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Contudo, sempre, invariavelmente, com frequência desconcertante,<br />
respondo em minhas palestras, cursos e<br />
aulas a mesma questão dos professores: “apesar de concordar<br />
com o senhor em tudo, os pais na escolinha que<br />
trabalho dizem que não pagam para que seus filhos brinquem.<br />
Eles devem treinar! O que eu faço?”.<br />
A resposta tem vários caminhos:<br />
O mais longo faz um passeio pelas teorias de autores<br />
respeitados como Piaget, Vigotski, Wallon, Winnicott, entre<br />
outros, os quais discorrem em suas pesquisas sobre<br />
como o brincar possibilita a aquisição de conhecimento<br />
significativos;<br />
O mais curto e grosso afirma que o professor é você,<br />
aquele que estudou, se preparou e sabe o que deve ser<br />
feito a partir de conhecimentos científicos atualizados, e,<br />
por exemplo, por analogia, pode-se dizer que os pais não<br />
entram na sala de cirurgia para dizer como os médicos<br />
devem proceder na operação de fimose de seus filhos.<br />
Logo, a você e a seu trabalho se deve o mesmo respeito;<br />
O mais agradável relata os estudos do professor João<br />
Batista Freire, um dos pioneiros na investigação e sistematização<br />
da pedagogia da rua. Autor do livro didático<br />
“Pedagogia do Futebol”, a meu ver a “bíblia” de todos os<br />
professores que atuam nas escolinhas de futebol, pode<br />
ser boa indicação aos inquietos e fastidiosos pais;<br />
O mais revelador perpassa a biografia dos nossos craques<br />
de bola. As escolinhas de futebol eclodem na década de<br />
1990, logo, onde se aprendia a jogar (e jogar tão bem)<br />
futebol antes disso?<br />
A rua era, na verdade, o local mais adequado em tempos<br />
atrás para manifestação do lúdico (liberdade de exfotos:<br />
imagens de internet<br />
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