV Credenciadora ao Freio de Ouro - Santa Vitória do Palmar/RS<br />
22 A 23/02<br />
XLI Exp. Est. De Ovinos Meia Lã - Jaguarão/RS<br />
21 A 23/02<br />
III Nacional do Corriedale - Jaguarão/RS<br />
Banrisul é o agente exclusivo<br />
do programa Mais Ovinos no Campo<br />
Foto: Mickael Freitas<br />
Parceiro antigo da <strong>Feovelha</strong>, o Banrisul<br />
acredita que Pinheiro Machado<br />
é uma referência no setor da<br />
Ovinocultura e a Feira é a grande<br />
vitrine da produção local para o<br />
Brasil e países vizinhos. O gerente<br />
adjunto da agência de Pinheiro<br />
Machado, João Carlos Soares dos<br />
Santos, conta que o volume de negócios<br />
gerados durante a <strong>Feovelha</strong><br />
ultrapassa meio milhão de reais.<br />
dois anos de carência e três para<br />
efetuar o pagamento com parcelas<br />
anuais. Até agora já foram aplicados<br />
cerca de R$ 70 milhões, sendo<br />
que a meta é alcançar os R$ 100<br />
milhões com o Mais Ovinos no<br />
Campo. “O Banrisul já financiou<br />
em torno de 350 mil cabeças de<br />
ovinos, e gerou um incremento de<br />
400 mil cabeças no rebanho gaúcho”,<br />
esclarece o gerente adjunto.<br />
Membros da Equipe de funcionários da agência de Pinheiro Machado.<br />
Além de ser agente exclusivo do<br />
programa Mais Ovinos no Campo,<br />
o Banrisul disponibiliza linhas<br />
de crédito específicas para a Feira<br />
de Pinheiro Machado. Todos<br />
os produtores, não importa o tamanho<br />
do negócio, tem acesso aos<br />
créditos oferecidos pelo Banco.<br />
No que diz respeito ao programa<br />
Mais Ovinos, os ovinocultores tem<br />
A agência tem um espaço permanente<br />
dentro do Parque Charrua,<br />
onde se desenvolve a <strong>30ª</strong> <strong>Feovelha</strong><br />
– Feira e Festa Estadual da<br />
Ovelha de Pinheiro Machado.<br />
“O Banrisul já financiou em<br />
torno de 350 mil cabeças de<br />
ovinos, e gerou um incremento de<br />
400 mil cabeças no rebanho gaúcho”
5<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
Mulheres destaque na ovinocultura<br />
Lides campeiras, típicas dos homens, em mãos femininas.<br />
Um rebanho de ovelhas preso na<br />
mangueira, e o som matraqueiro das<br />
tesouras afiadas de esquila, misturadas<br />
ao balir das ovelhas, formaram a<br />
melodia das canções de infância de<br />
Adriane Borges Zimermann. Filha<br />
de pequenos produtores do interior<br />
do Rio Grande do Sul, logo cedo o<br />
que era trabalho, tornou-se brincadeira<br />
de criança. Do pai veio os ensinamentos<br />
- atar um tento, manear, tirar<br />
o velo, fazer um garreio. Aos poucos<br />
as mãos delicadas se tornaram precisas<br />
e afiadas como as tesouras que se<br />
tornaram ferramenta indispensável à<br />
vida campeira.<br />
Foto: : Edisson Larronda<br />
Desde criança acostumada com as<br />
lidas, foi campeã de concursos de<br />
esquila a martelo competindo com<br />
outras mulheres e conquistou o terceiro<br />
lugar em uma prova na qual<br />
competiu com 12 homens, realizado<br />
no município de Bagé. Em 2012,<br />
Adriane foi jurada no mesmo concurso<br />
que ganhara na <strong>Feovelha</strong> de 2011<br />
e atualmente participa em diversas<br />
capacitações para pecuaristas familiares<br />
voltadas à ovinocultura. “Minha<br />
família sempre foi de pecuaristas<br />
familiares. Não tinha quem ajudasse<br />
meu pai e nós acabávamos fazendo<br />
o serviço todo com ele. Nós cuidávamos<br />
das ovelhas desde o nascimento<br />
até começarem a produzir e uma vez<br />
eu comecei a esquilar.” lembra. A história<br />
continuou quando montou um<br />
grupo com outros esquiladores, que<br />
se surpreendiam com a habilidade de<br />
Adriane na esquila a martelo. Mulher<br />
que conquistou prêmio de destaque<br />
na ovinocultura, durante a <strong>Feovelha</strong><br />
de 2011, já é conhecida por todos que<br />
participam da maior feira e festa da<br />
ovinocultura no Brasil. “No ano que<br />
Adriane Borges Zimermann.<br />
fui jurada ninguém queria competir<br />
comigo e então me convidaram para<br />
ser jurada.” brinca Adriane. Ela é mais<br />
uma figura ilustre da <strong>Feovelha</strong>, que ao<br />
comemorar 30 anos, é a casa de muitos,<br />
onde histórias são contadas e vivenciadas<br />
por quem passa por este palco<br />
da vida chamado Parque Charrua.
6<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
MERCADO<br />
Foto: Divulgação<br />
Marco Medronha<br />
mmedronha@hotmail.com<br />
REPÓRTER RURAL<br />
Foto: Divulgação<br />
Preços da carne ovina<br />
continuarão firmes em 2014<br />
Queda na oferta mundial do produto nos principais países produtores fortalecem os preços<br />
Os preços da carne ovina se fortalecerão<br />
devido a uma queda na<br />
oferta mundial do produto nos<br />
principais países produtores, incluindo<br />
o Uruguai, disse o consultor<br />
do Secretariado Uruguaio<br />
de Lã (SUL), Carlos Salgado.<br />
“Todas as projeções de oferta de<br />
carne ovina para 2014 da Austrália,<br />
Nova Zelândia e Uruguai – os três<br />
principais exportadores mundiais –<br />
indicam que ocorrerá uma redução<br />
de oferta. Enquanto nos dois países<br />
da Oceania isso é um fato, a baixa<br />
no Uruguai, se acontecesse, seria<br />
por causa da mortalidade provocada<br />
pelo temporal que acometeu recentemente<br />
na região norte do país”.<br />
A demanda por esse produto está<br />
em crescimento, principalmente<br />
porque a China está sendo o grande<br />
comprador dessa matéria-prima<br />
a nível mundial e estima-se que aumentará<br />
suas importações. “A China<br />
duplicou em pouco tempo o que<br />
importa e compra a grande maioria<br />
dos produtos que saem ao mercado.<br />
Compra carne com osso, carcaças,<br />
cortes e cada vez está mais ativa”.<br />
O Brasil também se mantém muito<br />
demandante para esse tipo de carne,<br />
enquanto a Europa está se recuperando<br />
economicamente, provocando<br />
o aumento do poder aquisitivo de<br />
seus consumidores, o que está impulsionando<br />
as compras desse produto.<br />
Esses dois mercados estão sendo<br />
atualmente os principais importadores<br />
de cortes ovinos de maior valor e<br />
não parece, apesar do crescimento da<br />
China, que isso possa mudar em curto<br />
prazo, explicou o consultor do SUL.<br />
Esse cenário está impactando fortemente<br />
os valores pagos pelos ovinos.<br />
Segundo a categoria, os preços estão<br />
mais de 20% acima dos registrados no<br />
começo de 2013, disse ele. A tonelada<br />
de carne ovina até a primeira quinzena<br />
desse mês ficou em média US$ 3.877,<br />
segundo dados do Instituto Nacional<br />
de Carnes (INAC). Em 2004, quando<br />
se abriu o mercado da China, quase<br />
não se faziam vendas e hoje esse país<br />
é quem está mobilizando as compras.<br />
Por outro lado, o presidente do SUL,<br />
Joaquín Martinicorena, disse que<br />
vê um cenário onde o Uruguai terá<br />
um grande leque de opções para colocar<br />
sua oferta. Martinicorena estimou<br />
que conseguiriam valores<br />
iguais ou melhores que os atuais.<br />
Fonte: El País Digital.<br />
Ovelha não é pra mato<br />
Ao percorrer um eixo formado pelos<br />
municípios de Herval, Pedras Altas<br />
e Pinheiro Machado é possível encontrar<br />
histórias de superação dos<br />
ovinocultores, os quais realizam um<br />
trabalho de perseverança na manutenção<br />
de um dos principais berços do<br />
rebanho ovino no Rio Grande do Sul.<br />
Entre grandes e pequenos criadores<br />
existem práticas comuns e necessárias<br />
para garantir a qualidade dos produtos<br />
que se diversificam desde a carne<br />
na culinária até o artesanato em lã.<br />
Durante a visita em algumas propriedades,<br />
com o objetivo de conhecer o<br />
trabalho dos pecuaristas e as características<br />
da região, encontramos o<br />
rebanho ovino refugiado nas matas.<br />
Provavelmente, os animais estavam<br />
fugindo do forte calor que fazia naquela<br />
semana, logo lembrei de um<br />
tradicional ditado, muito conhecido<br />
entre os criadores: “Ovelha não é pra<br />
mato”. Certamente eles faziam referencia<br />
a necessidade de pastoreio dos<br />
animais nos campos abundantes da<br />
região, os quais apresentam centenas<br />
de espécies nativas palatáveis e favoráveis<br />
ao desenvolvimento dos rebanhos.<br />
Todo pecuarista sabe que numa<br />
propriedade bem sucedida, todos<br />
os espaços possuem sua importância<br />
e finalidade. A função da mata<br />
preservada promove o equilíbrio da<br />
flora e fauna, além de servir de abrigo<br />
aos animais. Embora ali na mata<br />
não exista alimento suficiente para o<br />
pastoreio dos animais, pode ser um<br />
excelente ar condicionados para as<br />
ovelhas e seus pesados casacos de lã.<br />
Alguns “ditos populares” parecem<br />
ficar gravados na nossa memória e<br />
soam como definitivo e nós, inconscientemente<br />
passamos a aceitá-los<br />
como verdades. Assim como no caso<br />
das “ovelhas não é pra mato”, algumas<br />
vezes, nós humanos, passamos a acreditar<br />
que nossos desejos não nos pertencem<br />
e deixamos de lutar por nossos<br />
sonhos. Os trabalhadores persistentes<br />
da ovinocultura podem buscar no seu<br />
campo de trabalho, o conforto e o equilíbrio<br />
que as matas proporcionam e,<br />
isso pode ser alcançado através de um<br />
insumo valioso a todos, a informação.<br />
No caso dos pecuaristas familiares<br />
sair do seu reduto para trocar idéias e<br />
conhecer outras técnicas e realidades<br />
diferentes pode significar um ganho<br />
financeiro e intelectual. Encontros<br />
em eventos como a <strong>Feovelha</strong>, de Pinheiro<br />
Machado, é uma grande oportunidade<br />
para ver de perto as tecnologias<br />
para o setor, através de vários<br />
métodos como oficinas, palestras,<br />
seminários, concursos e outros meios<br />
capazes de proporcionar a inclusão<br />
em um espaço melhor de produção.<br />
Ao voltar para a propriedade, o ovinocultor<br />
poderá perceber que ovelha<br />
pode entrar no mato quando<br />
necessitar de refúgio e que ele, deve<br />
sair dele com freqüência, a fim de<br />
acreditar em suas potencialidades.
7<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
Corriedale<br />
Fonte:<br />
ABCC<br />
RAÇAS<br />
Foto: Divulgação<br />
Foto: Divulgação<br />
Tudo começou na Nova Zelândia, região<br />
denominada Corriedale, era o ano<br />
de 1866 e o Ovinocultor James Little<br />
preocupado em melhorar a qualidade<br />
do seu rebanho começa a fazer cruzamentos<br />
entre raças, com um único<br />
propósito: realizar um sonho; criar um<br />
ovino destinado a oferecer vantagens<br />
que as demais raças não conseguiram:<br />
produzir boa quantidade de carne<br />
e também lã: nascia o Corriedale.<br />
Utilizando o método de consangüinidade<br />
que é o cruzamento de diversas<br />
raças, James Little escolheu 4000<br />
ovelhas puras Merinas e as acasalou<br />
com 100 carneiros puros Lincoln.<br />
Da produção destes acasalamentos<br />
selecionou 1000 ovelhas fêmeas e 20<br />
machos e acasalou-os. Da produção<br />
obtida James Little fez uma rigorosa<br />
seleção, separando os animais cujas<br />
características correspondiam plenamente<br />
a um ovino de dupla aptidão,<br />
num equilíbrio de 50% carne e 50% lã.<br />
Oito anos mais tarde em 1874, o<br />
criador Willian Soltau Davidson<br />
com os mesmos propósitos realizou<br />
cruzamentos da Raça Merino com<br />
Leicester e Border Leicester ajudando<br />
assim na formação da Raça.<br />
O verdadeiro Corriedale é formado<br />
de 50% Merino,30% Lincoln,15%<br />
Leicester e 5% Border Leicester.<br />
O Corriedale só foi oficialmente reconhecido<br />
como raça pura em 1911<br />
quando foi criado o Flok Boock brasileiro,<br />
que é o livro de registros da raça.<br />
O Corriedale tem que ter bom porte e<br />
deve dar a impressão de um animal de<br />
grande vigor e ótima constituição,que<br />
se manifesta em sua formação própria<br />
para a produção de carne e lã. Possui<br />
quartos e paletas bem carnudos já que<br />
são os responsáveis pelas partes carniceiras<br />
da Raça. Deve ostentar um andar<br />
ágil e de grande vitalidade, o que<br />
lhe confere uma boa capacidade de<br />
deslocamento. Sendo um animal de<br />
duplo propósito ele deve ser equilibrado,<br />
apresentando um esqueleto bem<br />
constituído e um velo pesado, extenso<br />
e de ótima qualidade. Com lã cobrindo<br />
bem todo o seu corpo com exceção<br />
das virilhas e axilas, o Corriedale<br />
possui mechas relativamente longas,<br />
bem definidas, carnudas, densas e com<br />
ondulações pronunciadas e proporcionais<br />
a finura das fibras. Lã branca, de<br />
bom toque e bem lubrificada, com diâmetro<br />
médio variando de 26,5 a 30,9<br />
micrômetros. Com estas características<br />
a lã produzida por um Corriedale<br />
tem um alto valor industrial, bom rendimento<br />
no peso o que deixa qualquer<br />
produtor satisfeito com seu rebanho.
8<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
PECUÁRIA EM<br />
DESTAQUE<br />
Fernando Furtado Velloso - Médico Veterinário (CRMV RS 7238)<br />
Inspetor Técnico – Associação Brasileira de Angus Sócio da Assessoria Agropecuária FFVelloso & Dimas Rocha<br />
Touros para monta natural,<br />
desempenho e produção<br />
ARTIGO<br />
Foto: Divulgação<br />
O uso de touros em monta natural<br />
segue sendo o manejo predominante<br />
para os produtores americanos,<br />
especialmente na pecuária comercial.<br />
Particularmente nas áreas<br />
de campos do oeste, os produtores<br />
manejam grupos grandes de vacas<br />
entouradas com reprodutores múltiplos.<br />
Mesmo em situações de uso de<br />
uma bateria de touros trabalhando<br />
em conjunto, os produtores podem<br />
determinar os pais através de testes<br />
de DNA. Pesquisadores usando testes<br />
de paternidade concluíram que<br />
touros usados em grupo não compartilham<br />
o trabalho igualmente.<br />
Como um membro da Universidade<br />
da California (serviço de extensão),<br />
Dave Drake esteve envolvido<br />
com pesquisas de paternidade<br />
e desempenho que mostram que<br />
alguns touros são “superdotados”<br />
e outros “preguiçosos”. Este profissional<br />
tem compartilhado informações<br />
de pesquisa de como<br />
realmente um touro afeta a rentabilidade<br />
de uma exploração pecuária.<br />
De acordo com Drake, o estudo<br />
de três anos foi baseado na coleta<br />
de dados de mais de 5.000 bezerros<br />
com paternidade identificada,<br />
representando 15 parições em três<br />
propriedades da California. Os<br />
bezerros eram de rebanhos com<br />
parição de primavera e outono, estação<br />
de monta de 60 a 120 dias,<br />
e todos usando a relação de 1 touros<br />
para 25 vacas (1:25) em pastagens<br />
de 40 hectares ou menos.<br />
“O número médio de filhos por<br />
touro foi de 18,9. Em todas as<br />
parições, algum touro destacou-<br />
-se produzindo mais de 40 filhos.<br />
Alguns touros produziram muito<br />
pouco”, afirmou Drake. “Um touro<br />
em especial produziu 64 bezerros<br />
em uma estação. Um touro somente<br />
um filho, e mais de um touro<br />
não deixaram nenhum produto”.<br />
O estudo revela algumas questões interessantes<br />
sobre os touros mais prolíficos.<br />
Em alguns períodos, alguns<br />
touros cobriram com sucesso 10 a 12<br />
vacas por dia. Não foi incomum para<br />
alguns touros, em entoure simples<br />
(somente 1 touro no lote), que 1/3 de<br />
seus produtos tenham sido gerados<br />
em um período de 24 horas. Além<br />
disso, quase toda a diferença na prolificidade<br />
dos touros foi identificada<br />
na primeira metade da estação de<br />
monta. Os touros mais produtivos<br />
geraram mais concepções nas semanas<br />
três, quatro e cinco da estação.<br />
A variação na fecundidade dos touros<br />
tem implicações na qualidade<br />
das fêmeas de reposição, considerando<br />
que a maioria das fêmeas nascidas<br />
na primeira metade da parição<br />
são filhas de touros mais profícuos.<br />
A seleção de fêmeas de reposição<br />
do “cedo” devem ter impacto positivo<br />
na fertilidade dos rebanhos.<br />
O estudo demonstra a importância<br />
da reprodução em lucratividade porque<br />
o touro prolífico tem o maior<br />
impacto positivo da rentabilidade<br />
das propriedades. “Estes animais<br />
não foram os touros com os maiores<br />
DEPs para peso ao desmame ou<br />
peso ao ano. Também não são os pais<br />
dos bezerros mais pesados, comentou<br />
Drake. “O touro mais rentável<br />
foi o que produziu mais bezerros”.<br />
Considerações da Assessoria Agropecuária:<br />
A qualidade e funcionalidade<br />
dos touros usados na pecuária<br />
comercial tem alto impacto em<br />
lucratividade em qualquer lugar do<br />
mundo. O cabanheiro (produtor de<br />
touros) deve ter o compromisso de<br />
oferecer touros com funcionalidade<br />
e longevidade. Além dos dados<br />
de desempenhos (índices e DEPs)<br />
devem ser observados as características<br />
de adaptação (tipo de pelo,<br />
biótipo animal), correção de aprumos<br />
e cascos, comprimento e posição<br />
de prepúcio, posicionamento<br />
do saco escrotal e outros itens que<br />
afetam a função do touro. O comprador<br />
de touros deve estar atento a<br />
estas questões, pois existe o risco de<br />
justamente o touro que não produz<br />
ou produz muito pouco ser o nosso.<br />
Por Troy Smith<br />
(Angus Beef Bulletin, EUA).<br />
Traduzido por Fernando F. Velloso<br />
(Assessoria Agopecuária).<br />
Artigo publicado no Angus<br />
Beef Bulletin, Janeiro 2014.
9<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014
10<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
Foto: Mickael Freitas<br />
A inauguração oficial da <strong>30ª</strong> <strong>Feovelha</strong><br />
de Pinheiro Machado foi marcada<br />
por manifestações de reconhecimento<br />
aos produtores rurais e autoridades<br />
ligadas ao setor, já no término<br />
do protocolo, por volta das 13 h à<br />
emoção tomou conta do pavilhão de<br />
remates dentro do Parque Charrua.<br />
O descerramento de uma placa em<br />
homenagem ao criador João Odi Farias<br />
- in memorian - emocionou não<br />
só os membros da família Farias, mas<br />
o público e autoridades presentes.<br />
Criador, apoiador da <strong>Feovelha</strong> e trabalhador<br />
incansável na construção do<br />
prédio da sede do Sindicato Rural do<br />
município, foram alguns dos adjetivos<br />
citados pelo protocolo durante a cerimônia<br />
que finalizou com uma frase<br />
do criador: -”A ovelha nunca mais vai<br />
acabar” - publicada na revista Ovinos,<br />
manifestando o espírito motivador e<br />
entusiasta de um criador que movido<br />
pela paixão já estava prevendo que a<br />
Foto: Edisson Larronda<br />
Lançamento da <strong>30ª</strong> <strong>Feovelha</strong> é marcado<br />
pela emoção e reconhecimento<br />
ovinocultura um dia retomaria o lugar<br />
de destaque que sempre mereceu.<br />
A entrega da medalha da 53ª legislatura<br />
2011/2015 da Assembléia legislativa,<br />
pelas mãos do Dep. Adilson<br />
Troca / PSDB, em reconhecimento<br />
a realização da <strong>Feovelha</strong> e pela sua<br />
importância na região, foi mais um<br />
dos atos marcantes durante o lançamento<br />
do evento. “É daqui que<br />
sai às grandes campeãs da Expointer”,<br />
comenta o Dep. Estadual Catarina<br />
Paladini /PSB - representante<br />
do parlamento gaúcho, reforçando<br />
a qualidade dos animais apresentados<br />
e o trabalho dos selecionadores.<br />
Para Paulo Schwab - presidente da<br />
ARCO, esta edição da <strong>Feovelha</strong> passou<br />
a ser um evento nacional, através<br />
das transmissões dos julgamentos e<br />
remates via internet, representando<br />
10% das comercializações, possibilitando<br />
que o evento seja conhecido<br />
e acompanhado em todo o território<br />
nacional. Schwab destaca ainda<br />
a qualidade do rebanho gaúcho “Temos<br />
no Brasil e no Rio Grande do<br />
Sul, um dos melhores materiais genéticos<br />
do mundo nas mais variadas<br />
raças”, comenta, o que se comprova<br />
pelo alto valor agregado apresentado<br />
pela carne ovina. “A carne ovina é o<br />
produto mais valorizado no mundo,<br />
nós temos que nos preparar para isso”,<br />
afirma Luiz Fernando Mainardi - Secretário<br />
Estadual da Agricultura, Pecuária<br />
e Agronegócio, ao destacar os<br />
novos rumos da cadeia produtiva” O<br />
momento mundial é de muita reflexão,<br />
ao que vai acontecer”, comenta.<br />
Caminhos da Lã: mostra apresenta detalhes<br />
do dia-a-dia dos artesãos<br />
Pela primeira vez em Pinheiro Machado<br />
a mostra Caminhos da Lã,<br />
realizada pela Emater/RS no Pavilhão<br />
do Artesanato em Lã da<br />
<strong>Feovelha</strong> 2014 apresenta aos visitantes<br />
da feira o dia-a-dia dos artesãos<br />
trabalhando em lã ovina.<br />
Nela se encontra uma linha de produção<br />
de artesanato, que inicia pela<br />
lã crua, passa pela limpeza, fiação e<br />
confecção de peças do vestuário e<br />
decorativas com uma das matérias<br />
primas mais forte na cultura gaúcha.<br />
Há máquinas utilizadas em cada<br />
Para Gedeão Pereira - vice - presidente<br />
da Farsul, a metade sul está<br />
sofrendo uma modificação, devido à<br />
vitivinicultura, olivicultura e a cultura<br />
da soja, porém alguns fatores estão<br />
preocupando a Federação, um deles é<br />
o avanço do Javali, que segundo Pereira<br />
estão comprometendo a produção,<br />
a biodiversidade do bioma pampa<br />
pela influência do Capim Anoni, e<br />
as dificuldades junto aos órgãos ambientais<br />
do rio grande do sul para<br />
implantação de sistemas de irrigação.<br />
A <strong>Feovelha</strong> e as comercializações realizadas<br />
no Parque Charrua em Pinheiro<br />
Machado representam 1/3 do<br />
PIB do município, comenta Rossano<br />
Lazzarotto - presidente do sindicato<br />
rural, ao destacar que o evento deste<br />
ano, além de ser uma edição histórica<br />
é uma homenagem aos principais<br />
atores da <strong>Feovelha</strong> - os ovinocultores.<br />
Esta importância econômica e principalmente<br />
de visibilidade a uma das<br />
maiores potencialidades do município<br />
- a criação de ovelhas- também é reconhecida<br />
pela administração municipal,<br />
“O que seria de Pinheiro Machado,<br />
sem a <strong>Feovelha</strong>, que divulga o nosso<br />
município e a nossa região” afirma<br />
Felipe da Feira - prefeito municipal<br />
parte do processo de criação das<br />
peças, inclusive com apresentação<br />
do funcionamento de cada uma.<br />
Ao final da mostra, criada para o<br />
Congresso Mundial do Corriedale,<br />
ocorrido em São Gabriel no ano de<br />
2012, há roupas típicas do gaúcho,<br />
móveis e utensílios, além de decorações<br />
feitas utilizando apenas essa<br />
matéria prima, abundante na região.<br />
“Mostra inédita apresenta<br />
o trabalho com a lã ovina”.
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15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014
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15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
Foto: Edisson Larronda<br />
25 mil pessoas passaram pela <strong>Feovelha</strong> 2014<br />
Apesar do mal tempo que dificultou<br />
a visita ao Parque Charrua durante<br />
a <strong>Feovelha</strong> 2014, um grande número<br />
de pessoas circulou no evento<br />
durante os quatro dias .Cerca de 25<br />
mil pessoas estiveram presentes na<br />
maior feira e festa da ovinocultura<br />
do Brasil, onde acompanharam os<br />
remates, exposições e visitaram os diversos<br />
estandes presentes no evento.<br />
Além dos ovinos, uma variedade<br />
de opções de lazer: musicais, gastronômicas,<br />
culturais e artesanato<br />
fazem parte deste grande evento.<br />
A visitante Jaguarense Sandra Reche,<br />
que já morou em Pinheiro Machado,<br />
é visitante assídua do evento. Para ela,<br />
a feira vem crescendo a cada ano .<br />
“Eu estou achando a feira muito boa.<br />
Eu já morei em Pinheiro Machado e<br />
sempre vinha na <strong>Feovelha</strong>. Agora, que<br />
moro em Jaguarão, é a terceira vez que<br />
venho e noto que a feira está melhor a<br />
cada ano, sempre se renovando e se superando<br />
com estandes diversificados e<br />
várias opções de lazer” aponta Sandra.<br />
Mais uma vez a <strong>Feovelha</strong> é palco do<br />
Encontro de Carros antigos, evento<br />
que reúne os amantes desses automóveis<br />
que fizeram história no Brasil e<br />
no mundo. Em sua 19ª edição o encontro<br />
contou com um grande público<br />
e lotou o espaço destinado aos veículos,<br />
vindos de várias cidades gaúchas.<br />
Um dos organizadores do evento,<br />
Alessandro Dias, contou que o<br />
amor pelo automobilismo e carros<br />
nacionais e importados é que move<br />
os grupos, que se unem para mostrar<br />
ao público um pouco da história<br />
dessa indústria: “O amor por<br />
carros antigos já está na veia. Temos<br />
automóveis nacionais e importados,<br />
como alemães e americanos, além dos<br />
Já o visitante Bageense, Silvério Silva,<br />
que está pela primeira vez na <strong>Feovelha</strong>,<br />
conta que a feira está ótima. Ele,<br />
que está com sua família acampada no<br />
parque, contou que as opções de lazer<br />
tornam a feira uma boa opção para as<br />
famílias. “Os animais estão muito bonitos.<br />
Tem um número grande de animais.<br />
Está muito bonita”, disse Silva.<br />
Pinheirense visitante em várias edições<br />
da <strong>Feovelha</strong>, Paulo Burgo, contou<br />
que desde o momento em que<br />
colocou os pés no Parque Charrua,<br />
nacionais como o DKV e o Fusca”.<br />
Para Hamilton Gomes, que também<br />
é organizador do evento, o principal<br />
do encontro é a união de amigos, que<br />
podem ser considerados como uma<br />
grande família. “Nós começamos com<br />
poucos, hoje temos mais d 100 carros<br />
aqui no Parque Charrua”, contou.<br />
“Nós estamos sempre lotados e a tendência<br />
é sempre aumentar.” termina.<br />
Entre os colecionadores presentes,<br />
Dario Alfredo Maia Sousa.<br />
Ele lembra que há anos participa:<br />
“Nós tínhamos cerca de 20 carros<br />
hoje já supera a marca dos 100.<br />
Este é um encontro diferenciado<br />
no RS, é como uma confraria ou<br />
um encontro de família. E também<br />
festejamos a <strong>Feovelha</strong>, que é<br />
uma marca de nosso município.”<br />
A organização do evento cobrou<br />
notou que a feira estava ainda melhor<br />
que em 2013. “Eu visito a <strong>Feovelha</strong><br />
há 30 anos e noto uma grande<br />
evolução a cada ano. Notei que há<br />
um número maior de animais bem<br />
como de estandes. Tem muito estande<br />
pra visitar. As famílias têm muitas<br />
opções de lazer aqui”, terminou.<br />
A <strong>Feovelha</strong> 2014, que comemora a trigésima<br />
edição, acontece em Pinheiro<br />
Machado, no Parque Charrua entre<br />
os dias 29 de janeiro e 2 de fevereiro.<br />
Encontro reúne amantes dos carros antigos na <strong>Feovelha</strong> 2014<br />
Foto: Renato Pinheiro<br />
o valor de R$ 20 para os participantes<br />
e a verba é toda destinada<br />
à APAE. A entidade, que há anos<br />
participa do encontro é assistida<br />
pelo grupo já há várias edições.<br />
Segundo a presidente da APAE,<br />
Patricia Dias, a parceria entre a entidade<br />
e o grupo dos carros antigos<br />
é muito importante e já dura cinco<br />
anos. “Essa parceria é super importante<br />
pois a APAE é uma instituição<br />
carente. Por iniciativa do Hamiltom<br />
Gomes nós começamos a receber<br />
contribuições do grupo e a cada<br />
ano ela aumenta.” conta a Patricia.<br />
Para o ano de 2015, durante a <strong>Feovelha</strong>,<br />
está marcada a comemoração<br />
de 20 anos do encontro, que promete<br />
ter uma festa ainda nunca vista pela<br />
grande família de colecionadores.
13<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014
14<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
Foto: Mickael Freitas<br />
Sindicato Rural de Pinheiro Machado: o realizador da<br />
maior Feira e Festa Estadual da Ovelha<br />
O atual presidente do Sindicato<br />
Rural, Rossano Lazzarotto,<br />
realizou este ano a sua primeira<br />
<strong>Feovelha</strong> a frente da entidade.<br />
Mas há alguns anos ele já acompanhava<br />
a realização do evento<br />
como membro da diretoria.<br />
Ele explica que a Feira acontece<br />
sempre no último final de semana<br />
de janeiro, e desde a edição número<br />
um acontece neste período,<br />
considerado estratégico para o setor.<br />
Apesar de alguns produtores<br />
adotarem manejos de reprodução<br />
Hoje com 83 anos, o tratador uruguaio<br />
Aramis Latorre, veio para o<br />
Brasil ainda jovem. Aos 16 anos deixou<br />
a terra natal e encontrou no Rio<br />
Grande do Sul um lugar para chamar<br />
de lar. Humilde e bem humorado, é<br />
uma figura histórica na ovinocultura<br />
brasileira e presença garantida<br />
em todas as edições da <strong>Feovelha</strong>.<br />
Da lida campeira sabe cada detalhe.<br />
Mestre Aramis, como é chamado<br />
por muitos, Já foi capataz,<br />
peão, jardineiro, caseiro, motorista<br />
e desempenhou todas as funções<br />
na estância. Com uma memória<br />
de dar inveja, Latorre lembra que<br />
sua primeira participação em exposições<br />
de ovinos foi em 1951,<br />
diferenciados, em geral os rebanhos<br />
entram em cio no período<br />
de fevereiro. Por isso a <strong>Feovelha</strong><br />
chegou nesta época para preencher<br />
uma lacuna com oferta de<br />
reprodutores de alta qualidade.<br />
Ao longo dos anos a ovinocultura<br />
foi se modernizando, e a <strong>Feovelha</strong><br />
acompanhou esta evolução.<br />
Hoje são ofertados machos e fêmeas<br />
de genética superior e, especialmente<br />
em 2014 – em comemoração<br />
aos 30 anos, uma série<br />
de atividades foram programadas.<br />
O objetivo foi reunir todos os parceiros<br />
que ajudaram a construir o<br />
evento ao longo das três décadas e<br />
fazer um grande evento em 2014.<br />
Por isso<br />
a <strong>Feovelha</strong><br />
chegou nesta época<br />
para preencher<br />
uma lacuna<br />
com oferta<br />
de reprodutores<br />
de alta qualidade.<br />
Aramis Latorre: um tratador histórico<br />
da ovinocultura brasileira<br />
há 63 anos, em Uruguaiana/RS.<br />
Foto: Edisson Larronda<br />
Eurico Piegas Dias, da Estância da<br />
Bolsa, com quem Aramis trabalhava,<br />
vivenciou o inicio e a expansão de<br />
um criatório de sucesso na ovinocultura.<br />
Desde sua primeira participação<br />
em exposições o mestre tratador<br />
não se distanciou dos campeonatos.<br />
O Rio Grande do Sul inteiro recebeu<br />
animais tratados por Aramis,<br />
sempre em destaque nos campeonatos.<br />
“Nós íamos às feiras de todo<br />
o estado e desfilei para quatro presidentes<br />
brasileiros. Ainda quando<br />
a Expointer era no Menino Deus,<br />
em Porto Alegre, desfilei para Getulio<br />
Vargas.” Comenta o uruguaio.<br />
Com sorriso largo, Aramis conta que<br />
as amizades que fez durante sua jornada<br />
são importantíssimas para sua vida.<br />
-Sempre tive o apoio de todos. Hoje<br />
Rossano Lazzarotto<br />
Foto: Mickael Freitas<br />
muitos dizem que tenho o maior<br />
conhecimento de ovinos entre todos.<br />
Eu não digo isso, eu digo que<br />
faço o que gosto e gosto do trabalho<br />
bem feito. Para mim, trabalhar<br />
nessa profissão é um prazer e não<br />
um trabalho. Em todas as exposições<br />
que eu venho eu procuro ajudar.<br />
Da <strong>Feovelha</strong>, não faltam histórias<br />
para o tratador. Nos 30 anos da feira<br />
e festa da ovelha, no Parque Charrua,<br />
Aramis também comemora 30<br />
anos de participação. Sempre com o<br />
sorriso estampado, é um personagem<br />
que marca. Por onde anda, leva consigo<br />
a simplicidade, humildade, dedicação<br />
e força do homem do campo,<br />
do apaixonado por ovinocultura.
15<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014
16<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
Foto: Everton Neves<br />
ESPECIAL<br />
4ª NACIONAL<br />
DO TEXEL<br />
A Cabanha Cambará Velho, de<br />
Claudio da Fontoura Arteche, Livramento,<br />
ficou com o grande campeonato<br />
nas fêmeas e machos a galpão.<br />
Os dois animais foram apresentados<br />
por Fernanda Arteche cuja Cabanha<br />
participou com seis animais. A escolha<br />
teve a unanimidade dos jurados.<br />
O grande campeão, Cambara Velho<br />
IA 1265, foi grande campeão<br />
na Exposição de Primavera de<br />
Alegrete 2013 enquanto a grande<br />
campeã Cambara Velho IA 1112,<br />
entrou pela primeira vez em uma<br />
pista de julgamento nesta Nacional.<br />
Cláudio juntamente com a irmã<br />
Giselda Arteche Soares, tocam a<br />
propriedade de 538 hectares herdada<br />
do avô. Nos campos de basalto da<br />
Cambará Velho são criados bovinos<br />
cruza Braford, Cavalos Crioulos e<br />
aproximadamente mil ovinos Texel<br />
PO e RGB. Cláudio conta que iniciou<br />
na atividade muito cedo.<br />
“Eu cresci trabalhando no campo,<br />
aos 14 anos meu avô acreditou<br />
que eu seria capaz de administrar<br />
a propriedade: comecei<br />
sem mexer com o dinheiro e aos<br />
17 anos assumi de vez”, comenta.<br />
A criação de Texel começou de forma<br />
inusitada: um primo de Cláudio,<br />
Cabanha faz dobradinha nos<br />
Grandes Campeonatos<br />
Criatório possui aproximadamente 1 mil ovinos Texel.<br />
presentea-o com um carneiro Texel –<br />
no primeiro ano utilizou apenas em<br />
¼ do rebanho - posteriormente utilizando<br />
na totalidade das matrizes.<br />
Voltado para a produção de genética<br />
de ponta, Cláudio comenta<br />
que realiza inseminação artificial<br />
com sêmen fresco há 37 anos.<br />
“A inseminação é uma maneira<br />
mais rápida de melhorar o rebanho<br />
com carneiros de ponta com<br />
menos investimento” acrescenta.<br />
Genética esta, que lhe garantiu inúmeros<br />
prêmios: 2000 a 2001 ficou<br />
entre os 30 finalistas da Expointer,<br />
conquistando posteriormente<br />
os títulos de reservado campeão, 4<br />
e 5 lugares. Sua melhor premiação<br />
em nível de Esteio foi a de Reservada<br />
de Grande Campeã – RGB.<br />
E neste caso, santo de casa faz milagre<br />
sim! Cláudio é um dos fundadores<br />
do Mercotexel, evento que<br />
integra a programação da 4ª Nacional<br />
do Texel com expressiva participação<br />
em todas as suas edições.<br />
Confira os reservados de Grande<br />
Campeão: Tieta 344, da Agropecuária<br />
Juncal, Jaguarão, foi à reservada<br />
grande campeã e Real TE 251,<br />
Cabanha Lermen, Cachoeira do<br />
Sul foi o reservado grande campeão.<br />
Mercotexel e 4ª Nacional do Texel superam 160 mil em vendas<br />
O remate da 16ª Mercotexel e 4ª<br />
Nacional do Texel superou 160 mil<br />
em comercialização. O evento realizado<br />
na noite de sábado (18)<br />
– Santana do Livramento /RS -<br />
contou com cerca de 350 animais<br />
inscritos. O leilão esteve a cargo do<br />
escritório Knoor Remates e contou<br />
com entrega de premiações e<br />
homenagens a criadores. Os negócios<br />
fecharam com chave de ouro<br />
foram comercializados 121 animais<br />
com média geral de R$ 1.360,17.<br />
As médias fornecidas pela empresa<br />
leiloeira são as seguintes: três<br />
machos Naturalmente Coloridos,<br />
R$ 1.120,00; 12 fêmeas PO, R$<br />
3.441,67; quatro fêmeas RGB, R$<br />
1.120,00; 80 fêmeas SO, R$ 370,00;<br />
18 machos PO, R$ 4.557,78;<br />
um macho RGB, R$ 1.400,00;<br />
três machos SO, R$ 800,00.<br />
O destaque da noite foi a Grande<br />
Campeã da Nacional – Cambará<br />
Velho IA 1112 / Box 23 - Cabanha<br />
Cambará Velho de Cláudio da Fontoura<br />
Arteche, adquirida por Elton<br />
José Enick, Cabanha Dom Enick,<br />
Livramento –RS. Também o grande<br />
campeão, Cambara Velho IA<br />
1265, ficou em Livramento ao ser<br />
adquirido pela maior cotação entre<br />
os machos pelas Cabanhas Forqueta,<br />
Santa Orfila e Novo São João.<br />
A grande campeã foi cotada<br />
em R$ 8.960, e o grande<br />
campeão em R$ 34,2 mil.<br />
“Este é um evento extremamente<br />
produtivo”, frisa o leiloeiro<br />
rural Eduardo Knorr ao destacar<br />
a importância da raça Texel<br />
para a ovinocultura gaúcha.
Apesar do nome Pit Bull, a cabanha<br />
de Pio Valdir Roos da Silva – não<br />
cria cães e sim ovinos – belos ovinos<br />
da raça Texel, cuidadosamente<br />
tratados e preparados por quem já<br />
possui vasta experiência no assunto.<br />
Valdir como é chamado, é um<br />
capataz de estância que dedicou<br />
toda uma vida a cuidar de ovelhas.<br />
A Pit Bull é nova, tem apenas dois<br />
anos, ainda está engatinhando e conta<br />
com o apoio e por que não dizer:<br />
a arrancada inicial de amigos como<br />
Maximiliano Neves da Fontoura<br />
– Texel Geribá – patrão de Valdir<br />
há 26 anos e dos proprietários da<br />
Cerro Coroado que doaram 15 doses<br />
de sêmen do seu melhor carneiro-<br />
o 3082 de origem Francesa o que<br />
deixa Valdir entusiasmado, “Com<br />
este carneiro vou colocar genética de<br />
ponta em meus animais”, comenta.<br />
Maria Tereza Queirolo.<br />
A arte de preparar campeões<br />
As doações destes e de outros<br />
amigos são uma prova de<br />
reconhecimento ao homem simples<br />
nascido e criado no interior de<br />
Cachoeira do Sul, peão campeiro,<br />
alambrador e domador tradicional,<br />
que se somadas todas as<br />
suas participações na Expointer<br />
pelo tempo de permanência em<br />
dias em cada uma delas, daria mais<br />
de um ano da sua vida dentro do<br />
parque Assis Brasil em Esteio.<br />
No seu currículo participações<br />
na Feirapec, Fenovinos, Expointer<br />
– 20 edições, Feinco – São<br />
Paulo em 2005 e 2010, Fenapec<br />
– participação em todas as edições<br />
e Mercotexel há 12 anos.<br />
Valdir também foi agraciado com o<br />
prêmio Peão Destaque da Expointer<br />
no ano de 2003 e recentemente<br />
preparou a Grande Campeã da<br />
Expointer 2013 – Cabanha Cocão.<br />
Outra particularidade de seu currículo<br />
é que Valdir em toda a sua vida<br />
profissional teve apenas dois patrões.<br />
Na Geribá ou na Pit Bull Valdir<br />
continua cuidando de suas ovelhas<br />
acompanhado da filha Géssica Roos<br />
da Silva – 12 anos, que já demonstra<br />
a mesma vocação: preparar campeões.<br />
“Esses animais fazem parte<br />
17<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
Foto: Everton Neves<br />
Valdir em toda a sua vida profissional teve apenas dois patrões.<br />
da minha família”, comenta Valdir<br />
ao acariciar o Campeão Borrego<br />
dois dentes RGB da Nacional do<br />
Texel, propriedade de sua Cabanha.<br />
Brastexel festeja saldo da 4ª Nacional<br />
A 4ª edição da Brastexel - Santana<br />
do Livramento/RS foi marcada<br />
pela inovação: a começar<br />
pelo julgamento dos animais. A<br />
avaliação dos jurados foi realizada<br />
através de nota individual.<br />
É desta forma que podemos definir<br />
Silvia Helena Martins Loro:<br />
Uma mulher apaixonada pela raça<br />
Texel. Neta de David Pinheiro<br />
Martins, proprietário de campos no<br />
Sarandi, tradicional criador de gado<br />
e um apaixonado pela ovinocultura.<br />
A paixão dos Martins passou de<br />
pai para filho, chegando até Silvia,<br />
atual administradora da Cabanha<br />
Santa Orfila - de seu pai<br />
Claudino Loro. “Esta foi à escolha<br />
do meu avô, e nós começamos a gostar<br />
e nos apaixonamos por esta raça”,<br />
acrescenta Silvia, enquanto estampa<br />
um sorriso largo no rosto. A alegria<br />
de Silvia é a alegria de quem ama o<br />
que faz e se dedica integralmente a<br />
raça, motivando-a a tomar a frente<br />
do segundo maior evento do Texel<br />
depois da Expointer – o Mercotexel.<br />
“ A união do Mercotexel, com a Nacional<br />
e o 1º Ranking, só veio a acrescentar<br />
ao evento”, comenta Silvia,<br />
que ao tentar explicar o crescimento<br />
da raça, finalizou com a frase de<br />
Os dados eram acompanhados em<br />
um programa de computador que<br />
automaticamente passava as médias<br />
finais. Outra novidade foi à realização<br />
do primeiro Ranking da raça<br />
que deverá ser complementado por<br />
mais cinco exposições deste ano.<br />
“Na minha avaliação este evento<br />
atingiu todos os seus objetivos, praticamente<br />
todos os expositores que<br />
vão à expointer vieram aqui, isso demonstra<br />
a importância do evento”,<br />
comenta a presidente da Brastexel,<br />
Maria Tereza Queirolo. O fato do<br />
evento ter sido realizado em Santana<br />
do Livramento – considerada a terra<br />
do Texel no Brasil, também chamou<br />
a atenção dos participantes o que se<br />
comprovou pelo expressivo número<br />
de animais inscritos – cerca de 350<br />
ovinos da raça Texel - “Contamos<br />
com a participação de 21 expositores<br />
e inúmeros criadores e conquistamos<br />
a adesão de mais cinco sócios do RS,<br />
SC e SP”, afirma Maria Tereza.<br />
A presidente da Brastexel festejou<br />
o saldo da 4º Exposição Nacional<br />
de Ovinos Texel cujo julgamento<br />
Uma mulher apaixonada pela raça Texel<br />
A paixão dos Martins passou de pai para filho, chegando até Silvia.<br />
Enno Wendenback –” O Texel<br />
é inevitável”. A Cabanha Santa<br />
Orfila juntamente com a Novo<br />
São João, propriedade de seu tio<br />
David Fontoura Martins, somam<br />
10 mil animais da raça Texel, tornando-os<br />
um dos maiores criadores<br />
no estado do Rio Grande do Sul.<br />
Prova de que realmente o Texel está<br />
no sangue desta família, Silvia Juntamente<br />
com o marido, criam a Cabanha<br />
do Sarandi, que já inicia visando<br />
genética de ponta para o seu rebanho.<br />
terminou no início da noite de sexta<br />
feira, 17 de janeiro. Segundo a<br />
presidente da Brastexel, a raça vem<br />
em constante crescimento. “O Texel<br />
é a raça que mais fatura, só na<br />
expointer foram cerca de 300 mil”,<br />
comenta. A Texel é a segunda raça<br />
que mais registra junto a ARCO,<br />
perdendo apenas para o Santa<br />
Inês na região Nordeste do país.<br />
“Ao prestigiarem a Nacional os<br />
criadores demonstraram união”. A<br />
presidente acrescentou que mesmo<br />
os que não trouxeram animais<br />
se fizeram presentes. Criadores<br />
de São Paulo, Paraná e Santa Catarina<br />
acompanharam o trabalho<br />
de julgamento dos 75 animais.<br />
Foto: Everton Neves<br />
Silvia Helena ao lado do cabanheiro Ildo.
18<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
Foto: Edisson Larronda<br />
ESPECIAL<br />
LEILÕES<br />
<strong>Feovelha</strong> comercializa mais de<br />
1,1 milhões de reais no Rematão 2014<br />
A maior oferta de ovinos do Brasil,<br />
apresenta muitas peculiaridades. O<br />
evento que teve início na manhã de<br />
quinta (30) terminou às 2h de sexta<br />
(31), o Rematão é realizado durante<br />
a <strong>30ª</strong> <strong>Feovelha</strong> de Pinheiro Machado/<br />
RS, e além de apresentar um expressivo<br />
número de animais – aproximadamente<br />
10 mil ovinos e 14 horas de duração<br />
ininterruptas é sem dúvida um<br />
dos poucos no mundo a comercializarem<br />
em uma única “martelada” 839<br />
animais de um único proprietário, o<br />
que comprova a pujança da ovinocultura<br />
na região e a credibilidade do<br />
evento junto aos produtores rurais.<br />
Segundo Luiz Fernando Simoni<br />
– leiloeiro rural da Pioneiro<br />
Remates, o evento atingiu as expectativas,<br />
comercializando R$<br />
1.113.246,00, fato este, devido ao<br />
expressivo crescimento do mercado<br />
de carne nas regiões de São Paulo.<br />
As médias para os cordeiros ficaram<br />
em 89,55 reais, as cordeiras – 121,60<br />
reais. As borregas em 206,26 reais,<br />
ovelhas em 135,55 reais, capões ao<br />
valor de 121,73 reais e por último,<br />
ovelhas com cria corriedale com<br />
genética borula, vendedor Carlos<br />
Silveira de Pedras Altas – as mais valorizadas<br />
– ao valor de 800,00 reais.<br />
Mas nem só de números é feita a<br />
<strong>Feovelha</strong>, durante as 14 h de duração<br />
do remate e no dia anterior<br />
durante a recepção dos animais a<br />
presença de profissionais comprometidos<br />
com o evento fizeram a<br />
diferença – apesar das constantes<br />
“pancadas” de chuva – as atividades<br />
transcorreram normalmente, o que<br />
comprova a organização do evento.<br />
A ovelha é como a cachaça, ela entra no sangue da gente e cria paixão<br />
Leilão de liquidação da raça Ideal – Estância Santa Cecília – supera os 225 mil.<br />
A esq. Claudio Pereira e a filha Cecília.<br />
Foi num tom de poesia e de muita<br />
emoção que Claudio Pereira – Estância<br />
Santa Cecília, deu início ao Remate<br />
de Liquidação da Raça Ideal de sua<br />
propriedade. O evento realizado no<br />
dia 19 de janeiro às 16hs – durante<br />
a 6ª Agrovino em Bagé /RS, contou<br />
com a presença de criadores de vários<br />
municípios da região sul e do estado.<br />
Em pista foram ofertados 600 ventres<br />
PO, RGB, SO e Rebanho Geral, cinco<br />
carneiros pais de cabanha com premiações<br />
em exposições e 15 borregos.<br />
O destaque do evento foram as 120<br />
fêmeas PO que entraram em pista. “A<br />
genética de vocês cabe em qualquer<br />
cabanha”, afirma Cleuza Piegas – presidente<br />
da Associação de Criadores de<br />
Ideal ao referir-se a qualidade de plantel<br />
com mais de 30 anos de seleção.<br />
O faturamento do remate ficou em<br />
225,56 mil reais, com média de 368<br />
reais - 613 animais vendidos - carneiros<br />
e borregos: R$ 1792,00 -ovelhas<br />
e borregas P.O: R$ 826,00 -cordeiras<br />
P.O: R$ 560,00 - cordeiros P.O: R$<br />
816,00 - ovelhas e borregas RGB : R$<br />
277,00 - cordeiras RGB: R$ 340,00<br />
- ovelhas e borregas S.O : R$ 272,00<br />
-cordeiras S.O: R$ 221,00 -ovelhas<br />
rebanho geral: R$ 204,00 -borregas<br />
rebanho geral: R$ 250,80 - cordeiras<br />
de rebanho geral: R$ 170,53.<br />
Conforme Claudio Pereira, tradicional<br />
criador das raças Ideal e Corriedale<br />
decidir entre uma raça e outra<br />
não foi fácil, mas por questões de<br />
manejo decidiu ficar apenas com o<br />
plantel Corriedale - cerca de 2,4 mil<br />
ovinos. “Fazer a liquidação de um<br />
plantel é uma guinada na vida de um<br />
cabanheiro, a ovelha é como a cachaça<br />
ela entra no sangue da gente, ela<br />
cria paixão, mas como nosso rebanho<br />
é 80% Corriedale era muito mais<br />
fácil se desfazer do Ideal, mas deixo<br />
um legado para aqueles que adquirirem<br />
parte de nosso plantel”, comenta.<br />
Para o leiloeiro rural e presidente<br />
do Sind. Rural de Bagé,<br />
Aluízio Tavares, o Remate da<br />
Santa Cecília, é um evento importante<br />
que potencializou a Agrovinos.
19<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014
20<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
Foto: Edisson Larronda<br />
Maior churrasco de carne ovina do país foi sucesso<br />
Dos cerca de 100 cordeiros assados, 20 foram inteiros.<br />
O maior churrasco de carne ovina<br />
do Brasil foi executado com sucesso<br />
durante a <strong>30ª</strong> <strong>Feovelha</strong> de Pinheiro<br />
Machado. Chuva e frio não foram<br />
impedimentos para o público degustar<br />
a carne ovina harmonizada com<br />
vinhos produzidos no município.<br />
O tempo obrigou os assadores a trabalhar<br />
um pouco mais, e desde cedo,<br />
no Parque Charrua. “As valetas estavam<br />
cheias d’água, tivemos trabalho<br />
para fazer o fogo”, diz o assador<br />
Antônio Gomes. Ele coordenou uma<br />
equipe de pelo menos 20 assadores<br />
encarregados de preparar um chur-<br />
Luis Claudio Pereira.<br />
rasco com aproximadamente uma<br />
tonelada de carne. Dos cerca de 100<br />
cordeiros assados, 20 foram inteiros.<br />
Adão Berneiro, responsável pelo assado<br />
dos ovinos inteiros, conta que<br />
começou a preparar o fogo às 4h da<br />
madrugada. Os cordeiros ficaram em<br />
grelhas e foram preparados com sal<br />
grosso. “Ficam prontos em aproximadamente<br />
4 horas”, explica. Eles foram<br />
os primeiros a irem para o fogo. O<br />
assador, que veio de Jaguarão para o<br />
evento, tem experiência nesse tipo de<br />
churrasco. Berneiro diz que quanto<br />
mais jovem é o animal, mais cuidado<br />
e mais demorado deve ser o assado.<br />
A premiada criação de ovinos é uma<br />
tradicional atividade da estância<br />
Santa Cecília, de Dom Pedrito/RS.<br />
Em 2005, os ventres das raças Corriedale<br />
e Ideal, adquiridos junto à<br />
renomada Cabanha Cerro Agudo,<br />
de Pedras Altas/RS, deram origem<br />
aos atuais plantéis puros da estância.<br />
Hoje, o rebanho Corriedale carrega<br />
o afixo JEP. A participação na<br />
<strong>Feovelha</strong> começou em 2008, com<br />
ambas as raças, e desde então vem<br />
Na outra ponta do grande churrasco,<br />
Gomes colocava os cortes ovinos,<br />
com e sem osso, também em grelhas<br />
– mas estas dispostas diretamente<br />
sobre o fogo. Os cordeiros em pedaços<br />
foram preparados com sal fino.<br />
Aproximadamente dez metros cúbicos<br />
de lenha e 15 quilos de sal foram<br />
utilizados para este evento.<br />
O primeiro grande assado de ovinos<br />
da <strong>Feovelha</strong> foi uma experiência que<br />
deu certo, segundo o presidente do<br />
Sindicato Rossano Lazzarotto. Na 29ª<br />
edição um churrasco em proporções<br />
bem menores foi realizado. “Ano pas-<br />
sado foi a sementinha, ela germinou<br />
e hoje estamos aqui com um sonho<br />
realizado”, comemora Lazzarotto.<br />
Ele conta que logo que chegou em Pinheiro<br />
Machado ouvia da população<br />
que não havia churrasco de ovelha na<br />
maior feira e festa de ovinos do país. “É<br />
uma proposta diferente, onde reunimos<br />
os elementos da cultura e tradição<br />
gaúchas, e proporcionamos uma atividade<br />
especial ao público”, pondera.<br />
O presidente do Sindicato Rural<br />
parabenizou os assadores, e<br />
acredita que o evento deve entrar<br />
para o calendário da <strong>Feovelha</strong>.<br />
Tradição da Santa Cecília rende campeonatos<br />
Cabanha conquista o grande campeonato de Machos Corriedale.<br />
conquistando prêmios. No mesmo<br />
ano a estância debutava em Esteio<br />
e conquistava os prêmios da categoria<br />
carneiro da raça Corriedale, e<br />
da categoria borrega dente de leite.<br />
Durante o primeiro dia de julgamentos<br />
da <strong>Feovelha</strong> (30), a Santa<br />
Cecília conquistou o Grande<br />
Campeonato de Machos<br />
Corriedale, e o Reservado de<br />
Grande Campeão da mesma raça.<br />
O produtor Luis Claudio<br />
Lemieszek Pereira comemorou as<br />
conquistas da edição deste ano.<br />
Ele lembra que em 2012 conquistou<br />
o grande campeonato dos machos,<br />
e ano passado o grande campeonato<br />
das fêmeas Corriedale.<br />
“O grande campeonato é a<br />
coroação de todo um trabalho<br />
que desenvolvemos dentro<br />
da estância”, observa Pereira.
21<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
80% dos ovinos criados no Estado são da raça Corriedale<br />
Elisabeth Amaral Lemos, uma das<br />
produtoras mais assíduas e premiadas<br />
da <strong>Feovelha</strong>, participa da festa<br />
desde a primeira edição. São 30 anos<br />
de exposição em Pinheiro Machado e<br />
40 de seleção. Quem passa pela Casa<br />
da Ovelha pode ver uma mostra dos<br />
prêmios já conquistados pela Cabanha<br />
Vista Alegre – de Pedras Altas.<br />
Ela conta que começou a lidar com<br />
a ovinocultura quando se casou.<br />
José Antônio Lemos tomou conta<br />
dos negócios do pai e sempre incentivou<br />
Elisabeth a fazer o mesmo.<br />
Logo ela tomou gosto pelas lides<br />
e hoje, viúva há seis anos, é quem<br />
está no comando da Cabanha.<br />
“Sempre fui muito incentivada pelo<br />
meu marido”, conta a produtora, que<br />
defende que todas as mulheres deveriam<br />
estar por dentro dos negócios<br />
da família, e todos os maridos deveriam<br />
incentivar. Foi graças a essa<br />
dedicação que ela conseguiu tocar os<br />
negócios quando ficou viúva. “Hoje<br />
eu continuo a frente da cabanha<br />
com muito prazer, eu gosto muito<br />
de trabalhar com os ovinos”, afirma.<br />
Quem passa pela Casa da Ovelha pode ver uma mostra dos prêmios já conquistados pela Cabanha Vista Alegre.<br />
Ela lembra que a primeira exposição<br />
de que participaram foi em<br />
Bagé. Depois, pela proximidade de<br />
Pedras Altas com Pinheiro Machado,<br />
eles vieram para a primeira<br />
<strong>Feovelha</strong> e nunca mais deixaram de<br />
expor nesta, que é uma das maiores<br />
e mais importantes feiras e festas<br />
da ovelha do Rio Grande do Sul.<br />
Elisabeth lembra que quando começou<br />
a trabalhar com ovinocultura,<br />
o setor ainda vivia tempos de<br />
pujança. Com a lã, muito valorizada<br />
na época, se abastecia toda a propriedade.<br />
Depois veio o declínio e<br />
muitos produtores desistiram da<br />
ovinocultura. Aqueles que ficaram,<br />
acredita, estão colhendo os frutos<br />
desta perseverança. “Hoje a carne<br />
ovina é muito valorizada”, observa.<br />
“A Cabanha Vista Alegre seleciona<br />
ovinos Corriedale - uma raça de<br />
duplo propósito, que tem uma lã<br />
de excelente qualidade e uma carcaça<br />
muito boa também. E a carne<br />
dos animais corriedale parece ter<br />
caído no gosto popular”, comenta.<br />
Vitrine da Carne na <strong>Feovelha</strong>:<br />
edição 2014 inaugura no Parque Charrua<br />
Foto: Mickael Freitas<br />
A produtora, que também é presidente<br />
da Associação Brasileira de Criadores<br />
de Corriedale, diz que o churrasco<br />
de ovinos da raça é muito apreciado.<br />
No Rio Grande do Sul 80% dos ovinos<br />
criados são Corriedale. A presidente<br />
pondera que os produtores<br />
do Estado estão em um excelente<br />
caminho, se preocupando com a lã<br />
e também com a conformação da<br />
raça para chegar ao produto carne<br />
que o consumidor está procurando.<br />
Dentro das cabanhas o trabalho de<br />
aprimoramento genético não para.<br />
“A busca é constante, nunca podemos<br />
dizer que a raça está pronta”, afirma.<br />
Na edição deste ano a Vista Alegre<br />
trouxe filhos do carneiro grande<br />
campeão corriedale, adquirido<br />
no congresso mundial da raça - que<br />
aconteceu há dois anos em São Gabriel.<br />
“Foi um investimento muito<br />
alto - feito com a cabanha São Matheus,<br />
mas que era necessário”, diz.<br />
A busca do produtor é por um<br />
animal que atenda as exigências<br />
tanto para a produção de<br />
lã com para produção de carne.<br />
Foto: Mickael Freitas<br />
Foto: Divulgação<br />
Elisabeth Amaral Lemos.<br />
Aconteceu na noite de sexta-feira(31)<br />
a primeira apresentação da Vitrine da<br />
Carne na <strong>Feovelha</strong> 2014. Com a presença<br />
de vários visitantes do Parque<br />
Charrua, que estiveram no estande da<br />
Vinovelha, a Vitrine da Carne, apresentada<br />
pelo consultor de cortes de<br />
carne Marcelo Bolinha, apresentou<br />
ao público as diversas possibilidades<br />
de cortes e preparo da carne ovina.<br />
Bolinha comentou o diferencial da<br />
vitrine na <strong>Feovelha</strong>, que une, além da<br />
carne ovina, o preparo com a utilização<br />
de azeites, queijos e espumantes<br />
produzidos na região: “É muito legal<br />
fazer a vitrine na <strong>Feovelha</strong>. Temos espumantes,<br />
azeites e queijos produzidos<br />
aqui, somados aos sabor único dos<br />
animais de alta qualidade, produzidos<br />
à campo nativo no Rio Grande do Sul.”
22<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
Foto: Divulgação<br />
<strong>Feovelha</strong> 2014 comercializou mais de 1,6 milhões<br />
superando a edição de 2013<br />
Com o mercado aquecido a <strong>Feovelha</strong><br />
2014 bate recordes de vendas<br />
em todos os remates do evento.<br />
Impulsionada por programas do<br />
governo e diversas linhas de créditos<br />
atualmente em quase todas<br />
as redes bancárias, a Feira e Festa<br />
Estadual da Ovelha - <strong>30ª</strong> edição<br />
pelo quarto ano consecutivo ultrapassa<br />
valores registrados em suas<br />
edições.<br />
O domingo foi palco para mais um<br />
grande dia de negócios, os remates<br />
foram encerrados as 18h. No lado<br />
de fora do pavilhão era possível ver<br />
a movimentação intensa dos compradores<br />
que deslocavam-se entre<br />
os escritórios. O término dos lançamentos<br />
e o tão esperado relatório<br />
oficial, aconteceu somente no<br />
final de tarde de hoje 03/FEV as<br />
17h. O faturamento contabilizou<br />
R$1.663.615,00 assinalando mais<br />
um ano excelente para a ovinocultura.<br />
Os números são expressivos<br />
e esperados. As vendas no Rematão<br />
registraram 7977 animais, com<br />
média de R$209,50. Confira os<br />
resultados finais e o comparativos<br />
dos últimos anos - 2011, 2012,<br />
2013 e 2014.<br />
<strong>Feovelha</strong> edição: 2011 - XXVII<br />
Número de animais<br />
comercializados: 5.921<br />
Total em comercialização:<br />
R$ 1.110.050,00<br />
<strong>Feovelha</strong> edição: 2012 - XXVIII<br />
Número de animais<br />
comercializados: 4.186<br />
(1735 animais a menos)<br />
Total em comercialização:<br />
R$ 1.154.729,00<br />
<strong>Feovelha</strong> edição: 2013 - XXIX<br />
Número de animais<br />
comercializados: 5825<br />
(1639 animais a mais)<br />
Total em comercialização:<br />
R$ 1.546.501,00<br />
(um acrésimo de mais de 33%)<br />
<strong>Feovelha</strong> edição: 2014 - XXX<br />
Número de animais<br />
comercializados: 7965<br />
(2140 animais a mais)<br />
Total em comercialização:<br />
R$ 1.663.615,00<br />
(um acrésimo de mais de 8%).<br />
Núcleo de Criadores de Ovinos e Caprinos<br />
de Pinheiro Machado presente na <strong>Feovelha</strong> 2014<br />
Criado há três anos e meio no<br />
município de Pinheiro Machado,<br />
o Núcleo de Criadores de<br />
Ovinos e Caprinos de Pinheiro<br />
Machado participa pela terceira<br />
vez da <strong>Feovelha</strong> - Feira<br />
e Festa Estadual da Ovelha.<br />
No estande do núcleo, localizado<br />
na Vinovelha, estão à venda cortes<br />
produzidos pelos associados, que<br />
atualmente somam cerca de 60.<br />
Sócio fundador do núcleo e atual<br />
vice-presidente, Rubisnei Garcia,<br />
contou que o núcleo está vendendo<br />
cortes de carne na feira, e também<br />
forneceu 100 cordeiros para<br />
o churrascão do Sindicato Rural.”<br />
Sobre a <strong>Feovelha</strong>, Garcia comentou<br />
a importância do evento, que<br />
divulga a produção ovina, gera renda,<br />
além de ser um grande evento<br />
cultural para todos os visitantes.<br />
Entre as ações que o Núcleo de<br />
Criadores de Ovinos e Caprinos de<br />
Pinheiro Machado realiza anualmente,<br />
Rubismar aponta como um<br />
dos principais a doação mensal de<br />
aproximadamente 500 kg de carne<br />
ovina para escolas: “Somos a única<br />
entidade estadual que fornece carne<br />
ovina para a merenda escolar. “<br />
O foco do núcleo é auxiliar os<br />
pequenos produtores de ovinos<br />
de Pinheiro Machado, capacitar<br />
e fomentar a ovinocultura,<br />
reduzindo sua sazonalidade.<br />
Todos os animais advém de<br />
pequenas propriedades familiares,<br />
tendo um importante<br />
cunho sócio-econômico.<br />
Recentemente assumiu o matadouro<br />
municipal, que após a<br />
regularização, voltará a operar.
23<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
A Banca do seu Rodrigues<br />
Artesão e cuteleiro Juvenal Rodrigues é assíduo expositor da <strong>Feovelha</strong>.<br />
Duas coisas muito tradicionais<br />
são encontradas em uma modesta<br />
banca de lona azul, dentro da<br />
<strong>30ª</strong> <strong>Feovelha</strong> - Peças em artesanato<br />
em couro e facas: muitas facas<br />
- das mais simples, de tesoura<br />
de esquila as mais sofisticadas com<br />
cabos de prata retovados a ouro.<br />
Atrás do balcão um senhor de meia<br />
idade, traços fortes e muitas histórias<br />
para contar. Guasqueiro e cuteleiro<br />
por vocação, Juvenal de Campos<br />
Rodrigues, dedica a vida a tirar<br />
tentos, fazer cordas e forjar o aço.<br />
Peças rústicas sem muitos adornos,<br />
assim como o povo gaúcho.<br />
Embora tenha vivido à infância no<br />
interior do Alegrete na histórica Serra<br />
do Caverá, foi aprender essa arte<br />
campeira muitos anos depois, através<br />
de amigos, e nunca mais parou.<br />
São mais de 30 anos, sovando<br />
couro, tirando tentos e trançando.<br />
“Para mim a trança de 12 é a<br />
mais difícil, pelo fato de ter que se<br />
encontrar um couro parelho, do<br />
mesmo padrão, além da desquina<br />
que tem que ser igual”, comenta<br />
Rodrigues que tem seus trabalhos<br />
expostos na <strong>Feovelha</strong> há aproximadamente<br />
10 anos, através da Associação<br />
de Artesãos de Rosário do Sul.<br />
Todo o esforço de aprender quase<br />
que por conta própria esse artesanato<br />
tipicamente gaúcho,<br />
infelizmente não terá prosseguimento<br />
na família Rodrigues. “Tentei<br />
passar a técnica para o meu filho,<br />
mas não funcionou”, comenta.<br />
Mas nem só de cabeçadas, rédeas<br />
e rebenques é feita a banca azul<br />
de seu Juvenal, naquele espaço com<br />
pouco mais de 5 m², um pedaço de<br />
nossa história está retratada: adagas<br />
da revolução farroupilha, adquiridas<br />
de um colecionador particular,<br />
misturam-se as facas com<br />
bainhas de couro cru - 2 peças<br />
que ainda conservam a sua originalidade<br />
avaliadas em 3 mil cada.<br />
Um fato surpreendente, mas nem<br />
tanto comparado a adaga em T, que<br />
Foto: Edisson Larronda<br />
segundo Rodrigues, foi introduzida<br />
no Brasil pelos soldados de Napoleão.<br />
De cunho fatal, a adaga em T,<br />
era utilizada, por ser uma arma letal.<br />
A peça chama atenção pelo seu modelo,<br />
com bainha redonda em aço e<br />
pelo expressivo valor - 7 mil. Quem<br />
quiser peças em couro cru, trançados,<br />
facas e um pouco de história precisa<br />
conhecer a banca do seu Rodrigues.
24<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
PERFIL<br />
Uma visão do Mais Ovinos no Campo<br />
Programa diminui pela metade o abate de fêmeas.<br />
Luis Fernando Mainardi.<br />
O Mais Ovinos no Campo, programa<br />
de retenção de matrizes<br />
para o aumento do rebanho gaúcho,<br />
foi lançado pelo Governo do<br />
Estado na <strong>Feovelha</strong> 2011. Colocou<br />
à disposição dos produtores<br />
mais de R$ 100 milhões em linhas<br />
de crédito com taxas de juros subsidiadas,<br />
bem como linhas de financiamento<br />
para a aquisição de<br />
matrizes e também reprodutores.<br />
Hoje, três anos após o lançamento<br />
oficial do programa, os<br />
números mostram um aumento<br />
significativo no rebanho ovino<br />
do Rio Grande do Sul.<br />
Com um rebanho que chegou a 13<br />
Foto: Mickael Freitas<br />
Foto:Mickael Freitas<br />
milhões de cabeças na década de 70,<br />
e que em 2011 estava na preocupante<br />
marca de 3,7 milhões, o Rio Grande<br />
do Sul já foi o maior produtor de ovinos<br />
do país e atualmente passa por<br />
uma fase de reestruturação com foco<br />
na demanda do mercado interno e<br />
externo ao mesmo tempo em que<br />
aumenta a renda dos ovinocultores.<br />
O secretário de Agricultura, Pecuária<br />
e Agronegócio, Luiz Fernando<br />
Mainardi, participou na manhã deste<br />
sábado (01/02) da abertura oficial<br />
da <strong>Feovelha</strong>. Ele comentou a atualidade<br />
do Mais Ovinos no Campo.<br />
Segundo Mainardi, o programa é<br />
um sucesso. “É um sucesso por que<br />
os produtores compraram a idéia e<br />
querem cada vez mais trabalharem<br />
com ovinos para ampliar sua renda<br />
e também contribuir com o desenvolvimento<br />
do nosso estado”, conta.<br />
Dados do governo do estado apontam<br />
que em 2010, 70% dos ovinos<br />
abatidos no Rio Grande do Sul eram<br />
fêmeas, superando 182 mil animais.<br />
Já em 2013 foram abatidas 92<br />
mil fêmeas, 50% do número de<br />
2010. “Diminuímos praticamente<br />
a metade do abate de fêmeas<br />
no estado”, disse o secretário.<br />
“Diminuiu o abate, aumentou a retenção,<br />
a comercialização e aos poucos<br />
estamos aumentando a qualidade<br />
do trabalho e dos manejos dentro<br />
da propriedade, que serão acompanhados<br />
de aumento do rebanho<br />
e renda do produtor”, completa.<br />
Dejalmo Prestes<br />
Engenheiro Agrônomo e Consultor<br />
Biofortificação<br />
de alimentos<br />
A dieta humana, cada dia que passa,<br />
tem preocupado os governos, pesquisadores<br />
e nutricionistas, pois nutrição<br />
não é apenas comer bastante e nem<br />
tão pouco comer alimentos sadios e<br />
de qualidade. O balanceamento nutricional<br />
é quem garante a sanidade<br />
de um povo, alguns micronutrientes<br />
ocasionam a fome oculta, doenças<br />
relacionadas com sua deficiência.<br />
A biofortificação, ou seja, o aumento<br />
da quantidade de micronutrientes<br />
disponíveis num alimento pode ser<br />
feita através da seleção genética ou<br />
por biotecnologia. Neste processo<br />
é utilizado o cruzamento de plantas<br />
de uma mesma espécie para gerar espécies<br />
ricas em determinados tipos<br />
de micronutrientes. Alimentos Biofortificados<br />
são alimentos cultivados<br />
com sementes muito bem selecionadas,<br />
e em laboratórios onde se busca<br />
um alimento de melhor qualidade,<br />
melhor valor nutricional, melhor<br />
aparência, melhor produtividade,<br />
melhor resistência, com sementes<br />
selecionadas cruzando entre si. Um<br />
projeto que visa acabar com a desnutrição,<br />
combatendo e revertendo<br />
a carência de vitaminas e minerais<br />
como o ferro, zinco e betacaroteno,<br />
consequentemente reduzindo os casos<br />
de anemia e problemas de visão.<br />
No Brasil, a biofortificação de alimentos<br />
é liderada pela Embrapa<br />
Agroindústria de Alimentos (Rio de<br />
Janeiro-RJ) e conta com a participação<br />
de mais 10 Unidades da Embrapa<br />
que são responsáveis pelo desenvolvimento<br />
dos oito cultivos em que o<br />
projeto está atuando: arroz, abóbora,<br />
feijão, feijão caupi, milho, mandioca,<br />
batata-doce e trigo.Embrapa<br />
quer combater doenças causadas pela<br />
desnutrição com raízes e grãos mais<br />
nutritivos, Até 2023, oito alimentos<br />
biofortificados estarão presentes na<br />
dieta dos brasileiros. O BioFORT,<br />
projeto-piloto da Empresa Brasileira<br />
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),<br />
tem parceria com 1.860 famílias<br />
de pequenos agricultores, em<br />
15 municípios do País. O processo<br />
consiste no cruzamento de plantas<br />
da mesma espécie mais ricas em<br />
nutrientes, a partir de intervenções<br />
agrícolas e laboratoriais. O resultado<br />
é uma semente de alto rendimento e<br />
com maior valor nutricional. Os pioneiros<br />
biofortificados desenvolvidos<br />
pela Embrapa são mandioca, feijão,<br />
milho, arroz, batata-doce, abóbora<br />
e trigo. A mandioca de mesa BRS<br />
Jarí, por exemplo, é fonte natural de<br />
ARTIGO<br />
energia, pouco fibrosa e possui mais<br />
vitamina A do que a tradicional, além<br />
de conservar boa parte das propriedades<br />
nutritivas após ser cozida. Outro<br />
destaque é a cultivar de feijão-caupi,<br />
também conhecida como xiquexique,<br />
cujos grãos possuem maior teor<br />
de ferro comparativamente às variedades<br />
mais consumidas no país.<br />
A mandioca de mesa BRS Jarí, por<br />
exemplo, é fonte natural de energia,<br />
pouco fibrosa e possui mais vitamina<br />
A do que a tradicional, além de<br />
conservar boa parte das propriedades<br />
nutritivas após ser cozida.<br />
Técnicas de cultivo aumentam nutrientes<br />
no arroz. A adubação do solo<br />
enriquecida com minerais como ferro<br />
e zinco representou um aumento<br />
de 40% da quantidade comum de<br />
ferro no grão de arroz colhido. O levantamento<br />
foi feito na dissertação<br />
Adubação e biofortificação: caracterização<br />
química e física do arroz<br />
(Oryza sativa L.) da nutricionista<br />
Evelise Boliani, num estudo realizado<br />
na Escola Superior de Agricultura<br />
Luis de Queiroz (Esalq) da USP,<br />
em Piracicaba. Os estudos, que foram<br />
orientados pela professora Solange<br />
Guidolin Canniatti Brazaca, começaram<br />
em janeiro de 2010 e foram<br />
finalizados em dezembro de 2011.<br />
Veja a tabela comparando o teor<br />
de vitamina de alguns alimentos<br />
convencionais com os biofortificados,<br />
referente a 1kg de alimento:<br />
O programa HarvestPlus do CGIAR<br />
(Consultive Group on Internacional<br />
Agriclture Research), e representa<br />
uma poderosa ferramenta para<br />
aumentar o consumo de nutrientes<br />
essenciais em uma dieta baseada<br />
em culturas base (arroz, milho, trigo,<br />
feijão, mandioca e batata-doce).<br />
A Biofortificação, é o foco de países<br />
em desenvolvimento, requer um aumento<br />
em investimento público para<br />
pesquisas na agricultura e infraestrutura<br />
para garantir seu sucesso, o que<br />
também está relacionado com o desafio<br />
de fazer com que consumidores<br />
e produtores aceitem as novas variedades<br />
biofortificadas e assim aumentem<br />
o consumo dos nutrientes alvos.<br />
Foto: Divulgação<br />
fonte:Embrapa
25<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
Pioneiro Remates e Parque Charrua:<br />
personagens da mesma história<br />
É impossível falar da história do<br />
Sindicato Rural de Pinheiro e principalmente<br />
da construção do Parque<br />
Charrua, sem mencionar o nome<br />
de Aggeu Duarte – leiloeiro rural<br />
e um dos fundadores da Pioneiro<br />
Remates. Exemplo de dedicação e<br />
doação na década de 60, Aggeu trabalhou<br />
aproximadamente 12 anos<br />
– gratuitamente – organizando e<br />
rematando em prol da entidade.<br />
FEOVELHA<br />
30 ANOS<br />
DE HISTÓRIA<br />
Foto: Edisson Larronda<br />
O objetivo era arrecadar fundos para<br />
a Construção da Casa Rural – sede<br />
do escritório e estruturas físicas do<br />
Parque de Remates. “Naquele tempo<br />
não existia os bretes, era só um mangueirão,<br />
a peonada parava rodeio<br />
separando o gado por proprietário”,<br />
comenta Luiz Fernando Simoni – leiloeiro<br />
rural - 3ª geração de leiloeiros.<br />
“Isso numa época em que não existiam<br />
caminhões boiadeiros, onde<br />
o transporte era feito por terra<br />
e a pata de cavalo”, comenta.<br />
Em 1970, surge a Pioneiro Remates.<br />
Aggeu Duarte, juntamente com o<br />
genro José Carlos Simoni e Daltro<br />
Maneti Dias, dá início a uma das<br />
mais conceituadas empresas leiloeiras<br />
da região e que atua na <strong>Feovelha</strong><br />
desde a 1ª edição. Em 73 Aggeu<br />
adoece, vindo a falecer um ano depois.<br />
O mesmo martelo que arrecadou<br />
fundos para a construção da<br />
sede do parque, haveria de prosseguir<br />
na família. José Carlos Simoni<br />
A maior feira e festa nacional da ovelha,<br />
<strong>Feovelha</strong>, que em 2014 completa<br />
30 anos desde sua primeira edição,<br />
tem como um dos pontos altos, e que<br />
reúne toda a família de criadores, a<br />
exposição de rústicos e de galpão. É<br />
o momento de mostrar o trabalho e<br />
dedicação de cada criatório, de cada<br />
tratador, e apresentar as melhorias<br />
do rebanho nos últimos meses. Por<br />
ser a primeira exposição de ovinos<br />
do ano e reunir um número expressivo<br />
de animais de todas as raças, a<br />
inicia como leiloeiro e dá prosseguimento<br />
ao trabalho do sogro. Em 83,<br />
devido a uma forte crise na pecuária,<br />
o escritório Pioneiro é vendido<br />
para o atual Dep. Fed. Cláudio Diaz.<br />
A paixão pelas pistas que movia a<br />
família Simoni, fez com que eles<br />
prosseguissem nas pistas como<br />
colaboradores da empresa compradora.<br />
Neste mesmo período<br />
outras três empresas surgiram e<br />
atuaram junto ao Sindicato Rural.<br />
Quinze anos depois, por solicitação<br />
de amigos e clientes, ressurge<br />
a Pioneiro Remates. Com o falecimento<br />
do pai, em julho de 2009,<br />
Luiz Fernando e o irmão Fábio<br />
<strong>Feovelha</strong> pode ser considerada como<br />
a maior e mais importante exposição/feira<br />
para os ovinocultores de<br />
todo o país, onde se compra, vende<br />
e expõe genética de alta qualidade.<br />
Duarte Simoni, assumem a empresa<br />
e mais uma vez a sucessão do<br />
martelo se repete. “Tivemos vários<br />
fatos marcantes na 1ª <strong>Feovelha</strong>, eu<br />
trabalhava de pisteiro e ainda ajudava<br />
o pessoal na comparsa”, comenta<br />
Simoni - atual leiloeiro da empresa<br />
ao referir-se ao início da Comparsa<br />
da Canção, que é um dos mais<br />
importantes festivais nativistas da<br />
região. Como o martelo na mão ou<br />
nas pistas, os irmãos Simoni já presenciaram<br />
muitos fatos marcantes:<br />
Os recordes de vendas; um deles a comercialização<br />
de ovelhas SO de propriedade<br />
do Dr. Alfredo Pinheiro, ao<br />
valor de R$ 970,00 enquanto o preço<br />
praticado na época era R$130,00.<br />
Segundo Kleber da Silva Ferreira, da<br />
Fazenda Paraíso, que conquistou o<br />
grande campeonato de machos ideal<br />
PO de galpão, o prêmio na <strong>30ª</strong> edição<br />
da feira ficará marcado na história.<br />
“O grande campeão é um animal<br />
que nós preparamos para o campeonato.<br />
Para nós, competir com grandes<br />
cabanhas é um desafio, mas conseguimos<br />
vencer. Viemos de longe e<br />
ficamos gratificados de ver nosso trabalho<br />
dando frutos”, disse Ferreira.<br />
Para Edemundo Ferreira Gressler,<br />
da Cabanha Coxilha Verde,<br />
que levou o grande campeonato de<br />
machos ideal PO rústicos, a <strong>Feovelha</strong><br />
é a exposição de ovinos mais<br />
importante do país. “A Cabanha<br />
Coxilha Verde já tem presença na<br />
A esq. Luiz Fernando Simoni e Rossano Lazzarotto.<br />
“Hoje não se consegue vender uma<br />
ovelha SO a esse valor”, observa.<br />
Em 2014, durante a <strong>30ª</strong> edição, outro<br />
fato inédito. Na pista 1 do Parque<br />
Charrua, em uma única martelada,<br />
foram comercializados mais de 839<br />
animais para um único comprador.<br />
Um abnegado pelo campo chamado<br />
Aggeu, leiloeiro rural que perpetuou<br />
o seu trabalho não só na memória<br />
da família, nem na estrutura<br />
física do parque, nem em monumentos,<br />
mas nos laços de sangue.<br />
Nas mãos dos netos, seja no martelo<br />
ou nas pistas, ali tem um Simoni.<br />
Esse é o Sindicato Rural de Pinheiro<br />
Machado, essa é a <strong>Feovelha</strong>.<br />
Campeões da Raça Ideal comemoram resultado da <strong>Feovelha</strong> 2014<br />
Para Edemundo Ferreira Gressler, da Cabanha Coxilha Verde, <strong>Feovelha</strong> é a exposição de ovinos mais importante do país.<br />
<strong>Feovelha</strong>. Não participamos nos<br />
30 anos, mas sempre que há a possibilidade,<br />
estamos aqui”, aponta.<br />
Sobre o grande campeonato, Gressler<br />
comentou que como expositor tem<br />
um grande entusiasmo de participar<br />
e fica lisonjeado com sua conquista:<br />
“A ovinocultura já tem sua marca no<br />
Brasil e a <strong>Feovelha</strong> também. Para<br />
mim, o campeonato mais importante<br />
é o de rústicos e esta feira é a mais<br />
importante do cenário nacional.”
26<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
ESPECIAL<br />
PLANEJAMENTO<br />
RURAL<br />
É bastante incomum imaginar uma<br />
pequena e média empresa do setor<br />
primário, trabalhando com planejamento<br />
estratégico, analisando<br />
ambiente externo e interno do<br />
negócio, missão, visão, valores etc.<br />
Mas afinal, isto é realmente necessário?<br />
Aonde quero que minha empresa<br />
rural esteja no médio e longo<br />
prazo? Quais os principais desafios<br />
que preciso enfrentar para chegar<br />
lá? Quais atividades se encaixam no<br />
perfil de propriedade que possuo?<br />
As respostas para todas estas perguntas<br />
e muitas outras são encontradas<br />
durante um processo<br />
fundamental para a gestão empresarial:<br />
o planejamento estratégico.<br />
Em geral o produtor rural desti-<br />
Daniel Barros - Médico Veterinário Consultor do SEBRAE - RS<br />
Sócio proprietário da Guarda Nova Consultoria Agropecuária<br />
Planejamento estratégico<br />
na empresa Rural<br />
na pouco tempo no planejamento<br />
do negócio, o ritmo intenso das<br />
atividades diárias dificulta parar<br />
um tempo para enxergar o negócio<br />
de uma forma mais ampla.<br />
Os problemas da falta de planejamento<br />
podem causar conseqüências<br />
irreparáveis ao negócio. Os<br />
principais entraves que vejo nesta<br />
fase são: sub-dimensionar a estrutura<br />
visando ‘’conhecer’’ o negócio<br />
e logo após ter que adquirir novas<br />
instalações; tentar introduzir atividades<br />
que necessitam de escala<br />
para sua viabilização em pequenas<br />
e médias propriedades; imaginar<br />
que pode-se reproduzir os números<br />
de pequenas propriedades<br />
rentáveis em grandes escalas, sem<br />
observar todas as particularidades<br />
do sucesso do pequeno negócio.<br />
Durante o planejamento estratégico<br />
é importantíssimo a presença de<br />
um técnico especializado na área de<br />
conhecimento do negócio. Neste<br />
momento será feita a análise do ambiente<br />
interno e externo do negócio.<br />
No ambiente interno é analisado<br />
quais são as virtudes e fraquezas do<br />
negócio, por exemplo, perfil do produtor<br />
rural, características produtivas<br />
da terra, mão de obra disponível.<br />
No ambiente externo, quais são as<br />
perspectivas para os próximos anos,<br />
a localização da propriedade em relação<br />
a fornecedores e consumidores,<br />
qual a liquidez do negócio, etc.<br />
Cada minuto investido no planejamento,<br />
certamente possibilitará<br />
economia de tempo, dinheiro<br />
ARTIGO<br />
e esforço do produtor no futuro.<br />
Creio que boa parte das propriedades<br />
rurais estão com negócios<br />
incompatíveis com suas características,<br />
principalmente em relação à<br />
área, criando uma falsa percepção<br />
que o agronegócio não é rentável.<br />
O agronegócio é altamente rentável<br />
quando o negócio é baseado em um<br />
planejamento estratégico bem detalhado<br />
e colocado em pratica por<br />
produtores e técnicos profissionais.<br />
Foto: Divulgação
27<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
VIP RURAL<br />
Foto: Mickael Freitas Foto: Edisson Larronda<br />
Foto: Mickael Freitas Foto: Mickael Freitas<br />
Prefeito José Felipe da Feira<br />
e Rosangele Scholantezz.<br />
Cleusa Ferreira Piegas,<br />
Presidente da Associação<br />
de Criadores de Ideal.<br />
João Carlos Soares dos Santos,<br />
Gerente adjunto agência<br />
Banrisul Pinheiro Machado.<br />
Rossano Lazzarotto,<br />
Presidente do Sindicato Rural<br />
de Pinheiro Machado.<br />
Foto: Mickael Freitas Foto: Mickael Freitas Foto: Elieser Noble Foto: Mickael Freitas<br />
Jornalista Everton Neves<br />
e o Secretário Luiz Fernando<br />
Mainardi durante a <strong>Feovelha</strong>.<br />
O instrutor da Vitrine da<br />
Carne, Marcelo Bolinha<br />
durante a <strong>Feovelha</strong>.<br />
Soberanas da <strong>Feovelha</strong> 2014,<br />
à esq: Fabricia Freitas 1ª Princesa,<br />
Aleccia Macedo Rainha e<br />
Rosicler Almeida 2ª Princesa.<br />
Elisabeth Amaral Lemos,<br />
Presidente da Associação<br />
de Criadores de Corriedale.<br />
Foto: Mickael Freitas<br />
Foto: Mickael Freitas<br />
Foto: Mickael Freitas<br />
Foto: Edisson Larronda<br />
Dep. Fed. Afonso Hamm durante<br />
entrega de prêmios na<br />
<strong>Feovelha</strong>.<br />
Dep. Est. Pedro Pereira<br />
prestigiando a <strong>Feovelha</strong> 2014.<br />
Irmãos Simoni, A esq: Fabio<br />
Duarte Simoni e Luiz Fernando<br />
Simoni - Pioneiro Remates.<br />
Cristina Soares Ribeiro,<br />
Cabanha Paraísos - Pedras<br />
Altas/RS.<br />
Foto: Mickael Freitas<br />
Foto: Everton Neves<br />
Foto: Everton Neves<br />
Foto: Everton Neves<br />
Luis Claudio Lemieszek Pereira,<br />
Cabanha Santa Cecília.<br />
Leiloeiro Rural Eduardo Knorr e<br />
Silvia Helena Martins Loro.<br />
Presidente da Brastexel Maria<br />
Tereza Queirolo durante a<br />
4ª Nacional do Texel.<br />
A esq: Claudio Arteche, recebendo<br />
premiação dos grandes campeonatos<br />
das mãos do Presidente<br />
do Sindicato Rural de Santana<br />
do Livramento.
28<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
INFO AFUBRA<br />
Manejo integrado de Insetos<br />
Afubra em parceria com a FMC realizou palestra sobre manejo integrado de insetos.<br />
Foto: Divulgação<br />
Conforme Braga, o ideal é que os<br />
inseticidas sejam aplicados quando<br />
as lagartas tiverem no máximo<br />
um centímetro de comprimento.<br />
A fase reprodutiva, pela qual estava<br />
entrando a maioria das lavouras<br />
de soja na data da palestra, é<br />
a etapa de desenvolvimento da<br />
soja em que a Helicoverpa armigera<br />
se apresenta mais agressiva.<br />
O entomologista alerta os agricultores<br />
que mesmo que a praga<br />
já tenha sido combatida na fase<br />
inicial de desenvolvimento da soja,<br />
ela pode voltar a atingir a mesma<br />
lavoura durante a fase reprodutiva.<br />
A palestra seguinte abordou o<br />
Manejo Integrado de Insetos,<br />
com o entomologista Mauro Braga.<br />
Ele deu um panorama geral<br />
da situação atual do manejo de<br />
pragas e de como vem ganhando<br />
importância a necessidade de<br />
o produtor prestar cada vez mais<br />
atenção a isso. “A cada ano os<br />
técnicos que trabalham com melhoramento<br />
de plantas entregam<br />
variedades de soja com potencial<br />
produtivo muito alto”, analisa.<br />
Dessa forma, os danos causados<br />
por pragas podem gerar prejuízos<br />
significativo na produtividade de<br />
grãos. “A soja é realmente muito<br />
produtiva e tem que ser mais cuidada.<br />
Não se pode atrasar as aplicações<br />
de inseticidas, porque um<br />
pequeno número de indivíduos por<br />
metro quadrado pode causar muitos<br />
danos”, explica o pesquisador.<br />
O especialista também esclareceu<br />
os produtores sobre Helicoverpa<br />
armigera, a lagarta que vem trazendo<br />
preocupação às lavouras<br />
por ser uma praga nova e bem<br />
mais daninha do que as demais.<br />
“Em relação a outra lagartas, essa<br />
é mais agressiva. Um pequeno<br />
número por metro linear já causa<br />
impacto grande na produção.<br />
Como é um inseto novo, não há<br />
cultura (conhecimento) suficiente<br />
para tratá-lo da forma correta”,<br />
lamenta. O entomologista estima<br />
que leve de um a dois anos para<br />
se atingir o nível ideal de manejo<br />
para combater esta lagarta.<br />
O entomologista também explica<br />
algumas características da Helicoverpa<br />
armigera que podem<br />
ser observadas na tentativa de<br />
identificar a lagarta. De acordo<br />
com ele, a medida que as lagartas<br />
crescem, a coloração do corpo<br />
varia do amarelo-palha ao verde,<br />
apresentando uma listra larga em<br />
zique-zaque lateralmente deste<br />
a cabeça, passando pelo tórax<br />
e finalizando no abdômen, com<br />
tonalidade da cor diferente do<br />
resto do corpo, sendo ligeiramente<br />
mais escura acima dela e mais<br />
clara abaixo dela. Também são<br />
detalhes característicos da lagarta<br />
a sua cápsula cefálica de<br />
cor parda clara e pelos claros.<br />
Por isso, a principal indicação aos<br />
produtores que desconfiarem da<br />
presença da Helicoverpa armigera<br />
é procurar especialistas que<br />
possam auxiliar na investigação.<br />
Mauro Braga encerrou afirmando<br />
a relevância de realizar o controle<br />
mais cedo da lagarta, sendo muito<br />
importante monitorar as lavouras<br />
para soltar as aplicações nos níveis<br />
de ação: 1° nível de ação - quando<br />
a planta estiver emergindo e forem<br />
encontradas 2 lagartas por metro<br />
de rua; 2° nível de ação – ataque<br />
aos ponteiros novos (soja com 20<br />
a 40 dias de idade) na fase vegetativa,<br />
10% de plantas atacadas;<br />
3° nível de ação - quando a planta<br />
apresentar cerca de 50 dias de<br />
idade, ou seja, quase no início da<br />
floração, a partir de sendo visualizadas<br />
3 lagartas por metro de<br />
rua; e 4° nível de ação - quando a<br />
soja estiver com a vagem (na fase<br />
reprodutiva), sendo necessário<br />
um controle mais rigoroso, quando<br />
forem encontradas 0,5 lagartas<br />
por metro de rua”, finalizou.<br />
Após a palestra o RTC da FMC<br />
Dirceu Menezes posicionou as soluções<br />
para Soja FMC, com destaque<br />
para o inseticida TALISMAN<br />
com amplo espectro de controle de<br />
lagartas e percevejos e o Fungicida<br />
LOCKER - único no mercado com<br />
3 mecanismos de ação para combate<br />
das doenças foliares da soja.<br />
Ao Final do evento o gerente<br />
da Afubra Daniel Prestes, lançou<br />
oficialmente a campanha<br />
Tecnologia FMC-AFUBRA-<br />
-SOJA onde toda a linha FMC<br />
está com preço especial de pagamento<br />
até o final de fevereiro.
Saiba como escolher o vinho<br />
certo para a festa de fim de ano<br />
29<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014
30<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
COLUNA DO MAINARDI<br />
Foto: Divulgação<br />
Super safra<br />
No final da semana passada estive<br />
em Ijui, Pejuçara, Santa Bárbara do<br />
Sul e Fortaleza dos Valos. O objetivo<br />
foi participar da abertura oficial da<br />
colheita do milho, realizada no sábado,<br />
na propriedade da família Sartori,<br />
no interior de Pejuçara e entregar<br />
veículos e as modernizações das<br />
Inspetorias de Defesa Agropecuária<br />
daqueles municípios. No caminho,<br />
muita soja, milho e gado leiteiro.<br />
Também, dezenas de pivôs de irrigação,<br />
que elevam a produtividade,<br />
mesmo com o tempo contribuindo<br />
para uma boa safra. Com a colaboração<br />
de São Pedro, o empenho<br />
de nossos produtores e o apoio dos<br />
governos Federal e Estadual quebraremos,<br />
mais uma vez, o recorde<br />
gaúcho da produção de grãos. Superaremos<br />
a casa dos 30 milhões de<br />
toneladas. É o setor primário, mais<br />
uma vez, demonstrando a sua força<br />
para manter o Rio Grande crescendo<br />
o dobro do que cresce o Brasil.<br />
Mais Água<br />
Na propriedade dos Sartori, que<br />
aposta na irrigação como ferramenta<br />
fundamental para aumentar a<br />
produção, foi instalado o milésimo<br />
pivô vendido pela empresa gaúcha<br />
Fockink, grupo que, aliás, precisou<br />
aumentar um turno em sua<br />
unidade industrial para atender a<br />
demanda e já pensa em ampliar a<br />
fábrica. O seu diretor superintendente<br />
Siegfried Kwast, nos informa<br />
que a Abimaq deve divulgar, em<br />
Luiz Fernando Mainardi<br />
Secretário da Agricultura Pecuária e Agronegócio do Rs<br />
breve, levantamento sobre as vendas<br />
de equipamentos para irrigação<br />
no ano passado. E ali deve aparecer<br />
o nosso Estado como o que mais<br />
investiu neste setor naquele período,<br />
sendo responsável pela aquisição<br />
de 26% de todos os equipamentos<br />
comercializados em 2013.<br />
O Rio Grande está despertando<br />
para a irrigação, movimento que se<br />
dá especialmente a partir do programa<br />
que criamos, o Mais Água, Mais<br />
Renda, que completa dois anos neste<br />
mês de março. Já ampliamos em<br />
70% a área irrigada no Estado desde<br />
o início do Mais Água. Estamos<br />
convencidos de que será possível<br />
irrigar, em três anos, a mesma área<br />
que se levou 30 anos para irrigar.<br />
Dissemina em expansão<br />
Estamos ampliando o programa de<br />
melhoramento genético dos rebanhos<br />
de gado leiteiro e de corte das<br />
propriedades da pecuária familiar.<br />
Começamos com um projeto piloto,<br />
com recursos da Secretaria da<br />
Agricultura, Fepagro e Ministério<br />
da Agricultura, que contemplou 31<br />
municípios. Na segunda fase, com<br />
as mesmas parcerias, chegamos a<br />
59 cidades. Nestas duas etapas investimos<br />
mais de R$ 4 milhões.<br />
Agora, trocamos de parceiro no<br />
âmbito Federal, e com recursos do<br />
Ministério do Desenvolvimento<br />
Agrário, mais contrapartida do<br />
Governo do Estado, chegaremos a<br />
outros 62 municípios, com investimento<br />
de R$ 3 milhões. Outro<br />
parceiro importante que temos na<br />
execução deste programa que repassa<br />
às prefeituras um veículo,<br />
doses de sêmen e botijões de nitrogênio,<br />
é o deputado federal Paulo<br />
Pimenta, autor de emendas que<br />
possibilitaram o repasse de recursos<br />
à nossa secretaria da Agricultura.<br />
Cristiano Costalunga Gotuzzo<br />
Engº Agrônomo CREA/RS 131395<br />
Pastagem de azévem<br />
é cara ? (parte 1)<br />
Quando falamos em lavouras de<br />
verão não se acha nada anormal<br />
gastarmos R$ 1.000,00 ou até R$<br />
3.000,00 por hectare para produzirmos<br />
soja, milho, arroz, porém quando<br />
se cogita investir entre R$ 600,00<br />
a R$ 1.000,00 em uma pastagem de<br />
inverno não faltam pessimistas para<br />
dizer que não se pode gastar tudo<br />
isso porque pastagem não dá retorno.<br />
Costumamos ouvir de produtores<br />
rurais que pastagens de azevém<br />
em resteva de lavoura não precisam<br />
ser adubadas, pois as mesmas<br />
se utilizam do resíduo da lavoura<br />
para produzir. Mas que resíduo é<br />
esse quando falamos em super colheitas<br />
de soja e arroz, por exemplo,<br />
onde os grãos levam quase que a<br />
totalidade dos nutrientes que foram<br />
adicionados na adubação de base.<br />
O que temos visto é que quando<br />
adubamos essa pastagem pós lavoura<br />
de verão esta respondez de uma<br />
maneira bem mais produtiva em<br />
relação a que não foi adubada. E a<br />
adubação de inverno irá beneficiar<br />
também a lavoura de verão, pois a<br />
pecuária de corte retira muito pouco<br />
da pastagem. A maior parte do<br />
que é consumido é devolvido na<br />
forma de esterco e urina promovendo<br />
a reciclagem dos nutrientes.<br />
Outra situação que encontramos é<br />
a de pastagens de azevém formadas<br />
a partir do preparo de solo de<br />
áreas de campo nativo que também<br />
não são adubadas adequadamente<br />
porque se torna muito caro.<br />
Muitas vezes porque são utilizadas<br />
para salvar os animais que estão à<br />
beira da morte por falta de alimentação.<br />
Com isso ao final da utilização<br />
desta pastagem o produtor não<br />
vende os animais e acaba não se<br />
reembolsando deste custo inicial.<br />
Ocorre que nas duas situações citadas<br />
acima, da pastagem pós-lavoura<br />
sem adubação, e da pastagem em<br />
ARTIGO<br />
preparo convencional em área de<br />
campo nativo com baixos níveis de<br />
adubação, a capacidade de suporte<br />
desta pastagem é bastante reduzida<br />
fazendo com que se coloquem poucos<br />
animais por hectare e no final a<br />
conta não fecha, pois a produção de<br />
peso vivo é muito aquém dos custos.<br />
Porém quando entendemos que<br />
devemos fazer uma adubação adequada<br />
conforme se recomenda após<br />
uma análise de solo essas pastagens<br />
acabam tendo uma ótima produção<br />
de matéria seca que promoverá<br />
uma alta capacidade de suporte<br />
transformando a produção de pasto<br />
em kg de peso vivo produzido<br />
por hectare, que irão não só custear<br />
a pastagem, mas também gerar<br />
uma receita líquida variando de R$<br />
1.000,00 a R$ 2.000,00 por hectare.<br />
A tabela abaixo mostra dois exemplos<br />
de pastagens com dois níveis<br />
de adubação e a receita esperada dependendo<br />
do nível de tecnologia:<br />
Neste exemplo podemos ver que<br />
aumentando os níveis de adubação<br />
podemos chegar a uma receita liquida<br />
de R$ 1.600,00 por hectare<br />
contra R$ 520,00 por hectare com<br />
baixa tecnologia. No próximo artigo<br />
vamos discutir como manejar esta<br />
pastagem, a época de aplicar a uréia,<br />
e qual categoria animal podemos<br />
utilizar para colher esta pastagem.<br />
Foto: Divulgação
31<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
Foto: Mickael Freitas<br />
Foto: Divulgação<br />
Remate Premium comercializa R$ 33,9 mil na <strong>Feovelha</strong> 2014<br />
Em um remate inédito promovido<br />
pelas associações brasileiras<br />
de criadores de Ideal e Corriedale,<br />
realizado no dia 31 de janeiro<br />
no Parque Charrua, foram<br />
comercializados R$ 33.930,00<br />
com a venda de 29 animais PO,<br />
premiados durante a <strong>Feovelha</strong>.<br />
A média das borregas Corriedade<br />
foi de R$ 1.495,38 e a da<br />
raça Ideal foi de R$ 905,63. O<br />
animal mais valorizado da noite<br />
foi uma borrega Corriedale,<br />
arrematada por R$ 4,8 mil.<br />
O presidente da Associação Brasileira<br />
de Criadores de Ovinos, Paulo<br />
Schwab, comentou que o remate<br />
foi uma ótima iniciativa das duas<br />
associações promotoras e deve seguir<br />
de exemplo para as demais.<br />
-Foi um dos tantos eventos importantes<br />
e mostra a evolução da <strong>Feovelha</strong>.<br />
Foi um marco na história<br />
da feira, com uma oferta de ótimo<br />
material genético para cabanhas<br />
nacionais. Foi uma oportunidade<br />
de cabanheiros aumentarem seu<br />
rebanho. Os remates da <strong>Feovelha</strong><br />
estão sendo um sucesso, com<br />
grande oferta e comercialização<br />
de animais das mais diversas raças.<br />
O presidente apontou ainda a genética<br />
brasileira como uma das<br />
melhores do mundo e alvo de uma<br />
demanda nacional e internacional<br />
que ainda há de ser suprida.<br />
Melhor dos Melhores entrega moto zero e um potro para os<br />
dois primeiros colocados na <strong>Feovelha</strong> 2014<br />
Realizada pela primeira vez na<br />
<strong>Feovelha</strong> de Pinheiro Machado,<br />
a prova Melhor dos Melhores<br />
reuniu cavalos da geração<br />
2011 para provas de esbarrada,<br />
paleteada, volta sobre patas, andadura,<br />
figura e aparte a campo.<br />
Foto: Edisson Larronda<br />
A prova foi dividida em<br />
duas etapas e foi finalizada<br />
na tarde do domingo (02).<br />
O ginete premiado em primeiro<br />
lugar foi Giorgi Gomes, e ganhou<br />
uma moto zero quilômetro. O segundo<br />
lugar ficou com Zeferino<br />
Sória, e a premiação foi um potro.<br />
A prova apontou ainda o ginete<br />
destaque, que foi Rodrigo Barão.
32<br />
15 DE FEVEREIRO À 13 DE MARÇO DE 2014<br />
EMPRESA DESTAQUE<br />
EQÜINOS<br />
Cavalo Crioulo uma ferramenta de trabalho<br />
Foto: Mariana Sta Helena<br />
Foto: Mariana Sta Helena<br />
Luiz Felipe Ferreira da Costa e Lizon Ferreira da Costa<br />
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Desde os Primórdios, se tinha por cultura<br />
nas estâncias do Pampa Gaúcho as tropilhas<br />
de serviço, geralmente separadas por<br />
pelagens, hoje cada vez mais raras, devido<br />
aos altos custos para chegar ao produto final,<br />
poucos criadores mantêm essa tradição.<br />
“O tempo que se demora para chegar em um<br />
cavalo de serviço é de no mínimo cinco anos.<br />
Desde colocar a égua em cria, gestar, parir,<br />
domar nas condições de dificuldade de mão<br />
de obra de hoje em dia, tendo um aproveitamento<br />
de 60 %, demorar todo este tempo<br />
e vender um cavalo com todas as garantias<br />
por 4 mil reais, para quem compra e o melhor<br />
custo beneficio”, comenta Luiz Martins<br />
Bastos Neto. Criador e Jurado da ABCCC.<br />
Na Princípio Agricultura e Pecuária – Uruguaiana/RS,<br />
não só mantém as suas tropilhas,<br />
Luiz Martins Bastos Neto.<br />
como comercializa animais para a lida de campo,<br />
uma oferta ímpar, tratando-se de animas<br />
bem criados, domados no serviço de estância,<br />
confirmados, mansos e aptos a todas as modalidades<br />
de provas que encontramos na raça<br />
crioula, além da genética de ponta, tratando-se<br />
de filhos de grandes campeões da Expointer,<br />
finalistas do Freio de Ouro e padrillos destacados,<br />
importados do Chile, Uruguai e Argentina.<br />
A empresa Assessoria Rural disponibiliza de<br />
um lote para venda direta destes animais, Incluindo<br />
também uma oferta de Fêmeas. Oriundos<br />
dos criatórios da família Martins Bastos.<br />
Maiores informações<br />
Alan Garcia (53) 9955.2102<br />
Email. alangarciadasilva@yahoo.com.br