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2.ª divisão - Post Milenio

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2 9 a 15 de Janeiro de 2009 <strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!<br />

Destinos<br />

Évora ... Um destino para não esquecer ...<br />

Cidade Alentejana, capital<br />

de distrito e sede de um<br />

dos maiores concelhos do<br />

País, Évora é uma das mais<br />

emblemáticas cidades<br />

Portuguesas.<br />

O seu belo centro histórico foi classificado<br />

pela UNESCO como Património da<br />

Humanidade, numa área de cerca de 105<br />

hectares e cerca de 400 edifícios, que é, por<br />

si só, um dos melhores motivos para visitar<br />

esta maravilhosa cidade Alentejana.<br />

Com uma rica história, não faltam no<br />

município de Évora locais de incontornável<br />

visita.<br />

Évora possui uma excelente oferta de<br />

artesanato, hotelaria e restauração, podendo-se<br />

degustar verdadeiras delícias típicas<br />

Alentejanas, numa cidade que tradição,<br />

conjuga paz de espírito, história e animação<br />

como poucas.<br />

A cidade teve o nome de Ebora Cerealis<br />

durante o império romano, tomando o nome<br />

de Liberalitas Julia no tempo do imperador<br />

Júlio César, sendo então já uma cidade<br />

importante, como o demonstram as ruínas<br />

de um templo clássico e os vertígios de<br />

muralhas romanas.<br />

Conquistada aos Mouros em 1165 por<br />

Geraldo Sem Pavor, data em que se restaurou<br />

a sua diocese. Foi residência régia<br />

durante largos períodos, essencialmente nos<br />

reindados de D.João II, D.Manuel I e<br />

D.João III. O seu prestígio foi particularmente<br />

notável no século XVI, quando foi<br />

elevada a metrópole eclesiástica e foi fundada<br />

a Universidade de Évora (afecta à<br />

Companhia de Jesus), pelo Cardeal Infante<br />

D.Henrique, primeiro Arcebispo da cidade.<br />

Um rude golpe para Évora foi a extinção da<br />

prestigiada instituição universitária, em<br />

1759 (que só seria restaurada cerca de dois<br />

séculos depois), na sequência da expulsão<br />

três majestosas naves. Nos séculos XV e<br />

XVI, a catedral recebeu grandes melhoramentos,<br />

datando dessa época o coro-alto, o<br />

púlpito, o baptistério e o arco da capela de<br />

Nossa Senhora da Piedade, também conhecida<br />

por Capela do Esporão, exemplar<br />

raro de arquitetura híbrida palteresca, datado<br />

de 1529. Do período barroco datam<br />

alguns retábulos de talha dourada e outros<br />

melhoramentos pontuais nas decorações<br />

sumptuárias. Ainda no século XVIII a catedral<br />

foi enriquecida com a edificação da<br />

nova capela-mor, patrocinada pelo Rei<br />

D.João V, onde a exuberância dos mármores<br />

foi sabiamente conjugada com a austeridade<br />

romano-gótica do templo. Em<br />

1930, por pedido do Arcebispo de Évora, o<br />

Papa Pio XI concedeu à Catedral o título de<br />

Basílica Menor. Nas décadas seguintes<br />

foram efectuadas algumas obras de restauro,<br />

tais como a demolição das vestiarias do<br />

dos Jesuítas do país, por ordem do Marquês<br />

de Pombal. Évora é testemunho de diversos<br />

estilos e corentes estéticas, sendo ao longo<br />

do tempo dotada de obras de arte a ponto de<br />

ser classificada pela UNESCO, em 1986,<br />

como Património Comum da Humanidade<br />

A Catedral de Évora. apesar de iniciada<br />

em 1186 e consagrada em 1204, esta catedral<br />

de granito só ficou pronta em 1250. É<br />

um monumento marcado pela transição do<br />

estilo românico para o gótico, marcado por<br />

cabido, do século XVIII, (que permitiram<br />

pôr a descoberto a face exterior e as<br />

rosáceas do claustro) e o apeamento de<br />

alguns retábulos barrocos que desvirtuavam<br />

o ambiente medieval das naves laterais<br />

Outros Locais de interesse:<br />

Templo Romano (vulgarmente conhecido<br />

como Templo de Diana)<br />

Igreja de São Francisco<br />

Capela dos Ossos<br />

Palácio de D. Manuel


<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!<br />

9 a 15 de Janeiro de 2009 3<br />

A Pérola Mais Linda do Atlântico<br />

ALEXANDRE RIBEIRO<br />

FRANCO<br />

Em primeiro lugar, os nossos<br />

agradecimentos à<br />

SATA, pelos excelentes<br />

voos em classe executiva que nos<br />

proporcionaram, assim como ao<br />

Governo Regional da Madeira,<br />

que através do seu Presidente, Dr.<br />

Alberto João Jardim (que como<br />

sabem assina uma coluna semanal<br />

no nosso jornal), tornou possível<br />

esta nossa primeira passagem<br />

de ano na cidade do<br />

Funchal, na maravilhosa Ilha da<br />

Madeira, onde chegámos na<br />

véspera do grande dia, ou melhor<br />

dizendo da inesquecível noite.<br />

Após a nossa chegada ao Hotel da<br />

Escola de Hotelaria da Madeira, onde<br />

fomos muito bem recebidos, eis que metemos<br />

mãos à obra, o mesmo é dizer que não<br />

perdemos tempo e de imediato nos lançámos<br />

à conquista de tudo quanto é bom e que<br />

esta linda terra oferece a todos quantos lá<br />

residem e muito especialmente aos seus visitantes.<br />

Primeira etapa, de Táxi, do Hotel para o<br />

Centro da Cidade, com uma paragem pelo<br />

novo Meliã Hotel, construído no ano de<br />

2008 e bastante ligado às comemorações<br />

dos 500 Anos do Funchal. Antes, porém,<br />

conversámos com o motorista do Táxi que<br />

nos disse que apesar dos seus 60 anos de<br />

idade, era natural da Madeira e nunca saiu<br />

daquele arquipélago (formado por três<br />

ilhas, a da Madeira, propriamente dita, a de<br />

Porto Santo e as Desertas). Disse-nos o Sr.<br />

João: “É verdade, nasci aqui e nunca de cá<br />

saí. Fui a Porto Santo, de barco… e mais<br />

nada.”<br />

Então, porquê? “Porque tenho medo de<br />

andar de avião!” Muito bem.<br />

Depois, uma viagem num confortável<br />

autocarro da Sightseeing Tours do Funchal,<br />

que nos levou a todos os cantos da cidade.<br />

Como é muito mais fácil conhecermos a<br />

terra que visitamos. Passámos por todos os<br />

sítios importantes, desde a famosa Marina<br />

que viria a ser palco de uma noite<br />

inesquecível, o Teleférico, o Estádio dos<br />

o seu colega tem medo de andar de avião, o<br />

meu amigo não tem medo de aviões, pois<br />

até já visitou a África do Sul, mas no entanto<br />

tem medo do Teleférico. Tudo bem. O<br />

simpático motorista lá nos deixou no<br />

Teleférico e nós enfrentámos uma enorme<br />

fila até que conseguimos adquirir o nosso<br />

bilhete e outra para embarcarmos num dos<br />

carros. Mas, valeu a pena. Espectacular.<br />

No topo, quase que arriscámos descer a<br />

montanha numa daquelas “cestinhas”, só<br />

que a fila era ainda maior e o tempo de<br />

espera era demais. Resolvemos regressar à<br />

Marina pelo Teleférico.<br />

Chegou a hora de jantar. Como sempre<br />

optámos pela melhor solução: Perguntar a<br />

uma taxista. A resposta foi bem elucidativa:<br />

“Olhe, comer num destes restaurantes, não<br />

vai ficar mal servido, mas há melhores.”<br />

Então, diga. “Eu levo-o ao Barqueiro, o<br />

melhor restaurante da ilha no que concerne<br />

peixe. Fresco e com grande variedade.” Lá<br />

fomos.<br />

Não nos esqueçamos que estávamos na<br />

noite de passagem de ano. Como resultado,<br />

restaurante cheio. Só com reserva, dizia o<br />

Gerente de O Barqueiro. No entanto, falei<br />

com o proprietário, expliquei a situação e<br />

ele, muito gentilmente lá nos arranjou um<br />

cantinho. E, entre Camarões Tigres<br />

Gigantes e Açordas de Marisco, acabámos<br />

por jantar maravilhosamente.<br />

Dali, de volta para a Marina, onde<br />

passámos algum tempo pelos cafés exis-<br />

assistimos ao Maior Espectáculo<br />

Pirotécnico do Mundo.<br />

Daqueles onde mais se aplica o provérbio<br />

“Ver para Crer!” E, é preciso mesmo<br />

testemunhar, para acreditar. Ao longo de<br />

muitos anos apreciámos os 15 ou 20 segundos<br />

que os noticiários televisivos proporcionam<br />

sobre a Passagem de Ano no<br />

Funchal, mas acreditem que só visto.<br />

Imagens de todo o tamanho, feitio e cores.<br />

Verdadeiros arco-íris de fogo nos céus da<br />

Madeira, de tal modo intensos, que a determinada<br />

altura parecia que estávamos noutro<br />

mundo.<br />

Milhares de pessoas optam por ver o<br />

Fogo (como vulgarmente toda a gente lhe<br />

chama) de locais privilegiados, ou pelo<br />

menos assim se referem a pontos de excelente<br />

visão, como S.Roque, ou Santo<br />

António, ou até mesmo do Estreito de<br />

Câmara de Lobos, ou do Machico, mas nós<br />

situámo-nos mesmo por baixo do espectáculo,<br />

ao ponto de nos cair em cima as cinzas<br />

da pólvora do Fogo de Artificio.<br />

Simplesmente sensacional.<br />

500 ANOS DO FUNCHAL<br />

Eis a informação que nos foi providenciada<br />

pela organização dos 500 Anos do<br />

Funchal.<br />

A cidade do Funchal, na Região<br />

Autónoma da Madeira contou, desde<br />

Agosto de 2008, 500 anos de instituição<br />

como cidade pela coroa Portuguesa, a<br />

primeira a ser instituída nos vastos<br />

domínios dos Descobrimentos. A sua instituição<br />

atendia ao desenvolvimento operado<br />

com a florescente cultura açucareira e tinha<br />

ainda em vista, num curto prazo, separar o<br />

vasto território descoberto pelos portugueses<br />

da Ordem de Cristo. Pretendia-se assim<br />

criar no Funchal a sede de um vasto<br />

Bispado responsável espiritualmente pelos<br />

novos territórios das margens do Atlântico e<br />

do Índico.<br />

Um pouco de História<br />

O arquipélago da Madeira foi descoberto<br />

em 1419 e o seu povoamento surgiu no<br />

quadro dos descobrimentos do século XV,<br />

como a primeira experiência de povoamento<br />

e exploração de terras até então nunca<br />

habitadas. Ensaiadas culturas que imediatamente<br />

deram lucros consideráveis, como<br />

logo de início o trigo e, depois, a cana sacarina,<br />

este modelo veio a ser exportado para<br />

as novas terras atlânticas, como os<br />

arquipélagos das Canárias, Açores e Cabo<br />

Continuação na página 5<br />

Barreiros, a Praça do Município, e tantas<br />

outras coisas bonitas.<br />

Ao regressarmos ao ponto de partida,<br />

quase duas horas depois, entrámos para<br />

outro táxi e pedimos ao motorista que nos<br />

levasse para o centro da cidade ou a Marina.<br />

Mais uma vez conversámos com o chauffeur.<br />

Este disse-nos que já tinha vivido no<br />

Continente e na África do Sul, mas acabou<br />

por regressar à sua terra natal. Mudei de<br />

ideias e pedi-lhe que me deixasse no<br />

Teleférico, pois iria fazer uma visita ao topo<br />

da montanha. Aí, ele retorquiu. “O<br />

Teleférico?” Sim, sim, o teleférico. “E não<br />

tem medo?”. Eu não, mas pelos vistos o<br />

meu amigo tem. “Pois tenho. Nunca andei<br />

no Teleférico e nem lá ponho os pés.” Então<br />

tentes. Estudando aquele meio ambiente<br />

fabuloso, com milhares e milhares de pessoas<br />

a andarem para cima e para baixo.<br />

As horas foram passando e fomo-nos<br />

aproximando da Marina, onde a concentração<br />

de pessoas era cada vez maior.<br />

Até que chegaram as 24 horas do dia 31<br />

de Dezembro de 2008, zero horas do dia 1<br />

de Janeiro de 2009. Começaram a arrebentar<br />

os primeiros Fogos. Aqueles que durante<br />

o dia tínhamos analisado em pormenor, pois<br />

se antigamente se atiravam os foguetes e se<br />

apanhavam as canas, agora, meu Deus, é<br />

tudo computorizado. Quilómetros e<br />

quilómetros de fios. Receptores.<br />

Detonadores. Computadores. Tecnologia<br />

muito avançada. E, durante quinze minutos


4 9 a 15 de Janeiro de 2009<br />

<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!<br />

Direcção: Alexandre Franco<br />

Ano IXX - Edição nº 907<br />

De 9 a 15 de Janeiro de 2009<br />

www.omileniostadium.com<br />

Editorial<br />

Cheirou bem…<br />

Cheirou a Lisboa!<br />

Alexandre Ribeiro Franco<br />

Director<br />

POST-MILÉNIO:<br />

Semanário<br />

Todas as Sextas-feiras,<br />

bem pertinho de si!<br />

Propriedade de:<br />

O MILÉNIO-STADIUM<br />

2138 Truscott Dr.,<br />

Mississauga, ON, L5J 2A6<br />

Tel: 905-822-8111 e 905-822-6664<br />

Fax: (905) 822-4856<br />

E-mails: info@omileniostadium.com<br />

Administrador: Alexandre Franco<br />

Director: Alexandre Franco<br />

alexandrefranco@omileniostadium.com<br />

alexandrefranco@rogers.com<br />

Desenhadora Gráfica e Paginadora:<br />

Fabiane Azevedo<br />

fabianeazevedo@omileniostadium.com<br />

Algo que se impõe. De quando<br />

em vez, cheirar Lisboa. As<br />

raízes que me ligam a<br />

Portugal são fortes. Durante o ano que há<br />

pouco terminou tive a felicidade de ter<br />

visitado os Açores, a Madeira e Portugal<br />

Continental. Cada cantinho com a sua<br />

beleza, todos eles à beira mar plantados.<br />

2008 foi um ano repleto de acontecimentos<br />

inesquecíveis. E quando nos referimos<br />

a Portugal, não podemos esquecer a<br />

comunidade luso-canadiana onde estamos<br />

inseridos, aqui nesta maravilhosa<br />

cidade de Toronto e arredores, tendo<br />

como Mississauga o nosso paraíso, considerando<br />

que a quantidade de<br />

Portugueses que aqui reside só deixa a<br />

desejar às cidades de Lisboa e do Porto.<br />

Se entre nós aconteceram coisas maravilhosas,<br />

a verdade é que sempre que<br />

me desloco a Portugal sinto os diversos<br />

“cheiros” de cada uma das regiões, assim<br />

como, muito particularmente, o de<br />

Lisboa. Nutro pela capital de Portugal<br />

uma nostalgia inexplicável. Sinto nela um<br />

vibrar diferente. Uma cidade que<br />

adormece sobre as sete colinas sempre<br />

depois de noites onde acontece de tudo<br />

um pouco.<br />

O Parque Mayer não é o que era. É<br />

verdade. Mas ainda foi lá, no Maria<br />

Vitória que fui ver uma excelente revista,<br />

com brilhantes cabeças de cartaz como<br />

são os casos do Carlos Cunha e da Marina<br />

Mota. Pirataria à Portuguesa, é o nome da<br />

Revista. Jantei na Cervejaria que fica<br />

mesmo à entrada do Parque, ao mesmo<br />

tempo que Carlos Cunha. Chamei a<br />

atenção de quem estava comigo sobre a<br />

presença do artista, só, numa mesa, a<br />

comer, sem que ninguém o incomodasse.<br />

Depois fomos os dois a correr para o<br />

Maria Vitória. Ele, Carlos Cunha, para<br />

fazer o que faz como muito poucos. Eu<br />

para me rir à grande e à Portuguesa.<br />

Lisboa, como grande capital europeia,<br />

já é uma cidade de espectáculos extraordinários.<br />

Fame, por exemplo. No Teatro<br />

Tivoli. Que maravilha. Depois de mais de<br />

duas horas de exibição, outra coisa não<br />

podia acontecer senão uma enorme<br />

ovação de pé. Inacreditável.<br />

Mas, melhor ainda, o West Side Story,<br />

no Politeama, em plena Rua de Santo<br />

Antão, precedido de um excelente Jantar<br />

no Zé Gomes dos Frangos e da sempre<br />

presente Ginjinha ou então de um<br />

Eduardino (tão bom), melhor forma de<br />

acomodar o estômago para uma performance<br />

de sonhos. Filipe LáFéria continua a<br />

ser o grande responsável pela apresentação<br />

destes musicais inolvidáveis.<br />

A História de uma Maria latina e de<br />

um Tony americano voltou a ser interpretada<br />

por um grupo de jovens de grande<br />

categoria. Mais uma vez, com o<br />

Politeama completamente repleto (o que<br />

acontece noite após noite), este West Side<br />

Story não podia ter terminado de outra<br />

forma senão com o publico todo de pé a<br />

aplaudir.<br />

Nesta altura do ano, um simples passeio<br />

pelas ruas de Lisboa a apreciar as<br />

suas decorações natalícias, já é algo de<br />

maravilhoso. Quando se tem a sorte de na<br />

mesma viagem podermos registar uma<br />

Passagem de Ano na Madeira, então<br />

tenho que afirmar que se juntou o maravilhoso<br />

ao espectacular. E foi o que<br />

aconteceu.<br />

É verdade. Cheirou bem, cheirou a<br />

Lisboa. Mas, também cheirou bem,<br />

cheirou a Funchal! Só que em Lisboa as<br />

temperaturas não ajudaram. Tivemos um<br />

dia com zero graus, quase que como a<br />

dizer-me que estava na hora de regressar<br />

ao Canadá.<br />

2009 vai ser um ano de recessões<br />

globais, mas lá que terminei 2008 da melhor<br />

forma, disso ninguém duvide. Só me<br />

resta desejar a todos, onde quer que se<br />

encontrem, aqui, no Canadá, em Portugal<br />

Continental, nos Açores ou na Madeira,<br />

um Novo Ano repleto de tudo quanto possam<br />

desejar.<br />

Colaboradores:Ana Júlia Sanca,<br />

António Nóbrega, Bernardete Gouveia,<br />

Carlos Morgadinho, Alexandre Campos<br />

Silva, Cláudia Afonso, Luís Tavares<br />

Bello, Ângelo Rocha de Oliveira, Dr.<br />

Alberto João Jardim, Dra. Aida Batista,<br />

Dr. Ilda Januário, Cruz dos Santos, ARO<br />

e Dra. Alexandra Bourne Franco, Alice<br />

Cabral e Candeias Leal<br />

Colaboradores do Suplemento<br />

Desportivo STADIUM: Aro, Camilo<br />

dos Reis e Fernando Correia<br />

Correspondentes: Luís Tavares Bello<br />

(Montreal), Eduardo Mário<br />

Albuquerque (Lisboa)<br />

Colaboração Fotográfica: Tony Pavia<br />

Distribuição: TDLTD, Tony Vilhena,<br />

Jack Neves e OMS.<br />

Delegação de "O Milénio-Stadium" em<br />

Montreal:<br />

PMC Publimed Conseil<br />

Luís Tavares Bello<br />

7800, Boul. Tashereau Suite 161<br />

Brossard, Qc J4X 1V7<br />

Tel. (514)577-5536/Fax (450)923-0688<br />

tavaresbello@videotron.ca.<br />

A Direcção de O MILÉNIO-STADIUM<br />

não é responsável pelos artigos<br />

publicados neste Jornal, sendo<br />

os mesmos de total<br />

responsabilidade de quem os assina.


<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si! 9 a 15 de Janeiro de 2009 5<br />

Passagem de Ano do Outro Mundo<br />

Continuado da página 3<br />

Verde e, mais tarde, para o<br />

Brasil.<br />

Nos finais do século<br />

XV, com base na exploração<br />

do açúcar, a Madeira<br />

constitui-se como um centro<br />

internacional de negócios,<br />

por aqui passando uma<br />

vaga de forasteiros internacionais,<br />

entre intermediários,<br />

mercadores e<br />

aventureiros, das mais<br />

diferentes origens<br />

europeias. Com base em<br />

capitais alemães, mercadores<br />

italianos e flamengos,<br />

sob a superintendência<br />

da coroa portuguesa, a produção<br />

e distribuição do açúcar<br />

madeirense foi uma das<br />

bases de formação do capitalismo<br />

mercantil internacional<br />

da época moderna.<br />

Neste quadro, o porto<br />

do Funchal conheceu desde<br />

logo um enorme incremento,<br />

por aí passando os interesses<br />

e os agentes económicos<br />

da nova sociedade mercantil,<br />

como foi o caso do<br />

aventureiro Cristóvão<br />

Colombo, então negociante<br />

de açúcar. O futuro almirante<br />

das Índias chegou a<br />

residir no Funchal algum<br />

tempo, tendo casado, entretanto,<br />

com Filipa Moniz,<br />

filha do falecido capitão do<br />

Porto Santo, Bartolomeu<br />

Perestrelo.<br />

A importância do porto<br />

do Funchal no contexto<br />

insular levou a que o<br />

pequeno burgo medieval<br />

fosse objecto de uma muito<br />

especial atenção da coroa<br />

do rei D. Manuel, mesmo<br />

antes de pensar que poderia<br />

vir a ser rei de Portugal.<br />

Nesse quadro, em 1486,<br />

então somente como duque<br />

de Beja, dava ordens para se<br />

construir um núcleo administrativo<br />

central, entre o<br />

burgo medieval de Santa<br />

Maria Maior e a área senhorial<br />

de Santa Catarina e São<br />

Pedro, residência de João<br />

Gonçalves Zarco e seus filhos<br />

e filhas. Para isso cedeu<br />

o “seu” Campo do Duque,<br />

mandando aí construir uma<br />

Câmara, com Paço para os<br />

tabeliães e uma “Igreja<br />

Grande”, que pouco tempo<br />

depois mandou transformar<br />

em sé, para sede do futuro<br />

Bispado.<br />

Tendo a sua mãe, a<br />

infanta D. Beatriz, instituído<br />

as alfândegas insulares,<br />

em 1477, uma no Funchal e<br />

outra em Machico, junto ao<br />

mar e após a sagração da sé<br />

do Funchal, mandou ainda<br />

levantar um importante<br />

edifício para Alfândega.<br />

Com o aumento das<br />

navegações no Atlântico<br />

Norte, a Madeira passou a<br />

desempenhar um importante<br />

papel de referência,<br />

pois dado o regime de ventos,<br />

todas as armadas que<br />

saíam da Europa com destino<br />

ao Atlântico Sul e ao<br />

Índico, passavam pelos<br />

mares madeirenses. Esse<br />

aspecto colocava-se mesmo<br />

para as armadas holandesas<br />

e inglesas com destino à<br />

América Central.<br />

As grandes rotas marítimas<br />

Ao longo dos séculos<br />

XVI e XVII, a ilha da<br />

Madeira, através do seu<br />

porto do Funchal, conseguiu<br />

assegurar a sua<br />

posição estratégica e comercial<br />

no quadro do Atlântico<br />

Norte, então graças a um<br />

novo produto: o vinho da<br />

Madeira. A cultura da vinha<br />

fora introduzida com os<br />

primeiros povoadores e já<br />

em 1455, o navegador<br />

veneziano Luís de<br />

Cadamosto, ao visitar a<br />

Madeira, referia a excelência<br />

das uvas madeirenses e a<br />

exportação dos seus vinhos.<br />

Por meados do século<br />

seguinte, William<br />

Shakespeare fez referência<br />

aos vinhos da Ilha em algumas<br />

das suas peças. A sua<br />

fama seria tão importante,<br />

principalmente o malvasia,<br />

que o dramaturgo descreve<br />

o duque de Clarence, irmão<br />

do rei Eduardo IV, a escolher,<br />

como morte, o ser afogado<br />

num tonel deste vinho.<br />

Nos séculos seguintes,<br />

são atribuídas aos vinhos<br />

madeirenses qualidades terapêuticas<br />

e descobre que a<br />

sua excelência ainda<br />

aumentava com as longas<br />

viagens marítimas, pelo que<br />

as grandes armadas a caminho<br />

das Índias Ocidentais e<br />

Orientais passam quase que<br />

obrigatoriamente pela<br />

Madeira para se abastecer.<br />

A ilha da Madeira tornase<br />

assim uma importante<br />

praça de comércio e, ao<br />

mesmo tempo, estância de<br />

repouso. Surgem então as<br />

chamadas quintas<br />

madeirenses, cujos jardins<br />

contam com plantas indígenas<br />

e importadas, as quais,<br />

através de inúmeras<br />

descrições, passam a ser<br />

referência científica obrigatória.<br />

Registamos assim,<br />

ao longo do século XVIII, a<br />

passagem do almirante<br />

James Cook, quer tripulando<br />

o Endeavour, em 1768,<br />

quer o Resolution, em 1772,<br />

acompanhado de vários<br />

especialistas, que<br />

descrevem depois largamente<br />

a flora e a fauna<br />

encontradas na Madeira.<br />

A importância estratégica<br />

do porto do Funchal era<br />

reconhecida pelo almirantado<br />

Britânico nos meados do<br />

século XVIII, levando a<br />

constantes levantamentos<br />

geo-hidrográficos, parte dos<br />

quais impressos. Perante a<br />

instabilidade política na<br />

Europa, decorrente das<br />

campanhas napoleónicas,<br />

em finais de 1801 uma<br />

importante armada de mais<br />

de 100 navios ocupava a<br />

Madeira. A armada deslocava-se<br />

para as Índias<br />

Ocidentais Inglesas, mas<br />

ancorou os seus cento e<br />

nove navios na larga baía do<br />

Funchal, desembarcando<br />

um contingente militar sob<br />

o comando do general<br />

Henry Clinton, que aqui<br />

permaneceu enquanto<br />

decorriam as negociações<br />

no Continente.<br />

Nova ocupação veio a<br />

ocorrer quando os franceses<br />

invadiram a Península<br />

Ibérica, em finais de 1807.<br />

A corte portuguesa conseguiu<br />

fugir para o Brasil,<br />

não tendo assim ficado à<br />

mercê das forças napoleónicas,<br />

como ocorreu com a<br />

espanhola e a Madeira conheceu<br />

então uma ocupação<br />

mais longa, que se prolongou<br />

mesmo para além dos<br />

tratados de paz.<br />

Pela Madeira, a caminho<br />

do exílio, em Santa<br />

Helena, passou mesmo o<br />

imperador Napoleão<br />

Bonaparte. Aqui foi presenteado<br />

com frutas frescas,<br />

alguns livros e uma pipa de<br />

vinho da Madeira, o que<br />

não se enquadrava bem com<br />

o seu estado de saúde. Mais<br />

tarde, tendo falecido, a pipa<br />

seria reivindicada pelos<br />

comerciantes do Funchal,<br />

tendo voltado à Madeira e<br />

sido o seu conteúdo dividido,<br />

pelo que ainda existem<br />

famílias que se orgulham de<br />

possuir lotes desse vinho.<br />

Ao longo do século XIX<br />

correu também pela Europa<br />

a fama do clima da<br />

Madeira, especialmente<br />

recomendado para terapia<br />

de doenças pulmonares. A<br />

Ilha torna-se então uma<br />

importante estância de veraneio,<br />

por aqui passando<br />

algumas das mais importantes<br />

cabeças coroadas,<br />

como as imperatrizes do<br />

Brasil, as arquiduquesas<br />

Leopoldina da Áustria, em<br />

1817 e Amélia de<br />

Leuchetemberg, em 1852.<br />

Pela Madeira passaram<br />

também, em longas estadias,<br />

a rainha Adelaide de<br />

Inglaterra, em 1847, o<br />

príncipe Maximiliano<br />

Napoleão, duque de<br />

Leuchetemberg, em 1850, e<br />

o futuro imperador<br />

Maximiliano do México e<br />

sua mulher, Carlota da<br />

Bélgica, que aqui passou o<br />

Inverno de 1859-1860.<br />

No entanto, talvez a<br />

figura mais marcante tenha<br />

sido a da imperatriz Isabel<br />

da Áustria, que aqui se<br />

recolhe longos meses entre<br />

1860 e 1861. A imperatriz<br />

Sissi, como ficou conhecida<br />

na bibliografia romântica<br />

do século XIX, nunca<br />

esqueceu os momentos que<br />

passou na Ilha, onde foi<br />

pela primeira vez fotografada,<br />

referindo-os sempre de<br />

forma calorosa e tendo conseguido<br />

voltar à Madeira,<br />

em 1893-94, poucos anos<br />

antes da sua morte, em<br />

1898.<br />

Os Habsburgo haveriam<br />

de ficar para sempre ligados<br />

à Madeira, ali tendo falecido,<br />

no exílio, Carlos de<br />

Áustria, o último imperador,<br />

em 1922. O seu corpo<br />

repousa na igreja matriz de<br />

Nossa Senhora do Monte,<br />

frente à quinta onde passou<br />

os seus últimos dias e sendo<br />

o seu corpo reconhecido<br />

para beatificação em 2004.<br />

Citemos ainda o conde<br />

Alexandre Charles de<br />

Lambert, ajudante de<br />

campo do imperador da<br />

Rússia, que se fixou na Ilha<br />

nos inícios de 1863. Casado<br />

no ano seguinte, ali morreria<br />

antes do nascimento do<br />

seu herdeiro. O conde<br />

Carlos Alexandre de<br />

Lambert, nascido na<br />

Madeira a 30 de Dezembro<br />

do ano de 1865, depois marquês<br />

de Lambert, foi um<br />

dos pioneiros da aviação<br />

francesa, atribuindo-se-lhe<br />

a invenção dos hidroaviões.<br />

Este aspecto não deixa<br />

de ser curioso, pois com o<br />

advento da aviação, o<br />

primeiro raid internacional<br />

sob o Atlântico teve como<br />

destino o porto do Funchal.<br />

O raid ocorreu a 22 de<br />

Março de 1921 e a viagem<br />

Lisboa-Funchal foi feita<br />

pelos pilotos Sacadura<br />

Cabral, Gago Coutinho e<br />

Ortins Bettencourt, acompanhados<br />

do mecânico<br />

Roger Soubiran, num F3,<br />

com motores Rolls-Royce,<br />

e serviu de ensaio para a<br />

que aqueles dois primeiros<br />

pilotos efectuariam no ano<br />

seguinte entre Lisboa e o<br />

Rio de Janeiro.<br />

Com o final da segunda<br />

Guerra Mundial as<br />

primeiras carreiras aéreas<br />

regulares com carácter<br />

turístico foram para a baía<br />

do Funchal. O voo inaugural<br />

da Aquilla Airways ocorreu<br />

a 15 de Março de 1949,<br />

iniciando-se as viagens regulares<br />

e comerciais a partir<br />

de 15 de Maio seguinte,<br />

com hidroaviões que,<br />

procedentes<br />

de<br />

Southampton, amaravam na<br />

baía do Funchal.


6 9 a 15 de Janeiro de 2009<br />

<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!<br />

Segurança Rodoviária:<br />

Acidentes com menos 82 mortos<br />

e 529 feridos graves no ano passado<br />

Os acidentes nas estradas<br />

portuguesas provocaram<br />

no ano passado menos 82<br />

mortos e 529 feridos graves do<br />

que em 2007, revelam dados provisórios<br />

da Autoridade Nacional<br />

de Segurança Rodoviária<br />

(ANSR).<br />

O balanço da sinistralidade rodoviária<br />

em 2008 é hoje à tarde apresentado no<br />

Ministério da Administração Interna, numa<br />

cerimónia que contará com a presença dos<br />

ministros da Administração Interna, Rui<br />

Pereira, e das Obras Públicas, Transportes e<br />

Comunicações, Mário Lino.<br />

De acordo com a ANSR, os desastres de<br />

viação causaram 772 mortos no ano passado,<br />

menos 9,6 por cento que em 2007,<br />

quando se registaram 854 mortos.<br />

Lisboa foi o distrito com maior número<br />

de vítimas mortais (93), seguindo-se o<br />

Porto (84), Setúbal (77) e Aveiro (70).<br />

Os menores índices de mortalidade<br />

rodoviária registaram-se nos distritos de<br />

Vila Real (11 mortos), Portalegre (12),<br />

Guarda e Bragança (16 cada um).<br />

Em contrapartida, o número de acidentes<br />

com vítimas mortais dentro das<br />

localidades aumentou oito por cento no ano<br />

passado face a 2007, revelou à Agência<br />

Lusa o presidente da ANSR, Paulo<br />

Marques.<br />

O responsável adiantou que terá que<br />

haver uma aposta para a segurança<br />

rodoviária dentro das localidades, sendo<br />

necessário o apoio das autarquias na requalificação<br />

dos arruamentos urbanos.<br />

Segundo a ANSR, os feridos graves<br />

diminuíram 16,9 por cento no ano passado,<br />

quando ficaram gravemente feridas nas<br />

estradas portuguesas 2.587 pessoas,<br />

número que em 2007 se situou nos 3.116.<br />

Também no ano passado houve uma<br />

diminuição dos feridos ligeiros, tendo-se<br />

registado menos 2.457 relativamente a<br />

2007.<br />

Quanto ao número de acidentes, a<br />

ANSR dispõe de dados até Setembro, que<br />

mostram uma redução de seis por cento<br />

face ao mesmo período de 2007.<br />

De acordo com Paulo Marques, até<br />

Setembro do ano passado registaram-se<br />

24.555 acidentes nas estradas portuguesas.<br />

Estes dados dizem apenas respeito ao<br />

Continente, não abrangendo as Regiões<br />

Autónomas dos Açores e da Madeira.<br />

O presidente da ANSR lamentou que o<br />

número de vítimas mortais e de feridos<br />

graves continue a ser elevado, mas destacou<br />

a redução de 2008 relativamente ao ano<br />

anterior.<br />

"A tendência que tem vindo a verificarse<br />

há cerca de 10 anos de redução dos indicadores<br />

de sinistralidade também se registou<br />

em 2008", salientou, adiantando que<br />

"desde 2000 há sistematicamente uma<br />

redução do número de mortos e particularmente<br />

do número de feridos graves".<br />

Para estes indicadores, tem contribuído,<br />

segundo o responsável, a qualidade das<br />

estradas portuguesas, a melhoria do parque<br />

automóvel, o comportamento dos condutores,<br />

as campanhas de sensibilização e as<br />

fiscalizações.<br />

Paulo Marques disse ainda que o<br />

Governo já atingiu o objectivo traçado no<br />

Plano Nacional de Prevenção Rodoviária,<br />

no qual estava previsto uma redução, até<br />

2009, de 50 por cento do número de vítimas<br />

mortais e dos feridos graves.<br />

"Os objectivos já foram ultrapassados.<br />

Em 2008 a redução foi de cerca de 56 por<br />

cento nas vítimas mortais e de 66 por cento<br />

nos feridos graves", afirmou.<br />

CMP.<br />

Teixeira dos Santos:<br />

Contas do Estado para 2009<br />

vão ser revistas<br />

Oministro das Finanças,<br />

Fernando Teixeira dos<br />

Santos, assumiu que vai<br />

haver uma revisão das contas do<br />

Estado para este ano.<br />

O titular da pasta das Finanças<br />

está convicto que, com isso, o<br />

executivo liderado por José<br />

Sócrates vai contar com mais dinheiro<br />

para combater os efeitos da<br />

crise económica.<br />

Teixeira dos Santos admitiu mesmo que<br />

o Governo vai ter «um tecto de despesa<br />

maior» para fazer mais do que aquilo a que<br />

se propôs» no Orçamento de Estado para<br />

2009.<br />

Apesar de afastar a ideia de fazer um<br />

orçamento rectificativo, o ministro referiu<br />

que as alterações às contas do Estado para<br />

2009 serão feitas através de um «reforço do<br />

Orçamento», que já foi aprovado no<br />

Parlamento e promulgado pelo próprio<br />

Presidente da República, Cavaco Silva.<br />

Teixeira dos Santos mostrou-se ainda<br />

preocupado com o aumento do desemprego:<br />

«aqueles que têm o seu emprego não<br />

verão necessariamente dificultadas as suas<br />

condições de vida», daí que a atenção do<br />

Governo tenha de ser dada, em primeiro<br />

lugar, ao desemprego, evitando falências e<br />

apoiando «o melhor possível» aqueles que<br />

estão sem trabalho, disse.<br />

Recorde-se que o Banco de Portugal<br />

reviu ontem em baixa as previsões<br />

económicas para 2009, prevendo mesmo<br />

uma retracção de 0,8 por cento. Ou seja, a<br />

recessão vai dominar este ano.<br />

Teixeira dos Santos admite recessão e<br />

destaca apoio a emprego<br />

Teixeira dos Santos considera que<br />

Portugal se confronta cada vez mais com<br />

um cenário de recessão mundial e admite<br />

que, para já, a principal preocupação do<br />

Governo é o emprego.<br />

«Neste cenário de recessão mundial e<br />

europeia, Portugal não é uma excepção. É,<br />

neste aspecto, um país igual aos outros e,<br />

por isso, a nossa principal preocupação<br />

deve ser a de agir e actuar para minimizar<br />

os efeitos desta crise no emprego», disse o<br />

ministro das Finanças, numa breve declaração<br />

que decorreu esta tarde no ministério<br />

das Finanças, em Lisboa.<br />

Mais: para o titular da pasta das<br />

Finanças é essencial, neste momento,<br />

«estimular a actividade económica para<br />

assim apoiar o desemprego», sustentou. Por<br />

isso, refere, «o Governo vai continuar atento»<br />

ao desenrolar desta crise e tomará as<br />

iniciativas indispensáveis para proteger as<br />

famílias e apoiar as empresas».<br />

Teixeira dos Santos acrescentou ainda<br />

que o Executivo liderado por José Sócrates<br />

«desde sempre tomou as medidas indispensáveis,<br />

de forma atempada, para proteger as<br />

famílias da recessão».<br />

Mais medidas<br />

O ministro lembrou ainda que o<br />

Governo vai avançar com um conjunto de<br />

medidas para estimular a actividade<br />

económica, que visam «aumentar o investimento<br />

público, financiar as Pequenas e<br />

Médias Empresas (PME), apoiar o sector<br />

exportador e criar emprego», assinalou.<br />

Recorde-se que estas declarações ocorreram<br />

pouco depois da conferência de<br />

imprensa do Banco de Portugal, que acabou<br />

por rever em baixa as previsões económicas<br />

para 2009, prevendo mesmo uma retracção<br />

de 0,8 por cento, ou seja, uma recessão.<br />

Teixeira dos Santos não fez, pelo menos<br />

para já, qualquer comentário a estes<br />

números avançados pela entidade.


<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!<br />

9 a 15 de Janeiro de 2009 7<br />

Conselho Permanente pede ao PR que não<br />

promulgue fim do voto por correspondência<br />

Oórgão representativo<br />

dos emigrantes<br />

pediu ao<br />

Presidente da República<br />

que pondere "seriamente a<br />

não promulgação" do<br />

diploma que põe fim ao<br />

voto por correspondência,<br />

numa carta divulgada hoje<br />

à saída de uma audiência<br />

com Cavaco Silva.<br />

Na carta, enviada há dias, mas<br />

divulgada apenas hoje, os membros<br />

do Conselho Permanente das<br />

Comunidades Portuguesas<br />

(CPCP) sustentam que o voto<br />

presencial "irá afastar ainda mais a<br />

participação cívica e política da<br />

comunidade portuguesa".<br />

Os 11 elementos do recémeleito<br />

CPCP, que estão em Lisboa<br />

para a sua primeira reunião<br />

ordinária, foram recebidos por<br />

Cavaco Silva no Palácio de<br />

Belém, a quem apresentaram as<br />

prioridades do mandato que agora<br />

começa.<br />

No final do encontro, o presidente<br />

do CPCP, Fernando Gomes,<br />

disse ter "confiança e fé na sensibilidade"<br />

do Presidente da<br />

República, alertando que o fim do<br />

voto por correspondência pode<br />

levar os emigrantes a sentirem-se<br />

"portugueses de segunda".<br />

Por outro lado, o CPCP apresentou<br />

ao Presidente da República<br />

sugestões de alteração do diploma,<br />

que aguarda promulgação,<br />

nomeadamente no artigo relativo<br />

à criação de assembleias de voto<br />

fora das embaixadas e consulados.<br />

Para Fernando Gomes, a criação<br />

de assembleias de voto fora<br />

dos consulados e embaixadas, prevista<br />

no diploma apenas em casos<br />

excepcionais, deve ser "norma e<br />

não excepção", propondo que o<br />

voto electrónico seja complementar<br />

ao presencial.<br />

"É inverter um pouco o<br />

processo, em vez de ser o eleitor a<br />

chegar à mesa de voto, serem as<br />

mesas de voto a irem ao espaço de<br />

residência", sublinhou.<br />

Fernando Gomes acrescentou<br />

que Cavaco Silva garantiu que a<br />

carta do CPCP está a ser apreciada,<br />

mas não deu qualquer indicação<br />

sobre a sua decisão relativamente<br />

ao fim do voto por correspondência.<br />

Os 11 elementos do CPCP<br />

reúnem-se até sexta-feira, na<br />

Assembleia da República, naquela<br />

que será a primeira reunião daquele<br />

órgão, eleito em Outubro passado.<br />

Questionado sobre o facto de a<br />

reunião decorrer numa altura em<br />

que o Tribunal Administrativo<br />

aprecia um pedido de impugnação<br />

da eleição, Fernando Gomes afirmou<br />

que esta não será matéria a<br />

abordar na reunião.<br />

"Quando a decisão [do tribunal]<br />

vier logo se vê. Estamos de<br />

consciência tranquila e temos de<br />

trabalhar porque a comunidade<br />

não pode esperar", disse.<br />

CFF/MCL.<br />

Frio: Drama da vida dos sem-abrigo faz esquecer baixas temperaturas<br />

As temperaturas<br />

negativas<br />

que se<br />

aproximam da capital<br />

portuguesa não<br />

intimidam os semabrigo<br />

que, já habituados<br />

ao frio da noite,<br />

fazem da cidade as<br />

portas das suas casas.<br />

Carlos Rocha, 71 anos,<br />

mora na rua desde 1992 e<br />

desde então que faz das<br />

roupas e dos cobertores<br />

oferecidos<br />

por<br />

Organizações Não<br />

Governamentais os companheiros<br />

de uma luta contra<br />

o frio, que perde muitas<br />

vezes, demasiadas.<br />

Hoje mora na rua<br />

António Pedro, perto do<br />

jardim Constantino, local<br />

onde todas as noites vai<br />

buscar a comida que lhe<br />

aquece o estômago, mas<br />

“noutra vida” até já foi pintor<br />

nas horas livres.<br />

“Vim morar para a rua<br />

porque calhou. Morreu a<br />

minha mulher e a partir daí<br />

foi assim”, disse o idoso,<br />

após beber o copo de sopa<br />

oferecido pela “Dona<br />

Natividade”, uma voluntária<br />

que há 18 anos se juntou<br />

ao Exército da<br />

Salvação, e que três dias por<br />

semana distribui comida e<br />

“palavras amigas” aos semabrigo<br />

da capital.<br />

Marcado pelas dificuldades<br />

que a vida nas ruas<br />

traz, Carlos Rocha já não se<br />

recorda quando conheceu a<br />

mão amiga da voluntária,<br />

que se orgulha da sopa “verdadeira<br />

e consistente” que<br />

oferece aos sem-abrigo.<br />

“É com grande amor<br />

que nós fazemos este trabalho.<br />

Normalmente distribuímos<br />

sopa, pão, iogurtes e<br />

fruta, quando temos”, disse<br />

à agência Lusa Natividade<br />

que, a cada ronda oferece<br />

250 copos de sopa aos semabrigo.<br />

Com a vaga de frio às<br />

portas da cidade, a câmara<br />

municipal de Lisboa já<br />

activou o plano de contingência<br />

para apoiar estas<br />

pessoas, prevendo o reforço<br />

da distribuição de comida e<br />

bebida quentes, agasalhos e<br />

mais 30 camas para pernoitar.<br />

Com o olhar carregado<br />

pelas dificuldades que<br />

atravessou nos últimos 16<br />

anos, Carlos Rocha, já<br />

habituado a dias de frio de<br />

outros invernos, espera<br />

receber roupa quente que o<br />

ajude a passar as próximas<br />

noites.<br />

“Tenho que arranjar um<br />

camisolão”, disse o semabrigo,<br />

acrescentando que,<br />

com a chegada da vaga de<br />

frio, o que há a fazer passa<br />

por agarrar-se “ao cartão”<br />

que lhe faz de cama num<br />

passeio bem perto da<br />

Almirante Reis.<br />

Mas nem sempre as pessoas<br />

que recorrem ao<br />

auxílio dos voluntários das<br />

ONG se encontram a viver<br />

nas ruas. É o caso de<br />

Fernando, que, embora já<br />

tenha feito das ruas a sua<br />

residência “durante tanto<br />

tempo”, hoje, graças ao subsídio<br />

de reinserção social,<br />

consegue alugar um quarto.<br />

“É muito fácil entrar na<br />

vida das ruas mas é muito<br />

difícil sair. Já não tenho<br />

muitos sonhos, agora só<br />

quero ir devagarinho”, disse<br />

o antigo sem-abrigo, que,<br />

após sorver a comida oferecida<br />

pelos voluntários do<br />

Exército de Salvação assistiu<br />

à partida da carrinha “da<br />

sopa” em direcção a outros<br />

rumos.<br />

Na noite de terça-feira<br />

os quatro voluntários do<br />

centro de acolhimento do<br />

sem abrigo de Xabregas<br />

distribuíram 250 sopas no<br />

jardim Constantino, nos<br />

Anjos, no Regueirão dos<br />

Anjos, na Praça do<br />

Comércio e em Santa<br />

Apolónia.<br />

Este auxílio é sempre<br />

bem recebido por aqueles<br />

que mais precisam, quer<br />

seja através de comida, de<br />

roupas ou simplesmente de<br />

uma palavra amiga.<br />

“Chelas” já perdeu a<br />

conta há quantos anos<br />

dorme nas ruas, mas é com<br />

orgulho que mostra o<br />

colchão onde pernoita com<br />

“amigos” nos Anjos.<br />

Humanista por convicção,<br />

Chelas vê na Dona<br />

Natividade uma amiga,<br />

mais não seja pelos conselhos<br />

que recebe, mais uma<br />

vez, para aproveitar a vaga<br />

de frio que se aproxima e<br />

regressar a casa, para junto<br />

da família.<br />

“Vou aproveitar para<br />

tomar um rumo. Um novo<br />

caminho”, disse o sem abrigo<br />

enquanto incentivado<br />

pelos voluntários.<br />

Próxima paragem:<br />

Regueirão dos Anjos. De<br />

acordo com a voluntária do<br />

Exército de Salvação este é<br />

o local onde os toxicodependentes<br />

sem-abrigo se<br />

concentram.<br />

Uma rua escura mostra<br />

os traços de uma vida alternativa:<br />

seringas convivem<br />

com colchões e camas de<br />

cartão que, às 21:30 já<br />

estavam compostas pelos<br />

seus “inquilinos” habituais.<br />

“Hoje em dia já vemos<br />

muitos sem-abrigo jovens.<br />

Raparigas de 13 e 14 anos,<br />

algumas delas grávidas,<br />

costumam vir pedir-nos<br />

comida e agasalhos”,<br />

referiu uma das voluntárias,<br />

enquanto olhava para algumas<br />

das cinco pessoas que<br />

dormiam naquela rua.<br />

A vontade de ajudar<br />

estas pessoas é muita e o<br />

medo, esse, só vem quando<br />

já se consegue ver o fundo<br />

da panela de sopa, o que<br />

impossibilita o cumprimento<br />

do percurso habitual.<br />

Em Santa Apolónia terminou<br />

mais um dia de sacrifício<br />

por parte destes voluntários,<br />

uma campanha de<br />

distribuição recompensada<br />

com a certeza de que<br />

tornaram uma noite difícil<br />

num refúgio menos penoso<br />

a pelo menos 250 pessoas,<br />

um número que, no entanto<br />

é escasso, dada a quantidade<br />

incerta de sem-abrigo<br />

que reside na capital portuguesa.<br />

JYR.


8 9 a 15 de Janeiro de 2009<br />

<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!<br />

Mariza inicia a mais longa digressão<br />

de sempre nos EUA e Canadá<br />

A 13 de Fevereiro no Massey Hall, em Toronto<br />

Entre as tuas coisas<br />

Afadista Mariza inicia em Fevereiro aquela que<br />

será a sua maior digressão de sempre, devendo<br />

pisar em três meses 48 palcos, entre os Estados<br />

Unidos e Canadá.<br />

"Devia estar louca quando aceitei, mas se assumi o compromisso<br />

vou cumprir. São três meses sem vir a Portugal, nunca fiz uma<br />

digressão tão longa", disse Mariza à Lusa.<br />

A intérprete de "Pequenas verdades" (Diogo Clemente/Javier<br />

Limón) inicia a digressão dia 13 de Fevereiro em Toronto (Canadá),<br />

no Massey Hall, actuando no dia seguinte no Orchestra Hall<br />

Symphony Center, em Chicago, já no Estado norte-americano de<br />

Illinois.<br />

"São três meses longe de casa, em que o ritmo é avião/hotel/concerto<br />

e, no dia seguinte, o mesmo: andar em companhias de aviação<br />

banalíssimas, sem ser a maravilha que se pensa. A maravilha das<br />

maravilhas é subir ao palco e cantar", sublinhou a cantora.<br />

De Chicago, a terceira maior cidade norte-americana, Mariza<br />

regressa, dia 17, ao Canadá, para actuar no La Palais Montcalm, na<br />

cidade do Quebeque, seguindo dia 19 para Amherst (Massachusetts)<br />

onde actuará no Fine Arts Center Concert Hall e, no dia seguinte, no<br />

Kelley Theatre Fairfield University, em Connecticut (Nova<br />

Inglaterra).<br />

A digressão aos Estados e Unidos e Canadá é uma "aposta forte"<br />

da cantora que irá duas semanas antes, "para acções promocionais,<br />

nomeadamente entrevistas".<br />

Os espectáculos "são completamente baseados no último álbum,<br />

'Terra', com três ou quatro temas dos anteriores CD", explicou.<br />

O álbum, produzido por Javier Limón e que mereceu uma<br />

nomeação o ano passado para os Grammy Latinos, foi posto este<br />

mês à venda nos Estados Unidos.<br />

Do álbum, que três revistas inglesas colocaram entre os dez melhores<br />

do mundo na área de world music, há dois temas que "são do<br />

particular agrado do público, nomeadamente 'Já me deixou' e 'Rosa<br />

branca'", disse a intérprete.<br />

Mariza será acompanhada por Ângelo Freire (guitarra portuguesa),<br />

Diogo Clemente (viola), Marino de Freitas (viola-baixo), Simon<br />

James (piano/trompete) e Vicky (percussões), prevendo-se, ainda em<br />

Fevereiro, actuar no Jorgensen Auditorium, em Storrs (Connecticut),<br />

dia 21, na Penn State University, em Passadena (Califórnia), dia 24<br />

e 25 no Center for the Arts, em Buffalo (Nova Iorque).<br />

Dia 27 canta no Tilles Center for the Performing Arts, em<br />

Greenvale (Nova Iorque), e encerra o mês na cidade de Nova Iorque<br />

no palco do Town Hall.<br />

Dia 01 de Março Mariza actua no Kimmel Theater, em Filadélfia<br />

(Pensilvânia), seguindo para Hanover (New Hampshire) onde actua<br />

dia 03 no Spaulding Auditorium Hopkins Center, e no dia seguinte<br />

em Burlington (Vermont).<br />

Já no Estado da Virgínia, dia 06, a criadora de "Ó gente da minha<br />

terra" (Amália Rodrigues/Tiago Machado) actua em Fairfax no<br />

Center for the Arts Concert Hall, e no dia seguinte está em Pittsburgh<br />

(Pensilvânia) onde canta no Byham Theater.<br />

Dia 09 de Março sobe ao palco do Schermerhorn Symphony<br />

Center Executive Office, em Nashville (Tenessee), dois dias depois<br />

regressa ao Estado da Virgínia para actuar no The American Theatre,<br />

em Hampton, seguindo-se duas noites, dias 13 e 14, no Zeiterion<br />

Theatre, em New Bedford (Massachusetts).<br />

A digressão, que se prolongará até 02 de Maio, inclui palcos<br />

como o Walt Disney Concert Hall em Los Angeles (Califórnia),<br />

espaço obrigatório para a artista que desde há quatro anos actua<br />

neste palco pelo menos uma vez por ano, segundo contrato, o Music<br />

Hall Center For Performing Arts, em Detroit (Missouri), ou o<br />

Concert Hall - Chan Centre for the Performing Arts, em Vancouver<br />

(Canadá).<br />

Os dois últimos espectáculos, dias 01 e 02 de Maio, acontecem<br />

na Califórnia, respectivamente no Turlock Community Theatre, em<br />

Turlock, e no Masonic Auditorium, em San Francisco.<br />

NL.<br />

Sinto-me bem entre as<br />

tuas coisas, apesar da<br />

saudade. Guardei algumas<br />

roupas tuas, a mala de mão, a<br />

escova, ainda com cabelos teus, o<br />

lenço de seda, as écharpes, os<br />

cachecóis e os gorros; os lençóis<br />

do teu enxoval e os que usavas no<br />

dia-a-dia, um par de sapatos e as<br />

pantufas, as loiças e os móveis<br />

sem grande valor que mobilavam<br />

o teu mundo. Algumas jóias, essas<br />

sim, valiosas. Assaltaram-te há<br />

anos, antes de teres mudado para o<br />

apartamento, e levaram-te metade<br />

do ouro, incluindo o cordão herdado<br />

da tua avó. (Tento, em vão, perdoar<br />

o ladrão desconhecido, nesta<br />

quadra santa). Trouxe a tua televisão<br />

e rádios, que já não vias nem<br />

ouvias, foste ficando cega e surda.<br />

Os aparelhos auditivos, que só<br />

usavas contrafeita, quando te sentias<br />

excluída das conversas com as<br />

raras visitas; a dentadura postiça<br />

que te incomodava e há muito tinhas<br />

posto de lado, apesar de o teu<br />

apetite nunca ter esmorecido, ao<br />

invés da tua vaidade saudável de<br />

mulher.<br />

Este apartamento na minha<br />

casa, que eu mandei renovar contigo<br />

em mente, mas que nunca<br />

habitaste, voltarei a alugá-lo,<br />

vários meses depois de ter trazido<br />

as tuas coisas e de o ir visitando,<br />

como quem visita um templo à tua<br />

memória. Acho que gostarias<br />

desta decisão, sempre foste uma<br />

pessoa que gostou de rentabilizar<br />

os seus bens e o teu poder de<br />

poupança era como o de poucos,<br />

só vigente nos da tua geração.<br />

Entre as tuas roupas, a mais<br />

querida é um colete de tricô azul<br />

forte, remendado várias vezes, que<br />

te obstinavas em usar apesar de te<br />

termos comprado outros para o<br />

substituir, foram uns três, também<br />

os guardei, mas estes apenas os<br />

vestias quando saías, nunca em<br />

casa, onde insistias em pôr o velho<br />

para poupares os novos. O problema<br />

era que tu quase nunca saías de<br />

casa nos últimos anos, passavas a<br />

vida em camisa de noite e pantufas,<br />

vestida com o tal colete, que<br />

sentiu o bater do teu coração<br />

dilatado, doente mas, afinal,<br />

resistente. (Lá diz o ditado, “mulher<br />

doente, mulher para<br />

sempre”). E também uma<br />

cinta antiquada de corpo<br />

inteiro, de algodão, com<br />

atilhos e anilhas, que te<br />

espartilhava o corpo forte,<br />

que já não usavas, mas que<br />

guardo porque me dá a medida da<br />

tua silhueta.<br />

Na cave do edifício, o teu cacifo<br />

apenas continha algumas malas<br />

de viagem vazias. Duas delas<br />

eram as grandes malas de cartão<br />

com que chegámos ao Canadá, há<br />

mais de quarenta anos, numa tarde<br />

cinzenta e fria de Novembro.<br />

Guardei uma delas e as outras<br />

duas, uma de vinil e a última, de<br />

tecido sintético - as malas também<br />

ilustram as épocas - com que te<br />

deslocaste tantos Verões a<br />

Portugal. Era lá que estavam a tua<br />

casa, as tuas terras, os teus pais, a<br />

tua língua e, no final, a tua campa.<br />

Na casa paterna, no casal que herdaste<br />

e o património pelo qual<br />

lutaste, passaste muitas horas de<br />

solidão; mas não tantas como no<br />

teu apartamento. Mas reconheço<br />

que foste pragmática e corajosa ao<br />

optares por viver sozinha.<br />

Visitava-te várias vezes por<br />

ano e dormia no sofá-cama da tua<br />

sala, ficávamos horas a conversar,<br />

até à exaustão, pois tinhas a mente<br />

clara e a boca era o teu elo com o<br />

resto do mundo. No outro dia a<br />

minha filha ficou a dormir no sofá,<br />

e eu na tua cama, e notou o<br />

aconchego do ninho que criei com<br />

as tuas coisas. Adormeci a sorrir<br />

nesta curiosa conjuntura, em que<br />

agora sou eu a que se encontra na<br />

vanguarda do combate que é a<br />

vida. E gosto de falar pelo telefone<br />

que usavas para te ligar ao resto do<br />

mundo. Olho as tuas fotos. Uma<br />

de mulher jovem sorridente, de<br />

cor sépia, outra minúscula de passaporte,<br />

a preto e branco, que<br />

retrata uma das mulheres de meiaidade<br />

mais tristes do mundo; e por<br />

último, a foto a cores, ampliada,<br />

tirada no teu último Natal, em que<br />

está estampado no teu rosto um<br />

esboço de sorriso de Gioconda<br />

idosa, um semblante em paz, apesar<br />

da fragilidade que já te invadia.<br />

Em todas as fotos usas óculos, a<br />

única prótese que consentiste usar<br />

ILDA JANUÁRIO<br />

ilda.januario@gmail.com<br />

durante a vida, desde a idade escolar.<br />

Deixaste atrás um saco com<br />

várias gerações de óculos, que não<br />

consigo deitar fora, apesar de só<br />

ter gostado de te ver com os últimos.<br />

As tuas queixas sobre a falta<br />

de vista chegavam a ser obsessivas;<br />

no entanto, o teu estilo de<br />

vida, sedentário e angustiado, só te<br />

trouxe as doenças que agudizaram<br />

a perca dela. Bloqueavas coisas<br />

assim, essenciais à tua sobrevivência<br />

e independência. Todos nós<br />

temos destes paradoxos. Como<br />

tantos emigrantes, o teu gosto<br />

pelos prazeres da mesa aumentava<br />

no sentido inverso do sentimento<br />

de auto-realização que sentias.<br />

Contabilizavas amiúde as tuas perdas.<br />

Mas recordo, acima de tudo, a<br />

tua inteligência e o teu sentido de<br />

humor, por vezes mordaz, a tua<br />

coragem, sentido de justiça e a tua<br />

frontalidade, que não excluía a<br />

diplomacia, quando era exigida; e<br />

a tua sabedoria. Nunca te queixavas<br />

de nós a ninguém, mesmo<br />

nos momentos de discórdia.<br />

Como vês, o meu amor por ti,<br />

sem ser cego, é mais profundo que<br />

o mar. Além dos teus pertences,<br />

herdei o teu sorriso, alguma da tua<br />

tristeza e da tua sabedoria. Os<br />

meus olhos já começaram a<br />

fraquejar e os meus dedos já<br />

engrossaram um pouco com<br />

artrose, como os teus, e outras<br />

coisas de que estarás ao corrente,<br />

porque me conheces tão bem,<br />

mesmo eu não te dizendo nada.<br />

Apesar de não te contar os meus<br />

problemas, para não te arreliar, a<br />

tua intuição era enorme.<br />

Teríamos passado a entrada<br />

para o Ano Novo juntas, como ia<br />

sendo hábito, a ver na RTPi o<br />

“Réveillon” da Madeira. Perdoame<br />

ter falhado o último. Não compensa,<br />

bem sei, a falta que cometi<br />

ao recolher-me, assim, entre as<br />

tuas coisas, no derradeiro dia deste<br />

ano - em que te perdi.


<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si! 9 a 15 de Janeiro de 2009 9<br />

Anexos sem nexo<br />

Ligar o computador, assim que me levanto, passou<br />

a ser mais um acto de rotina no meu quotidiano.<br />

Outro logo a seguir, e sem o qual nunca inicio a<br />

minha higiene matinal, é abrir a caixa de mensagens para<br />

verificar se há alguma que exija uma resposta urgente. Hoje<br />

em dia, dar o endereço electrónico a alguém que se acaba<br />

de conhecer é uma prática mais corrente do que, antigamente,<br />

facultar o número do telefone.<br />

Como escreveu Gabriela Silva no texto de apresentação<br />

do meu segundo livro: «Ao longo da minha vida, ouvi<br />

centenas de frases sobre a amizade. Recebi muitas, em<br />

discretas mensagens de telemóvel, li outras em “power<br />

points”, mais ou menos elaborados com românticas<br />

músicas de fundo, adequadas a quem sofre de solidão e<br />

bebe num “forward” tudo o que a amizade parece ter de<br />

espantoso e belo. A vida de todos nós aparece hoje<br />

cruzada por pessoas que não conhecemos pessoalmente,<br />

mas que nos enviam mensagens que falam de amor, de<br />

amizade, da necessidade de alguém, do desespero, da<br />

solidão. São as novas formas, as formas do nosso tempo,<br />

para encontrarmos de novo um paraíso de afectos perdidos».<br />

Já nem é sequer discutível que os computadores, via<br />

Internet, se transformaram nas modernas caixas de afectos.<br />

São confessionários, onde é fácil encontrar um amigo de<br />

serviço a quem confiar os nossos pecados e as nossas<br />

mágoas. São a praça pública da alcovitice, onde se encontra<br />

sempre alguém com quem trocar textos de maldizer<br />

sobre este ou aquele de quem gostamos menos. São o<br />

álbum das fotografias que percorrem mundo sem nunca sair<br />

das estantes virtuais do nosso ambiente de trabalho. São a<br />

voz solidária que prontamente responde a um apelo desesperado.<br />

São os braços que nos mimam, em forma de<br />

palavras, sempre que precisamos de um gesto de ternura.<br />

Mas podem ser também portas abertas a anexos intrusos<br />

que - por mais que peçamos que não os enviem - teimam<br />

em cair diariamente na nossa caixa do correio.<br />

No início, confesso, também eu achei piada a um ou<br />

outro que recebia. Mas isso foi já quase há duas décadas,<br />

quando a troca deste tipo de mensagens era ainda privilégio<br />

de um reduzido número de pessoas que tinha a possibilidade<br />

de estar on-line. Se bem se lembram, a internet<br />

começou por funcionar ligada à rede telefónica, em sistema<br />

de modem exterior, e o tempo contabilizado por períodos à<br />

semelhança das chamadas telefónicas. Quando se estava<br />

em rede, ficava-se impossibilitado de ter acesso ao telefone.<br />

Pior: quando estávamos ligados, se alguém telefonasse caía<br />

a ligação. Por isso, já passei por todas as fases: deslumbramento<br />

pelo “NetMeeting”, “webcam”, auscultadores,<br />

microfone e tudo o mais que se exigia a quem quisesse ser<br />

considerado um internauta esclarecido. Agora, acabou! Até<br />

o “Messenger” está sempre calado. Deixei de ter pachorra<br />

para estar a trabalhar e, em simultâneo, ouvir aquele ruído<br />

incomodativo de mais alguém que acaba de entrar e me pergunta<br />

se estou aqui. É como sentir bater à porta de cada vez<br />

que quero recolhimento.<br />

Apesar dos meus avisos e respeitosos pedidos “sempre<br />

muito encarecidos”, há quem não entenda e continue a<br />

despejar-me lixo, muito bem empilhado em imagens acompanhadas<br />

de uma música de encantar Ulisses, não estivesse<br />

ele amarrado ao mastro do navio. Pois eu, solta nesta liberdade<br />

que me permite iniciar o dia a dizer meia dúzia de<br />

AIDA BAPTISTA<br />

aidabatista@sapo.pt<br />

impropérios, só lavo os dentes depois de esfregar a boca<br />

com uma escova de asneiras, de cada vez que me entra<br />

mais um anexo destes. Eu já falei deste tema a várias pessoas<br />

amigas, já escrevi duas crónicas sobre o assunto, mas<br />

vou iniciar o ano com mais esta porque, pelos vistos, ainda<br />

há quem não perceba a linguagem da boa educação. Às<br />

vezes, sinto-me mesmo tentada a responder de forma mais<br />

áspera, não fora ser esta a semana de Reis e estarmos ainda<br />

sob a magia do espírito da quadra.<br />

oje, tinha apenas o seguinte texto numa das mensagens:<br />

“Bom Ano de 2009”. Assim mesmo: seco, sem dedicatória,<br />

nem palavras de despedida. Já sei, sou mais um nome na<br />

“Associação dos Endereços Anónimos”, como um alcoólico<br />

ou um drogado que não queira ser identificado. Por conhecer<br />

a remetente, abri. Pensei que se tratava de alguma<br />

coisa interessante. Mais do mesmo: paisagens paradisíacas,<br />

com montanhas, lagos e cascatas, a deslizarem ao som das<br />

teclas de um piano, como que a convidarem-nos a um<br />

recolhimento consentido. Depois os textos, maravilhosos<br />

pela sua originalidade! Ora vejam pela amostra da primeira<br />

página: ENCONTREI-TE. Meu Deus, poupai-me!<br />

Parece que volto à infância e estou no jogo da apanhada. As<br />

páginas seguem-se segundo o traço vertical com que aqui<br />

as sinalizo: “Quem é especial fica/ Dizem que se leva um<br />

minuto para se conhecer uma pessoa especial/ uma<br />

hora para apreciá-la/ um dia para amá-la/ e mais do<br />

que uma vida inteira para esquecê-la/ manda este PPS<br />

para as pessoas que nunca esquecerás e lembra-te de<br />

mandá-la também para a pessoa que te enviou/ É<br />

pequena a mensagem mas mostrará que nunca esquecerás/<br />

Se não enviares para ninguém/ Significa que<br />

estás com pressa/ e esqueceste os teus amigos/ Aproveita<br />

para viver!/ É bom ter amigos!... Eles fazem-nos sentir<br />

felizes/ E ao sermos felizes encontramos a paz”.<br />

Terminam as imagens e é dum fundo negro que saltam<br />

letras (uma de cada vez) até formarem a mensagem:<br />

“Nunca nos devemos esquecer: é no dar que se<br />

recebe!!... Dá alegria a um amigo enviando-lhe este<br />

PPS”.<br />

A sério, interrogo-me se a<br />

Internet não estará a aparvalhar<br />

uma série de pessoas que<br />

regridem até à fase da adolescência,<br />

em que se namorava<br />

trocando bilhetinhos com<br />

uma série de banalidades. A<br />

única diferença é que, à receita<br />

existente, foram acrescentados<br />

os condimentos da<br />

imagem e do som.<br />

A estas mensagens de<br />

amizade responderia<br />

Fernando Pessoa “são<br />

ridículas”.<br />

Para que eu tenha um<br />

bom 2009, por favor, não me<br />

mandem anexos!<br />

Canadá:<br />

Canadiana acusada do assassínio<br />

premeditado dos três filhos<br />

Uma mãe de família do<br />

Quebeque foi formalmente<br />

acusada do assassínio<br />

dos três filhos assim como<br />

de ter ajudado ao suicídio do cônjuge<br />

com quem terá celebrado<br />

um pacto nesse sentido,<br />

provavelmente devido a importantes<br />

dívidas.<br />

Cathy Gauthier-Lachance foi acusada<br />

do triplo assassínio premeditado dos filhos<br />

Joelle, 12 anos, Marc-Ange, 7 anos, e<br />

Louis-Philipe, 4 anos, descobertos sem vida<br />

na noite de 01 para 02 de Janeiro na sua<br />

casa em Saguenay (200 km a Norte do<br />

Quebeque), precisou Richard Gagné, portavoz<br />

da Segurança do Quebeque (SQ, polícia<br />

provincial).Esta mulher de 36 anos foi<br />

hoje ouvida ao telefone por um juiz a partir<br />

do seu leito de hospital porque ela própria<br />

está ferida. É também acusada de ter ajudado<br />

o marido a morrer. O casal fez um pacto<br />

de suicídio, disse a polícia depois da<br />

descoberta dos corpos. Foi ela própria que<br />

avisou as autoridades na noite do drama.<br />

Segundo a imprensa canadiana, as dívidas,<br />

estimadas em 85 mil dólares canadianos<br />

pelo diário Globe and Mail, foram a<br />

razão deste gesto. Decorre nesta altura a<br />

autópsia das três crianças e do pai.<br />

O corpo do cônjuge da acusada tinha<br />

marcas de facadas mas as três crianças não<br />

parecem ter sofrido violência, segundo a<br />

polícia, o que levou alguns jornais a admitir<br />

a hipótese de envenenamento.<br />

TM.


10 9 a 15 de Janeiro de 2009<br />

<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!<br />

Sete Maravilhas da Natureza:<br />

Douro é única candidatura<br />

ARegião Vinhateira do<br />

Douro passou à segunda<br />

fase da escolha das Novas<br />

Sete Maravilhas da Natureza,<br />

sendo a única candidatura portuguesa<br />

ao galardão.<br />

A candidatura é uma das 261 que<br />

se mantêm na corrida, das 440<br />

que foram votadas até hoje.<br />

Portugal apresentou seis candidaturas:<br />

Arquipélago dos Açores, Berlengas e Ilhas<br />

Selvagens (na categoria de Ilhas), Parque<br />

Natural da Peneda Gerês (Parques e<br />

Reservas Naturais), Vale do Douro (Rios) e<br />

Ria de Aveiro (Paisagem Marítima).<br />

A Região Vinhateira do Douro foi proposta<br />

ao concurso pela Associação dos<br />

Empresários Turísticos do Douro e Trás-os-<br />

Montes (AETUR) que hoje foi notificada<br />

da passagem à segunda fase do concurso.<br />

Em declarações à Agência Lusa,<br />

Alberto Tapada, da Associação, revelou-se<br />

“orgulhoso” por o Douro se manter nesta<br />

corrida e destacou a grande diferença de<br />

votos que a candidatura terá recebido, em<br />

relação às outras propostas portuguesas,<br />

Registo nº 2736120<br />

não especificando o número de votos.<br />

“Satisfeito” com a permanência do<br />

Douro como candidato, Alberto Tapada<br />

disse que, até agora, “valeu a pena” e não<br />

descarta a ambição desta região vir a ser<br />

uma das Novas Sete Maravilhas da<br />

Natureza.<br />

“Tenho que acreditar”, disse, apelando à<br />

participação dos portugueses na votação.<br />

Apesar do agrado do momento, Alberto<br />

Tapada revela algum desalento: “Com<br />

algum apoio, poderíamos obter um desempenho<br />

ainda mais significativo”.<br />

“Mas ainda vamos a tempo”, frisou.<br />

A candidatura do Douro pode ser votada<br />

através da Internet (www.new7wonders.com<br />

) até 07 de Julho, altura em que<br />

serão contabilizados os respectivos resultados<br />

e anunciados os 21 nomeados.<br />

Para o Douro ser um dos 21 nomeados,<br />

terá de receber pelo menos um milhão de<br />

votos. A votação via Internet continuará<br />

sobre as 21 candidaturas, ao longo de 2010<br />

e 2011, ano em que serão anunciadas os<br />

resultados finais das Sete Maravilhas da<br />

Natureza do Mundo.<br />

Esta campanha é a segunda organizada<br />

pela Iniciativa da NewOpenWorld<br />

Foundation, após a efectuada ao longo de<br />

2006 e 2007 sobre as Sete Maravilhas do<br />

Mundo, cujos resultados finais foram anunciados<br />

em Lisboa a 7 de Julho de 2007.<br />

A Muralha da China (China), Petra<br />

(Jordânia), Cristo, o Redentor (Brasil),<br />

Macchu Picchu (Peru), Chichen Itza<br />

(México), Coliseu de Roma (Itália) e Taj<br />

Mahal (Índia) foram os escolhidos.<br />

SMM.<br />

2009:<br />

Salário mínimo, ordenados da função<br />

pública e pensões aumentam este ano<br />

Os aumentos previstos para<br />

o ordenado mínimo, os<br />

salários da função pública<br />

e para as pensões de invalidez<br />

e de velhice vão aumentar a partir<br />

do ano que amanhã começa.<br />

O Salário Mínimo Nacional (SMN) e os<br />

ordenados dos funcionários públicos vão<br />

aumentar 5,6 por cento e 2,9 por cento,<br />

respectivamente. No caso do SMN, este<br />

aumento fixa o novo valor em 450 euros.<br />

Por sua vez, as pensões de invalidez e<br />

de velhice vão subir entre 2,1 e 2,9 por<br />

cento a partir de hoje.<br />

A portaria conjunta dos ministérios das<br />

Finanças e do Trabalho e Solidariedade<br />

Social estabelece para o regime geral um<br />

aumento de 2,9 por cento para as pensões<br />

de montante igual ou inferior a 628,83<br />

euros, sendo que o valor do aumento não<br />

poderá ser inferior a 6,85 euros. Nas<br />

restantes, as subidas são inferiores.<br />

As actualizações aplicam-se às pensões<br />

atribuídas até 1 de Janeiro de 2008.<br />

A portaria fixa ainda em 419,22 euros o<br />

valor do Indexante dos Apoios Sociais<br />

(IAS), que serve de referência para o valor<br />

mínimo das pensões e de outras prestações<br />

sociais.<br />

Por sua vez, as rendas vão subir 2,8 por<br />

cento a partir de Janeiro, mas para contratos<br />

anteriores a 1967 o aumento é de 4,2 por<br />

cento.<br />

2009: Preços do pão e da luz sobem acima<br />

da inflação, passes sociais, leite e telecomunicações<br />

deverão manter valores<br />

Os preços do pão e da luz vão aumentar<br />

em 2009 acima da inflação de 2,5 por cento<br />

prevista pelo Governo, com as portagens a<br />

registar subidas menores e os passes sociais,<br />

leite e telecomunicações a manter os<br />

preços.<br />

Em declarações recentes à agência<br />

Lusa, o presidente da Associação de<br />

Comércio e Indústria da Panificação<br />

(ACIP), Carlos Alberto dos Santos, disse<br />

que o aumento do preço do pão "é inevitável"<br />

e que "nunca poderá ser inferior a cinco<br />

por cento", devido ao aumento das despesas<br />

dos panificadores com energia e combustíveis.<br />

Carlos Alberto dos Santos salientou<br />

ainda que a baixa do preço dos cereais<br />

"ainda não chegou aos panificadores", afirmando<br />

que cada quilo de farinha custa entre<br />

37 e 38 cêntimos quando deveria custar<br />

cerca de 28 cêntimos.<br />

Outro caso em que a subida dos preços<br />

ultrapassa o valor da inflação prevista pelo<br />

Governo é a electricidade, com os preços<br />

das tarifas a subir em média 4,9 por cento<br />

no próximo ano, com os consumidores<br />

domésticos a ter um aumento médio de 4,3<br />

por cento, de acordo com a proposta<br />

aprovada pelo Conselho Tarifário da ERSE.<br />

A generalidade dos consumidores<br />

domésticos vão ter um aumento de 4,3 por<br />

cento, ou seja, de 95 cêntimos na factura, as<br />

pequenas empresas de 4,8 por cento e os<br />

clientes industriais sofrerão no geral um<br />

aumento de 5,9 por cento.<br />

Na Região Autónoma dos Açores, o<br />

aumento médio das tarifas vai ser de 5,5 por<br />

cento, enquanto na Região Autónoma da<br />

Madeira, o aumento médio vai ser de 4,4<br />

por cento.<br />

Nos transportes públicos, os passes<br />

sociais vão manter os seus preços pela<br />

primeira vez em 30 anos em 2009, devido à<br />

descida dos preços do petróleo.<br />

Já as portagens nas auto-estradas vão<br />

sofrer aumentos com base na inflação de<br />

Outubro pelo que, segundo anunciou o<br />

Ministério das Obras Públicas, os preços<br />

deverão aumentar cerca de 2,2 por cento,<br />

com uma viagem Lisboa/Porto a subir 45<br />

cêntimos e Lisboa/Algarve 50 cêntimos<br />

para os veículos ligeiros (Classe 1), anunciou<br />

hoje o Ministério das Obras Públicas.<br />

Os aumentos, calculados com base na<br />

taxa de inflação registada em Outubro, elevam<br />

para 1,35 euros (sobe 3,85 por cento,<br />

mais cinco cêntimos) a portagem da Ponte<br />

25 de Abril e para 2,35 euros (sobe 4,44 por<br />

cento, mais dez cêntimos) a travessia pela<br />

Ponte Vasco da Gama.<br />

Nem todas as portagens sofrerão alterações,<br />

uma vez que os contratos de concessão<br />

determinam que os aumentos sejam<br />

arredondados em múltiplos de 5 cêntimos.<br />

Quanto a veículos, fonte da Associação<br />

Nacional das Empresas do Comércio e da<br />

Reparação Automóvel (ANECRA) disse<br />

anteriormente à agência Lusa que há um<br />

agravamento quer em termos de Imposto<br />

Sobre Veículos (ISV) quer de Imposto<br />

Único de Circulação (IUC), prevendo que a<br />

fiscalidade fará subir os preços médios em<br />

2,1 por cento, fora o preço base praticado<br />

por cada marca.<br />

De uma forma geral, quer os veículos<br />

movidos a gasolina quer os movidos a<br />

diesel vão ter os preços agravados em 2009,<br />

acrescentou.<br />

Já o ISP (imposto sobre produtos<br />

petrolíferos) não sofre pelo segundo ano<br />

consecutivo qualquer agravamento.<br />

Os CTT-Correios de Portugal vão actualizar<br />

o seu preçário a partir de 01 de<br />

Janeiro de 2009, não existindo contudo<br />

alterações na maioria dos preços, como é o<br />

caso do preço-base do correio nacional até<br />

20 gramas que se manterá nos 31 cêntimos<br />

nas cartas enviadas em regime de avença ou<br />

através de máquinas de franquiar.<br />

Nas cartas seladas e franquias obtidas<br />

nas máquinas de vendas de selos, os preços<br />

aumentam 1 cêntimo, para 32 cêntimos,<br />

enquanto o preço-base do correio normal,<br />

entre as 20 e as 50 gramas, desce 1 cêntimo,<br />

passando a custar 54 cêntimos.<br />

Os preços do correio azul não são<br />

objecto de qualquer alteração.<br />

Também o preço do leite deverá manter-se<br />

em 2009, assim como o da carne, das<br />

frutas e dos legumes.<br />

Quanto às empresas concessionárias<br />

dos sistemas municipais, as tarifas são<br />

definidas no momento do estabelecimento<br />

da concessão e actualizadas de acordo com<br />

as regras constantes do respectivo contrato<br />

com aprovação pelo município.<br />

As novas tarifas de gás natural para os<br />

consumidores domésticos só serão actualizadas<br />

em Julho do próximo ano.


<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!<br />

9 a 15 de Janeiro de 2009 11


12 9 a 15 de Janeiro de 2009<br />

Stadium Suplemento Desportivo<br />

TAÇA DA LIGA<br />

Benfica termina pior série de sempre sem marcar<br />

Avitória do Benfica frente<br />

ao V. Guimarães (2-0) na<br />

Taça da Liga encerrou o<br />

pior período de sempre dos encarnados<br />

sem marcar. Os encarnados<br />

somavam quatro jogos consecutivos<br />

sem apontar qualquer golo,<br />

o que é o pior registo do clube da<br />

Luz.<br />

O anterior recorde era de três encontros<br />

sem marcar, o que aconteceu em 1957/58,<br />

1968/69 e 1982/83. Este último foi sob o<br />

comando de Sven-Goran Eriksson: três<br />

nulos com F.C. Porto, Rio Ave e, por fim,<br />

com o Universidade Craiova, na Taça<br />

UEFA.<br />

Pior mesmo, foi na primeira daquelas<br />

temporadas: um trio de derrotas com<br />

Lusitano de Évora (4-0), Belenenses (1-0) e<br />

Sporting (0-2). Em 1968/69, dois empates<br />

com Sporting e V. Guimarães, ambos 0-0, e<br />

derrota com a CUF (3-0).<br />

O último jogo da presente temporada<br />

em que o Benfica marcara foi frente ao<br />

Marítimo, para a Liga, num triunfo robusto,<br />

por 6-0. Depois disso, nulo com o Leixões<br />

(acabou eliminado da Taça de Portugal, nos<br />

penalties), derrota com o Metalist (0-1) na<br />

Taça UEFA, nulo com o Nacional, no último<br />

jogo de 2008 e, por fim, o 2-0 que<br />

sofreu frente ao Trofense, na derradeira jornada<br />

da liga.<br />

V. Guimarães, 0 - Benfica, 2<br />

O Benfica alcançou o quarto triunfo<br />

consecutivo no Berço, em menos de um<br />

ano. A formação encarnava está a desenvolver<br />

um historial de sucesso nas visitas ao<br />

V. Guimarães e Benfica<br />

reduto do V. Guimarães e voltou a ser feliz.<br />

Com um golo a abrir e outro ao cair do<br />

pano, os encarnados entraram com o pé<br />

direito na terceira fase da Taça da Liga, partilhando<br />

a liderança no Grupo C com o<br />

Belenenses. Katsouranis (9m) e Carlos<br />

Martins (81m) devolveram o espaço de<br />

manobra a Quique.<br />

As equipas apresentavam-se no Estádio<br />

D. Afonso Henriques com estados de espírito<br />

distintos. O Vitória de Guimarães chegava<br />

em crescendo, depois de um triunfo vistoso<br />

em Vila do Conde (2-4), enquanto o<br />

Benfica procurava recuperar a postura altiva<br />

após desaire penoso na deslocação à<br />

Trofa. Manuel Cajuda repetiu a fórmula utilizada<br />

frente ao Rio Ave, face ao sucesso da<br />

operação, vendo Quique Flores mudar<br />

quase tudo.<br />

Katsouranis desbrava o caminho<br />

O treinador do Benfica entregou a baliza<br />

a Moretto, num processo de contínua<br />

rotatividade entre os guarda-redes do<br />

plantel encarnado, preparando mais uma<br />

mão cheia de alterações. O brasileiro, refira-se<br />

desde já, respondeu à altura. Ouviu<br />

das boas quando arriscou uma finta de pés<br />

sobre Roberto, ainda na primeira parte, mas<br />

compensou a ousadia com uma postura<br />

irrepreensível nos lances aéreos, fora da<br />

baliza.<br />

Miguel Vítor e David Luiz não convenceram<br />

totalmente no sector defensivo,<br />

ao contrário de Katsouranis e Yebda no sector<br />

intermediário. Esta dupla, aliás, marca<br />

pontos na luta pela titularidade. O grego<br />

viria a inaugurar o marcado ao nono minuto<br />

de jogo, após canto cobrado por Aimar. O<br />

Benfica chegava à vantagem depois de duas<br />

belas defesas de Nilson: bem frente a<br />

Aimar, soberbo a negar o golo a Dí Maria.<br />

O extremo argentino voltou a desiludir,<br />

tal como Balboa. Sexta novidade no onze<br />

de Quique Flores, o ala recrutado ao Real<br />

Madrid tarda em justificar o investimento.<br />

À meia-hora, quando seguia para o banco<br />

de suplentes à procura de uma garrafa de<br />

água, percebeu que nem havia direito a uma<br />

pausa. O seu tempo estava no fim. Durou<br />

37 minutos no relvado.<br />

Um castigo antes do ponto final<br />

O Vitória de Guimarães queria<br />

aproveitar o período de fulgor e tentou lutar,<br />

uma vez mais, contra um golo consentido<br />

de forma precoce. Aliás, Manuel Cajuda<br />

ainda estará a tentar perceber como a sua<br />

equipa falhou a marcação a Katsouranis<br />

V. Guimarães e Benfica<br />

num movimento do grego que já é sobejamente<br />

conhecido do grande público.<br />

A formação vitoriana, após uma dezena<br />

de minutos, partia atrás do prejuízo mas<br />

voltava a denotar falta de profundidade<br />

ofensiva. Após uma etapa inicial sobre<br />

grandes oportunidades de golo, o treinador<br />

local voltou a apostar na dose dupla de<br />

risco. Nuno Assis e Marquinho entraram<br />

para agitar as hostes e o segundo protagonizou<br />

um lance passível de castigo máximo,<br />

em duelo com Maxi Pereira. Olegário<br />

Benquerença mandou seguir (do outro lado,<br />

queixas legítimas num fora-de-jogo mal<br />

assinalado a Dí Maria, na etapa inicial).<br />

Os adeptos começavam a adivinhar o<br />

pior. O Benfica limitava-se a aguentar a<br />

pressão, a defender de forma humilde e<br />

espreitando o contra-ataque a uma cadência<br />

pontual. Bastou. Na recta final do encontro,<br />

Suazo serviu Ruben Amorim à direita e este<br />

cruzou para o pontapé vistoso de Carlos<br />

Martins, perante a passividade de Moreno.<br />

Ponto final.<br />

Num jogo disputado no Estádio D.<br />

Afonso Henriques, em Guimarães, as<br />

equipas alinharam da seguinte forma:<br />

Vitória de Guimarães: Nilson, Andrezinho<br />

(Jean Coral, 72), Gregory, Moreno, Luciano<br />

(Marquinho, 46), João Alves, Fajardo, Luís<br />

Filipe, Wénio (Nuno Assis, 46), Desmarets<br />

e Roberto.<br />

Suplentes: Nuno Santos, Carlitos, Nuno<br />

Assis, Momha, Marquinho, Jean Coral e<br />

Lionn.<br />

Benfica: Moretto, Maxi Pereira, Luisão,<br />

Miguel Victor, David Luiz, Katsouranis,<br />

Yebda, Balboa (Ruben Amorim, 37), Di<br />

Maria (Jorge Ribeiro, 67), Pablo Aimar<br />

(Carlos Martins, 77) e Suazo.<br />

Suplentes: Quim, Cardozo, Ruben Amorim,<br />

Makukula, Carlos Martins, Jorge Ribeiro e<br />

Sidney.<br />

Acção disciplinar: Cartão amarelo para<br />

Yebda (30), Wénio (40), Miguel Victor<br />

(50), Moreno (61), Gregory (70) e Jorge<br />

Ribeiro (72).<br />

Paços de Ferreira, 2 - Rio Ave, 1<br />

Foram poucos, muito poucos os espectadores<br />

que se deslocaram esta noite ao<br />

Estádio da Mata Real, em Paços de<br />

Ferreira, para ver o encontro com o Rio<br />

Ave. E os que foram até terão ficado<br />

arrependidos, de tão fraco que foi este jogo.<br />

A partida da primeira jornada da terceira<br />

fase da Taça da Liga serviu para ambos os<br />

treinadores colocarem em campo alguns<br />

dos menos utilizados até aqui. Paulo Sérgio<br />

mexeu mais por obrigação, uma vez que o<br />

rol de lesionados e castigados era muito.<br />

Sem William, China, Paulo Sousa, Prieto,<br />

Leandro Tatu, Ozéia e Kely, o técnico do<br />

Paços apostou num 4x4x2 um pouco diferente<br />

do habitual.<br />

Do outro lado, Carlos Brito ainda não<br />

regressou ao banco do Rio Ave, mas já terá<br />

dado algumas indicações ao seu adjunto<br />

Francisco Costa. Saíram alguns titularíssimos<br />

como Gaspar, Livramento, Delson e<br />

Niquinha, mas a estrutura da equipa manteve-se<br />

no habitual 4x4x2.<br />

«Frango» de César deu vantagem ao Paços<br />

Logo nos primeiros minutos foi possível<br />

verificar que as duas equipas se encaixavam<br />

perfeitamente, levando a discussão do<br />

jogo para o meio-campo. Daí que Filipe<br />

Anunciação, do Paços, e André Vilas Boas,<br />

do Rio Ave, tenham sido os jogadores em<br />

destaque, ou não fossem eles habituais titulares.<br />

Sem jogadas de perigo em qualquer das<br />

balizas e com faltas a mais de ambos os<br />

lados, o golo só chegou porque César assim<br />

o entendeu. Ferreira marcou um livre no<br />

lado esquerdo e o guardião do Rio Ave<br />

largou uma bola fácil, oferecendo-a de bandeja<br />

a Filipe Anunciação. O Paços ficava<br />

assim em vantagem, ainda que nenhum dos<br />

conjuntos tenha justificado sequer um golo<br />

durante a primeira parte.<br />

Ao intervalo, Carlos Brito terá dado<br />

indicações ao adjunto para colocar em<br />

campo os experientes Gaspar e Evandro,<br />

numa tentativa de equilibrar o jogo confuso<br />

e inconsequente que o Rio Ave estava a<br />

praticar.<br />

Árbitro teve de segurar os cartões<br />

Só que até foi o Paços de Ferreira a<br />

entrar melhor. Uma confusão na área<br />

deixou Tiago Valente isolado e o capitão<br />

rematou à figura de César. O conjunto de<br />

Continuação na página 13


Stadium Suplemento Desportivo<br />

9 a 15 de Janeiro de 2009 13<br />

«Frango» de César deu vantagem ao Paços<br />

Continuado da página 12<br />

Vila do Conde ficou mais<br />

atento, reajustou-se no relvado<br />

e criou algumas<br />

jogadas de perigo, mas o<br />

golo não chegava.<br />

Para dificultar ainda<br />

mais a tarefa, Francisco<br />

Costa esgotou as substituições<br />

muito cedo e não foi<br />

possível acautelar a lesão de<br />

Sílvio. Aos 71 minutos, os<br />

vila-condenses estavam<br />

reduzidos a dez. Só que seis<br />

minutos depois Ronaldo<br />

justificou a entrada descobrindo<br />

Tarantini sozinho na<br />

área e este fez golo. Paulo<br />

Sérgio tentou o tudo por<br />

tudo, lançando Rui Miguel<br />

e Cristiano e não podia ter<br />

feito melhor: foram os dois<br />

recém-entrados que<br />

resolveram a partida nos<br />

últimos instantes.<br />

Talvez seja preciso<br />

repensar o formato desta<br />

prova. Cerca de 150 espectadores<br />

num jogo de tão<br />

pouca qualidade não justificavam<br />

o sacrifício de<br />

aguentar os zero graus de<br />

Paços de Ferreira durante<br />

90 minutos.<br />

O jogador do Rio Ave, Dedé (D), disputa a bola com o jogador do Paços<br />

de Ferreira, André Carvalhas, durante o jogo de futebol da Taça da Liga<br />

disputado no Estádio da Mata Real, em Paços de Ferreira<br />

Igor Pita trava Sougou e vê<br />

o amarelo por evitar que o<br />

senegalês se isolasse. Desse<br />

livre, resulta o golo dos<br />

estudantes, marcado por<br />

Lito que emendou o remate<br />

ao poste de Orlando.<br />

Com uma eficácia<br />

notável, o Nacional na<br />

primeira oportunidade de<br />

que dispôs, também a partir<br />

de um livre, empatou a partida<br />

por intermédio do<br />

incontornável Nené, num<br />

remate a uns 30 metros,<br />

com a bola a bater ainda à<br />

frente de Pedro Roma.<br />

Ainda havia muito<br />

tempo para jogar e, com os<br />

golos, a partida animou um<br />

pouco, com mais qualidade<br />

de parte a parte. A<br />

Académica ainda esteve<br />

perto de fazer o 2-1, num<br />

lance muito parecido ao do<br />

primeiro golo, quando Lito<br />

até introduziu a bola (pela<br />

segunda vez) na baliza de<br />

Bracalli após livre de<br />

Orlando mas o árbitro considerou<br />

o cabo-verdiano em<br />

fora-de-jogo, num lance<br />

muito duvidoso.<br />

A pressão final da<br />

Académica (Piloto e Éder<br />

podiam ter dado a vitória<br />

aos da casa) não chegou,<br />

todavia, para desfazer o<br />

empate e permitiu a Manuel<br />

Machado somar mais um<br />

jogo em Coimbra, no<br />

comando de um adversário<br />

da Briosa, sem conhecer a<br />

derrota.<br />

Ficha de jogo<br />

Estádio Cidade de Coimbra.<br />

Espectadores: 615.<br />

Árbitro: João Ferreira (AF<br />

Setúbal), auxiliado por Pais<br />

António e Luís Ramos.<br />

Quarto árbitro: Nuno<br />

Miguel Roque.<br />

ACADÉMICA: Pedro<br />

Roma; Pedrinho, Orlando,<br />

Gonçalo e Pedro Costa;<br />

Pavlovic; Tiero, Madej<br />

(Licá, 70 minutos) e Diogo<br />

Gomes (Nuno Piloto, 66);<br />

Lito e Sougou (Éder, 83).<br />

Suplentes não utilizados:<br />

Rui Nereu, Berger, Cris,<br />

Carlos Aguiar e Licá.<br />

Treinador: Domingos<br />

Paciência.<br />

NACIONAL: Bracalli;<br />

Maicon, Halliche e Igor<br />

Pita; Luis Alberto; João<br />

Aurélio (Patacas, 46),<br />

Edson Sitta (Cléber, 67),<br />

Ruben Micael e Alonso;<br />

Nené e Miguel Fidalgo<br />

(Mateus, 46)<br />

Suplentes não utilizados:<br />

Douglas, Juliano, Bruno<br />

Amaro e Fabiano Oliveira.<br />

Treinador: Manuel<br />

Machado.<br />

Ao intervalo: 0-0.<br />

Golos: Lito (49) e Nené<br />

(58).<br />

Disciplina: cartões amarelos<br />

a João Aurélio (33), Luís<br />

Alberto (34), Igor Pita (48),<br />

Cléber (80), Gonçalo (87).<br />

Ficha de jogo<br />

Estádio da Mata Real, em<br />

Paços de Ferreira.<br />

Espectadores: 150.<br />

Árbitro: Paulo Baptista<br />

(Portalegre), auxiliado por<br />

Luís Tavares e José Braga.<br />

Quarto árbitro: Augusto<br />

Costa.<br />

PAÇOS DE FERREIRA:<br />

Coelho; Ferreira, Ricardo,<br />

Tiago Valente e Chico<br />

Silva; Dedé, Filipe<br />

Anunciação (Pedrinha, 64),<br />

Filipe Gonçalves (Rui<br />

Miguel, 78) e Josa<br />

(Cristiano, 81); Guedes e<br />

André Pinto.<br />

Suplentes não utilizados:<br />

Bruno Conceição, Edson,<br />

Kiko e Carlos Carneiro.<br />

Treinador: Paulo Sérgio.<br />

RIO AVE: César; Bruno<br />

Novo, Jorge Humberto,<br />

Bruno Mendes (Gaspar, 46)<br />

e Sílvio (saiu lesionado aos<br />

71); André Vilas Boas,<br />

Tarantini, Vítor Gomes e<br />

André Carvalhas (Ronaldo,<br />

65); Henrique (Evandro,<br />

46) e Mateus.<br />

Suplentes não utilizados:<br />

Mora, Rogério Matias,<br />

Semedo e Wires.<br />

Treinador: Francisco Costa.<br />

Ao intervalo: 1-0.<br />

Golos: Filipe Anunciação<br />

(24), Tarantini (77) e Rui<br />

Miguel (91).<br />

Cartões amarelos: Filipe<br />

Anunciação (43), Vítor<br />

Gomes (75)<br />

Académica, 1 - Nacional, 1<br />

Académica e Nacional<br />

repetiram o resultado (1-1)<br />

do primeiro confronto desta<br />

época, na quinta jornada da<br />

Liga, dividindo assim pontos<br />

na primeira jornada da<br />

terceira fase da Taça da<br />

Liga. Numa partida que<br />

valeu sobretudo pela segunda<br />

parte, altura em que, num<br />

espaço de 10 minutos, ficou<br />

fixado o desfecho do encontro,<br />

ninguém pode ter saído<br />

satisfeito, especialmente os<br />

«estudantes», que estiveram<br />

mais perto de ganhar, pelo<br />

que fizeram na recta final<br />

do jogo.<br />

Talvez por terem desdenhado<br />

a prova, aquando<br />

do lançamento da partida,<br />

Domingos Paciência e<br />

Manuel Machado viram os<br />

seus jogadores disputar uma<br />

partida de fraquíssimo<br />

nível, debaixo de um frio<br />

intenso que terá, provavelmente,<br />

congelado as ideias<br />

de ambas as equipas.<br />

As mexidas nos onzes<br />

de ambos os lados também<br />

permitiram aferir do pouco<br />

interesse pelo jogo, com os<br />

insulares a apresentarem<br />

nada mais do que seis novidades<br />

em relação ao encontro<br />

com o F.C. Porto<br />

(Alonso e Nené foram,<br />

todavia, reforços de peso),<br />

enquanto a Briosa se ficou<br />

pelos cinco, com destaque<br />

para a estreia absoluta do<br />

central Gonçalo e pela<br />

primeira presença como titular<br />

de Madej.<br />

O Nacional, ao contrário<br />

do jogo já disputado<br />

esta época no Cidade de<br />

Coimbra (quinta jornada da<br />

Liga), apresentou-se com<br />

três centrais, que bastaram<br />

para suster as pouco articuladas<br />

jogadas de ataque da<br />

equipa da casa. Mas a verdade<br />

é que pertenceu aos<br />

estudantes a iniciativa do<br />

jogo, perante a postura<br />

habitual das equipas de<br />

Manuel Machado, sempre<br />

bem organizadas e calculistas.<br />

Mesmo sobre o final da<br />

primeira parte, os<br />

madeirenses tiveram, até, a<br />

melhor oportunidade até<br />

então, mas Pedro Roma,<br />

com uma saída oportuna,<br />

negou o golo a Nené.<br />

Golos animaram um pouco<br />

Os alvi-negros começaram<br />

a segunda parte<br />

tal como tinham terminado<br />

a primeira, criando uma boa<br />

oportunidade de golo e,<br />

mais uma vez, Pedro Roma<br />

voltou a estar bem.<br />

Praticamente na resposta,


14 9 a 15 de Janeiro de 2009<br />

Stadium Suplemento Desportivo<br />

LIGA SAGRES<br />

<strong>2.ª</strong> DIVISÃO<br />

15ª jornada<br />

Sport Clube Mirandela 0-1 Clube de Futebol Caniçal<br />

Moreirense Futebol Clube 1-0 Clube Desportivo Ribeira Brava<br />

Sport Clube Maria da Fonte 1-3 Sport Clube Vianense<br />

Grupo Desportivo de Ribeirão 0-1 Futebol Clube Tirsense<br />

Clube Sport Marítimo B 1-3 Clube Atlético Valdevez<br />

Associação Desportiva Pontassolense 2-0 Grupo Desportivo de Chaves<br />

13ª jornada<br />

Associação Académica de Coimbra 0-0 Leixões Sport Clube<br />

Rio Ave Futebol Clube 2-4 Vitória Sport Clube (Guimarães)<br />

Vitória Futebol Clube (Setúbal) 0-2 Sporting Clube de Portugal<br />

Clube Sport Marítimo 4-1 Futebol Clube Paços de Ferreira<br />

Clube de Futebol Estrela da Amadora 1-0 Associação Naval Primeiro de Maio<br />

Clube Desportivo o Nacional 2-4 Futebol Clube do Porto<br />

Clube Desportivo Trofense 2-0 Sport Lisboa e Benfica<br />

Sp.Braga 2-0 Os Belenenses<br />

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LIGA VITALIS<br />

15ª jornada<br />

Associação Desportiva Lousada 3-3 Sporting Clube de Espinho<br />

Amarante Futebol Clube 2-2 Sporting Clube de Esmoriz<br />

Futebol Clube de Arouca 1-0 Associação Desportiva Sanjoanense<br />

Infesta Futebol Clube 1-2 Lusitânia Futebol Clube de Lourosa<br />

Aliados Futebol Clube do Lordelo 1-1 Futebol Clube Penafiel<br />

União Desportiva de Santana 0-0 Clube de Futebol União da Madeira<br />

15ª jornada<br />

Futebol Clube da Pampilhosa 0-1 Clube Operário Desportivo<br />

Sport Clube Penalva do Castelo 0-3 Centro Desportivo de Fátima<br />

União Desportiva da Serra 3-1 Elétrico Futebol Clube<br />

Grupo Desportivo e Recreativo de Monsanto 2-1 Sport Lisboa e Nelas<br />

Grupo Desportivo Tourizense 3-0 Sport Clube Praiense<br />

13ª jornada<br />

Clube Desportivo Santa Clara 0-2 Sporting Clube Olhanense<br />

Sporting Clube da Covilhã 1-1 Futebol Clube de Vizela<br />

Grupo Desportivo Estoril Praia 1-0 Gil Vicente Futebol Clube<br />

Gondomar Sport Clube 0-1 Clube Desportivo das Aves<br />

Sport Clube Freamunde 2-2 Clube Desportivo Feirense<br />

Gil Vicente Futebol Clube 2-0 Boavista Futebol Clube<br />

União Desportiva de Leiria 1-0 União Desportiva Oliveirense<br />

Portimonense Sporting Clube 1-1 Sport Clube Beira Mar<br />

15ª jornada<br />

Clube Desportivo dos Olivais e Moscavide 2-3 Atlético Clube de Portugal<br />

Sport Clube Mineiro Aljustrelense 0-0 Grupo Desportivo BeiraMar de Monte Gordo<br />

Clube Desportivo de Mafra 1-3 Clube Desportivo Pinhalnovense<br />

Odivelas Futebol Clube 1-0 Grupo Desportivo de Lagoa<br />

Sport Clube União Torreense 1-1 Clube Oriental de Lisboa<br />

Associação Desportiva do Carregado 5-1 Real Sport Clube


Stadium Suplemento Desportivo<br />

9 a 15 de Janeiro de 2009 15<br />

3.ª DIVISÃO<br />

15ª jornada<br />

Futebol Clube Amares 8-0 Futebol Clube Mãe de Água<br />

Vieira Sport Clube 5-0 Futebol Clube Marinhas<br />

Associação Desportiva de Fafe 0-0 Clube de Futebol de Fão<br />

Merelinense Futebol Clube 2-0 Associação Desportiva Limianos<br />

Grupo Desportivo Joane 1-0 Grupo Desportivo Prado<br />

Vilaverdense Futebol Clube 1-0 Mondinense Futebol Clube<br />

Grupo Desportivo de Bragança 1-0 Clube Atlético Macedo de<br />

Cavaleiros<br />

15ª jornada<br />

Grupo Desportivo Serzedelo 4-0 Atlético Clube de Vila Meã<br />

Sporting Clube Coimbrões 1-0 Sport Clube Vila Real<br />

Leça Futebol Clube 0-0 Padroense Futebol Clube<br />

União Sport Clube Paredes 1-2 Rebordosa Atlético Clube<br />

Clube de Futebol Oliveira do Douro 1-1 Grupo Desportivo Torre de<br />

Moncorvo<br />

Futebol Clube da Lixa 1-0 Futebol Clube de Alpendorada<br />

15ª jornada<br />

Associação Atlética de Avanca 2-0 Clube Desportivo Cinfães<br />

Associação Desportiva Fornos de Algodres 0-2 Clube Futebol União<br />

de Lamas<br />

Académico de Viseu Futebol Clube 0-1 Fiães Sport Clube<br />

Clube Desportivo Tondela 2-0 Recreio Desportivo de Águeda<br />

Sporting Clube São João de Ver 0-3 União Desportiva da Tocha<br />

Associação Desportiva Valecambrense 4-2 Anadia Futebol Clube<br />

Grupo Desportivo Milheiroense 0-0 Associação Desportiva de Sátão<br />

15ª jornada<br />

Sport Benfica de Castelo Branco 0-2 Associação Desportiva<br />

Penamacorense<br />

Atlético Clube Marinhense 1-0 Futebol Clube Estrela Unhais da Serra<br />

União Desportiva da Gândara 5-0 Clube Desportivo Torres Novas<br />

Sporting Clube do Pombal 1-0 Grupo Desportivo Peniche<br />

Associação Cultural e Recreativa de Atalaia do Campo 2-5 Sertanense<br />

Futebol Clube<br />

Clube Desportivo Lousanense 1-0 Grupo Desportivo Sourense<br />

Grupo Recreativo "O Vigor da Mocidade" 0-0 Caldas Sport Clube<br />

15ª jornada<br />

Sociedade União Primeiro de Dezembro 1-2 Clube Desportivo<br />

Portosantense<br />

União Desportiva de Rio Maior 1-0 Atlético Sport Clube (Cacém)<br />

Associação Desportiva da Camacha 4-0 Futebol Clube do Crato<br />

Clube Futebol Benfica 2-0 Centro Social Desportivo Câmara de<br />

Lobos<br />

"O Elvas" Clube Alentejano de Desporto 2-1 Casa Pia Atlético Clube<br />

Grupo Desportivo Igreja Nova 2-0 Associação Desportiva de<br />

Machico<br />

Sport Lisboa e Cartaxo 0-2 Sport União Sintrense<br />

15ª jornada<br />

Silves Futebol Clube 2-1 Juventude Sport Campinense<br />

Sporting Clube Farense 3-2 Futebol Clube Castrense<br />

Lusitano Ginásio Clube de Évora 1-1 Atlético Sport Clube<br />

(Reguengos de Monsaraz)<br />

Grupo Desportivo Fabril do Barreiro 0-0 Futebol Clube Barreirense<br />

Clube Desportivo da Cova da Piedade 2-0 Juventude Sport Clube<br />

Clube Desportivo Recreativo Quarteirense 2-2 União Desportiva<br />

Messinense<br />

Grupo Desportivo dos Pescadores 1-1 Louletano Desportos Clube<br />

3.ª DIVISÃO - SÉRIE AÇORES<br />

13ª jornada<br />

Sport Clube Angrense 3-1 Marítimo Sport Clube<br />

Clube Boavista São Mateus 0-0 Clube União Micaelense<br />

Sport Clube Vilanovense 2-2 Futebol Clube da Madalena<br />

Vitória Clube Pico da Pedra 2-1 Capelense Sport Clube<br />

Clube Desportivo Rabo de Peixe 0-1 Sport Clube Lusitânia<br />

Manchester United<br />

Ronaldo e Nani derrotados na Taça da Liga<br />

OManchester Utd perdeu<br />

esta quarta-feira com o<br />

Derby County, na<br />

primeira mão da meia-final da Taça<br />

da Liga. O português Nani foi titular,<br />

ao passo que Cristiano Ronaldo saiu<br />

do banco dos red devils aos 63 minutos.<br />

Nem um nem outro evitaram a<br />

derrota do United.<br />

A equipa da casa chegou à vantagem<br />

ainda na primeira parte, graças<br />

a um grande golo de Kris Commons,<br />

aos 30 minutos. O médio fez o 1-0<br />

com um disparo fortíssimo de pé<br />

esquerdo, que bateu o guarda-redes<br />

do United, desta feita Tomasz<br />

Kusczak.<br />

Esse seria o resultado final,<br />

mesmo que Cristiano Ronaldo e Nani<br />

tivessem tentado alterá-lo. O Bola de<br />

Ouro 2008 esteve muito perto de o<br />

fazer, aos 77 minutos, de livre. Mas o<br />

rockect de Cristiano Ronaldo saiu<br />

milímetros ao lado do poste.<br />

O Derby County também teve<br />

ocasião para chegar ao 2-0. A mais<br />

flagrante de todas aos 80 minutos.<br />

Commons rematou de pé esquerdo,<br />

após jogada individual, o guardião do<br />

Man Utd defendeu para a frente e, na<br />

recarga, Hulse atirou por cima da<br />

barra, quando tinha tudo para fazer o<br />

golo.<br />

Desse modo, a equipa de Alex<br />

Ferguson vai ter de recuperar o resultado<br />

de Pride Park em Old Trafford,<br />

depois de o Tottenham ter, praticamente,<br />

garantido um lugar na final de<br />

Wembley.<br />

Sábado, 10 Janeiro:<br />

Às 9.30: Arsenal-Bolton<br />

Às 13.30: Vitória Guimarães -<br />

Estrela Amadora (SportTV)<br />

Às 15.45: Sporting - Marítimo<br />

(RTPi)<br />

Domingo, 11 Janeiro:<br />

Às 8.30: Wigan-Tottenham<br />

Às 11.00: Manchester United-<br />

Chelsea<br />

Às 13.30: Benfica - Sporting<br />

Braga (SportTV)<br />

Às 15.45: FC Porto - Trofense<br />

(SportTV)<br />

LIGA HONRA:<br />

Domingo, 11 Janeiro:<br />

Às 6.15: Oliveirense - Santa<br />

Clara (SportTV)


16 9 a 15 de Janeiro de 2009<br />

Stadium Suplemento Desportivo<br />

Canada and John Tavares…<br />

Champions!<br />

The International Ice<br />

Hockey Federation World<br />

Under 20 Championship<br />

(colloquially known as the World<br />

Junior Hockey Championship,<br />

usually abbreviated WJHC) is an<br />

annual event organized by the<br />

International Ice Hockey<br />

Federation for national under-20<br />

ice hockey teams from around the<br />

world. It is traditionally held in<br />

late December, ending in the<br />

beginning of January.<br />

The main tournament features the top<br />

ten ranked hockey nations in the world,<br />

comprising the 'Top Division', from which a<br />

world champion is crowned. There are also<br />

three lower pools - divisions I, II and III -<br />

that each play separate tournaments playing<br />

for the right to be promoted to a higher<br />

pool, or face relegation to a lower pool.<br />

The 2009 event took place in Ottawa,<br />

Canada with Canada winning the tournament<br />

for the fifth straight year. The 2010<br />

championship will take place in<br />

Saskatchewan, also in Canada.<br />

JOHN TAVARES<br />

THE PORTUGUESE-CANADIAN<br />

John Tavares (born September 20,<br />

1990) is a Canadian major junior ice hockey<br />

centre currently playing with the<br />

Oshawa Generals of the Ontario Hockey<br />

League (OHL). He is considered a frontrunner<br />

to be taken first overall in the 2009<br />

NHL Entry Draft.<br />

Tavares played the 2004-05 season with<br />

the Toronto Marlboros Minor Midget AAA<br />

team against opponents one year older than<br />

himself. During that season, he accumulated<br />

158 points, with 91 goals and 67 assists.<br />

Still in the 2004–05 season, Tavares made<br />

the jump to junior hockey with the Milton<br />

Icehawks of the Ontario Provincial Junior A<br />

Hockey League (OPJHL), scoring another<br />

13 goals and 15 assists in 20 games.<br />

In the summer of 2005, Tavares became<br />

the first player ever to be granted "exceptional<br />

player" status by the OHL, which<br />

allowed him to be drafted at the age of 14,<br />

several months before his 15th birthday.<br />

The usual minimum age to be included in<br />

the OHL Priority Selection is 16 years old<br />

by December 31.<br />

Consequently, Tavares is the youngest<br />

player to ever be drafted in the OHL,<br />

although Bobby Orr was signed and had<br />

played at a younger age. This exceptional<br />

player rule was adopted by all of the<br />

Canadian Hockey League (CHL) as part of<br />

the implementation of Hockey Canada's<br />

new development model.<br />

Eligible for the OHL draft two years in<br />

advance, the Oshawa Generals selected<br />

Tavares first overall in the 2005 OHL<br />

Priority Selection. As a result, he was presented<br />

the Jack Ferguson Award, which is<br />

awarded annually to the player picked first<br />

overall in the OHL Priority Selection.<br />

Tavares then played his first OHL game on<br />

September 23, 2005, just three days after<br />

his 15th birthday. He scored in his debut,<br />

but the Generals were defeated by the<br />

Kingston Frontenacs at the Kingston<br />

Memorial Centre.<br />

Tavares had a quick start in the OHL,<br />

scoring 5 goals in his first 4 games and finished<br />

with 77 points total, including 45<br />

goals. Tavares was named the CHL Rookie<br />

of the Year and the OHL Rookie of the Year<br />

for the 2005–06 season.<br />

The following season, in 2006–07,<br />

Tavares was selected to represent the OHL<br />

for two games in January for the annual<br />

ADT Canada-Russia Challenge, including<br />

one game in Oshawa. Later that month, on<br />

January 25, 2007, Tavares registered a 7-<br />

point night in a 9-6 win versus the Windsor<br />

Spitfires. He scored four goals and three<br />

assists, including his 50th goal of the season<br />

in his 44th game.<br />

Towards the end of the season, on<br />

March 16, 2007, Tavares broke a mark previously<br />

held by Wayne Gretzky for most<br />

goals by a sixteen-year-old in the OHL with<br />

his 70th and 71st goals of the season. At the<br />

end of his second junior season, he was<br />

awarded the Red Tilson Trophy as the most<br />

outstanding player in the league and named<br />

the CHL Player of the Year.<br />

In 2007–08, Tavares' goal production<br />

dipped significantly to 40. However, he still<br />

managed a 118-point season, third overall<br />

in the OHL.<br />

Due to Tavares's performance in his first<br />

two OHL seasons and his 'goal-scorer' style<br />

of play, he has already drawn comparisons<br />

to hockey legends such as Mike Bossy.<br />

Prospective NHL career<br />

Having been born just five days after<br />

the 2008 NHL Entry Draft cut-off date<br />

(September 15, 1990), Tavares had to return<br />

for a fourth and, most likely, final season<br />

with the Oshawa Generals. In preparation<br />

of the 2009 NHL Entry Draft, Tavares has<br />

been working out twice a week to maintain<br />

the strength he gained over the summer of<br />

2008. He is presently ranked as the top<br />

OHL skater by NHL Central Scouting in its<br />

preliminary 2009 draft rankings.<br />

During his rookie season in the OHL,<br />

Tavares competed for Team Ontario in the<br />

2006 World U-17 Hockey Challenge in<br />

Saskatchewan as a fourteen-year-old, but<br />

failed to medal. Later that year, at the end of<br />

the 2005–06 OHL season, he was selected<br />

to join Team Canada's under-18 team for<br />

the 2006 IIHF World U18 Championships<br />

in Sweden, but failed to medal once more,<br />

falling to the Czechs in the bronze medal<br />

game. Later in the off-season, he was invited<br />

to the under-18 team's summer camp to<br />

prepare for the 2006 Ivan Hlinka Memorial<br />

Tournament in the Czech Republic and<br />

Slovakia, but a knee injury rendered him<br />

unable to play.<br />

During the following season, Tavares<br />

was invited to Canada's national junior<br />

selection camp for the 2007 World Junior<br />

Championships, but was not named to the<br />

final team. After completing his second<br />

OHL season, however, he was named to the<br />

Canada's under-20 team for the 2007 Super<br />

Series against Russia. Tavares scored 4<br />

goals and 1 assist as Canada won the series<br />

7-0-1. He earned another invite to the selection<br />

camp for the 2008 World Junior<br />

Championships and made the final roster<br />

for the tournament on his second try.<br />

Tavares scored 4 goals to help Canada to its<br />

fourth straight gold medal.<br />

Returning the next year with Zach<br />

Boychuk, P.K. Subban and Thomas Hickey<br />

from the previous year's gold medal winning<br />

team, Tavares was selected to compete<br />

in the 2009 World Junior Championships in<br />

Ottawa. He scored three points in the first<br />

round-robin game against the Czech<br />

Republic, an 8–1 win, and was named player<br />

of the game.[12] In the final round-robin<br />

game against the United States, Tavares<br />

scored a hat trick for his twelfth career goal<br />

of the tournament to tie Eric Lindros and<br />

Jeff Carter for the all-time Canadian junior<br />

record. In doing so, he helped propel Team<br />

Canada to a 7–4 win for top spot in their<br />

pool and a bye to the semi-final. He was<br />

also named player of the game for the second<br />

time in the tournament. Meeting Russia<br />

in the semi-final and down 5–4 with 5.4<br />

seconds left in regulation, Tavares directed<br />

a shot towards the goal that was blocked but<br />

retrieved by Jordan Eberle to dramatically<br />

tie the game. Then, as the game was forced<br />

into a shootout, Tavares scored to put<br />

Canada up 2–0 in the tie-breaker and into<br />

the gold medal game against Sweden.<br />

Recording an assist in the final, he helped<br />

Canada defeat Sweden 5–1 to capture their<br />

fifth straight gold medal.<br />

Tavares finished the tournament with 8<br />

goals and 7 assists for 15 points in 6 games,<br />

second to Cody Hodgson in tournament<br />

scoring. He was named one of the top three<br />

players on Team Canada by the coaching<br />

staff, as well as a tournament All-Star, Top<br />

Forward and MVP.


Stadium Suplemento Desportivo<br />

9 a 15 de Janeiro de 2009<br />

17<br />

John Tavares<br />

Portuguese-Canadian Hockey Star<br />

The 2009 World Junior Hockey<br />

Championship finale was billed as a rematch<br />

of last year's gold-medal contest. But for<br />

those with an eye towards the future of hockey,<br />

this contest pitted the two prohibitive<br />

favorites to hear their name called at the top<br />

of this year's NHL entry draft in Montreal.<br />

John Tavares versus Victor Hedman. Former<br />

undisputed top 2009 draft prospect versus the<br />

current consensus number-one. World Junior<br />

gold was at stake -- but so to was the opportunity<br />

to carve a clear path to the NHL draft<br />

podium in June.<br />

Tournament MVP, all-star forward, and a share of the<br />

scoring lead with teammate Cody Hodgson. It's safe to say<br />

that Tavares has staked his claim to reclaim the top prospect<br />

crown. And in doing so he powered his Team Canada squad<br />

to a 5-1 victory in the gold-medal rematch before a tournament<br />

record 20,380 spectators.<br />

"Obviously the draft's there and people are going to talk<br />

about it," Tavares said. "It's just like last year, I came in and<br />

just wanted to be part of a team and be successful and bring<br />

home a gold for all of Canada.<br />

"Obviously my role was a lot bigger and I wanted to<br />

take upon extra leadership and play a bigger offensive role<br />

and that's what I tried to do."<br />

Understanding the underlying story between him and<br />

Hedman, Tavares said he preferred to focus on the here and<br />

now -- not what may happen in June.<br />

"I'm not really thinking about that because you just<br />

want to enjoy this experience. Our thing was let's just play<br />

in the moment and enjoy the moment," he said. "That's the<br />

way we were coached every day. My focus really was to<br />

stay loose, have fun, make sure I enjoyed the experience<br />

and had no regrets."<br />

Tavares led the Canadians into action, entering the<br />

game with eight goals and six assists in five games. He<br />

would go on to add another assist to that tournament-leading<br />

total. Leading the Swedes on the ice was Victor<br />

Hedman, who entered the game a plus-five with two assists.<br />

Entering the tournament, Hedman was the hotter of the two<br />

-- at least in the eyes of draftniks around the world. ISS had<br />

him ranked No. 1 for the upcoming draft, and most pundits<br />

have placed the hulking Swedish blueliner above Tavares in<br />

their rankings.<br />

Conversely, Tavares appears to be suffering from paralysis<br />

by overanalysis. For three solid seasons, the young forward<br />

has been touted as the Next One and during that time<br />

the sheen has worn off. Although not the first -- and certainly<br />

not the last -- Tavares appears to be suffering from<br />

the phenomenon which sees the longer one's in the spotlight,<br />

the more observers stop looking for the good and<br />

search for the bad.<br />

Hedman said that while the draft talk was present, he<br />

was focused on his team. "I was here with my team and I<br />

wanted to play as good as I can and I tried to make my best<br />

every game," Hedman said. "I'm proud to be a part of this<br />

team and we worked really hard. I thought we had a really<br />

good game in this final."<br />

Hedman and Tavares were matched up early and often<br />

in this game. Four minutes into the period, Hedman was<br />

pinching in towards an open spot in the crease when<br />

Tavares turned his head, saw the play, and filled the passing<br />

lane. On the ensuing rush into the Swedish zone, Hedman<br />

shadowed Tavares all the way to the front of the net, anticipating<br />

a pass that never came.<br />

Later that same period -- on another Canadian power<br />

play -- Hedman intercepted a Tavares pass into the slot to<br />

break up a scoring chance. This after aggressively throwing<br />

his weight around to disrupt the establishment of the<br />

Canadian power play.<br />

In fact, Hedman seemed to be making up for a lackluster<br />

tournament with his dominant play in the first period.<br />

The burly Swede combined physical play with an ability to<br />

keep the puck on a string, engaging in a pair of dramatic<br />

rushes that resulted in quality scoring chances. Alas, it was<br />

all for naught in the first as the Canadian squad ended the<br />

first period up one goal.<br />

In the second, Hedman stood up for his goaltender as<br />

Angelo Esposito collided with netminder Jacob Markstrom<br />

three-and-a-half minutes into the period. Hedman put<br />

Esposito in a headlock as a minor scrum took place. No<br />

penalties were called either way. And that inaction allowed<br />

Esposito to walk out in front of the Swedish goal a few<br />

short moments later and backhand his third goal of the tournament,<br />

on a second assist from Tavares. From that point<br />

on, every time Hedman touched the the crowd booed vociferously.<br />

"I don't really care about that. I wasn't there to make any<br />

new friends. It's hard to take. The refs had rules for the other<br />

games and they changed the rules for this one," Hedman<br />

said. "Somebody needed to stand up for my goalie and I did<br />

it. If they want to boo my they can boo me. I care about my<br />

goalie, I don't really care about the people around."<br />

Tavares continued to wreak havoc on the Swedish<br />

defense, at one point generating two scoring chances on the<br />

same shift, which were only quelled by Markstrom's allworld<br />

play. And he showed a little defensive awareness,<br />

saving a sure goal on a Swedish power play by getting<br />

down on hands and knees to rescue an out-of-position<br />

Dustin Tokarski.<br />

Tokarski, Tampa Bay's 2008 fifth-round selection, quieted<br />

those critics who questioned his continued presence in<br />

the Canadian net. His performance in the gold medal game<br />

was reminiscent of his run in last year's Memorial Cup tournament<br />

-- a run that was highlighted by a 53-save performance<br />

against the host Kitchener Rangers in the Cup-clinching<br />

game and his naming as the tournament's top goaltender<br />

and MVP.<br />

"It's an unbelievable feeling. The Memorial Cup was<br />

something special -- an unbelievable group of guys<br />

throughout the whole season who came together as one," he<br />

said. "And here's another unbelievable group of guys that in<br />

a little under a month came together and accomplished<br />

something amazing. They're both separate pages of a similar<br />

book."<br />

Although similar accolades were not forthcoming in<br />

this tournament, Tokarski played the game of his tournament<br />

in the final -- outplaying his counterpart Jacob<br />

Markstrom. The Swedish second-round selection of the<br />

Florida Panthers was frequently agitated by the Canadian<br />

play -- imploring the refs for penalties, receiving and instigating<br />

contract, and even fighting a couple of Canadian<br />

players at the bench area (leading to a penalty).<br />

That lack of discipline cost the Swedes dearly in this<br />

game. Another Backlund penalty (he was in the box on the<br />

first Canadian power play goal) resulted in another<br />

Canadian score, this time by Cody Hodgson, which put the<br />

team up 3-0. And instrumental in that play was Tavares,<br />

who picked up his second assist -- and 15th point of the<br />

tournament.<br />

After two periods, the Swedes were outshooting the<br />

Canadian squad 28-21. The final tally was 40-31. Tokarski<br />

was perfect until the 8:30 mark of the third period when the<br />

Swedes 34th shot by Joakim Andersson eluded his glove<br />

hand. Throughout the tournament -- and even leading up to<br />

it -- the netminding situation was a frequent topic of conversation<br />

across Canada. The young goaltender said he felt<br />

vindicated by the performance.<br />

"Yeah, a little bit. The only thing that matters is winning<br />

and we went 6-0 in this tournament," he said. "If anyone<br />

says anything that's their own opinion. I'm just going to<br />

keep working hard and believing, and once again we got a<br />

gold medal."<br />

Whether the World Junior performance changes anyone's<br />

rankings for the upcoming draft, Hedman admitted to<br />

mixed emotions about his play and the need to apply these<br />

lessons learned to his future.<br />

"I don't know. Maybe I played more of a defensive role<br />

in this tournament, it's not like a role that I play back with<br />

my club team where I play a more offensive role. What I<br />

take from me is all the fighting we did as a team, the good<br />

team spirit that we had through all the tournament,"<br />

Hedman said. "I think I learned a lot from this tournament<br />

and I'm going to take it back to my club team and try to win<br />

and hopefully get to the playoffs and win the gold back<br />

home.<br />

"I played well. It's hard to say, but we wanted to win a<br />

gold and it doesn't matter if I played good or bad. We came<br />

here to win a gold medal and it doesn't matter whether I<br />

played good or not -- we didn't win. I tried to play my best<br />

and make my best every game. It's not every day you can<br />

play at the top, but I tried to do that the whole tournament.<br />

I'm very proud of what I did at this tournament and playing<br />

for the gold, but maybe Canada played very well as a team<br />

too, so it was hard but they won the game."<br />

At the end of the game, with just over three minutes<br />

remaining, Hedman crossed paths with Tavares in the<br />

crease, learning forward to give him a little bump from<br />

behind with his shoulder. It was symbolic of one small battle<br />

by the Swede, but the greater war was taken by the<br />

Canadian. And now we wait as they wage campaigns on<br />

separate fronts -- coming together one more time in la belle<br />

province.<br />

Name: John Tavares<br />

Position: C<br />

Shoots: Left<br />

Height: 6-0<br />

Weight: 198 lbs<br />

Birthdate: 1990-09-20<br />

Eligible for Draft: 2009<br />

Drafted:<br />

Hometown: Mississauga, Ontario<br />

Acquired: Eligible for the 2009 NHL Draft<br />

Playing In: CHL<br />

By: Jason’s Manard in Hockey’sfuture.com


18 9 a 15 de Janeiro de 2009<br />

Stadium Suplemento Desportivo<br />

Taça da Liga<br />

F.C.Porto, 2 - V.Setúbal, 1<br />

Frango de Bruno Vale vs Penalty Falhado<br />

Triunfo da segunda linha<br />

portista na primeira jornada<br />

da fase de grupos da Taça da<br />

Liga (2-1). A história do encontro<br />

resume-se a um erro de Bruno Vale,<br />

um golo dos miúdos do F.C. Porto e<br />

duas grandes penalidades para<br />

Leandro Lima, com aproveitamento<br />

de cinquenta por cento. Contas<br />

feitas, um jogo bem mais emocionante<br />

que o esperado, numa noite<br />

gélida.<br />

OF.C. Porto entrou na Taça da Liga com<br />

aspirações comedidas, face à panóplia<br />

de competições em que os dragões<br />

estão envolvidos. Jesualdo Ferreira assumiu o<br />

risco e poupou uma dezena de titulares para o<br />

primeiro encontro da fase de grupos. Na convocatória,<br />

destacavam-se juniores e até um<br />

juvenil. Parecia, antes de mais, um menosprezo<br />

pela prova. Contudo, torna-se difícil imaginar o<br />

mesmo grupo de jogador a atacar nas várias<br />

frentes.<br />

A segunda linha...<br />

A segunda linha do F.C. Porto apresentou-se<br />

no Estádio do Dragão para justificar<br />

a oportunidade e convencer os adeptos.<br />

Numa noite fria, muito fria, os milhares de<br />

adeptos que gritaram presente mereciam<br />

uma resposta digna. No Vitória de Setúbal,<br />

Dauto Faquirá apresentava um onze próximo<br />

do habitual. A titularidade de Bruno<br />

Vale, em detrimento de Pedro Alves, não<br />

causava estranheza.<br />

Bruno Vale, guarda-redes celebrizado<br />

pela chamada à selecção nacional no legado<br />

de Luiz Felipe Scolari, reclamou evidência<br />

ao longo da etapa inicial, sustendo as<br />

primeiras investidas portistas. Contudo,<br />

após meia hora de jogo, a monotonia foi<br />

quebrada com exclusiva responsabilidade<br />

do guardião, largando uma bola aparentemente<br />

perdida após cruzamento largo da<br />

esquerda. Farías, com aquela tendência<br />

crónica dos avançados para surgirem no<br />

sítio certo à hora certa, estava nas costas de<br />

Vale para inaugurar a contagem.<br />

Os adeptos locais sorriam perante a<br />

coincidência. O erro de um jogador dos<br />

quadros azuis e brancos. Enfim, a causalidade<br />

de um mercado cada vez mais dominado<br />

pelos grandes. A grande penalidade<br />

convertida por Leandro Lima (outro<br />

dragão), após falta escusada por Sapunaru,<br />

afastava eventuais suspeitas de favorecimento.<br />

...e os miúdos<br />

O Vitória de Setúbal soube responder à<br />

desvantagem, sobretudo na etapa complementar,<br />

montando um cerco asfixiante à<br />

baliza de Ventura. O jovem guarda-redes,<br />

apresentando-se como sub-capitão de uma<br />

equipa transfigurada, foi respondendo à<br />

altura, até ao lance do castigo máximo.<br />

Num ápice, o Dragão gelou.<br />

Com o empate no marcador, Jesualdo<br />

Ferreira olhou para o banco de suplentes e<br />

confiou nos miúdos. Rabiola, o primeiro a<br />

saltar para o rectângulo de jogo, vinha de<br />

um longo calvário de lesões, mas correu<br />

sem reservas para a alegria do golo. Boa<br />

insistência de Diogo Viana, moeda de troca<br />

na transferência de <strong>Post</strong>iga para o Sporting,<br />

cruzando para a cabeça de um avançado<br />

recrutado ao V. Guimarães na época passada.<br />

E então, quando tudo parecia resolvido,<br />

surge nova grande penalidade para os visitantes.<br />

Soares Dias viu uma pretensa mão<br />

de Guarín mas, desta vez, Leandro Lima<br />

atirou por cima. E lá se foram as aspirações<br />

sadinas.<br />

Jogo no Estádio do Dragão, no Porto.<br />

FC Porto - Vitória de Setúbal, 2-1.<br />

Ao intervalo: 1-0.<br />

Marcadores:<br />

1-0, Farias, aos 32 minutos.<br />

1-1, Leandro Lima, 61 (grande penalidade).<br />

2-1, Rabiola, 78.<br />

Equipas:<br />

FC Porto: Ventura, Sapunaru, Stepanov,<br />

Pedro Emanuel, Benitez, Pelé, Tomas Costa<br />

(Diogo Viana, 72), Guarin, Mariano<br />

Gonzalez (Josué, 90), Candeias (Rabiola,<br />

67) e Farias.<br />

(Suplentes: Nuno, Rabiola, Ivo Pinto,<br />

Josué, Dias, Diogo Viana e Sérgio<br />

Oliveira).<br />

Vitória de Setúbal: Bruno Vale, Janício,<br />

Robson, Auri, Cissokho, Elias (Bruno<br />

Gama, 46), Sandro, Ricardo Chaves,<br />

Leandro Lima, Leandro Branco (Carrijo,<br />

82) e Bruno Ribeiro (Mateus, 79).<br />

(Suplentes: Pedro Alves, Bruno Gama,<br />

Laionel, Mateus, André Marques, Anderson<br />

e Carrijo).<br />

Árbitro: Artur Soares Dias (Porto).<br />

Acção disciplinar: Cartão amarelo para<br />

Robson (71), Sapunaru (73) e Bruno Gama<br />

(77).<br />

Assistência: Cerca de 12.000 espectadores.<br />

TERCEIRA FASE DA TAÇA DA LIGA:<br />

GRUPO A:<br />

- Primeira jornada:<br />

Quarta-feira, 7 Janeiro:<br />

Académica - Nacional, 1-1.<br />

Quinta-feira, 8 Janeiro:<br />

FC Porto - Vitória de Setúbal, 2-1<br />

Classificação: J V E D GOLOS P<br />

1. F.C.Porto 1 1 0 0 2-1 3<br />

2. Nacional 1 0 1 0 1-1 1<br />

3. Académica 1 0 1 0 1-1 1<br />

4. Vitória Setúbal 1 0 0 1 1-2 0<br />

Por disputar:<br />

- Segunda jornada, 14 Janeiro:<br />

Nacional - FC Porto, 11:00 (SportTV1).<br />

Vitória de Setúbal - Académica, 13:00.<br />

- Terceira jornada, 18 Janeiro:<br />

FC Porto - Académica.<br />

Vitória de Setúbal - Nacional.<br />

GRUPO B:<br />

- Primeira jornada:<br />

Domingo, 14 Dezembro:<br />

Sporting - Marítimo, 3-0.<br />

Quarta-feira, 7 Janeiro:<br />

Paços de Ferreira - Rio Ave, 2-1.<br />

Classificação: J V E D GOLOS<br />

1. Sporting 1 1 0 0 3-0 3<br />

2. Paços Ferreira 1 1 0 0 2-1 3<br />

3. Rio Ave 1 0 0 1 1-2 0<br />

4. Marítimo 1 0 0 1 0-3 0<br />

Por disputar:<br />

- Segunda jornada, 14 Janeiro:<br />

Marítimo - Paços Ferreira, 14:30.<br />

Rio Ave - Sporting, 15:45 (SIC).<br />

- Terceira jornada, 18 Janeiro:<br />

Sporting - Paços Ferreira.<br />

Marítimo - Rio Ave.<br />

GRUPO C:<br />

- Primeira jornada:<br />

Domingo, 14 Dezembro:<br />

Olhanense - Belenenses, 0-2.<br />

Quarta-feira, 7 Janeiro:<br />

Vitória de Guimarães - Benfica, 0-2<br />

Classificação:J V E D GOLOS P<br />

1. Belenenses 1 1 0 0 2-0 3<br />

2. Benfica 1 1 0 0 2-0 3<br />

3. Olhanense 1 0 0 1 0-2 0<br />

4. Vitória Guimarães 1 0 0 1 0-2 0<br />

Por disputar:<br />

- Segunda jornada, 14 Janeiro:<br />

Benfica - Olhanense, 14:30 (SportTV1).<br />

Belenenses - Vitória Guimarães, 13:30.<br />

- Terceira jornada, 18 Janeiro:<br />

Vitória Guimarães - Olhanense.<br />

Benfica - Belenenses.<br />

Nota: Qualificam-se para as meias-finais os<br />

primeiros classificados de cada um dos três<br />

grupos e ainda o melhor segundo.<br />

P<br />

STADIUM BELEZA


Stadium Suplemento Desportivo<br />

9 a 15 de Janeiro de 2009<br />

19<br />

Derrota do Benfica transforma jogadores<br />

do Cova de Piedade em "heróis"<br />

OClube Desportivo Cova da<br />

Piedade tornou-se domingo<br />

a única equipa invicta nos<br />

campeonatos portugueses, depois do<br />

desaire do Benfica na Trofa, feito<br />

que transformou os futebolistas do<br />

emblema nos “heróis” da zona da<br />

Almada.<br />

“Sentimo-nos nos heróis actuais<br />

da Cova da Piedade. Na rua<br />

metem-se mais connosco.<br />

Dizemos entre nós que agora<br />

somos os maiores”, disse à<br />

Agência Lusa, em tom de brincadeira,<br />

o capitão da equipa da III<br />

Divisão, Tiago Meira.<br />

Para o futebolista de 27 anos, formando<br />

nas escolas do Cova da<br />

Piedade, “é fantástico ter alcançado<br />

algo e saber que se vai ficar na<br />

história” do clube.<br />

clube sem derrotas nos campeonatos<br />

nacionais tivesse sido conseguido de outra<br />

forma.<br />

“Sou benfiquista e custou-me aquela<br />

derrota. Foi mesmo muito mau, mas congratulo-me<br />

por ter acontecido em termos de<br />

expansão do Cova da Piedade e que consigamos<br />

ter sempre melhor resultados do que o<br />

Benfica”, disse.<br />

Para o treinador Lívio Semedo, o<br />

“sabor” foi diferente: “Estávamos sempre à<br />

espera que o Benfica perdesse para sermos<br />

os únicos. Gostei, porque, além de<br />

piedense, sou sportinguista”.<br />

O primeiro grande teste à invencibilidade<br />

do Cova da Piedade será no próximo<br />

domingo, no terreno do Messinense, no<br />

Algarve.<br />

LG.<br />

“Não estávamos à espera, sentimo-nos<br />

também lisonjeados pelo trabalho que<br />

temos feito, algo que o Cova Piedade nunca<br />

tinha feito”, frisou.<br />

Com a derrota do Benfica na Liga principal<br />

(2-0 frente ao Trofense), o emblema<br />

da zona de Almada tornou-se a única equipa<br />

imbatível esta época nos campeonatos<br />

nacionais, algo que apanhou de surpresa<br />

jogadores, técnicos e dirigentes.<br />

“Não esperava e ninguém contava estar<br />

sem derrotas nesta altura. Queremos prolongar<br />

o maior tempo possível, mas vai ser<br />

difícil, porque a motivação dos adversários<br />

vai ser maior e vão querer ser os primeiros<br />

a bater o pé à Cova da Piedade”, explicou à<br />

Lusa o treinador do clube.<br />

Lívio Semedo enumerou o “trabalho e<br />

empenho dos jogadores e o apoio da<br />

Direcção” como o segredo para o sucesso<br />

do Cova da Piedade e lembrou que o plantel<br />

à sua ordem tem uma média de idades<br />

“entre 22 e 23 anos”.<br />

“São jogadores jovens que têm sabido<br />

absorver as mensagens. Têm tido uma atitude<br />

fantástica, dão tudo nos treinos, o que<br />

talvez explique a boa época que estamos a<br />

fazer”, afirmou.<br />

O Cova da Piedade, que no fim-de-semana<br />

recebeu e bateu o Juventude de Évora<br />

por 2-0, lidera a Série F ao fim de 15 jornadas<br />

e não conhece o sabor da derrota há<br />

22 jogos, tendo o último desaire acontecido<br />

em Março de 2008, na época passada.<br />

Além de esta temporada não ter perdido<br />

qualquer encontro, o emblema de Almada,<br />

que tem pouco mais de 1.500 sócios, é<br />

igualmente a equipa de todos os campeonatos<br />

nacionais com mais pontos (37) e<br />

vitórias alcançadas (11), tendo apenas permitido<br />

três empates durante a competição.<br />

A viver o momento de uma forma<br />

“eufórica” está o presidente do clube, que<br />

vê com “satisfação” o aumento do número<br />

de sócios e o Estádio José Martins Vieira a<br />

receber cada vez mais público durante os<br />

fins-de-semana.<br />

“Não esperava. Fomos conseguindo<br />

jogo a jogo e cá estamos, felizmente, numa<br />

posição de topo e sendo uma equipa da III<br />

Divisão é algo nos faz sentir felizes”, afirmou<br />

Manuel Branquinho, lembrando que o<br />

objectivo no início da temporada seria<br />

“apenas a manutenção”.<br />

Contudo, apesar de satisfeito com o<br />

feito alcançado, o dirigente do Cova da<br />

Piedade gostaria que o estatuto de único


20 9 a 15 de Janeiro de 2009 Stadium Suplemento Desportivo<br />

Sporting foi quem mais jogos ganhou em 2008,<br />

FC Porto e Benfica quem menos perdeu<br />

OSporting foi em 2008 o clube com mais vitórias (33<br />

triunfos) em competições oficiais (nacionais e<br />

europeias) entre os três principais clubes portugueses,<br />

com 53 jogos realizados.<br />

O FC Porto, que disputou menos jogos, foi o que apresentou<br />

a maior percentagem de vitórias (em mais de dois<br />

terços dos jogos disputados), com 31 vitórias em 45 jogos<br />

oficiais.<br />

O Benfica e o FC Porto são, entre os três maiores<br />

clubes, as equipas com menos derrotas este ano, nove em<br />

ambos os casos, mas dois terços dos resultados negativos<br />

dos benfiquistas resultam da sua participação nas competições<br />

europeias.<br />

Nas competições nacionais, o Benfica tem o menor<br />

número de derrotas, tanto em valor absoluto (três) como em<br />

percentagem do número de jogos disputados (8,6 por<br />

cento).<br />

Nas competições portuguesas o Benfica tem metade das<br />

derrotas do Porto e um terço das do Sporting.<br />

O Benfica é destacadamente o campeão dos empates,<br />

com 17 jogos oficiais disputados a terminarem sem vencedor<br />

em 2008, verificando-se que metade dos jogos realizados<br />

pelo Benfica na Liga Sagres acabaram em empate (14<br />

em 28).<br />

Nas competições oficiais, nacionais e europeias, o Porto<br />

marcou 86 golos e consentiu 32 no ano em curso, o<br />

Sporting conseguiu 80 golos e permitiu 39 e o Benfica<br />

obteve 67 golos e admitiu 46 na sua baliza, 17 dos quais<br />

sofridos em jogos europeus.<br />

Considerando os três melhores marcadores de golos de<br />

cada um dos três principais clubes portugueses, verifica-se<br />

que sete dos nove são estrangeiros, com a particularidade<br />

de no FC Porto serem todos argentinos.<br />

Os melhores marcadores foram no Benfica Cardozo<br />

(paraguaio), com 17 golos, no FC Porto Lisandro López<br />

(argentino) com 22 golos e no Sporting Liedson<br />

(brasileiro), também com 22 golos.<br />

Os dois portugueses que constam da lista dos melhores<br />

goleadores dos três maiores clubes nacionais, são Nuno<br />

Gomes (Benfica), com sete golos, e Djaló (Sporting), com<br />

12 golos.<br />

BENFICA<br />

05/01 Liga V.Setúbal - Benfica 1-1 Mantorras<br />

12/01 Liga Benfica - Leixões 0-0<br />

19/01 TP Benfica - Feirense 1-0 Cardozo<br />

26/01 Liga V.Guimarães - Benfica 1-3 Cardozo (2), Maxi<br />

Pereira<br />

02/02 Liga Benfica - Nacional 0-0<br />

10/02 TP Benfica - P.Ferreira 4-1 Cardozo (2), Nuno Assis,<br />

Rui Costa<br />

14/02 TU Benfica - FC Nuremberga 1-0 Makukula<br />

17/02 Liga Naval - Benfica 0-2 Nuno Assis, C. Rodriguez<br />

21/02 TU FC Nuremberga - Benfica 2-2 Cardozo, Di Maria<br />

24/02 Liga Benfica - Sp.Braga 1-1 Luisão<br />

27/02 TP Benfica - Moreirense 2-0 Rui Costa, Makukula<br />

02/03 Liga Sporting - Benfica 1-1 Cardozo<br />

06/03 TU Benfica - Getafe 1-2 Mantorras<br />

09/03 Liga Benfica - U.Leiria 2-2 Zoro, Cardozo<br />

12/03 TU Getafe - Benfica 1-0<br />

16/03 Liga Marítimo - Benfica 1-1 Cardozo<br />

30/03 Liga Benfica - P.Ferreira 4-1 Rui Costa (2), C.<br />

Rodriguez, Cardozo<br />

06/04 Liga Boavista - Benfica 0-0<br />

11/04 Liga Benfica - Académica 0-3<br />

16/04 TP Sporting - Benfica 5-3 Rui Costa, C. Rodriguez,<br />

Nuno Gomes<br />

20/04 Liga FC Porto - Benfica 2-0<br />

26/04 Liga Benfica - Belenenses 2-0 Luisão, Cardozo<br />

04/05 Liga Est.Amadora - Benfica 0-0<br />

11/05 Liga Benfica - V.Setúbal 3-0 Katsouranis, Cardozo,<br />

Nuno Gomes<br />

24/08 Liga Rio Ave - Benfica 1-1 Nuno Gomes<br />

30/08 Liga Benfica - FC Porto 1-1 Cardozo<br />

18/09 TU Nápoles - Benfica 3-2 Luisão, Suazo<br />

22/09 Liga P.Ferreira - Benfica 3-4 J.Ribeiro, Maxi Pereira,<br />

Cardozo, Nuno Gomes<br />

27/09 Liga Benfica - Sporting 2-0 Reyes, Sidnei<br />

02/10 TU Benfica - Nápoles 2-0 Reyes, Nuno Gomes<br />

06/10 Liga Leixões - Benfica 1-1 Cardozo<br />

19/10 TP Benfica - Penafiel 0-0<br />

23/10 TU H.Berlim - Benfica 1-1 Di Maria<br />

26/10 Liga Benfica - Naval 2-1 Luisão, Cardozo<br />

02/11 Liga V.Guimarães - Benfica 1-2 Suazo, Sidnei<br />

06/11 TU Benfica - Galatasaray 0-2<br />

10/11 TP Benfica - Desp. Aves 3-0 Yebda, Luisão, Maxi<br />

Pereira<br />

16/11 Liga Benfica - Est.Amadora 1-0 Sidnei<br />

23/11 Liga Académica - Benfica 0-2 Ruben Amorim,<br />

Cardozo<br />

27/11 TU Olympiacos - Benfica 5-1 David Luiz<br />

01/12 Liga Benfica - V.Setúbal 2-2 Katsouranis, Suazo<br />

07/12 Liga Marítimo - Benfica 0-6 Suazo (2), Nuno Gomes<br />

(2), Luisão, Reyes<br />

13/12 TP Leixões - Benfica 0-0<br />

18/12 TU Benfica - Metalist 0-1<br />

22/12 Liga Benfica - Nacional 0-0<br />

Totais: J V E D Gm-Gs<br />

Liga 28 12 14 2 44-23<br />

Taça de Portugal 7 5 1 1 13-6<br />

Competições europeias 10 2 2 6 10-17<br />

TOTAL 45 19 17 9 67-46<br />

Melhores marcadores:<br />

1. Cardozo 17 golos<br />

2. Nuno Gomes 7 golos<br />

3. Luisão 6 golos<br />

FC PORTO<br />

06/01 Liga FC Porto - Naval 1-0 Raúl Meireles<br />

12/01 Liga FC Porto - Sp Braga 4-0 Raúl Meireles,<br />

Lisandro López (2), Ernesto Farias<br />

19/01 TP FC Porto - Desp Aves 2-0 Ricardo Quaresma,<br />

Ernesto Farias<br />

27/01 Liga Sporting - Porto 2-0<br />

02/02 Liga FC Porto - U. Leiria 4-0 Bosingwa, Lisandro<br />

López, Ernesto Farias (2)<br />

10/02 TP Sertanense - FC Porto 0-4 Kazmierczak, Sektioui,<br />

Ernesto Farias (2)<br />

15/02 Liga Marítimo - FC Porto 0-3 Sektioui, Lisandro<br />

López (2)<br />

19/02 LC Schalke 04 - FC Porto 1-0<br />

23/02 Liga FC Porto - P Ferreira 3-0 Lucho González,<br />

Lisandro López (2)<br />

27/02 TP FC Porto - Gil Vicente 1-0 Sektioui<br />

01/03 Liga Boavista - FC Porto 0-0<br />

05/03 LC FC Porto - Schalke 04 1-0 Lisandro López<br />

09/03 Liga FC Porto - Académica 1-0 Ricardo Quaresma<br />

15/03 Liga Leixões - FC Porto 1-2 Lisandro López,<br />

Sektioui<br />

30/03 Liga Belenenses - FC Porto 1-2 Lucho González,<br />

Lisandro López<br />

05/04 Liga FC Porto - Est Amadora 6-0 Bruno Alves,<br />

Lucho González (2), Ricardo Quaresma, Lisandro López,<br />

Sektioui<br />

12/04 Liga V. Setúbal - FC Porto 1-2 Mariano Gonzales,<br />

Lisandro López<br />

15/04 TP V. Setúbal - FC Porto 0-3 Lucho González (2),<br />

Jorginho (pb)<br />

20/04 Liga FC Porto - Benfica 2-0 Lisandro López (2)<br />

27/04 Liga V. Guimarães - FC Porto 0-5 Bruno Alves,<br />

Ricardo Quaresma (2), Ernesto Farias, Adriano<br />

03/05 Liga FC Porto - Nacional 0-3<br />

10/05 Liga Naval - FC Porto 0-2 Ernesto Farias (2)<br />

18/05 TP FC Porto - Sporting 0-2<br />

16/08 ST FC Porto - Sporting 0-2<br />

24/08 Liga FC Porto - Belenenses 2-0 Mariano González,<br />

Hulk<br />

30/08 Liga Benfica - FC Porto 1-1 Lucho González<br />

17/09 LC FC Porto - Fenerbahçe 3-1 Lucho González,<br />

Lisandro López, Lino<br />

21/09 Liga Rio Ave - FC Porto 0-0<br />

26/09 Liga FC Porto - P. Ferreira 2-0 Raúl Meireles, Hulk<br />

30/09 LC Arsenal - FC Porto 4-0<br />

05/10 Liga Sporting - FC Porto 1-2 Bruno Alves, Lisandro<br />

López<br />

18/10 TP Sertanense - FC Porto 0-4 Sektioui, Ernesto<br />

Farias (2), Diego Campos (pb)<br />

21/10 LC FC Porto - Dynamo Kyiv 0-1<br />

25/10 Liga FC Porto - Leixões 2-3 Lucho González,<br />

Lisandro Lopez<br />

01/11 Liga Naval - FC Porto 1-0<br />

05/11 LC Dynamo Kyiv - FC Porto 1-2 Lucho González,<br />

Rolando<br />

09/11 TP Sporting - FC Porto 1-1 Hulk<br />

15/11 Liga FC Porto - V. Guimarães 2-0 Lisandro López,<br />

Ernesto Farias<br />

25/11 LC Fenerbahçe - FC Porto 1-2 Lisandro López (2)<br />

01/12 Liga FC Porto - Académica 2-1 Cristián Rodriguez,<br />

Raul Meireles<br />

06/12 Liga V. Setúbal - FC Porto 0-3 Bruno Alves, Lucho<br />

González/ Guarin<br />

10/12 LC FC Porto - Arsenal 2-0 Bruno Alves, Lisandro<br />

Lopes<br />

13/12 TP Cinfães - FC Porto 1-4 Guarin (2), Ernesto Farias,<br />

Candeias<br />

17/12 Liga Est Amadora - FC Porto 2-4 Lisandro,<br />

Rodriguez (2), Hulk<br />

21/12 Liga FC Porto - Marítimo 0-0<br />

Totais: J V E D Gm-Gs<br />

Liga 28 20 4 4 57-17<br />

Taça de Portugal 8 6 1 1 19-4<br />

Supertaça 1 0 0 1 0-2<br />

Competições<br />

europeias 8 5 0 3 10-9<br />

TOTAL 45 31 5 9 86-32<br />

Melhores marcadores:<br />

1. Lisandro López 22<br />

2. Ernesto Farias 13<br />

3. Lucho González 11<br />

SPORTING<br />

05/01 Liga Boavista - Sporting 2-0<br />

09/01 TL V.Setúbal - Sporting 1-0<br />

13/01 Liga Académica - Sporting 1-1 Tonel<br />

19/01 TP Sporting - Lagoa 4-0 Gladstone, Abel, João<br />

Moutinho, Liedson<br />

23/01 TL Sporting - Beira Mar 3-0 Vukcevic (2), Liedson<br />

27/01 Liga Sporting - FC Porto 2-0 Izmailov, Vukcevic<br />

30/01 TL Sporting - Penafiel 3-1 Izmailov (2), Romagnoli<br />

03/02 Liga Belenenses - Sporting 1-0<br />

09/02 TP Sporting - Marítimo 2-1 Tonel, Liedson<br />

13/02 TU Sporting - FC Basel 2-0 Vukcevic (2)<br />

17/02 Liga Sporting - Est Amadora 2-0 João Moutinho,<br />

Liedson<br />

21/02 TU FC Basel - Sporting 0-3 Pereirinha, Liedson (2)<br />

24/02 Liga V.Setúbal - Sporting 1-0<br />

27/02 TP Sporting - Est Amadora 1-0 Purovic<br />

02/03 Liga Sporting - Benfica 1-1 Vukcevic<br />

06/03 TU Bolton - Sporting 1-1 Vukcevic<br />

09/03 Liga V.Guimarães - Sporting 2-0<br />

13/03 TU Sporting - Bolton 1-0 Pereirinha<br />

17/03 Liga Sporting - Nacional 4-1 João Moutinho,<br />

Liedson (2), Djaló<br />

22/03 TL Sporting - V.Setúbal 0-0<br />

30/03 Liga Naval - Sporting 1-4 Miguel Veloso, Liedson<br />

(2), Djaló<br />

03/04 TU Rangers - Sporting 0-0<br />

06/04 Liga Sporting - Sp Braga 2-0 Djaló (2)<br />

10/04 TU Sporting - Rangers 0-2<br />

13/04 Liga Sporting - Leixões 2-0 Tonel, Liedson<br />

16/04 TP Sporting - Benfica 5-3 Djaló (2), Vukcevic,<br />

Continuação na página 21


Stadium Suplemento Desportivo<br />

9 a 15 de Janeiro de 2009<br />

21<br />

Clubes na temporada de 2008<br />

Continuado da página 20<br />

Liedson, Derlei<br />

20/04 Liga U.Leiria - Sporting 4-1 Liedson<br />

27/04 Liga Sporting - Marítimo 2-1 Romagnoli (2)<br />

04/05 Liga P Ferreira - Sporting 0-1 Djaló<br />

11/05 Liga Sporting -Boavista 2-1 Romagnoli, Tiuí<br />

18/05 TP FC Porto - Sporting 0-2 Tiuí (2)<br />

16/08 ST FC Porto - Sporting 0-2 Djaló (2)<br />

23/08 Liga Sporting - Trofense 3-1 Tonel, Izmailov, Djaló<br />

01/09 Liga Sp Braga - Sporting 0-1 Hélder <strong>Post</strong>iga<br />

16/09 LC Barcelona - Sporting 3-1 Tonel<br />

20/09 Liga Sporting - Belenenses 2-0 Izmailov,<br />

Rochemback<br />

27/09 Liga Benfica - Sporting 2-0<br />

01/10 LC Sporting - FC Basel 2-0 Romagnoli, Derlei<br />

05/10 Liga Sporting - FC Porto 1-2 João Moutinho<br />

18/10 TP U. Leiria - Sporting 0-1 Liedson<br />

22/10 LC Shakhtar Donetsk - Sporting 0-1 Liedson<br />

26/10 Liga P. Ferreira - Sporting 0-0<br />

01/11 Liga Rio Ave - Sporting 0-1 Liedson<br />

04/11 LC Sporting - Shakhtar Donetsk 1-0 Derlei<br />

09/11 TP Sporting - FC Porto 1-1 Liedson<br />

15/11 Liga Sporting - Leixões 0-1<br />

22/11 Liga Naval - Sporting 0-1 Liedson<br />

26/11 LC Sporting - Barcelona 2-5 Miguel Veloso, Liedson<br />

30/11 Liga Sporting - V.Guimarães 2-0 Hélder <strong>Post</strong>iga,<br />

Liedson<br />

05/12 Liga Est Amadora - Sporting 1-3 Izmailov, Liedson,<br />

Vukcevic<br />

09/12 LC FC Basel - Sporting 0-1 Djaló<br />

14/12 TL Sporting - Marítimo 3-0 Djaló, Liedson,<br />

Romagnoli<br />

20/12 Liga Sporting - Académica 0-0<br />

Totais: J V E D Gm-Gs<br />

Liga 28 16 4 8 38-21<br />

Taça de Portugal 7 6 1 0 16-5<br />

Supertaça 1 1 0 0 2-0<br />

Taça da Liga 5 3 1 1 9-2<br />

Competições<br />

europeias 12 7 2 3 15-11<br />

TOTAL 53 33 8 12 80-39<br />

Melhores marcadores:<br />

1. Liedson 22 golos<br />

2. Djaló 12 golos<br />

3. Vukcevic 9 golos<br />

AO/FVZ.<br />

Benfica recebe Sporting de Braga no domingo<br />

Programa da 14ª jornada:<br />

LIGA:<br />

- Sábado, 10 Janeiro:<br />

Vitória Guimarães - Estrela Amadora,<br />

13:30 (SportTV)<br />

Sporting - Marítimo, 15:45 (RTPi)<br />

- Domingo, 11 Janeiro:<br />

Rio Ave - Belenenses, 11:00<br />

Paços de Ferreira - Nacional, 11:00<br />

Leixões - Vitória Setúbal, 11:00<br />

Naval - Académica, 11:00<br />

Benfica - Sporting Braga, 13:30<br />

(SportTV)<br />

FC Porto - Trofense, 15:45 (SportTV)<br />

LIGA HONRA:<br />

- Domingo, 11 Janeiro:<br />

Oliveirense - Santa Clara, 6:15<br />

(SportTV)<br />

Boavista - Estoril, 10:00<br />

Desportivo Aves - Gil Vicente, 10:00<br />

Olhanense - Gondomar, 10:00<br />

Beira-Mar - Freamunde 10:00<br />

Portimonense - Vizela, 11:00<br />

Varzim - Sporting Covilhã, 11:00<br />

Feirense - União Leiria, 11:00.<br />

OBenfica<br />

recebe o<br />

Sporting de<br />

Braga a partir das<br />

13:30 domingo, 11 de<br />

Janeiro, em encontro<br />

da 14ª jornada da Liga,<br />

divulgou a Liga<br />

Portuguesa de Futebol<br />

Profissional (LPFP).<br />

Os “encarnados” são o<br />

segundo dos três “grandes”<br />

a entrar em acção na penúltima<br />

ronda da primeira<br />

volta, já que o Sporting<br />

recebe o Marítimo sábado<br />

(15:45), enquanto o FC<br />

Porto joga no dia seguinte<br />

no Dragão, frente ao<br />

Trofense, mas apenas às<br />

Árbitros<br />

Paulo Baptista na Luz,<br />

Lucílio Baptista em Alvalade<br />

Oárbitro Paulo Baptista, de<br />

Portalegre, foi nomeado<br />

para dirigir domingo a<br />

recepção do Benfica ao Sporting<br />

de Braga, da 14ª jornada da Liga<br />

portuguesa de futebol, anunciou a<br />

Liga de clubes.<br />

No outro encontro “grande” da<br />

ronda, o Sporting, terceiro classificado,<br />

recebe sábado o Marítimo, sexto, numa<br />

partida que terá arbitragem do<br />

setubalense Lucílio Baptista.<br />

Por seu lado, Luís Reforço, também<br />

de Setúbal, vai dirigir domingo o encontro<br />

entre o líder FC Porto e o Trofense,<br />

no Estádio do Dragão.<br />

O lisboeta Pedro Henriques continua<br />

fora das nomeações, depois da arbitragem<br />

polémica no encontro entre o<br />

Benfica e o Nacional, da 12ª jornada da<br />

Liga.<br />

Lista dos árbitros para a 14ª jornada:<br />

LIGA:<br />

- Sábado, 10 de Janeiro:<br />

Vitória de Guimarães - Estrela da<br />

Amadora, Vasco Santos (Porto)<br />

Sporting - Marítimo, Lucílio Baptista<br />

(Setúbal)<br />

15:45.<br />

A ronda 14, disputada apenas<br />

em dois dias (10 e 11 de<br />

Janeiro), face à realização<br />

das duas primeiras jornadas<br />

da terceira fase da Taça da<br />

Liga (7 e 14 de Janeiro),<br />

abre amanhã, sábado, pelas<br />

13:30, com a visita do<br />

Estrela da Amadora a<br />

Guimarães.<br />

- Domingo, 11 de Janeiro:<br />

Rio Ave - Belenenses, Artur Soares Dias<br />

(Porto)<br />

Paços de Ferreira - Nacional, João<br />

Capela (Lisboa)<br />

Leixões - Vitória de Setúbal, Marco<br />

Ferreira (Madeira)<br />

Naval - Académica, Paulo Costa (Porto)<br />

Benfica - Sporting de Braga, Paulo<br />

Baptista (Portalegre)<br />

FC Porto - Trofense, Luís Reforço<br />

(Setúbal)<br />

LIGA HONRA:<br />

- Domingo, 11 de Janeiro:<br />

Oliveirense - Santa Clara, Jorge Sousa<br />

(Porto)<br />

Boavista - Estoril, Rui Costa (Porto)<br />

Desportivo das Aves - Gil Vicente,<br />

Duarte Gomes (Lisboa)<br />

Olhanense - Gondomar, Nuno Miguel<br />

Roque (Coimbra)<br />

Beira-Mar - Freamunde, Cosme<br />

Machado (Braga)<br />

Portimonense - Vizela, João Ferreira<br />

(Setúbal)<br />

Varzim - Sporting da Covilhã, Hugo<br />

Miguel (Lisboa)<br />

Feirense - União de Leiria, Elmano<br />

Santos (Madeira).<br />

NFO.


22 9 a 15 de Janeiro de 2009<br />

Stadium Suplemento Desportivo<br />

Associação de sportinguistas contesta oportunidade<br />

de reestruturação financeira anunciada por Soares Franco<br />

AAssociação de Adeptos<br />

Sportinguistas (AAS) contestou<br />

a oportunidade das<br />

medidas apresentadas pelo presidente<br />

do clube, Filipe Soares<br />

Franco, destinadas à reestruturação<br />

financeira do grupo empresarial do<br />

Sporting.<br />

O presidente do Sporting anunciou um<br />

plano destinado a reduzir o passivo em cerca<br />

de 42 por cento nos próximos cinco anos,<br />

graças à renegociação com a banca, o qual<br />

passa designadamente pela emissão de<br />

VMOC (valores mobiliários obrigatoriamente<br />

convertíveis), no valor de 55 milhões de<br />

euros, e pela passagem dos direitos de transmissão<br />

televisiva da empresa Sporting<br />

Comércio e Serviços de volta para a<br />

Sociedade Anónima Desportiva (SAD).<br />

Para Pedro Faleiro da Silva, presidente do<br />

Comité Executivo da AAS, é difícil perceber<br />

porque é que "os responsáveis do clube insistem<br />

em recolocar em debate dois temas chumbados<br />

pelos sócios em assembleia-geral em<br />

Maio de 2008". "Como se explica que a dois<br />

meses do congresso leonino (em Março), em<br />

que um dos pontos em debate é precisamente<br />

o modelo de sustentabilidade financeira do<br />

clube, se apareça com um plano que pode<br />

hipotecar o futuro do Sporting e, mais importante,<br />

abdicando-se logo à partida da possibilidade<br />

de acolher qualquer boa sugestão que<br />

saia daquele encontro de reflexão", adiantou o<br />

responsável da AAS, organização que junta<br />

centena e meia de sócios e adeptos do clube.<br />

Sem colocar em dúvida a legalidade e<br />

legitimidade de convocação de uma assembleia-geral<br />

para debater aquelas questões -<br />

Soares Franco anunciou que isso deverá acontecer<br />

ainda este mês ou em Fevereiro -, Pedro<br />

Faleiro interroga-se do "porquê dessa pressa",<br />

sugerindo que qualquer decisão sobre reestruturação<br />

financeira do clube deveria ser adiada<br />

para depois do "previsível acto eleitoral que<br />

deverá acontecer também em breve".<br />

Pedro Faleiro e a AAS contestam o recurso<br />

à figura de VMOC - valores com duração<br />

limitada que obrigam a empresa que os emite<br />

a entregar ao investidor, numa determinada<br />

data, uma quantidade de acções ou obrigações<br />

-, temendo que, a concretizar-se essa operação,<br />

"o Sporting deixe de ter qualquer<br />

hipótese de manter a maioria do capital da<br />

SAD, após o vencimento dos mesmos".<br />

Contestam ainda a anunciada "venda dos<br />

direitos televisivos à SAD, por 55 milhões de<br />

euros - valor esse que será depois utilizado<br />

para abater o passivo do clube -, sendo que um<br />

dos accionistas qualificados da SAD<br />

(Joaquim Oliveira, através da Sportinvest)<br />

detém o monopólio de negociação desses<br />

direitos nos campeonatos profissionais portugueses".<br />

A AAS foi fundada em Abril de 2008, os<br />

seus estatutos obrigam a que todos os membros<br />

dos órgãos sociais sejam associados do<br />

Sporting, embora aceitem como membros da<br />

associação simples adeptos do clube, e junta<br />

cerca de 150 sportinguistas.<br />

De acordo com Pedro Faleiro a AAS<br />

www.aasporting.com promove, em média<br />

uma vez por mês, encontros de membros para<br />

debater questões relacionadas com a vida do<br />

clube. Filipe Soares Franco anunciou esta<br />

semana que o Sporting "andou durante dois<br />

anos a renegociar com os bancos com o objectivo<br />

de adequar as receitas ao pagamento do<br />

serviço de dívida". "Conseguimos, em 30 de<br />

Dezembro, fechar um novo acordo 'grupado',<br />

que permite alocar o endividamento a cada<br />

uma das várias sociedades", explicou em conferência<br />

de imprensa. O presidente do<br />

Sporting sublinhou ainda a importância do<br />

acordo com a empresa imobiliária MDC, relativo<br />

aos terrenos do antigo recinto "leonino",<br />

no valor de 25 milhões de euros, além da futura<br />

compensação por parte da Câmara<br />

Municipal de Lisboa em relação a um lote de<br />

29 mil metros quadrados, a ser saldada em terreno<br />

urbanizável, num valor de cerca de 24<br />

milhões de euros.<br />

O líder dos "leões" justificou as medidas<br />

por uma SAD só ser "viável com uma equipa<br />

(de futebol) competitiva", algo que, em sua<br />

opinião, não era permitido pelo anterior "project<br />

finance", aprovado em 2005.<br />

"Nenhuma equipa que quer estar na<br />

Europa pode fazê-lo com um orçamento de 11<br />

milhões de euros, que era o permitido, além<br />

da obrigação de vender activos (passes de<br />

futebolistas) todos os anos para realizar maisvalias",<br />

continuou.<br />

Soares Franco estimou que o passivo dos<br />

"leões" será de "141 milhões de euros, daqui a<br />

seis meses, menos aquilo que se conseguir<br />

amortizar nos próximos cinco anos".<br />

A redução do actual passivo de 245 milhões<br />

de euros - 238 milhões de euros em dívidas<br />

bancárias e sete milhões de euros em dívidas<br />

a fornecedores - para os estimados 141<br />

milhões assenta no alargamento do prazo de<br />

financiamento, de 14 para 20 anos (até 2025)<br />

e na redução média dos "spreads" (lucro dos<br />

financiadores) em 25 por cento (de 2,3 pc para<br />

1,5).<br />

AB/HPG.<br />

Sporting:<br />

Soares Franco não se recandidata<br />

Opresidente do Sporting, Filipe<br />

Soares Franco, anunciou há<br />

instantes que não se recandidata ao<br />

cargo, nas eleições a realizar entre Maio e Junho.<br />

O dirigente explicou que tem compromissos<br />

empresariais aos quais tem de se dedicar, fruto<br />

também da crise financeira internacional.<br />

Quanto a motivos relacionados com o clube,<br />

Soares Franco afirmou em entrevista à RTP, que<br />

o Sporting precisa de inovar.<br />

O dirigente revelou que nos últimos três<br />

dias percorreu «toda a estrutura do<br />

Sporting», dando conta da decisão. que<br />

tomou «uma semana antes» do Natal.<br />

«Focalizar-me no Sporting e nas suas<br />

exigências era completamente incompatível<br />

com a minha actividade empresarial», argumentou.<br />

«Todo o projecto que apresentei aos<br />

sócios está concretizado em 85 por cento,<br />

não conseguimos fazer um pavilhão para as<br />

modalidades nem criar a figura de provedor<br />

do sócio», afirmou Soares Franco.<br />

«Para me recandidatar tinha de ter<br />

certeza que tinha um projecto inovador e<br />

senti a não apetência dos sócios e adeptos<br />

para inovar», acrescentou depois o presidente<br />

do Sporting.<br />

«Tenho de decidir se renovo com Paulo<br />

Bento»<br />

Soares Franco também abordou a<br />

questão do contrato do treinador Paulo<br />

Bento, que finda esta época. «Ainda não<br />

tomei a decisão de renovar ou não, mas vou<br />

ser preso por ter cão e por não ter. Se renovar,<br />

vão aparecer os críticos a dizer que<br />

devia ter deixado para o próximo presidente;<br />

se nã o fizer, vão dizer que deixei sair o melhor<br />

treinador para o Sporting», disse.<br />

Ainda assim, o presidente leonino<br />

deixou perceber que, se a decisão fosse apenas<br />

dele, o técnico renovava contrato: «Vou<br />

tomar essa decisão. Continuo a defendê-lo e<br />

a relação dele com a Direcção é excelente, o<br />

Sporting não poderia ter feito melhor escolha<br />

que Paulo Bento. Não sabia de todo que<br />

tinha estas características, mas não é só a<br />

minha vontade que conta, tem de discutir-se<br />

os interesses da sociedade.»


<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!<br />

9 a 15 de Janeiro de 2009 23<br />

2008 Balanço:<br />

Um ano para viver o "impossível",<br />

de Obama à crise financeira<br />

Na história norte-americana, 2008 foi um ano para se viver o "impossível".<br />

Foi o ano em que, com a eleição de Barack Obama<br />

para a presidência, caíu a última barreira racial no<br />

país e foi também o ano em que um sistema financeiro<br />

baseado na desregulamentação e "impossível" de cair se<br />

desmoronou.<br />

Por isso, quando, a 20 de Janeiro, Barack Hussein<br />

Obama prestar juramento como presidente dos Estados<br />

Unidos, os norte-americanos irão sem dúvida olhar para<br />

ele não só como a encarnação do optimismo de uma nação<br />

“onde tudo é possivel”, mas também com a apreensão das<br />

incertezas económicas imediatas.<br />

Mas, ao prestar juramento, Obama será mais do que<br />

isso. Estará não só a demonstrar o que descreveu como “o<br />

poder da democracia”, mas também a força de uma campanha<br />

excepcionalmente disciplinada que soube<br />

aproveitar a onda de descontentamento com o status quo e<br />

as incertezas do futuro imediato para criar uma força<br />

política “pós-racial e trans-partidária” que sob o slogan<br />

vago de “mudança” surpreendeu o país e o mundo.<br />

É irónico que o primeiro presidente negro dos Estados<br />

Unidos só tenha conseguido começar a ganhar o apoio de<br />

figuras negras proeminentes do país e mesmo do eleitorado<br />

negro quando provou que podia ganhar eleiçoes junto<br />

do eleitorado branco.<br />

Até lá, Barack Obama era para muitos negros norteamericanos<br />

algo de estranho. Filho de pai queniano, criado<br />

por uma família branca, Obama não era produto da<br />

história dos negros norte-americanos, herdeiros do pecado<br />

original da democracia americana, a escravatura.<br />

Era, no dizer de muitos, “não suficientemente negro”,<br />

ou em palavras mais duras “preto por fora, branco por dentro”.<br />

Paradoxalmente, mas talvez também deliberadamente,<br />

Obama e a sua disciplinada campanha escolheram sempre<br />

ignorar a raça como questão em causa nestas eleições.<br />

Cronell Belcher, que trabalhou em sondagens para a<br />

campanha de Obama, disse que desde o início todos<br />

estavam cientes de que “seria difícil para um africanoamericano<br />

ser eleito presidente”, mas as sondagens indicavam<br />

tambem que “não seria difícil para um indivíduo<br />

extraordinário que por acaso fosse também africano-americano<br />

ganhar as eleições”.<br />

Obama abandonou então a identidade racial (e com<br />

isso abandonou os tradicionais líderes negros norte-americanos<br />

como Jesse Jackson) para exaltar o pluralismo e a<br />

sinergia trans-racial, trans-partidaria e trans-geracional.<br />

Conseguiu derrotar Hillary Clinton nas primárias<br />

numa campanha amarga em que, em mais um paradoxo<br />

Obama, o candidato negro que por definição racial deveria<br />

ser o desfavorecido socialmente, foi caracterizado<br />

pelos seus opositores como um “elitista”, desligado da<br />

“verdadeira América” e das “classes trabalhadoras”.<br />

Hillary Clinton, a milionária, era a mulher do povo<br />

bebendo cerveja e whisky em bares; Barack Obama era o<br />

homem de Harvard, dos restaurantes italianos e do bom<br />

vinho, que descreveu os americanos trabalhadores como<br />

“agarrados às suas armas e à sua religião”. Foi algo que o<br />

seu opositor Republicano tentou também usar sem sucesso.<br />

“Não há partes verdadeiras ou falsas da América”<br />

respondeu Obama. “Somos todos uma nação, todos orgulhosos<br />

de ser americanos, todos patriotas”. Obama reclassificou-se<br />

assim como aquele que lutava contra o “establishment”<br />

de Washington, encarnado primeiro em Hillary<br />

Clinton e depois em John McCain.<br />

A sua capacidade de angariar fundos para a campanha<br />

bateu todos os recordes, permitindo-lhe nas últimas semanas<br />

das eleições afogar a campanha de McCain com quatro<br />

anúncios de televisão para cada um do seu adversário<br />

Republicano.<br />

Permitiu-lhe também levar a campanha a estados considerados<br />

intocáveis para os Democratas, vencer em<br />

alguns e forçar o seu adversário a gastar fundos que não<br />

pensava gastar. Mais uma ironia destas eleições é que foi<br />

Barack Obama, um Democrata, quem silenciou as campanhas<br />

lideradas sempre pelos Democratas para se reformar<br />

o sistema de financiamento<br />

privado das eleições considerado<br />

corrupto ou um convite<br />

à corrupção<br />

A sua organização meticulosa,<br />

fazendo uso de voluntários<br />

e de fundos para pagar a<br />

trabalhadores, permitiu-lhe ter<br />

escritórios de campanha em<br />

todos os cantos da América,<br />

numa lição de disciplina que<br />

os analistas norte-americanos<br />

continuam a estudar.<br />

Os primeiros indícios são<br />

que o colapso financeiro vai<br />

servir para Obama seguir a via<br />

que diz ter prometido. Não é<br />

de esquerda, não é de direita, é<br />

“pela competência das pessoas,<br />

por escolher os melhores<br />

entre os melhores”.<br />

Conservadores e liberais<br />

dizem-se já confundidos mas,<br />

claro, por razões diferentes.<br />

O que reflecte o facto de<br />

muitos analistas terem afirmado<br />

que “não há qualquer indicação<br />

de que a ideologia tenha<br />

jogado um papel nas eleições”.<br />

“Foi o descontentamento<br />

com o status quo que produziu<br />

o resultado,” disse Kohut ao<br />

Washington <strong>Post</strong>.<br />

Obama teve uma vitória<br />

histórica e de grande<br />

importância, e está consciente<br />

disso. Obteve um mandato<br />

para a “mudança”. O colapso<br />

financeiro vai - mais uma vez<br />

paradoxalmente - tornar mais<br />

fácil introduzir “mudanças”. O<br />

tipo de mudanças que vão ser<br />

introduzidas pode tornar 2009<br />

no ano da surpresa.


24<br />

9 a 15 de Janeiro de 2009 <strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!<br />

A Mijinha do Menino<br />

Nesta altura do Natal<br />

Dar ofertas é normal<br />

Por vezes de alto valor<br />

Por Ilda Januário<br />

Anossa comunidade<br />

está<br />

cheia de gente<br />

talentosa! Felizmente<br />

vou conhecendo cada<br />

vez mais homens e<br />

mulheres que são os<br />

guardiões da cultura<br />

popular neste Toronto.<br />

Um deles é o António<br />

Cordeiro, cantor<br />

repentista, folião e o<br />

organizador de um<br />

grupo musical de<br />

cantares populares, que<br />

está activo nas festas<br />

do Espírito Santo, na<br />

quadra natalícia e<br />

noutras ocasiões<br />

sagradas e profanas.<br />

E assim foi que o<br />

António e a esposa Isabel<br />

me acolheram na sua casa,<br />

onde se iria organizar uma<br />

tertúlia musical com<br />

cantares natalícios dos<br />

Açores a 27 de Dezembro.<br />

Éramos um grupo de dez.<br />

Além do casal, havia o guitarrista<br />

Gabriel Teves<br />

(encarregado do grupo para<br />

os fados), o viola Leonardo<br />

Medeiros, o cantor que sabe<br />

dedilhar a guitarra, Manuel<br />

da Costa, a fadista Luciana<br />

Machado e o casal<br />

Morgado, apoiante do<br />

grupo, e um seu colaborador<br />

italo-canadiano.<br />

Depois de um convívio<br />

amigável com os tradicionais<br />

doces e licores da<br />

ocasião, a que só faltou a<br />

alfarroba, como comentaram<br />

os presentes, a OMNI<br />

bateu à porta. Dirigimo-nos<br />

então para o quintal da<br />

frente da casa, decorado<br />

com luzes a todo o preceito<br />

pelo Cordeiro, incluindo<br />

presépio e Pai Natal com<br />

trenó e renas. Aí se deu uma<br />

sessão de cantares natalícios,<br />

que foi filmada, apesar<br />

do nevoeiro na noite cálida.<br />

Como o António explicou,<br />

estes grupos cantam de<br />

improviso nos Açores, fora<br />

de portas para começar,<br />

indo bater a casa de famílias<br />

em que pressentem ser bem<br />

recebidos e responder afirmativamente<br />

à pergunta de<br />

alguém do grupo: “O<br />

Menino mija ou não mija?”.<br />

As visitas podem acontecer<br />

a qualquer hora da noite,<br />

tirando por vezes a família<br />

da cama, pelo que o bom<br />

acolhimento nem sempre é<br />

garantido. A mijinha do<br />

Menino Jesus refere-se aos<br />

licores caseiros que acompanham<br />

a doçaria tradicional<br />

confeccionada em<br />

casa – biscoitos, arroz-doce<br />

ou pão de massa, e ainda os<br />

frutos secos e a alfarroba –<br />

com que são recebidos os<br />

cantores e músicos. Os<br />

cantares são geralmente<br />

improvisados, tirando o<br />

refrão próprio ao grupo, e<br />

têm lugar entre a véspera de<br />

Natal, que é a noite forte, e<br />

o Ano Novo. Estes cantares<br />

não se devem confundir<br />

com os denominados às<br />

Estrelas, que só se iniciam a<br />

partir do 2 de Janeiro.<br />

Nos Açores nem todas<br />

as freguesias têm grupos de<br />

cantares pelo que, às vezes,<br />

um grupo é chamado a ir<br />

serenar casas noutra freguesia.<br />

A diferença no Canadá é<br />

que, dada a grande distância<br />

entre as famílias dos que<br />

recebem os grupos e o frio<br />

que poderá vigorar nessa<br />

semana, o cantar à porta é<br />

reduzido ou eliminado,<br />

entrando-se quase de imediato<br />

para uma mesa posta<br />

“como um bufete” e podendo<br />

contar com a presença de<br />

40 a 60 pessoas. Impossível<br />

visitar mais do que uma a<br />

três famílias, se é que vivem<br />

perto...<br />

Depois da visita da<br />

OMNI, o grupo preparou-se<br />

para seguir para Cambridge,<br />

para uma dessas visitas. Fui<br />

convidada mas, desta vez,<br />

recusei o convite por saber<br />

que o regresso a Toronto se<br />

Muitas vezes afinal<br />

A prenda mais principal<br />

Fica por dar, que é o amor<br />

Por amor Jesus nasceu<br />

Certo disto estou eu<br />

E creio que todo o povo<br />

Por isso neste verso meu<br />

Em nome de Jesus o<br />

Galileu<br />

Feliz Natal, Bom Ano Novo<br />

António Cordeiro<br />

daria tarde. Fica para a<br />

próxima o passeio a “outras<br />

freguesias”. Ao provar a<br />

mijinha do Menino, fui iniciada<br />

às delícias dos<br />

cantares natalícios dos<br />

Açores, forjando assim<br />

mais um elo líquido e<br />

melódico para me ligar às<br />

ilhas.<br />

Onda de frio deixa temperaturas<br />

no Canadá em 50 graus abaixo de zero<br />

Uma onda de frio polar colocou<br />

as temperaturas nas<br />

províncias centrais do<br />

Canadá em números recordes de 50<br />

graus Celsius abaixo de zero, o que<br />

obrigou as autoridades a emitir alertas<br />

às pessoas para que evitem viajar<br />

a algumas áreas.<br />

Os termómetros de Winnipeg, a capital<br />

da província de Manitoba, marcavam 31<br />

graus abaixo de zero que, combinados com<br />

o vento forte, causavam uma sensação térmica<br />

de em torno de 40 graus abaixo de<br />

zero.<br />

Na província de Saskatchewan, a cidade<br />

de Saskatoon registou 40 graus abaixo de<br />

zero, que o vento ajudava a baixar para 53<br />

graus abaixo de zero, enquanto na capital,<br />

Regina, o vento deixou as temperaturas<br />

para 52 graus abaixo de zero.<br />

Qualquer parte do corpo exposta a estas<br />

temperaturas congela em menos de dez<br />

minutos.<br />

Entretanto, a situação melhorou na<br />

maior parte da província de Saskatchewan -<br />

com 20 graus abaixo de zero -, mas, mesmo<br />

assim, o Serviço Meteorológico do Canadá<br />

advertiu de que as altas pressões árcticas<br />

mantêm a zona central da província com<br />

temperaturas de entre 40 e 45 graus abaixo<br />

de zero.<br />

As baixas temperaturas são acompanhadas<br />

de fortes precipitações de neve na<br />

parte sul de Manitoba.<br />

Caíram na região mais de 20 centímetros<br />

de neve, e os meteorologistas advertiram<br />

de que Winnipeg já recebeu a mesma<br />

quantidade de neve registada durante todo o<br />

inverno anterior.


<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!<br />

9 a 15 de Janeiro de 2009<br />

25<br />

Luta e União entre Forças Policiais!<br />

"…No próximo ano (2009), poderá ocorrer<br />

no nosso país uma explosão de violência devido,<br />

sobretudo, à conjugação de dois factores:<br />

desemprego e exclusão social", alertou Sua<br />

Exª. o Senhor Procurador-Geral da<br />

República, Dr. Fernando Pinto Monteiro.<br />

Como é do conhecimento público tem havido, há uns<br />

anos a esta parte, uma falta de coordenação entre as Forças<br />

Policiais, que faz com que a eficácia contra a criminalidade<br />

fosse menor. A falta de uma visão de conjunto do fenómeno<br />

fez com que a forma de o enfrentar tivesse sido parcial e<br />

fraccionada. Bom! Mas a chamada "criminalidade violenta",<br />

que é aquela que pode atingir qualquer cidadão indistintamente,<br />

não está só a aumentar em Portugal, como está<br />

a aumentar também na Europa e pelo Mundo. Portanto,<br />

temos que nos precaver com essa referida "explosão de violência",<br />

que poderá surgir entre nós! Tem-se que pôr de<br />

parte, essa conflitualidade existente de actuação, ou seja,<br />

essa falta de cooperação e coordenação em operações conjuntas.<br />

A verdade é que a falta de confiança entre os diferentes<br />

corpos policiais, é um facto e quase insanável, e a<br />

ânsia por interferir nas investigações dos outros está sempre<br />

patente. Além do mais, a informação obtida numa investigação,<br />

muitas vezes, não é partilhada, nem comunicada aos<br />

órgãos base de informação. Há sempre rivalidades. Cada<br />

corpo policial quer sempre ganhar a confiança política,<br />

agindo mais como polícia de partido do que como polícia<br />

judicial. É uma concorrência atroz! Não é razoável que os<br />

investigadores, mesmo sendo de corpos diferentes (PJ.,<br />

PSP. e GNR), actuem sem comunicação e colaboração<br />

entre eles. Esse modo de actuar, não garante maior efectividade<br />

em cada um dos corpos policiais nem aumenta a independência<br />

judicial. A luta contra a Máfia e contra a criminalidade<br />

organizada é um combate de todos, é uma tarefa<br />

árdua de conjunto. Se conseguissem ultrapassar esses<br />

obstáculos burocráticos e conseguissem que os corpos e<br />

forças de segurança agissem como um só organismo, com<br />

uma verdadeira direcção operativa conjunta, a eficácia contra<br />

a delinquência organizada (terrorismo, tráfico de drogas,<br />

assaltos à mão armada), seria impressionante. Não se<br />

esqueçam das palavras do Sr. Procurador-Geral da<br />

República: "...poderá ocorrer uma explosão de violência"!<br />

CRUZ DOS SANTOS<br />

Isso é gravíssimo!<br />

Não é<br />

possível combater,<br />

com eficiência, essa onda de crimes hediondos,<br />

enquanto não existir uma fluidez de informação. Não se<br />

esqueçam de um pormenor importante: "cada membro de<br />

uma organização criminosa está milimetricamente coordenado<br />

com os restantes". Portanto, como é possível que os<br />

que têm de fazer-lhes frente não ajam do mesmo modo?<br />

Pensem nisso!<br />

FELIZ ANO NOVO!!<br />

Aprenda a «negociar»<br />

a alimentação com os seus filhos<br />

Sabia que ao dar uma bolacha<br />

ao seu filho está a contribuir<br />

para que ele se habitue a esta<br />

para toda a vida? Os dois primeiros anos<br />

são mesmo fundamentais para os hábitos<br />

alimentares das crianças e é nesta altura<br />

que se pode e deve evitar a obesidade<br />

infantil.<br />

É este o principal alerta deixado<br />

pela pediatra Carla Rego, responsável<br />

pela consulta de Obesidade Pediátrica<br />

na Unidade de Nutrição do Hospital<br />

S. João, no Porto.<br />

«A ideia que temos de que "é<br />

gordinho, mas isto passa na adolescência"<br />

é completamente errada.<br />

Uma criança com obesidade tem uma<br />

probabilidade reduzidíssima de vir a<br />

ser um "adulto normal"», explicou.<br />

Livro ensina a prevenir obesidade<br />

infantil<br />

É logo nos dois primeiros anos de<br />

vida que se faz a estruturação do paladar<br />

da criança e é na idade escolar<br />

(cinco/seis anos) que se define a sua<br />

estabilização. Depois, «cada vez é<br />

mais difícil reverter o processo de<br />

aprendizagem da alimentação».<br />

«O paladar educa-se com um ou<br />

dois anos. Claro que com cinco ou<br />

seis anos a criança vai querer provar<br />

um doce, mas a verdade é que, se<br />

nunca lhe tiverem dado um doce nos<br />

primeiros dois anos, ela vai ter menos<br />

apetência para gostar do que as outras<br />

crianças», garantiu Carla Rego.<br />

O que devem comer as crianças<br />

Para a pediatra, as crianças e os<br />

adolescentes comem «em função do<br />

treino que lhes dão» e, por isso, «é<br />

muito fácil os pais negociarem a alimentação<br />

com os filhos», porque os<br />

hábitos são adquiridos quando estes<br />

ainda não têm «grande voto na<br />

matéria».<br />

O que devem, então, comer as crianças?<br />

«O meu conselho para os pais<br />

é olharem para a roda dos alimentos.<br />

Lá encontram tudo o que deve ser<br />

consumido nas proporções certas. Lá<br />

não encontram bolachas, sumos, ou<br />

nenhum empacotado. Lá encontram<br />

muitos legumes, muita fruta e a água<br />

no meio», respondeu a pediatra.<br />

Os infantários e as creches também<br />

têm o seu papel: «Há condições<br />

de alimentação aberrantes nestes<br />

locais, por causa do desconhecimento<br />

dos directores e da passividade dos<br />

pais.»<br />

Os riscos da obesidade infantil<br />

O índice de massa corporal (IMC)<br />

é o método de rastreio mais usado<br />

para detectar a obesidade infantil.<br />

Segundo Carla Rego, entre o percentil<br />

85 e o 95 é considerado excesso de<br />

peso e acima do percentil 95 é considerado<br />

obesidade infantil. «No<br />

entanto, é preciso notar que nas crianças<br />

e nos adolescentes as variáveis<br />

peso e altura são muito dinâmicas, o<br />

que dificulta o diagnóstico», acrescentou.<br />

Apesar de ainda não existirem<br />

números concretos da prevalência da<br />

doença em Portugal, é possível concluir<br />

que a obesidade é «cada vez<br />

mais precoce e mais marcante».<br />

Os riscos a curto e longo prazo<br />

são muitos: «Alterações na insulina<br />

que podem levar à diabetes, colesterol<br />

elevado, problemas de tensão arterial...<br />

E mesmo que as crianças ganhem<br />

um peso normal mais tarde, ficam<br />

sempre com marcas e com o risco de<br />

doenças cardiovasculares na idade<br />

adulta. E é ainda importante salientar<br />

a parte psicológica.»


26<br />

9 a 15 de Janeiro de 2009 <strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!<br />

O “tempo de antena”<br />

de José Sócrates!<br />

LUIS BARREIRA<br />

Arecente entrevista<br />

dada pelo 1°<br />

Ministro José<br />

Sócrates à SIC e a que muitos<br />

tiveram oportunidade de assistir,<br />

não pode deixar de me<br />

merecer um comentário.<br />

Por razões que, no meu<br />

entendimento tentarei<br />

explicar, José Sócrates e o<br />

actual governo português,<br />

tiveram um excelente<br />

“tempo de antena”, que não<br />

só permitiu breves explicações<br />

e justificações, sobre<br />

algumas das medidas que o<br />

governo tem vindo a<br />

aplicar, ao longo da legislatura<br />

e na situação de crise<br />

mais recente, como serviu<br />

de autêntica campanha<br />

eleitoral, tendo em conta o<br />

próximo Congresso do<br />

Partido Socialista e as<br />

eleições autárquicas e legislativas<br />

que se aproximam.<br />

Se a ideia dos jornalistas<br />

era “entalar” o governante,<br />

deixando-o de rastos, o<br />

efeito foi precisamente o<br />

contrário, provocando nos<br />

telespectadores uma antipatia<br />

face ao entrevistador,<br />

pela forma como conduziram<br />

a entrevista.<br />

Esta entrevista, fez-me<br />

recordar algumas célebres<br />

entrevistas televisivas,<br />

feitas a um grande político<br />

(concorde-se ou não com<br />

ele), que se chamou Álvaro<br />

Cunhal. Os jornalistas<br />

entravam de “faca na liga” e<br />

saíam como cordeiros,<br />

prontos para o matadouro.<br />

A agressividade com<br />

que um dos jornalistas interrogou<br />

o 1° Ministro, foi o<br />

ponto de partida para um<br />

“taco a taco” em que só<br />

poderia sair vencedor (se é<br />

isso que se pretendia…),<br />

aquele que conhecesse bem<br />

todos os dossiers. Aí,…<br />

Sócrates “deu cartas”!<br />

Além disso, o entrevistador<br />

granjeava, pelo seu<br />

estilo feroz, a aversão dos<br />

telespectadores, ignorando<br />

que, a maioria, se coloca<br />

sempre ao lado da “vítima”!...<br />

O jornalista, ao limitarse<br />

a repetir as suspeições da<br />

oposição e assumindo-se<br />

como líder de opinião,<br />

transformou a entrevista<br />

num debate, entre o poder e<br />

a oposição. Habituado aos<br />

temas dos debates parlamentares<br />

e às críticas públicas<br />

da oposição, Sócrates<br />

não teve dificuldades em<br />

argumentar e em atacar as<br />

questões colocadas. Mais<br />

uma vez “ganhou”!<br />

Ao tentarem colocar a<br />

habitual fissura entre<br />

Sócrates e Manuel Alegre,<br />

repetindo mais uma vez a<br />

estratégia oposicionista,<br />

com vista à futura perca da<br />

maioria parlamentar, os jornalistas<br />

não conseguiram<br />

sequer “dar à volta” à<br />

resposta do 1° Ministro,<br />

quando afirmou que, o<br />

Partido Socialista, representa<br />

o povo de esquerda. Um<br />

partido no governo, seja ele<br />

qual for, não representa os<br />

interesses do povo de<br />

esquerda, nem de direita,<br />

mas sim do povo, a bem do<br />

seu interesse colectivo.<br />

Nem a admissão de<br />

culpa, quando no final o jornalista<br />

evoca a falta de<br />

tempo para colocar outras<br />

questões, “salvou” o pretenso<br />

objectivo da entrevista<br />

que, a julgar pela publicidade<br />

feita, pretendia<br />

“encostar à parede” o chefe<br />

do Governo.<br />

Não sei (ou sei…) em<br />

que escolas se criaram este<br />

tipo de jornalistas. O que eu<br />

sei é que, de acordo com os<br />

objectivos de um jornalismo<br />

sério, esclarecedor e<br />

esclarecido, um jornalista,<br />

no exercício exclusivo da<br />

sua actividade profissional<br />

tem, como objectivo essencial,<br />

informar e esclarecer a<br />

opinião pública. É para isso<br />

que a imprensa livre existe!<br />

Deixem o papel de<br />

oposição à oposição e de<br />

críticos aos críticos, ou<br />

então assumam-no!<br />

O que o povo português<br />

precisa saber, (e que neste<br />

momento parece que<br />

ninguém sabe) é: quais são<br />

as possibilidades da actual<br />

governação ir resistindo, no<br />

presente, às actuais dificuldades<br />

e àquelas que se<br />

podem prever; que medidas<br />

são tomadas para moralizar<br />

a sociedade portuguesa,<br />

nomeadamente as grandes<br />

clivagens entre muito ricos<br />

e muito pobres; que esforço<br />

colectivo e socialmente distribuído,<br />

deverá ser pedido<br />

aos portugueses num futuro<br />

próximo; que combate<br />

político e ideológico está o<br />

governo disposto a travar,<br />

no seio das instituições<br />

internacionais, para salvaguardar<br />

as nossas<br />

sociedades das “trafulhices”,<br />

em que o actual sistema<br />

nos colocou; que visão<br />

para Portugal, no seio da<br />

Europa e de um mundo em<br />

plena transformação, tem o<br />

actual governo.<br />

Não basta falar de um<br />

“super” plano tecnológico<br />

para salvar o futuro de<br />

Portugal.<br />

Mesmo que seja verdade<br />

a necessidade de o<br />

País enveredar pela modernização<br />

do seu equipamento<br />

produtivo, reformando<br />

todas as suas estruturas<br />

arcaicas, não é menos verdade<br />

que, o País actual, está<br />

muito longe de lá chegar e<br />

mesmo que a crise, no presente,<br />

não deva hipotecar o<br />

futuro, se não houver pão<br />

hoje, só muito poucos<br />

chegarão ao amanhã.<br />

E, na avaliação do tecido<br />

social português, esses<br />

não me parecem ser o<br />

“povo de esquerda”!<br />

Seria tão mais fácil se<br />

todos pudessem admitir<br />

publicamente as suas dificuldades!<br />

Filme<br />

“As Ilhas Desconhecidas” com<br />

ante-estreia em Ponta Delgada<br />

Aviagem que escritor Raul Brandão<br />

realizou aos Açores e à Madeira há<br />

75 anos constitui o ponto de partida<br />

para o filme “As Ilhas Desconhecidas”<br />

dirigido pelo jornalista, argumentista e cineasta<br />

Vicente Jorge Silva, cuja ante-estreia está agendada<br />

para dia 21, em Ponta Delgada.<br />

O presidente do Governo dos Açores,<br />

Carlos César, participa na sessão de apresentação<br />

do filme, que resultou de um projecto<br />

desenvolvido pela Contracosta<br />

Produções.<br />

Abrangendo as nove ilhas açorianas e<br />

as duas do arquipélago da Madeira a produção,<br />

com uma versão de quatro episódios<br />

a transmitir pela RTP, pretende confrontar<br />

as impressões de Raul Brandão com a actualidade,<br />

procurando a essência da vivência<br />

insular.<br />

Tendo por base a importância da iniciativa<br />

nos planos cultural e da divulgação<br />

externa da Região, das suas tradições,<br />

vigência e imagem, o Governo financiou o<br />

projecto em 80 mil euros.


<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!<br />

9 a 15 de Janeiro de 2009<br />

27<br />

A Nossa Sociedade


28 9 a 15 de Janeiro de 2009<br />

<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!<br />

Comunidades<br />

Secretaria de Estado apresenta<br />

novo sítio na Internet<br />

ao Conselho Permanente<br />

Osecretário de Estado das Comunidades apresentou ao<br />

Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas<br />

(CPCP) um novo sítio de trabalho na Internet e<br />

mostrou-se convicto de que haverá um "bom relacionamento" com<br />

aquele órgão.<br />

Naquela que foi a primeira reunião de António Braga com<br />

o novo CPCP, o governante deu a conhecer aos conselheiros o<br />

sítio "que permitirá interagir internamente entre todos os conselheiros<br />

e externamente, onde todos poderão deixar contributos<br />

ou consultar acções", explicou à Agência Lusa.<br />

O novo sítio ainda não está a funcionar porque "será validado<br />

pelo CPCP", mas terá acesso por via do portal do<br />

Conselho das Comunidades Portugueses (CCP).<br />

Em declarações à Lusa, o secretário de Estado disse ter<br />

ouvido as inquietações, ambições e projectos dos conselheiros<br />

durante a reunião de duas horas, em que também deu conta da<br />

actividade do Ministério dos Negócios Estrangeiros no último<br />

ano.<br />

"Fizemos um balanço da modernização administrativa, das<br />

novas disponibilidades e instrumentos que facilitaram a vida<br />

dos cidadãos no estrangeiro, nomeadamente toda a actividade<br />

dos actos consulares em si, do cartão do cidadão, do passaporte<br />

electrónico e de outras que prevemos realizar relacionadas com<br />

a área de economia, como o programa de investimento<br />

NetInvest e o fórum que realizaremos brevemente", disse<br />

António Braga.<br />

O governante mostrou-se ainda confiante em ter um "bom<br />

relacionamento" com o novo CPCP.<br />

"O relacionamento é sempre bom com um conselho consultivo.<br />

É um órgão de consulta do Governo, que o Governo<br />

preserva e dignifica, fazendo as consultas que entende adequadas<br />

para a persecução das políticas", sublinhou.<br />

O Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas,<br />

órgão que preside ao CCP, foi eleito em Outubro passado e iniciou<br />

hoje, em Lisboa, a primeira reunião do seu mandato.<br />

Os conselheiros serão recebidos hoje à tarde pelo<br />

Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e vão estar<br />

reunidos até sexta-feira na Assembleia da República.<br />

MCL.<br />

Perdi-te…<br />

Não tenho a certeza se te perdi ou se foste tu que<br />

me abandonaste. Apenas sei, que já não reconheço<br />

a tua presença como antigamente. Antes,<br />

andávamos sempre juntos, agora, raramente sinto que andas<br />

por perto.<br />

Quando te encontrei, ou tu a mim, foi um pouco<br />

difícil acostumar-me a ti, porém, após algum tempo, já<br />

não dava um passo sem te levar ao meu lado. Acho que<br />

tu também gostavas de andar comigo. Sentia-o. Fomos<br />

felizes por alguns anos. Viajámos juntos, sonhámos<br />

juntos, dormíamos juntos, enfim, fazíamos tudo em<br />

conjunto. Foi belo, não foi? Até que resolveste abandonar-me.<br />

Isso não se faz, menino. Não se abandona as<br />

pessoas depois de as iludir com palavras e gestos de<br />

carinho.<br />

Lembras-te quando íamos juntos para o trabalho,<br />

sentávamo-nos lado a lado no mesmo banco do autocarro,<br />

conversávamos, trocávamos ideias, ideias que<br />

afinal eram as mesmas. No trabalho continuávamos<br />

juntos e unidos voltávamos a casa. Jantávamos, líamos<br />

um livro, analisávamos textos de alguns amantes das<br />

palavras, examinávamos os nossos próprios escritos e<br />

juntos íamos dormir. A cama estava sempre uma desordem,<br />

livros e jornais por todo o lado, mesmo assim<br />

nós adorávamos dormir nela. Por vezes tínhamos dificuldade<br />

em pegar no sono, pois levávamos para a cama<br />

um jogo de palavras que tentávamos pôr no seu devido<br />

lugar. Mudávamos, uma por uma, de um lado para<br />

o outro e acabávamos por nos levantar e colocá-las<br />

numa pasta do computador. Hoje, com a cama alinhada,<br />

sinto saudades de tudo isso.<br />

Foi belo aquele passeio que fizemos à cidade de<br />

Quebeque. Tínhamos pensado em escrever algo sobre<br />

aquela rua antiga cujo nome já não me lembro.<br />

Tirámos fotos, porém, nada escrevemos e, quando<br />

viemos para trás, ficámos perdidos, fomos dar<br />

connosco nas Américas. Foi um sarilho para sairmos<br />

de lá, pois tivemos que ir à emigração e eu não tinha o<br />

passaporte comigo mas, mesmo assim, foi divertido<br />

por estarmos juntos.<br />

Apesar de ter medo de andar de avião, as viagens<br />

CANDEIAS LEAL<br />

que fizemos<br />

juntos<br />

às ilhas, foram bastante agradáveis, é sempre<br />

aprazível termos alguém ao nosso lado nos momentos<br />

bons e maus. Fomos sempre juntinhos, lá andámos<br />

unidos, voltámos na companhia um do outro e continuámos<br />

lado a lado por mais algum tempo. Quando<br />

íamos aos parques regressávamos a casa felizes, pois<br />

havíamos encontrado um punhado de palavras para<br />

confiar ao papel, era essa a diferença da nossa felicidade:<br />

encontrar palavras.<br />

Quando fiz a minha primeira viagem a Smooth<br />

Rock Falls, vieste comigo, adorámos a jornada no<br />

autocarro, a estadia também e, resolvemos fazer ninho<br />

aqui. Hoje, com o ninho feito, com quase tudo arrumado,<br />

procuro-te, todavia não te encontro. Quando ando<br />

por esses campos, por vezes sinto que andas por perto,<br />

fico toda contente, imagino que ficaremos outra vez<br />

juntos para sempre, contudo, quando volto a casa,<br />

reconheço que já não estás. Não sei por que razão fazes<br />

isso comigo, sabes muito bem que eu te adoro e que<br />

gostava que voltássemos a andar juntos.<br />

Hoje, quando andava lá fora a limpar a neve, senti<br />

que andavas por perto, acho que até me disseste algo.<br />

Atirei a pá para o lado e devagarinho voltei a casa julgando<br />

que também viesses, mas, enfim, não me acompanhaste,<br />

não quiseste entrar no nosso ninho. Porquê?<br />

Olha que ele está aconchegante, o calor da lareira dálhe<br />

uma sensação de paz e o aroma da lenha queimada<br />

é gostoso de mais só para mim, preciso da tua presença<br />

para o apreciar melhor.<br />

Pergunto a mim própria o porquê deste nosso afastamento.<br />

Continuo sem saber se foste tu que me abandonaste<br />

ou se fui eu que te perdi, não sei se a culpa foi<br />

minha, se for esse o caso perdoa-me e volta. Volta<br />

neste novo ano de 2009; se apareceres, penso que seremos<br />

de novo felizes. Sei que tenho algo mais na<br />

minha vida, mas podemos partilhar tudo juntos. Por<br />

favor regressa, mesmo que seja apenas uns minutos<br />

por dia. Pega nas minhas mãos e enche-as de palavras.<br />

Não percam os nossos Jantares<br />

às sextas-feiras à noite,<br />

Ou os nossos almoços diariamente.<br />

Façam já as vossas reservas para<br />

A Grande Noite de Fado<br />

No próximo dia 24 de Janeiro.<br />

Para mais informações e para<br />

as vossas marcações<br />

entre em contato através<br />

do nosso telefone.<br />

«Contrato»:<br />

Nicolau Breyner concretizou<br />

«sonho em 24 dias»<br />

Nicolau Breyner definiu a primeira<br />

longa-metragem de ficção que<br />

realizou, «Contrato», a partir do<br />

policial de Dinis Machado «Requiem por D.<br />

Quixote», como «um sonho concretizado em<br />

24 dias» em que tem «muito orgulho», escreve<br />

a «Lusa».<br />

«Este filme é o produto de uma<br />

teimosia da Isabel Chaves (produtora da<br />

Hora Mágica) e minha. Há muito tempo<br />

que o queria fazer e tive a grande sorte de<br />

poder fazê-lo exactamente com os actores<br />

que queria: foram inexcedíveis e inestimáveis,<br />

eles e a equipa técnica, e tornaram<br />

possível um sonho concretizar-se em 24<br />

dias, o que é muito complicado de fazer»,<br />

disse Nicolau Breyner em conferência de<br />

imprensa.<br />

«Tenho muito orgulho naquilo que fiz»,<br />

acrescentou o realizador estreante. Em<br />

«Contrato», que estreia a 15 de Janeiro,<br />

uma adaptação livre de um dos romances<br />

policiais que o escritor Dinis Machado<br />

escreveu entre 1967 e 1968 sob o pseudónimo<br />

de Dennis McShade, o actor Pedro<br />

Lima veste a pele de um assassino profissional<br />

chamado Peter McShade.<br />

Cláudia Vieira, Vítor Norte, José<br />

Wallenstein, Pedro Granger, Sofia<br />

Aparício, José Raposo, George Felner,<br />

Joaquim Nicolau, José Boavida e Adelaide<br />

João completam o elenco deste filme de<br />

acção com uma hora e meia de duração.<br />

Nicolau Breyner explicou que escolheu<br />

filmar esta história «por razões afectivas e<br />

razões meramente profissionais».<br />

«Eu era amigo do Dinis Machado há<br />

muitos anos. Habituei-me a ler livros do<br />

Dennis McShade sem saber quem ele era e,<br />

quando vim para Lisboa, um dia, conheci<br />

um senhor chamado Dinis Machado e<br />

percebi que ele era o Dennis McShade.<br />

Tinha uma enorme admiração por ele»,<br />

sublinhou.<br />

«O Dinis Machado era um mestre do<br />

cinema negro», prosseguiu, mas «houve<br />

necessidade de fazer uma adaptação»,<br />

primeiro com o argumento de Pedro<br />

Bandeira Freire, que entretanto faleceu, em<br />

2008, e depois com uma adaptação de<br />

Álvaro Romão e do próprio Nicolau<br />

Breyner, porque a violência na época em<br />

que Dinis Machado escreveu era «mais<br />

meiga» do que actualmente.<br />

Apoiado pelo Instituto do Cinema e<br />

Audiovisual (ICA) o filme foi co-produzido<br />

pela TVI, cujo director-geral, José<br />

Eduardo Moniz, afirmou ter «planos» para<br />

próximas colaborações com Nicolau<br />

Breyner, que classificou como «não só um<br />

grande actor mas um homem com uma fantástica<br />

sensibilidade para a realização».<br />

A segunda colaboração entre Breyner e<br />

a TVI será, em princípio, uma comédia,<br />

revelaram ambos, escusando-se a adiantar<br />

mais pormenores.


<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!<br />

9 a 15 de Janeiro de 2009<br />

29<br />

Agenda Comunitária<br />

CASA DOS POVEIROS<br />

"Vamos Cantar os Reis".<br />

Mais uma vez a Casa dos Poveiros, leva a<br />

efeito o tradicional Cantar dos Reis, costume<br />

que teimosamente queremos manter. Assim<br />

sendo do nosso vasto programa destacamos,<br />

Sexta-feira, 9 de Janeiro, às 19.30 - Visita ao<br />

Lar de Idosos Terra Nova Dundas Street<br />

Sábado, 10 de Janeiro, às 19.00 - Festa<br />

Convívio - Noite de Reis na Sede Social da<br />

Casa dos Poveiros, Symington Ave. Com<br />

jantar. Para mais informações, 416 720-9371<br />

Linda Correia.<br />

Centro Cultural Português de Mississauga<br />

Sábado, 10 de Janeiro, Baile do Caçador,<br />

abrilhantado pelo Conjunto Além Mar.<br />

Jantar. Reserve com antecedência pelo 905-<br />

286-1311.<br />

Sábado, 17 de Janeiro, Baile do Sócio e<br />

Desfile de Modelos, abrilhantado pelo<br />

Conjunto Unique Touch.<br />

Jantar. Faça a sua reserva com antecedência<br />

pelo 905-286-1311.<br />

Casa das Beiras CCC de Toronto<br />

34 Caledonia Rd.<br />

Sábado 10 de Janeiro, às 19 horas.<br />

Festa do Sócio e Caçador, abrilhantada pelo<br />

DJ P & T<br />

Reservas pelo 416-604-1125<br />

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TELEFONAR PARA O: 416-253-2135.<br />

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10 de Janeiro<br />

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quadrados de espaço para escritório, na Weston Rd./Rogers.<br />

Os interessados devem telefonar para o 416-949-3699.<br />

Procuram-se Instaladores de Cozinhas. Os interessados devem telefonar para: 416-830-4366<br />

Escritório para alugar no 1116 da Dundas St. West (esquina com Dundas e Ossignton).<br />

Os interessados deverão telefonar para Isabel 416-588-3851<br />

Precisa-se de pessoal para limpeza nas zonas de Niagara Falls, Oskiville, Hamilton, Brampton, Woodbridge<br />

e Mississauga. Os interessados devem ligar para o 416-602-5534<br />

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em idade escolar de que as classes de Português da<br />

Pré-Primária até ao grau 11 estão a funcionar nas seguintes escolas:<br />

• St. Luke e St Mary of the Angels - 4 - 6pm -2ªs, 3ªs, 5ªs e 6ªs feiras.<br />

• St. Luke Catholic School 9 -12pm Aos Sábados<br />

• Aulas de Portugués p/ Adultos no First - 3ªs e 5ª.s - 6:30 – 8:30pm<br />

• Classes de Inglês Para Adultos –3ªs e 5ª.s 7-9pm – Início Outubro 7<br />

CLASSES DE INTERESSE GERAL<br />

• Classes de Arraiolos aos Sábados 4-6pm<br />

• Classes de Computador Básico P/ Idosos – 2ªs 4ªs, e 6ªs<br />

• Centro de Dia Para Idosos – aberto de 2ª. a 6ª feira das 9am às 5pm<br />

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o mínimo de 5 anos de experiência.<br />

Contactar Cristina. 416-789-4179.<br />

Pessoal para fazer limpeza na área de<br />

Mississauga. 905-542-3697.<br />

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para a área de Woodbridge. 647-400-<br />

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Pessoal para fazer limpeza, área de<br />

Precisa-se<br />

Mississauga, Scarborough e Toronto.<br />

Contactar Luis Pacheco. 416-334-5025.<br />

Cabeleireira e esteticista. 416-535-4300.<br />

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domicílio, com curso de PSW (Personal<br />

Support Worker), com experiência e fluente<br />

em português e inglês, para apoio a idosos.<br />

Enviar resumé via fax. Fax #416-532-<br />

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30 9 a 15 de Janeiro de 2009 <strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!<br />

FILME DA SEMANA:<br />

Hotel for Dogs<br />

HORÓSCOPO<br />

Por: Paulo Cardoso<br />

CARNEIRO<br />

21/03 A 20/04<br />

TOURO<br />

21/04 A 20/05<br />

Sentir-se-á com mais energia e optimismo, o que melhorará a sua relação<br />

com os seus amigos e com todas as pessoas de quem gosta e<br />

com quem habitualmente convive. Esta é também uma boa altura para<br />

tratar de assuntos legais ou administrativos. Poderá ter desejo de viajar<br />

ou tomar conhecimento com realidades diferentes da sua. Novos<br />

relacionamentos ou reencontros com antigos amigos, ou ainda encontros<br />

profissionais dos quais possa tirar benefícios estão também na<br />

lista de probalidades para este período favorável da sua vida.<br />

Há uma certa dispersão de assuntos ou acontecimentos que neste<br />

momento poderão constituir um pequeno problema ou preocupação<br />

para si. Além de uma certa saturação psíquica, que lhe dificultará a concentração,<br />

poderão surgir alguns factos ou situações a resolver, quer<br />

relacionadas com a família quer com assuntos legais. É indispensável<br />

estabelecer prioridades, para levar tudo a bom termo.<br />

GÉMEOS<br />

21/05 A 20/06<br />

Momento de desenvolvimentos críticos. Diversos factores no mundo exterior<br />

constituirão um forte desafio e pode sentir alguma dificuldade em agir<br />

livremente naquilo que procure empreender. Pode ter dificuldades de relacionamento<br />

com as pessoas em posições de autoridade. As suas energias<br />

vitais estão em baixo e sentir-se-á incapaz de lidar, inclusivamente, com as<br />

coisas mais insignificantes.<br />

Elenco: Emma Roberts, Don Cheadle, Johnny Simmons, Lisa<br />

Kudrow, Kevin Dillon<br />

CARANGUEJO<br />

1/06 A 20/07<br />

O conflito entre o Sol e Plutão assinala um momento em que é possível<br />

que tanto você, como o seu trabalho, estejam a ser vigiados por pessoas<br />

“em posições de autoridade”. É uma boa altura para concluir qualquer<br />

negócio que esteja por resolver, pois quanto mais tempo esperar,<br />

pior é.<br />

Género: Comédia<br />

Direcção: Thor Freudenthal<br />

SINOPSE:<br />

Duração: 1 hr. 34 min.<br />

LEÃO<br />

22/07 A 22/08<br />

Neste momento não deve dedicar-se a jogos de azar, ou a investimentos,<br />

devendo ter muita atenção, e mesmo algum cuidado na escolha<br />

dos seus sócios em questões de negócios. Nesta altura é muito<br />

idealista. Tente adaptar esse facto ao mundo tal como ele é e à realidade<br />

em geral. Evite beber ou tomar drogas em excesso.<br />

Baseado no romance infantil "Lost Treasures: Hotel for Dogs", escrito<br />

por Lois Duncan em 1971, a história fala sobre dois adolescentes órfãos que<br />

escondem vários cachorros num hotel abandonado. O problema é que<br />

aparece um assistente social (Don Cheadle) que vai cuidar da adoção das<br />

crianças, o que poderá separá-las dos animais.<br />

VIRGEM<br />

23/08 A 22/09<br />

A sua clarividência destacar-se-á ainda mais, decifrando situações<br />

nebulosas ou lendo nas entrelinhas do que lhe dizem. Faça os seus<br />

próprios projectos para uma eventual remodelação da sua vida, discretamente<br />

e sem o divulgar a ninguém. Tente corrigir, mudar ou reorientar<br />

uma dada situação, pois a sua capacidade de estratégia e o<br />

seu sentido crítico estarão mais desenvolvidos.<br />

BALANÇA<br />

23/09 A 22/10<br />

A harmonia entre o Sol e Júpiter vai trazer-lhe maior confiança em si<br />

próprio, maior harmonia entre si e a sociedade. Este bom aspecto vai<br />

permitir-lhe, não só construir melhor um projecto a longo prazo, mas<br />

também fazer um pedido a alguém, contactar alguém que beneficie a<br />

sua vida profissional ou pessoal.<br />

ESCORPIÃO<br />

23/10 A 21/11<br />

Fará tudo com uma grande generosidade, mas igualmente acompanhada,<br />

talvez, de grande credulidade. Tenha sempre a certeza que sabe<br />

aquilo que está a fazer, certificando-se de todas as circunstâncias relevantes.<br />

Procure ter um relacionamento realista com as outras pessoas.<br />

SAGITÁRIO<br />

22/11 A 21/12<br />

Será uma altura ideal para desenvolver os seus contactos a nível de<br />

amigos e do ambiente social em que se integra. O Sol, fazendo um<br />

bom aspecto a Júpiter, facilitará essa comunicação, que se projectará<br />

no seu futuro. Sentirá uma tendência para se questionar a si próprio,<br />

para tentar compreender como vai e para onde vai. É uma altura em<br />

que melhor pode entender o sentido da sua própria vida.<br />

Capricornio<br />

22/12 a 20/01<br />

AQUÁRIO<br />

21/01 A 19/02<br />

Terá um intenso envolvimento em tudo aquilo que fizer nesta altura.<br />

Poderá ter de corrigir alguma coisa que esteja avariada ou a funcionar<br />

mal, seja uma máquina ou uma situação. Entrará possivelmente em<br />

contacto com alguém que use o poder ou, mais provavelmente, que<br />

abuse do poder. Afaste-se dos locais em que se encontrem marginais.<br />

É evidente que pode entrar em contacto com alguém ou com um caso<br />

que exiba energias plutónicas, as quais são o poder ou a habilidade de<br />

transformar ou de sondar as coisas directamente abaixo daquilo que<br />

se vê.<br />

Os seus sonhos ou ilusões podem ser abalados por um aspecto bem<br />

desagradável da realidade - terá, forçosamente, de descer à terra. Tal<br />

pode dar-se lenta ou bruscamente. Assim sendo, esta poderá ser uma<br />

altura em que a realidade revela as suas ilusões. Também poderá<br />

alcançar com sucesso o que desejava, e ter uma desilusão por isso<br />

não corresponder ao que desejava. Por outro lado os seus sonhos<br />

tomam forma e estrutura e sente-se feliz com o resultado.<br />

Peixes<br />

20/02 a 20/03<br />

Nesta altura, poderá sentir uma certa necessidade de se controlar, de se<br />

travar ou sentir mesmo um certo receio na relação com os outros. É provável<br />

que seja levado a justificar as suas atitudes, com medo que os<br />

outros não o entendam completamente. A sua energia física poderá estar<br />

um tanto irregular e a sua imagem um pouco instável. Altura de impaciência,<br />

e com alguma tendência para o isolamento.


<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!<br />

9 a 15 de Janeiro de 2009<br />

31<br />

Culinária<br />

Lazer<br />

Ingredientes:<br />

Bochechas de porco ao vinho tinto<br />

400 g bochechas de porco<br />

2 dentes de alho<br />

2 colheres de sopa de azeite<br />

1 copo de vinho tinto<br />

Sal e pimenta q.b.<br />

Água q.b.<br />

Quebra-cabeças Sudoku<br />

O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada uma das células vazias<br />

numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebracabeça<br />

contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um<br />

número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico<br />

e algum tempo.<br />

Confecção:<br />

Prepare uma vinha d’alhos: corte finamente os<br />

dentes de alho e deite-os no vinho. Mergulhe nele a<br />

carne de porco e deixe repousar no frigorífico,<br />

durante pelo menos 2 horas.<br />

Passado esse tempo, tempere com sal e pimenta e leve o azeite a lume brando e frite nele a carne<br />

de porco. Vá acrescentando um pouco de água, se necessário, para que o molho de vinho não seque<br />

totalmente.<br />

Sirva com arroz branco e salada de alface.<br />

Ingredientes:<br />

Ovos: 8<br />

Açúcar: 150 g + 250 g<br />

Leite: 1 colher (de chá)<br />

Farinha maizena: 1 colher (de sopa)<br />

Pudim Molotov<br />

Confecção:<br />

Batem-se as claras e, quando estiverem em meio<br />

castelo, mistura-se gradualmente 150 g de açúcar.<br />

Reserva-se.<br />

Num tacho, leva-se ao lume o açúcar restante e<br />

um pouco de água, deixando ferver até atingir<br />

ponto de caramelo claro. Mistura-se nas claras.<br />

De seguida, unta-se uma forma; deita-se o pudim<br />

sem alisar as claras, deixando-as dispostas ao acaso.<br />

Vai ao forno durante 5 minutos.<br />

Cobertura para o pudim:<br />

Faz-se um creme levando ao lume até ferver o açúcar, o leite e a farinha maisena.<br />

Retira-se do lume e deixa-se arrefecer um pouco juntando, então, as gemas.<br />

Vai, de novo, ao lume até prender.<br />

Deita-se este creme por cima do pudim, depois de desenformado.<br />

Ingredientes:<br />

Cebola: 2, grandes<br />

Miolo de pão: 30 gr<br />

Ovo: 2<br />

Leite: 2 colheres de sopa<br />

Confecção<br />

Cortam-se as cebolas em rodelas finas e levam-se ao lume com uma colher de manteiga e<br />

outra de margarina. Mexe-se constantemente até estar bem cozido, sem deixar escurecer.<br />

Deita-se água suficiente para a sopa, sal, um pouco de pimenta e o pão em pedacinhos.<br />

Deixa-se ferver até o pão estar desfeito, passa-se pelo passevite, juntam-se as gemas desfeitas<br />

num pouco de água e voltam ao lume sem deixar levantar fervura, mexendo sempre para não<br />

talharem. Tira-se, deita-se o leite e a restante manteiga, rectifica-se de sal e serve-se.<br />

Aberto<br />

aos sábados<br />

Sopa Luisette<br />

Manteiga: 2 colheres de sopa<br />

Margarina: 1 colher de sopa<br />

Sal, água e pimenta: q.b.<br />

Tabela:<br />

10 minutos: Você é um craque!<br />

15-20 minutos: Você domina o jogo.<br />

21-25 minutos: Fazendo progresso.<br />

25 ou mais minutos: Praticar mais.<br />

7<br />

D<br />

I<br />

F<br />

E<br />

R<br />

E<br />

N<br />

Ç<br />

A<br />

S<br />

Solução da edição 907<br />

Embora estas duas imagens pareçam idênticas,<br />

teem 7 diferenças.<br />

Tente descobri-las e divirta-se!


32 9 a 15 de Janeiro de 2009<br />

<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!

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