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Comparação Entre a Contagem de Plaquetas pelos ... - NewsLab

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Artigo<br />

Comparação <strong>Entre</strong> a <strong>Contagem</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Plaquetas</strong> <strong>pelos</strong> Métodos Manual<br />

e Automatizado<br />

Luiz Arthur Calheiros Leite 1 , Nilson Marques Silva Junior 2 , Mayara Soares Miranda 2<br />

1 - Professor da Disciplina <strong>de</strong> Hematologia do CESMAC. Mestre em Ciências, Disciplina <strong>de</strong> Hemtologia - UNIFESP<br />

2 - Alunos <strong>de</strong> habilitação em Bioquímica – CESMAC FEJAL<br />

Resumo<br />

A contagem <strong>de</strong> plaquetas é extremamente importante<br />

para avaliar amostras <strong>de</strong> pacientes com plaquetopenia<br />

ou plaquetose. Os laboratórios utilizam os métodos automatizados<br />

e manuais, estando este último em <strong>de</strong>suso<br />

<strong>de</strong>vido a argumentos relativos à sua baixa precisão e<br />

exatidão. Este trabalho se propõe a comparar resultados<br />

<strong>de</strong> exames realizados pelo método <strong>de</strong> Fonio com o método<br />

automatizado. Foi realizado um estudo prospectivo<br />

e comparados os resultados encontrados quando do<br />

emprego <strong>de</strong> contagens <strong>de</strong> plaquetas <strong>de</strong> forma manual e<br />

automatizada, a partir <strong>de</strong> lâminas <strong>de</strong> hematologia <strong>de</strong> um<br />

laboratório <strong>de</strong> rotina. Dentre as 99 amostras avaliadas<br />

pelo método manual <strong>de</strong> Fonio, 92 foram confirmadas<br />

pelo método automatizado, seis apresentaram plaquetopenia<br />

pela automação, seis apresentaram plaquetopenia<br />

pelo método manual e uma apresentou plaquetose pela<br />

automação. A análise dos dados nos conduz a afirmar<br />

que as discordâncias <strong>de</strong> alguns resultados não são<br />

significativas para garantir que os resultados obtidos<br />

pelo método automatizado não confirmam os resultados<br />

encontrados quando se utiliza o método indireto.<br />

Palavras-chave: <strong>Contagem</strong> <strong>de</strong> plaquetas, método<br />

<strong>de</strong> Fonio, automação<br />

Summary<br />

Comparison between Counting of Platelet<br />

using Manual and Automatized Methods<br />

The counting of platelets is extremely important to<br />

evaluate patients with plaquetopenia or plaquetose.<br />

The laboratories used to automatized, or direct indirect<br />

method, being this last one more in disuse due its low<br />

precision and exactness. A bibliographical survey<br />

and comparison with the counting of platelets was<br />

ma<strong>de</strong>, from bla<strong>de</strong>s of hematology of an archive of<br />

bla<strong>de</strong>s, analyzing the values gotten for the automation.<br />

Amongst the 99 samples evaluated for the automatized<br />

accountant, 93 had been confirmed by the manual<br />

method of Fonio, 2 had presented plaquetopenia for<br />

the automation, 2 had presented plaquetopenia for<br />

the manual method and 3 had presented plaquetose<br />

for the automation. This work consi<strong>de</strong>red to compare<br />

the indirect method (Fonio) with the automatized<br />

method. The values gotten had <strong>de</strong>monstrated that the<br />

indirect method does not confirm all the results with<br />

the automatized method, but show great correlation<br />

when the number of platelets is normal.<br />

Keywords: Counting of platelets, method of Fonio,<br />

automation<br />

106<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição 81 - 2007


Introdução<br />

A<br />

s plaquetas são produzidas<br />

na medula óssea por<br />

fragmentação do citoplasma dos<br />

megacariócitos. Em um estágio<br />

variável do <strong>de</strong>senvolvimento, o<br />

citoplasma torna-se granuloso e<br />

as plaquetas são liberadas (HOFF-<br />

BRAND, 2004).<br />

A maioria tem diâmetro <strong>de</strong> 1,3<br />

a 3,5 µm, mas po<strong>de</strong> ser maior em<br />

certas doenças. Elas não contêm<br />

núcleo e são cercadas por uma<br />

membrana <strong>de</strong> duas camadas lipídicas<br />

(LEWIS, 2006).<br />

A principal função das plaquetas<br />

é a formação <strong>de</strong> um tampão mecânico<br />

durante a resposta hemostática<br />

normal à lesão vascular. Na<br />

ausência <strong>de</strong> plaquetas po<strong>de</strong> ocorrer<br />

vazamento espontâneo <strong>de</strong> sangue<br />

<strong>pelos</strong> pequenos e gran<strong>de</strong>s vasos<br />

(HOFFBRAND, 2004).<br />

A contagem <strong>de</strong> plaquetas é necessária<br />

para se <strong>de</strong>terminar alguma<br />

alteração plaquetária (quantitativas<br />

e qualitativas anisocitose plaquetária).<br />

Existem métodos manuais<br />

em que se utiliza a comparação <strong>de</strong><br />

plaquetas com o número <strong>de</strong> eritrócitos<br />

por campo (método <strong>de</strong> Fonio)<br />

e os métodos automatizados. Esses<br />

métodos não apresentam valores<br />

exatos e sim uma estimativa. Por<br />

serem trabalhosos estão ficando em<br />

<strong>de</strong>suso (FAILACE, 2003). A maneira<br />

mais satisfatória <strong>de</strong> contar plaquetas<br />

com a técnica exigida pela prática<br />

hematológica atual é através <strong>de</strong><br />

contadores automatizados, os quais<br />

Tabela 1. Principais causas <strong>de</strong> plaquetopenias e plaquetoses<br />

Plaquetopenias<br />

Plaquetoses<br />

Leucemias Agudas<br />

Policitemia Vera<br />

Anemia Aplásica<br />

Leucemia Mielói<strong>de</strong> Crônica<br />

Esplenomegalia<br />

Período pós-hemorrágico<br />

Gran<strong>de</strong>s hemorragias<br />

Após esplenectomia<br />

Viroses em geral<br />

Doenças infecciosas crônicas<br />

AIDS<br />

Trombocitemia essencial<br />

Púrpuras imunológicas<br />

Quimioterapia e radioterapia antiblástica<br />

Fonte: Renato Failace, Hemograma – Manual <strong>de</strong> Interpretação, 2003.<br />

proce<strong>de</strong>m à contagem <strong>de</strong> plaquetas<br />

por tecnologia <strong>de</strong> impedância, <strong>de</strong><br />

dispersão <strong>de</strong> luz, ou com ambas<br />

(BAIN, 2004). Todas as amostras<br />

<strong>de</strong> sangue com baixa contagem<br />

<strong>de</strong> plaquetas <strong>de</strong>vem ter as lâminas<br />

examinadas ao microscópio para<br />

excluir agregação plaquetária e<br />

satelitismo (FAILACE, 2003).<br />

Quando se constata uma diminuição<br />

na quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> plaquetas<br />

diz-se que ocorre uma plaquetopenia<br />

ou trombocitopenia e no caso <strong>de</strong><br />

aumento do quantitativo <strong>de</strong> plaquetas<br />

diz-se que ocorre plaquetose ou<br />

trombocitose. Segundo FAILACE,<br />

2003, as principais causas <strong>de</strong> plaquetopenias<br />

e plaquetoses são as<br />

constantes da Tabela 1.<br />

Preferencialmente, as contagens<br />

<strong>de</strong> plaquetas automatizadas<br />

são feitas em sangue venoso anticoagulado<br />

com EDTA, obtido por<br />

uma venopunção limpa. Contagens<br />

com sangue obtido por picada<br />

digital ten<strong>de</strong>m a ser mais baixas.<br />

Já as contagens <strong>de</strong> plaquetas por<br />

método manual (Fonio) <strong>de</strong>vem<br />

ser realizadas através <strong>de</strong> lâminas<br />

sem EDTA (BAIN, 2004). Diversas<br />

fontes <strong>de</strong> erros influenciam em um<br />

plaquetograma, como: formação <strong>de</strong><br />

coágulos no sangue, agregação plaquetária<br />

em raros casos <strong>de</strong> sangue<br />

colhidos com EDTA.<br />

O presente estudo tem por<br />

objetivo analisar e comparar verificando<br />

a existência <strong>de</strong> correlação<br />

entre os dois métodos, para que<br />

com exatidão seja possível liberar<br />

um plaquetograma <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e<br />

confiabilida<strong>de</strong>.<br />

Material e Método<br />

Foram coletadas 99 amostras<br />

para realização <strong>de</strong> hemogramas<br />

através da punção venosa com<br />

EDTA para contagens automatizadas<br />

e confeccionadas lâminas sem<br />

EDTA para contagem manual. As<br />

108<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição 81 - 2007


amostras foram selecionadas aleatoriamente<br />

e não houve critérios<br />

para escolha das amostras.<br />

As amostras <strong>de</strong> sangue venoso<br />

coletado com EDTA foram processadas<br />

em um contador Coulter JT.<br />

As lâminas coradas (Corante Panótico)<br />

sem EDTA foram observadas<br />

ao microscópio Nikon Eclipse e, em<br />

seguida, comparadas com o resultado<br />

da automação.<br />

A avaliação iniciou-se analisando<br />

a distribuição dos eritrócitos, focalizando<br />

campos on<strong>de</strong> os mesmos<br />

tocavam-se sem se sobreporem.<br />

Em seguida foi observada a distribuição<br />

das plaquetas e contadas<br />

pelo método <strong>de</strong> Fonio 1 , on<strong>de</strong> as plaquetas<br />

foram contadas em campos<br />

<strong>de</strong> aproximadamente 200 hemácias<br />

cada e o cálculo estimado <strong>de</strong> plaquetas<br />

foi realizado em relação ao<br />

número <strong>de</strong> eritrócitos por microlitro<br />

(CARVALHO, 2002).<br />

O cálculo (ao lado e acima) é realizado<br />

contando-se mil hemácias e<br />

ao mesmo tempo as plaquetas, anotando<br />

o valor. A contagem é feita em<br />

vários campos sucessivos seguindo<br />

linhas longitudinais em relação à<br />

lâmina (CARVALHO, 2002).<br />

Por ter uma média <strong>de</strong> 200 hemácias<br />

por campo, utilizou-se a<br />

contagem <strong>de</strong> cinco campos com distribuição<br />

uniforme <strong>de</strong> plaquetas.<br />

Análise Estatística<br />

A análise estatística foi procedida<br />

através da comparação das médias<br />

<strong>de</strong> duas diferentes populações;<br />

Cálculo: <strong>Plaquetas</strong> por μl <strong>de</strong> sangue =<br />

, sendo<br />

P a quantida<strong>de</strong> plaquetas e Hm a <strong>de</strong> hemácias.<br />

uma compreen<strong>de</strong>ndo os resultados restantes apresentaram valores<br />

encontrados pelo método manual e maiores. Houve concordância, no<br />

a outra consistindo dos resultados que diz respeito à análise comparativa<br />

com os valores <strong>de</strong> referência<br />

encontrados pelo método automatizado<br />

utilizando-se para tanto suas com 93% das amostras.<br />

respectivas amostras.<br />

Das 85 amostras com valores<br />

O procedimento foi utilizado normais <strong>de</strong> plaquetas (150.000 e<br />

para <strong>de</strong>tectar se há diferença 450.000/μl) avaliadas pelo método<br />

entre as médias das populações. automatizado, 83 apresentaram<br />

Para tanto, foram utilizados para concordância com o método manual<br />

comparação das amostras o teste <strong>de</strong> Fonio.<br />

t e o valor <strong>de</strong> p, sendo significante<br />

p < 0,05. Como para usar o lisadas houve discordância entre<br />

Em relação às amostras ana-<br />

procedimento da comparação das 11 amostras, apresentando pelo<br />

médias é necessário assumir que método automatizado três plaquetoses<br />

e valores normais pelo<br />

as populações sejam distribuídas<br />

normalmente, o que nem sempre método manual, cinco amostras<br />

ocorre, foi empregada também, apresentaram valores normais pela<br />

para comparação das duas populações,<br />

a técnica conhecida como método manual, três amostras<br />

automação e plaquetopenias pelo<br />

Teste <strong>de</strong> Postos <strong>de</strong> Wilcoxon. apresentaram plaquetopenia pela<br />

automação e valores normais pelo<br />

Resultados<br />

Dentre as 99 amostras comparadas,<br />

60 (59%) contadas pelo<br />

método manual apresentaram valores<br />

menores do que a contagem<br />

<strong>de</strong> plaquetas automatizadas e as<br />

método manual. Houve concordância<br />

em 88 amostras.<br />

Quanto à plaquetopenia, foram<br />

i<strong>de</strong>ntificadas em 11 amostras pela<br />

automação e nove (81,8%) foram<br />

confirmadas pelo método manual.<br />

A avaliação das plaquetoses<br />

encontrada pelo aparelho (três<br />

Tabela 2. Valores <strong>de</strong> referências<br />

Hemácias/µL Hemoglobinas g/dL <strong>Plaquetas</strong>/µL<br />

Homem 4,4 a 5,4x106 13,3 a 16,6 150.000 a 450.000<br />

Mulher 4 a 5 x106 12 a 15,3 150.000 a 450.000<br />

1<br />

Fonte: CARVALHO, William <strong>de</strong> Freitas. Técnicas Médicas <strong>de</strong> Hematologia e Imuno-Hematologia, 2002.<br />

110<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição 81 - 2007


amostras), não foi confirmada,<br />

apresentando valores normais<br />

pelo método manual.<br />

O Gráfico 1 apresenta o diagrama<br />

<strong>de</strong> dispersão dos resultados<br />

das contagens <strong>de</strong> plaquetas<br />

das amostras. As duas linhas<br />

paralelas ao eixo das amostras<br />

representam o intervalo fechado<br />

no qual o resultado é consi<strong>de</strong>rado<br />

normal. Abaixo da linha inferior<br />

indicam casos <strong>de</strong> plaquetopenia<br />

e acima da linha superior encontram-se<br />

os casos <strong>de</strong> plaquetose.<br />

A Tabela 2 apresenta os valores<br />

<strong>de</strong> referências utilizados na<br />

maioria das referências bibliográficas<br />

para ensaios <strong>de</strong> hemácias,<br />

hemoglobina e plaquetas.<br />

O fato constatado anteriormente<br />

<strong>de</strong> que alguns exames<br />

efetuados por ambos os métodos<br />

conduzem a análises clínicas distintas,<br />

não é argumento suficiente<br />

para sustentar que os resultados<br />

não são consistentes.<br />

Os resultados estatísticos da<br />

comparação entre os resultados<br />

constam da Tabela 3.<br />

Usando-se a estatística p, chega-se<br />

a conclusão que o valor <strong>de</strong> p é<br />

maior do que 0,05 significa que não<br />

existe diferença significante entre<br />

os valores médios das contagens<br />

manual e automatizada.<br />

Discussão<br />

A literatura mostra a eficiência<br />

e sensibilida<strong>de</strong> dos aparelhos<br />

Gráfico 1. Diagrama <strong>de</strong> Dispersão do resultado da contagem <strong>de</strong> plaquetas<br />

Tabela 3. Estatística para comparação entre os resultados dos dois<br />

procedimentos <strong>de</strong> ensaios*<br />

PLT Automático PLT Manual<br />

Média 254.020,202 245.573,939<br />

Variância 6.507.877.138,73 6.201.104.354,73<br />

Observações 99 99<br />

Variância agrupada 6.354.490.746,73<br />

Hipótese da diferença <strong>de</strong> média 0<br />

Gl 196<br />

Stat t 0,74546<br />

P(T


automatizados. Em nosso estudo<br />

92 lâminas apresentaram concordância<br />

pela contagem automatizada<br />

e manual não apresentando<br />

variação <strong>de</strong> plaquetas.<br />

Coelho E. et al, 1981, <strong>de</strong>monstraram<br />

que as amostras contadas<br />

pelo método manual estão sujeitas<br />

a variáveis, po<strong>de</strong>ndo ser <strong>de</strong>vido à<br />

má distribuição <strong>de</strong> plaquetas nos<br />

campos focalizados.<br />

Segundo Failace R., 2003, as<br />

contagens automatizadas apresentam<br />

um coeficiente <strong>de</strong> variação<br />

menor que 10% em contagens<br />

entre 40.000 e 500.000/µL, mas<br />

insatisfatória nas contagens mais<br />

baixas. Quando a contagem está<br />

abaixo <strong>de</strong> 20.000/µL o coeficiente<br />

<strong>de</strong> variação é <strong>de</strong> aproximadamente<br />

<strong>de</strong> 50%.<br />

Ficou evi<strong>de</strong>nte que a contagem<br />

<strong>de</strong> plaqueta manual varia, ficando<br />

a maioria abaixo das contagens<br />

automatizadas. Em relação às plaquetoses,<br />

pelo método manual todas<br />

apresentaram valores normais,<br />

não sendo analisados os agregados<br />

plaquetários <strong>de</strong>vido à dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

contagem.<br />

Em casos on<strong>de</strong> as plaquetas que<br />

<strong>de</strong>ram valores abaixo <strong>de</strong> 130.000/<br />

µL sem indicação que justificasse a<br />

plaquetopenia, recomendamos que<br />

seja colhida amostra sem garrote,<br />

pois po<strong>de</strong> haver aumento significativo<br />

<strong>de</strong> plaquetas.<br />

A presente pesquisa mostrou<br />

boa correlação <strong>de</strong> resultados quanto<br />

à contagem <strong>de</strong> plaquetas automatizada<br />

e o método Fonio.<br />

Finalmente, os estudos estatísticos<br />

apontam que os resultados<br />

po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados satisfatórios<br />

por ambos os métodos. Portanto,<br />

os laboratórios que não tenham <strong>de</strong>mandas<br />

para viabilizar a aquisição <strong>de</strong><br />

equipamentos automatizados po<strong>de</strong>m<br />

continuar a realizar a contagem <strong>de</strong><br />

plaquetas pelo método <strong>de</strong> Fonio, levando<br />

em conta que seu uso requer<br />

experiência e cuidados especiais.<br />

Conclusão<br />

O presente trabalho mostra que a<br />

contagem automatizada <strong>de</strong> plaquetas<br />

é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> eficiência e precisão.<br />

Em laboratórios <strong>de</strong> pequeno porte<br />

que não têm acesso a esses aparelhos<br />

e sua <strong>de</strong>manda não os tornam<br />

necessários, a contagem manual<br />

<strong>de</strong> plaquetas po<strong>de</strong> ser utilizada sem<br />

prejuízos para o diagnóstico do exame,<br />

porém o método <strong>de</strong> Fonio <strong>de</strong>ve<br />

ser usado com cautela, pois requer<br />

experiência do microscopista.<br />

Correspondência para:<br />

Luiz Arthur Calheiros Leite<br />

lahemato@hotmail.com<br />

Referências Bibliográficas<br />

1. Bain BJ. Células sanguíneas: um guia prático. 3ª. ed. Porto Alegre, Artmed, 2004.<br />

Carvalho, William <strong>de</strong> Freitas. Técnicas médicas hematologia e imuno-hematologia. 7ª. ed. rev Belo Horizonte , Coopmed, 2002.<br />

2. Coelho E. Técnicas <strong>de</strong> estudo da coagulação. 3ª. ed. São Paulo, Santos, 1981.<br />

Failace, Rafael Pranke, Patrícia. Avaliação dos critérios <strong>de</strong> liberação direta dos resultados <strong>de</strong> hemogramas através <strong>de</strong> contadores<br />

eletrônicos. Rev. Bras. Hematol. Hemoter., 2004 vol.26, no. 3, p.159-166. ISSN 1516-8484.<br />

3. Failace R. Hemograma: Manual <strong>de</strong> interpretação. 4ª. ed. Porto Alegre, Artemed, 2003.<br />

4. Hoffbrand AV. Atlas colorido <strong>de</strong> hematologia clínica, São Paulo, Manole, 2001.<br />

5. Larson R. Estatística Aplicada. 2ª. ed. São Paulo, Pearson Prentice Hall, 2004<br />

6. Lewis SM. Hematologia prática <strong>de</strong> Dacie e Lewis, São Paulo, Artmed, 2006.<br />

7. Oliveira RAG, Takadachi MM et al. A absoluta recomendação <strong>de</strong> se usar o método direto <strong>de</strong> contagem <strong>de</strong> plaquetas em<br />

câmara <strong>de</strong> Neubauer em pacientes intensamente plaquetopênicos. J. Bras. Patol. Med. Lab., abr./jun. 2003, vol.39, no.2,<br />

p.139-141. ISSN 1676-2444.<br />

8. Segal HC, Briggs C. Accuracy of platelet couting haematology analisers in severe thrombocytopenia and potential impact<br />

on platelet transfusion. Journal of haematology, 2005, 128, 520-525.<br />

114<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição 81 - 2007

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