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Mateus Elias dos Santos – matrícula 58664 - Jornalismo da UFV

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representa<strong>dos</strong> como heróis em matérias que noticiavam boas atuações <strong>dos</strong> jogadores em<br />

campo, retratando-os como os principais responsáveis pelo sucesso do Flamengo e pela<br />

classificação do time em alguns campeonatos. Por outro lado, os personagens foram<br />

mostra<strong>dos</strong> como “vilões” através de notícias que abor<strong>da</strong>vam fatos negativos, como por<br />

exemplo, o aparente envolvimento com o tráfico de drogas e a indisciplina profissional.<br />

2) Na categoria “Celebri<strong>da</strong>des do Big Brother Brasil”, a análise foi realiza<strong>da</strong> de modo<br />

comparativo entre os três personagens que mais se destacaram ao longo <strong>da</strong> décima edição do<br />

reality show. Dourado, Serginho e Dicésar foram bastante representa<strong>dos</strong> nas capas<br />

correspondentes a esta categoria e, além do mais, protagonizaram momentos marcantes no<br />

programa. Neste caso, o fator que chamou a atenção foi a rivali<strong>da</strong>de entre “heterossexuais x<br />

homossexuais”, uma polêmica que gerou muita discussão no BBB 10. Nas capas <strong>da</strong>s edições<br />

do “Meia Hora”, inicialmente houve uma tentativa de manter a imparciali<strong>da</strong>de nas<br />

representações <strong>dos</strong> personagens, o que significa que o jornal buscou manter-se isento em<br />

relação à polêmica. Entretanto, com o passar do tempo, o discurso machista típico do jornal<br />

“Meia Hora” começou a prevalecer, à medi<strong>da</strong> que o personagem Dourado (heterossexual e<br />

“machão”) era sempre mostrado de forma positiva, por meio <strong>da</strong> valorização de sua figura; em<br />

contraparti<strong>da</strong>, os personagens Serginho e Dicésar (homossexuais assumi<strong>dos</strong>) passaram a ser<br />

representa<strong>dos</strong> de modo irônico, pejorativo e, sobretudo, estereotipado. Isto significa que, a<br />

partir de um determinado momento, o jornal tendeu para o viés de seu já tradicional discurso<br />

machista. Cabe ressaltar que a análise de tais personagens só é possível de ser compreendi<strong>da</strong> a<br />

partir do conhecimento do fato de que o “Meia Hora de Notícias” possui um discurso<br />

tradicionalmente machista.<br />

3) No terceiro capítulo, também foi desenvolvido um processo de análise comparativa<br />

entre duas personagens: a apresentadora Hebe Camargo (campeã de aparições <strong>da</strong> categoria<br />

“Celebri<strong>da</strong>des <strong>da</strong> televisão”) e a <strong>da</strong>nçarina de funk Valesca Popozu<strong>da</strong> (personagem que mais<br />

apareceu na categoria “Celebri<strong>da</strong>des <strong>da</strong> música”). A intenção, neste caso, foi investigar os<br />

motivos pelos quais duas personali<strong>da</strong>des tão diferentes conquistaram espaços semelhantes de<br />

destaque nas capas do jornal. Após a análise <strong>da</strong>s aparições, concluiu-se que Hebe foi<br />

representa<strong>da</strong> como a “mulher-flor”, ou seja, uma mulher digna, honra<strong>da</strong>, que tem amor pela<br />

vi<strong>da</strong> e que deve ser idolatra<strong>da</strong> e respeita<strong>da</strong>. Por outro lado, Valesca foi mostra<strong>da</strong> como a<br />

“mulher-fruto”, que reúne características relativas ao erotismo, à vulgari<strong>da</strong>de e à exploração

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