23.06.2014 Views

Centro Universitário do Triangulo - Secretaria de Estado de Saúde ...

Centro Universitário do Triangulo - Secretaria de Estado de Saúde ...

Centro Universitário do Triangulo - Secretaria de Estado de Saúde ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Centro</strong> Universitário <strong>do</strong> <strong>Triangulo</strong><br />

Pró-Reitoria <strong>de</strong> Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão.<br />

INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA<br />

QUALIDADE DE VIDA E NO ESCORE DE<br />

ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS NÃO-<br />

INSTITUCIONALIZADOS<br />

Lucinei<strong>de</strong> da Silva Santos<br />

Uberlândia<br />

2008


Lucinei<strong>de</strong> da Silva Santos<br />

INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA<br />

QUALIDADE DE VIDA E NO ESCORE DE<br />

ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS NÃO-<br />

INSTITUCIONALIZADOS<br />

Dissertação apresentada ao Programa <strong>de</strong> Pós-<br />

Graduação/Mestra<strong>do</strong> em Fisioterapia <strong>do</strong> <strong>Centro</strong><br />

Universitário <strong>do</strong> Triângulo - Unitri como<br />

requisito parcial para obtenção <strong>do</strong> título <strong>de</strong><br />

Mestre em Fisioterapia.<br />

Orienta<strong>do</strong>r: Profº. Drº. Ângelo Piva Biagini<br />

Uberlândia<br />

<strong>Centro</strong> Universitário <strong>do</strong> Triângulo<br />

2008


AGRADECIMENTOS<br />

Aos i<strong>do</strong>sos que participaram <strong>de</strong>ssa pesquisa, pela confiança <strong>de</strong>positada no trabalho,<br />

respon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> os questionários com interesse e serieda<strong>de</strong>, <strong>do</strong>an<strong>do</strong> um pouco <strong>do</strong> tempo <strong>de</strong> suas<br />

vidas e muito carinho à minha pessoa.<br />

À secretária Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Mato Grosso, em especial ao setor da Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Vida.<br />

Aos meus amigos Viviane Martins e Regiane Men<strong>do</strong>nça, pelo apoio e auxilio.<br />

Aos amigos da turma <strong>do</strong> Mestra<strong>do</strong>, por to<strong>do</strong>s os momentos compartilha<strong>do</strong>s, minha<br />

amiza<strong>de</strong> e gratidão.<br />

Às professoras Drª. Eliane Maria <strong>de</strong> Carvalho e Drª. Nádia Carla Cheik, integrantes da<br />

Comissão Examina<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> Qualificação, cujas críticas e sugestões enriqueceram o trabalho.<br />

Ao Professor Dr. Ângelo Piva Biagini, pela orientação prestada, pelo carinho muito<br />

especial com que soube amenizar as dificulda<strong>de</strong>s e pelo incentivo permanente na realização<br />

<strong>de</strong>ste trabalho. Meu respeito e admiração tornaram-se ainda maior pelo profissional e pessoa<br />

humana que é.<br />

À minha família (em especial a minha mãe, Lúcia) que sempre esteve ao meu la<strong>do</strong>,<br />

incentivan<strong>do</strong> e orientan<strong>do</strong> os meus passos e torcen<strong>do</strong> muito pelo meu sucesso. Além <strong>de</strong> me<br />

acolher, nos momentos mais difíceis da minha vida.<br />

Ao meu mari<strong>do</strong> Luiz Benvenuti, uma pessoa muito especial na minha vida, que nos<br />

momentos em que eu mais precisei sempre esteve ao meu la<strong>do</strong>. Você foi o meu gran<strong>de</strong><br />

alicerce no transcorrer <strong>do</strong> mestra<strong>do</strong>. Seu amparo, incentivo, apoio, carinho, compreensão,<br />

amor, paciência e sua <strong>de</strong>dicação em me motivar foram fundamentais. Estar com você me<br />

engran<strong>de</strong>ce.<br />

A Deus que me auxilia e me guia a cada <strong>de</strong>scoberta da minha vida...<br />

A to<strong>do</strong>s que <strong>de</strong> alguma forma contribuíram com meu crescimento.<br />

Muito obrigada!!!!


RESUMO<br />

SANTOS, L. S. Nível <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> Física e sua relação com Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida, Ansieda<strong>de</strong> e<br />

Depressão em I<strong>do</strong>sos não-institucionaliza<strong>do</strong>s. 2008. 65 p. Dissertação Mestra<strong>do</strong> –<br />

Fisioterapia, <strong>Centro</strong> Universitário <strong>do</strong> Triângulo, Uberlândia.<br />

Introdução: Saben<strong>do</strong> que o processo <strong>de</strong> envelhecimento é comum a to<strong>do</strong> ser humano e que,<br />

por diversos motivos, a população mundial e também a brasileira se apresenta cada vez com<br />

mais ida<strong>de</strong> e com os problemas e agravos <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>ste processo, a ativida<strong>de</strong> física tem<br />

si<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>rada um meio <strong>de</strong> preservar e melhorar a saú<strong>de</strong>.<br />

Objetivo Geral: Avaliar o nível <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> Física e a sua relação com a Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida,<br />

ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão em i<strong>do</strong>sos.<br />

Méto<strong>do</strong>s: A amostra foi composta por 200 i<strong>do</strong>sos, <strong>de</strong> ambos os sexos, dividi<strong>do</strong>s em <strong>do</strong>is<br />

grupos: 100 i<strong>do</strong>sos que praticavam ativida<strong>de</strong> física no centro <strong>de</strong> convivência e 100 i<strong>do</strong>sos da<br />

comunida<strong>de</strong> que não praticavam ativida<strong>de</strong> física. Os instrumentos aplica<strong>do</strong>s foram: 1)<br />

Questionário <strong>do</strong> Nível <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Baecke Modifica<strong>do</strong> para i<strong>do</strong>sos; 2) Questionário <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida SF-36; e 3) Escala <strong>de</strong> Ansieda<strong>de</strong> e Depressão – HAD. Os da<strong>do</strong>s foram<br />

analisa<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> médias e <strong>de</strong>svio-padrão, foi usa<strong>do</strong> o teste t-Stu<strong>de</strong>nt para comparar as<br />

variáveis: ida<strong>de</strong>, a escala HAD (ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão) e os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36.<br />

O coeficiente <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> Pearson (r) foi utiliza<strong>do</strong> para verificar a associação entre o<br />

nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física e as variáveis: ida<strong>de</strong>, a escala HAD e os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário<br />

SF-36. O nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física, a ida<strong>de</strong> e os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36 foram<br />

compara<strong>do</strong>s entre os grupos da escala <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão-HAD utilizan<strong>do</strong>-se ANOVA.<br />

A<strong>do</strong>tou-se um nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> 5%.<br />

Resulta<strong>do</strong>s: Os resulta<strong>do</strong>s nos mostraram que na comparação entre o NAF e os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong><br />

questionário SF-36, os valores médios nos escores foram maiores no grupo ativo, e que na<br />

escala <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão os escores maiores foram no grupo se<strong>de</strong>ntário. Na correlação<br />

entre o NAF e todas as variáveis analisadas. Verifica-se que o <strong>do</strong>mínio capacida<strong>de</strong> funcional e<br />

o NAF apresentam uma correlação mo<strong>de</strong>rada, sen<strong>do</strong> que, entre as <strong>de</strong>mais variáveis, a<br />

correlação é fraca. Além disso, encontrou-se que os i<strong>do</strong>sos que apresentam a associação <strong>do</strong>s<br />

sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão possuem menores escores no NAF e nos <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong><br />

questionário SF-36.<br />

Conclusão: O nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física influencia a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e diminui os sintomas<br />

<strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão.<br />

Palavras-chave: nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física; qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida; i<strong>do</strong>so; ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão.


ABSTRACT<br />

Santos, L. S. Level of Physical Activity and its relationship with Quality of Life, Anxiety and<br />

Depression in non-institutionalized El<strong>de</strong>rly. 2008. 65 P. Mastering Dissertation -<br />

Physiotherapy, <strong>Centro</strong> Universitário <strong>do</strong> Triângulo (University Center of the Triangle),<br />

Uberlândia.<br />

Introduction: The present study arises from the knowledge that the ageing process is<br />

universal to all human being. This is clearly seeing as well as that the world population and<br />

also the brasilian one had increased at this specific population, showing its problems and<br />

illness common to them, the physical activity has been consi<strong>de</strong>red one of the ways to preserve<br />

and to improve health condition.<br />

General Objective: To evaluate the level of physical activity and its relationship with Quality<br />

of Life, anxiety and <strong>de</strong>pression of the el<strong>de</strong>rly participating in the center of coexistence and<br />

community, in the city of Cuiabá, state of Mato Grosso, in Brazil.<br />

Methods: The sample inclu<strong>de</strong>d 200 el<strong>de</strong>rly of both gen<strong>de</strong>rs, divi<strong>de</strong>d into two groups: 100<br />

el<strong>de</strong>rly people who practiced physical activity and 100 el<strong>de</strong>rly people who did not practiced<br />

physical activity. The instruments for data collecting, applied as a separate interview, were: 1)<br />

Baecke Modified Questionnaire for the el<strong>de</strong>rly on the level of activity; 2) Quality of life SF-<br />

36 Questionnaire; and 3) Scale of Anxiety and Depression - HAD. Data were analyzed<br />

through averages and standard <strong>de</strong>viation, t-Stu<strong>de</strong>nt test was used to compare the variables age,<br />

HAD scale (anxiety and <strong>de</strong>pression) and the areas of the SF-36 questionnaire. The Pearson's<br />

correlation coefficient (r) was used to verify the association between the level of physical<br />

activity and age, HAD scale and areas of SF-36 questionnaire. Level of physical activity, age<br />

and areas of SF-36 questionnaire were compared among groups of scale of anxiety and<br />

<strong>de</strong>pression-HAD usig ANOVA. Significance level of 5% was a<strong>do</strong>pted.<br />

Results: The results showed that in the comparison between the PAL and the areas of the<br />

questionnaire SF-36, the average scores were higher in the active group, and that the scale of<br />

the anxiety and <strong>de</strong>pression scores was higher in the se<strong>de</strong>ntary group. In correlation between<br />

the PAL and all variables, it appears that the <strong>do</strong>main functional capacity and PAL have a<br />

mo<strong>de</strong>rate correlation, and, among other variables, the correlation is weak. Moreover, it was<br />

found that el<strong>de</strong>rly people who have the combination of symptoms of anxiety and <strong>de</strong>pression<br />

have lower scores in PAL and in the areas of the questionnaire SF-36.<br />

Conclusion: Level of physical activity influences the quality of life and <strong>de</strong>creases the<br />

symptoms of anxiety and <strong>de</strong>pression.<br />

Keywords: physical activity level; quality of life; el<strong>de</strong>rly; anxiety and <strong>de</strong>pression.


LISTA DE TABELAS<br />

Tabela 1<br />

Tabela 2<br />

Tabela 3<br />

Tabela 4<br />

Tabela 5<br />

Tabela 6<br />

Tabela 7<br />

Médias; <strong>de</strong>svios padrão das variáveis: ida<strong>de</strong>; ativida<strong>de</strong> física; HAD-A;<br />

HAD-D e os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36 (capacida<strong>de</strong> funcional;<br />

aspectos físicos; <strong>do</strong>r; esta<strong>do</strong> geral saú<strong>de</strong>; aspectos emocionais e saú<strong>de</strong><br />

mental)<br />

Comparação entre as médias da ida<strong>de</strong> e NAF entre os grupos<br />

se<strong>de</strong>ntário e ativo<br />

Comparação entre as médias da escala HAD entre os grupos<br />

se<strong>de</strong>ntário e ativo<br />

Comparação entre as médias <strong>do</strong>s <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36<br />

entre os grupos se<strong>de</strong>ntário e ativo<br />

Estimativa <strong>do</strong>s coeficientes <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> Pearson (r) entre as<br />

variáveis: ida<strong>de</strong> e a escala HAD e o NAF<br />

Estimativa <strong>do</strong>s coeficientes <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> Pearson (r) entre os<br />

<strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36 e o NAF<br />

Comparação entre as médias <strong>do</strong> NAF; ida<strong>de</strong> e <strong>do</strong>s <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong><br />

questionário SF-36 em relação aos sem sintomas, ansioso, <strong>de</strong>pressivo<br />

e ansioso/<strong>de</strong>pressivo<br />

24<br />

25<br />

25<br />

26<br />

26<br />

27<br />

28


LISTA DE ANEXOS<br />

Anexo A Autorização <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> <strong>de</strong> Convivência Padre Firmo 48<br />

Anexo B Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa em Seres Humanos <strong>do</strong> Unitri 49<br />

Anexo C Termo <strong>de</strong> Consentimento Livre e Esclareci<strong>do</strong> 50<br />

Anexo D Questionário <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida SF-36 52<br />

Anexo E Questionário <strong>do</strong> Nível <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Baecke Modifica<strong>do</strong> 56<br />

Anexo F Código <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> relaciona<strong>do</strong> ao gasto <strong>de</strong> energia 60<br />

Anexo G Escala <strong>de</strong> Ansieda<strong>de</strong> e Depressão – HAD 62<br />

Anexo H<br />

Valores individuais <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos: ida<strong>de</strong>; NAF; HAD (escala <strong>de</strong><br />

ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão e os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36<br />

(capacida<strong>de</strong> funcional; aspectos físicos; <strong>do</strong>r; esta<strong>do</strong> geral saú<strong>de</strong>;<br />

vitalida<strong>de</strong>; aspectos sociais; aspectos emocionais; saú<strong>de</strong> mental)<br />

64


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS<br />

AVD<br />

IBGE<br />

OMS<br />

CDC<br />

PNI<br />

DSM-IV<br />

SNC<br />

QV<br />

QVRS<br />

AF<br />

EF<br />

UNITRI<br />

HAD<br />

SF36<br />

Katz<br />

Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida Diária<br />

Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística<br />

Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Centers for Disease Control and Prevention<br />

Política Nacional <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so<br />

Manual Diagnóstico e Estatístico da Associação Psiquiátrica<br />

Americana quarta edição<br />

Sistema Nervoso Central<br />

Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida<br />

Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida Relacionada à Saú<strong>de</strong><br />

Ativida<strong>de</strong> Física<br />

Exercício Físico<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Triângulo Mineiro<br />

Escala <strong>de</strong> Ansieda<strong>de</strong> e Depressão<br />

Short Form Health Survery<br />

Índice <strong>de</strong> Katz (AVD`s)


SUMÁRIO<br />

1. INTRODUÇÃO 10<br />

2. OBJETIVOS 19<br />

2.1. Objetivo Geral 19<br />

2.2. Objetivos Específicos 19<br />

3. CASUÍSTICA E METODOLOGIA 20<br />

3.1. Casuística 20<br />

3.2. Protocolo 21<br />

3.3. Méto<strong>do</strong>s 21<br />

3.3.1. Questionário <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida (SF 36) 21<br />

3.3.2. Questionário <strong>do</strong> Nível <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Baecke<br />

Modifica<strong>do</strong><br />

22<br />

3.3.3. Escala <strong>de</strong> Ansieda<strong>de</strong> e Depressão – HAD 22<br />

4. ANÁLISE ESTATÍSTICA 23<br />

5. RESULTADOS 24<br />

6. DISCUSSÃO 29<br />

7. CONCLUSÕES 35<br />

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 36<br />

ANEXOS 45


Ficha Catalográfica<br />

elaborada pelo Departamento <strong>de</strong> Catalogação da Biblioteca da UNITRI<br />

Bibliotecária responsável: Gizele Cristine Nunes <strong>do</strong> Couto CRB6/2091<br />

613.7046<br />

S 237 i<br />

Santos, Lucinei<strong>de</strong> da Silva.<br />

Influência da ativida<strong>de</strong> física na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida no escore <strong>de</strong><br />

ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão em i<strong>do</strong>sos não-institucionaliza<strong>do</strong>s [manuscrito] /<br />

Lucinei<strong>de</strong> da Silva Santos. – 2008.<br />

50 f. : il. ; 33 cm.<br />

Cópia <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>r (Printout(s)).<br />

Dissertação (Mestra<strong>do</strong>) – UNITRI, 2008.<br />

“Orientação: Ângelo Piva Biagini”.<br />

1. Nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física. 2. Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. 3. I<strong>do</strong>so. 4.<br />

Ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão. I. Título.


10<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

O envelhecimento populacional é hoje um fenômeno universal, característica<br />

<strong>do</strong>s países <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s países em <strong>de</strong>senvolvimento. Em 1950, eram cerca <strong>de</strong><br />

204 milhões <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos no mun<strong>do</strong> e, já em 1998, quase cinco décadas <strong>de</strong>pois, este<br />

contingente alcançara 579 milhões <strong>de</strong> pessoas, um crescimento <strong>de</strong> quase oito milhões <strong>de</strong><br />

pessoas i<strong>do</strong>sas por ano. As projeções indicam que, em 2050, a população i<strong>do</strong>sa será <strong>de</strong> 1<br />

900 milhões <strong>de</strong> pessoas, equivalente à população infantil <strong>de</strong> 0 a 14 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />

(ANDREWS, 2000), sen<strong>do</strong> que os muito i<strong>do</strong>sos (com 80 ou mais anos) constituem o<br />

grupo etário <strong>de</strong> maior crescimento no mun<strong>do</strong> (OMS, 2001; CDC, 2007). O número <strong>de</strong><br />

pessoas com 60 anos ou mais tem aumenta<strong>do</strong> progressivamente nos países em<br />

<strong>de</strong>senvolvimento, como por exemplo, no Brasil (KALACHE, 1987; GARRIDO &<br />

MENEZES, 2002; ALBUQUERQUE, 2005).<br />

A Organização Mundial <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (OMS), 2001, consi<strong>de</strong>ra que a terceira ida<strong>de</strong><br />

começa aos 65 anos nos países <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s e, aos 60 anos, nos países em<br />

<strong>de</strong>senvolvimento. No entanto, é importante reconhecer que a ida<strong>de</strong> cronológica não é<br />

um marca<strong>do</strong>r preciso para as mudanças que acompanham o envelhecimento (OPAS,<br />

2005). Paralelamente à evolução cronológica, coexistem fenômenos <strong>de</strong> natureza<br />

biopsíquica e social, importantes para a percepção da ida<strong>de</strong> e <strong>do</strong> envelhecimento<br />

(CALDAS & VERAS, 2007).<br />

O Brasil é um país que envelhece rapidamente. De acor<strong>do</strong> com o Instituto<br />

Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística (IBGE, 2000) a população total <strong>de</strong> brasileiros é <strong>de</strong><br />

169, 5 milhões <strong>de</strong> habitantes, distribuí<strong>do</strong>s nas diferentes regiões <strong>do</strong> país. Destes, estimase<br />

que em torno <strong>de</strong> 16,7 milhões tenham 60 anos ou mais <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, o que representa<br />

9,6% da população total (IBGE, 2005) colocan<strong>do</strong> o Brasil, em 2050, na sexta posição <strong>de</strong><br />

i<strong>do</strong>sos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> em termos absolutos (KALACHE et al., 1987; PARAHYBA &<br />

SIMÕES, 2006; DIAS et al., 2006).<br />

A transição <strong>de</strong>mográfica brasileira é conseqüência, principalmente, <strong>de</strong><br />

diminuições importantes <strong>do</strong>s coeficientes <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> e das taxas <strong>de</strong> fecundida<strong>de</strong> e<br />

natalida<strong>de</strong> (PASCHOAL, 2000; CARVALHO & GARCIA, 2003) e também das


11<br />

profundas transformações sociais e econômicas ocorridas no século XX. Assim, a<br />

expectativa <strong>de</strong> vida <strong>do</strong> brasileiro, atualmente, é <strong>de</strong> aproximadamente 71,9 anos (IBGE,<br />

2006), refletin<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong> envelhecimento da população, com aumento contínuo e<br />

significativo da população <strong>de</strong> i<strong>do</strong>so. Com o incremento da expectativa <strong>de</strong> vida, os<br />

problemas nos setores sócio-econômicos e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> agravam-se. Isto ocorreu pela<br />

mudança no perfil epi<strong>de</strong>miológico que acarreta gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>spesas com tratamentos<br />

médicos e hospitalares, ao mesmo tempo em que se configura como um <strong>de</strong>safio para as<br />

autorida<strong>de</strong>s sanitárias, em especial no que diz respeito à implantação <strong>de</strong> novos mo<strong>de</strong>los<br />

e méto<strong>do</strong>s para assistência à saú<strong>de</strong>. O i<strong>do</strong>so necessita <strong>de</strong> mais serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, as<br />

internações hospitalares são mais freqüentes e o tempo <strong>de</strong> ocupação <strong>do</strong> leito é maior<br />

quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> a outras faixas etárias. Em geral, as <strong>do</strong>enças <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos são crônicas<br />

e múltiplas, perduran<strong>do</strong> por vários anos e exigin<strong>do</strong> acompanhamento médico e <strong>de</strong><br />

equipes multidisciplinares e intervenções contínuas (GORDILHO et. al., 2000;<br />

KILSZTAJN et. al., 2003).<br />

No Brasil, na década <strong>de</strong> 90, iniciaram mobilizações <strong>de</strong> órgãos governamentais<br />

sobre a repercussão <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so, e com a concordância da socieda<strong>de</strong> civil, o que repercutiu<br />

na aprovação da Lei 8.842, <strong>de</strong> 04 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1994, que passou a constituir a Política<br />

Nacional <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so (PNI). As diretrizes da PNI (1990) propunham diversas metas <strong>de</strong><br />

assistência ao i<strong>do</strong>so, surgin<strong>do</strong> o atendimento <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so no <strong>Centro</strong> <strong>de</strong> Convivência. O<br />

objetivo <strong>do</strong> centro <strong>de</strong> convivência é promover a integração <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so na família, entre<br />

outros i<strong>do</strong>sos e outras gerações, contribuin<strong>do</strong> para a sua socialização e autonomia,<br />

proporcionan<strong>do</strong> um envelhecimento ativo e saudável (GOMES, 2001).<br />

Além das transformações <strong>de</strong>scritas anteriormente, o Brasil tem experimenta<strong>do</strong><br />

uma transição epi<strong>de</strong>miológica, com alterações relevantes no quadro <strong>de</strong><br />

morbimortalida<strong>de</strong>.<br />

As <strong>do</strong>enças infectocontagiosas, na década <strong>de</strong> 1950, representavam 40% das<br />

mortes registradas no país, hoje são responsáveis por menos <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong>stas mortes<br />

(Ministério da Saú<strong>de</strong> (MS), 1999). O oposto ocorreu em relação às <strong>do</strong>enças<br />

cardiovasculares nesta mesma década eram responsáveis por 12% das mortes,<br />

representan<strong>do</strong> hoje mais <strong>de</strong> 40% <strong>do</strong> total <strong>de</strong> mortes, ou seja, em menos <strong>de</strong> 40 anos, o<br />

Brasil passou <strong>de</strong> um perfil <strong>de</strong> morbimortalida<strong>de</strong> típico <strong>de</strong> uma população jovem, para<br />

um perfil caracteriza<strong>do</strong> por enfermida<strong>de</strong>s crônicas (CHAIMOWICZ, 1997;


12<br />

GORDILHO et. al., 2000; LIMA-COSTA & VERAS, 2003), <strong>de</strong>ntre elas aquelas que<br />

comprometem o funcionamento <strong>do</strong> sistema nervoso central (SNC), como as<br />

enfermida<strong>de</strong>s neuropsiquiátricas, particularmente a <strong>de</strong>pressão (STELLA, 2002). A OMS<br />

estima que aproximadamente um em cada 10 i<strong>do</strong>sos sofre <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão (CARVALHO<br />

& FERNANDEZ, 2002).<br />

A saú<strong>de</strong> mental é indispensável para o bem-estar <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so e da socieda<strong>de</strong>.<br />

Segun<strong>do</strong> a OMS, em 1990, a <strong>de</strong>pressão foi consi<strong>de</strong>rada mundialmente como a principal<br />

causa <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong>, acredita-se que em 2020, a <strong>de</strong>pressão será responsável pelo<br />

acréscimo <strong>de</strong> co-morbida<strong>de</strong>s que afetarão à comunida<strong>de</strong> como um to<strong>do</strong>. É uma das<br />

<strong>do</strong>enças que causam maior índice <strong>de</strong> incapacitação psico-fisico-social à população geral<br />

e, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a OMS, esse índice ficara abaixo apenas em relação as das <strong>do</strong>enças<br />

cardiovasculares (DEL PORTO, 1999).<br />

Desta forma, a <strong>de</strong>pressão foi <strong>de</strong>finida como uma enfermida<strong>de</strong> mental freqüente<br />

no i<strong>do</strong>so, associada ao eleva<strong>do</strong> grau <strong>de</strong> sofrimento psíquico, on<strong>de</strong> os sintomas<br />

<strong>de</strong>pressivos po<strong>de</strong>m aparecer em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> diversas <strong>do</strong>enças, em vigência <strong>do</strong> uso <strong>de</strong><br />

vários medicamentos, ou após o início <strong>de</strong> outras <strong>do</strong>enças psiquiátricas, tais como:<br />

transtorno obsessivo-compulsivo, síndrome <strong>do</strong> pânico, entre outras (APA, 1994).<br />

A <strong>de</strong>pressão po<strong>de</strong> ser classificada como um problema primário e ou secundário<br />

(ocorren<strong>do</strong> após outras <strong>do</strong>enças). A <strong>de</strong>pressão primária caracteriza-se pela diminuição<br />

<strong>do</strong> humor, que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>primi<strong>do</strong> ou irritável, ou pela perda <strong>de</strong> prazer pelas<br />

experiências em geral, além <strong>de</strong> outras alterações no sono, no apetite, na<br />

psicomotricida<strong>de</strong>, bem como a fadiga e preocupações com morte e suicídio (ABAS e<br />

BROADHEAD, 1994; CALIL e MIRANDA, 1996).<br />

Os transtornos <strong>de</strong>pressivos apresentam significativa prevalência entre<br />

indivíduos i<strong>do</strong>sos, varian<strong>do</strong> entre 4,8 e 14,6%, sen<strong>do</strong> que as mulheres apresentam mais<br />

sintomas <strong>de</strong>pressivos <strong>do</strong> que os homens por fatores tais como maior possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />

queixar <strong>do</strong>s sintomas, liberda<strong>de</strong> para chorar, disposição para procurar tratamento, maior<br />

exposição aos fatores <strong>de</strong> estresse da vida e aos efeitos hormonais (FREITAS et. al.,<br />

2006).<br />

Atualmente, têm surgi<strong>do</strong> hipóteses que procuram englobar as possíveis<br />

alterações fisiopatológicas <strong>de</strong>sses distúrbios <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> contexto neurobiológico. Dentre<br />

elas, hipótese noradrenérgica, hipótese serotonérgica, hipótese <strong>do</strong>paminérgica,


13<br />

alterações <strong>do</strong> apetite, alterações <strong>do</strong> sono, aspectos imunológicos, alterações endócrinas<br />

(eixo hipotálamo-hipofise-adrenal) e alterações <strong>do</strong> tipo GABA, têm si<strong>do</strong> associa<strong>do</strong>s<br />

com <strong>de</strong>pressão <strong>de</strong> início tardio (HAMILTON, M., 1997, STELLA, 2002).<br />

Também tem si<strong>do</strong> correlacionada com <strong>de</strong>pressão <strong>de</strong> início tardio a maior<br />

suscetibilida<strong>de</strong> biológica, além <strong>do</strong> fato <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so se submeter obrigatoriamente a mais<br />

fatores <strong>de</strong> estresse psicológicos e sociais <strong>do</strong> que qualquer outra faixa etária, tais como<br />

empobrecimento, <strong>de</strong>clínio social, perda <strong>de</strong> papéis produtivos, solidão e perda <strong>de</strong> pessoas<br />

queridas (FORLENZA, 2000; STELLA, 2002).<br />

Além disso, a <strong>de</strong>terioração da capacida<strong>de</strong> física e mental restringe sua<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interagir com o ambiente, reforçan<strong>do</strong> o isolamento. A distinção entre os<br />

fatores biológicos, psicológicos e sociais é importante, mas a <strong>de</strong>pressão <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so parece<br />

ser o produto heterogêneo da interação entre diversos fatores predisponentes e<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>antes em proporções variáveis (FORLENZA, 2000).<br />

Além disso, outro distúrbio psicológico que preocupa os profissionais liga<strong>do</strong>s à<br />

saú<strong>de</strong> é o quadro <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong>, caracteriza<strong>do</strong> por uma preocupação excessiva, irreal e<br />

generalizada acerca <strong>de</strong> diversos eventos ou ativida<strong>de</strong>s, ocorren<strong>do</strong> na maioria <strong>do</strong>s dias ao<br />

menos por seis meses. (HOLLANDER et. al., 1994; GLIATTO, 2000; FREITAS et. al.,<br />

2006). Entre os sintomas mais freqüentes estão: taquicardia, distúrbios <strong>do</strong> sono,<br />

su<strong>do</strong>rese, vertigens, distúrbios gastrintestinais e náuseas (HOLLANDER et. al, 1994).<br />

Os distúrbios <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> comuns nas <strong>do</strong>enças psiquiátricas acabam<br />

<strong>de</strong>flagran<strong>do</strong> um quadro <strong>de</strong> angústia e consi<strong>de</strong>rável prejuízo funcional, fazem parte <strong>do</strong>s<br />

transtornos <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong>: agorofobia, pânico, fobias, transtorno <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong><br />

generalizada (TAG), transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e distúrbios <strong>de</strong> estresse<br />

pós-traumático (TEPT), transtorno <strong>de</strong> estresse agu<strong>do</strong>, entre outros (APA, 1994;<br />

FREITAS ET. AL, 2006). Sua prevalência é <strong>de</strong> 4% nos i<strong>do</strong>sos da comunida<strong>de</strong>, se<br />

associada com outra <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m psiquiátrica e <strong>de</strong> 1% como patologia isolada (FREITAS<br />

et. al, 2006).<br />

A associação <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão e ansieda<strong>de</strong> produz <strong>de</strong>mora na resposta terapêutica e<br />

piora o prognóstico, com maior probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ação suicida em pacientes<br />

geriátricos. Em geral a ansieda<strong>de</strong> se manifesta sob a forma <strong>de</strong> agitação ou <strong>de</strong>scontrole<br />

verbal, além <strong>de</strong> prejuízo nas funções executivas (FREITAS et. al, 2006).


14<br />

To<strong>do</strong>s esses fatores irão prejudicar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so, favorecen<strong>do</strong> o<br />

isolamento social e ao surgimento <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças clínicas graves (STELLA et al., 2002).<br />

E nesse senti<strong>do</strong> a QV passou a ser uma meta <strong>de</strong>sses programas <strong>de</strong> assistência ao<br />

i<strong>do</strong>so. A avaliação da QVsurgiu como ferramenta importante na investigação clínica e<br />

da formulação <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>spertan<strong>do</strong> a atenção <strong>de</strong> vários pesquisa<strong>do</strong>res<br />

(SILVA & REZENDE, 2006). Assim, um grupo <strong>de</strong> estudiosos em QV da OMS <strong>de</strong>finiua<br />

como a percepção subjetiva <strong>do</strong> indivíduo sobre sua vida, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> contexto da cultura<br />

e <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> valores, nos quais ele vive, e em relação aos seus objetivos,<br />

expectativas, padrões e preocupações. Esta <strong>de</strong>finição explicita uma concepção<br />

abrangente <strong>de</strong> QV, influenciada <strong>de</strong> forma complexa pela saú<strong>de</strong> física, esta<strong>do</strong><br />

psicológico, nível <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência, relações sociais, crenças pessoais e suas relações<br />

com as características <strong>do</strong> meio envolvente em que o indivíduo está inseri<strong>do</strong> (FLECK et<br />

al., 1999; FLECK et al., 2000; ALLEYNE, 2001).<br />

De acor<strong>do</strong> com Spirduso & Cronin (2001) uma boa QV para os i<strong>do</strong>sos po<strong>de</strong> ser<br />

interpretada pelo fato <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rem se sentir melhor, conseguirem cumprir com suas<br />

funções diárias básicas a<strong>de</strong>quadamente e conseguirem viver <strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.<br />

Mas, segun<strong>do</strong> Ramos (2003) a maior influência está no <strong>do</strong>mínio físico <strong>de</strong>sses<br />

i<strong>do</strong>sos, on<strong>de</strong> ressalta a importância <strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rar a capacida<strong>de</strong> funcional como<br />

importante fator <strong>de</strong> impacto na QV em i<strong>do</strong>sos. Além disso, a QV na velhice tem si<strong>do</strong><br />

associada a questões <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência e autonomia, e a <strong>de</strong>pendência <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so resulta<br />

das alterações biológicas, as incapacida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> mudanças nas exigências sociais<br />

(SOUZA et al., 2003).<br />

No entanto, Fleck et. al., (2003), relatam que não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar<br />

as alterações psicológicas e <strong>de</strong> inserção social pelas quais passam os indivíduos i<strong>do</strong>sos,<br />

<strong>de</strong> forma a minimizar os efeitos <strong>de</strong>ssas transformações <strong>de</strong>correntes da ida<strong>de</strong> na QV<br />

<strong>de</strong>sses i<strong>do</strong>sos. Como <strong>de</strong>staca Pereira (2002), as avaliações subjetivas da QV em i<strong>do</strong>sos<br />

<strong>de</strong>vem focar o que acontece ao indivíduo nas diferentes etapas <strong>do</strong> envelhecimento,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> mudanças físicas até a <strong>de</strong>svalorização social conseqüente da aposenta<strong>do</strong>ria,<br />

consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> qual seu sentimento e entendimento <strong>de</strong>ssas situações, seus ganhos e<br />

perdas psicológicas e, ainda, suas frustrações e aspirações.<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> Santos et. al., (2002), a QV <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so compreen<strong>de</strong> a<br />

consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> diversos critérios <strong>de</strong> natureza biológica, psicológica e socioestrutural,


15<br />

pois vários elementos são aponta<strong>do</strong>s como <strong>de</strong>terminantes ou indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> bem-estar<br />

na velhice: longevida<strong>de</strong>, saú<strong>de</strong> biológica, saú<strong>de</strong> mental, satisfação, controle cognitivo,<br />

competência social, produtivida<strong>de</strong>, eficácia cognitiva, status social, continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

papéis familiares e ocupacionais e continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> relações informais com amigos.<br />

Assim, a QV <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so <strong>de</strong>ve ser encarada na sua multidimensionalida<strong>de</strong>.<br />

Além da QV <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos, outro aspecto importante é o estilo <strong>de</strong> vida das pessoas<br />

<strong>de</strong>sta faixa etária. O processo <strong>de</strong> envelhecimento é acompanha<strong>do</strong>, muitas vezes, por um<br />

estilo <strong>de</strong> vida inativo, ou seja, pela inativida<strong>de</strong> física/se<strong>de</strong>ntarismo, que gera a<br />

incapacida<strong>de</strong> e a <strong>de</strong>pendência física, psíquica e social.<br />

Nestes indivíduos, o se<strong>de</strong>ntarismo é um fator pre<strong>do</strong>minante, que está presente<br />

tanto em países <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s, quanto nos em <strong>de</strong>senvolvimento. Nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s,<br />

70 a 80% da população é consi<strong>de</strong>rada inativa e apenas 10 a 20% é regularmente ativa.<br />

Já no Brasil, este quadro persiste, on<strong>de</strong> o nível <strong>de</strong> se<strong>de</strong>ntarismo é em torno <strong>de</strong> 60 a 65%<br />

(MAZO, 2003), sen<strong>do</strong> mais prevalente entre as mulheres e em pessoas <strong>de</strong> baixo nível<br />

socioeconômico e com menor grau <strong>de</strong> instrução (Ministério da Saú<strong>de</strong>, 2002).<br />

Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Centers for Disease Control and Prevention (CDC, 2007),<br />

mais <strong>de</strong> <strong>do</strong>is milhões <strong>de</strong> mortes por ano po<strong>de</strong>m ser atribuídas ao se<strong>de</strong>ntarismo, em<br />

função da sua repercussão ao aumento <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças crônicas não-transmissíveis. A vida<br />

se<strong>de</strong>ntária estabelece um conjunto <strong>de</strong> eventos fisiológicos que acabam intensifican<strong>do</strong> a<br />

diminuição da capacida<strong>de</strong> aeróbica máxima, da força muscular, das respostas motoras,<br />

da capacida<strong>de</strong> funcional geral. Além disso, provocam diminuição na disposição para as<br />

tarefas diárias, influencian<strong>do</strong> na duração das ativida<strong>de</strong>s e na QV (KOO & ROHAN,<br />

1999).<br />

As ativida<strong>de</strong>s físicas (AF) regulares vêm sen<strong>do</strong> utilizadas como alternativa<br />

minimiza<strong>do</strong>ra <strong>do</strong>s efeitos <strong>do</strong> envelhecimento como um meio <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong>,<br />

possibilitan<strong>do</strong> assim a normalização, a manutenção e autonomia <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos (OKUMA,<br />

1998).<br />

Segun<strong>do</strong> Pennix et. al., (2004), o i<strong>do</strong>so tem perda <strong>de</strong> até 5% da capacida<strong>de</strong> física<br />

a cada 10 anos e po<strong>de</strong> recuperar somente 10% através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s físicas a<strong>de</strong>quadas.<br />

Desta forma, a prática <strong>de</strong> AF contribui para a melhoria da QV <strong>do</strong>s indivíduos,<br />

por diminuir as seqüelas das <strong>do</strong>enças crônicas, reduzir o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> internação e<br />

possibilitar a ingestão <strong>de</strong> uma quantida<strong>de</strong> menor <strong>de</strong> medicamentos necessários ao


16<br />

controle das mesmas. Isto resulta em ganhos significativos à saú<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> gerar<br />

economia <strong>de</strong> recursos financeiros <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s aos tratamentos médicos (MINISTÉRIO<br />

DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2002). Sen<strong>do</strong> assim, observa-se redução da mortalida<strong>de</strong><br />

e redução <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças coronárias, diabetes, câncer <strong>de</strong> cólon, hipertensão e osteoporose.<br />

O aumento da força muscular, <strong>do</strong> fluxo sanguíneo, da flexibilida<strong>de</strong> e amplitu<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>s movimentos, a diminuição <strong>do</strong> percentual <strong>de</strong> gordura, a redução <strong>do</strong>s fatores que<br />

causam quedas, a melhora da postura, ajuda no alivio da <strong>do</strong>r po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s<br />

alguns <strong>do</strong>s benefícios fisiológicos que a ativida<strong>de</strong> física propicia ao organismo (ASSIS,<br />

2002, CDC, 2007). E como benefícios psicológicos e sociais, a AF atua <strong>de</strong> forma<br />

positiva no alívio da ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão, melhoran<strong>do</strong> a perfusão sanguínea sistêmica<br />

e, particularmente a cerebral, e também no aumento da autoconfiança, favorecen<strong>do</strong><br />

melhorias na satisfação com a vida e redução da solidão (NERI, 2001).<br />

Um estilo <strong>de</strong> vida ativo por parte <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos <strong>de</strong>ve estar dirigi<strong>do</strong> como uma forma<br />

<strong>de</strong> quebrar o círculo vicioso <strong>de</strong> aumento da relação ida<strong>de</strong>-se<strong>de</strong>ntarismo-<strong>do</strong>ençaincapacida<strong>de</strong><br />

(NÒBREGA, 1999; MAZO, 2003).<br />

Isto ocorre, segun<strong>do</strong> Gallo et. al. (1995), porque durante a realização <strong>de</strong><br />

exercício físico, ocorre a liberação β-en<strong>do</strong>rfina e da <strong>do</strong>pamina pelo organismo,<br />

propician<strong>do</strong> um efeito tranqüilizante e analgésico no praticante regular, que<br />

frequentemente se beneficia <strong>de</strong> um efeito relaxante pós-esforço e, em geral, consegue<br />

manter-se um esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> equilíbrio psicossocial mais estável frente as ameaças <strong>do</strong> meio<br />

externo.<br />

No entanto, é importante estabelecer os conceitos <strong>de</strong> AF e EF (exercício físico).<br />

A AF é uma expressão genérica que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida como qualquer movimento<br />

voluntário, produzi<strong>do</strong> pelos músculos esqueléticos, que resulta em gasto energético<br />

maior <strong>do</strong> que os níveis <strong>de</strong> repouso. Já o EF (um <strong>do</strong>s principais componentes da AF) é<br />

uma ativida<strong>de</strong> planejada, estruturada e repetitiva que tem como objetivo melhorar ou<br />

manter um ou mais elementos da aptidão física (CASPERSEN et. al., 1985).<br />

Além disso, a AF não necessita ser árdua para ser benéfica. Os indivíduos <strong>de</strong><br />

todas as ida<strong>de</strong>s beneficiam-se da AF <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rada intensida<strong>de</strong>, com 30 minutos, na<br />

maioria <strong>do</strong>s dias, <strong>de</strong> forma contínua ou acumulada (CDC, 2006).<br />

Segun<strong>do</strong> De Vitta (2001), os programas <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>s físicos ten<strong>de</strong>m a gerar<br />

impacto sócio-econômico porque graças a seus efeitos sobre a QV global, o humor e a


17<br />

saú<strong>de</strong> percebida, provocam um aumento no grau <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos e assim<br />

reduzem a <strong>de</strong>manda por serviços médicos.<br />

A literatura sugere que a AF regular po<strong>de</strong> contribuir na QV e na melhora da<br />

saú<strong>de</strong> mental. No entanto, resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> alguns estu<strong>do</strong>s apresentam divergências.<br />

Segun<strong>do</strong>, Van Gool et. al. (2003), ao analisar 1.920 i<strong>do</strong>sos, verificaram que i<strong>do</strong>sos que<br />

se tornaram <strong>de</strong>pressivos ten<strong>de</strong>m mais ao se<strong>de</strong>ntarismo <strong>do</strong> que aqueles sem <strong>de</strong>pressão.<br />

Anton & Miller (2005) e Bailey & McLaren (2005) não encontraram relação<br />

significativa para proteção <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão pela prática <strong>de</strong> AF, entretanto, apresentam<br />

como limitações <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> a utilização <strong>de</strong> uma amostra <strong>de</strong> 23 pacientes. Já outros<br />

estu<strong>do</strong>s mostram a relação positiva e negativa da QV <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos. Xavier et. al., (2003)<br />

realizaram em estu<strong>do</strong> com 77 i<strong>do</strong>sos da comunida<strong>de</strong> com ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 80 anos ou mais, nos<br />

quais foram avalia<strong>do</strong>s a QV, sintomas <strong>de</strong>pressivos e as condições gerais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

A presença <strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong>pressivos e a perda da saú<strong>de</strong> física foram relacionadas<br />

com uma auto-avaliação negativa na QV. Por outro la<strong>do</strong>, Matsu<strong>do</strong> (2006) através <strong>de</strong><br />

uma revisão <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s mostrou que o i<strong>do</strong>so com um estilo <strong>de</strong> vida ativa experimenta<br />

uma melhor QV, com a redução da morbida<strong>de</strong> e mortalida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> proporcionar<br />

melhora nos aspectos psicológicos e sociais, quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s aos se<strong>de</strong>ntários da<br />

mesma ida<strong>de</strong>.<br />

Desta forma, o envelhecimento é uma experiência heterogênea, isto é, po<strong>de</strong><br />

ocorrer <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> diferente para indivíduos e cortes que vivem em contextos históricos e<br />

sociais distintos. Essa diferenciação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da influência <strong>de</strong> circunstâncias históricoculturais,<br />

<strong>de</strong> fatores intelectuais e <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>, <strong>do</strong>s hábitos e AF ao longo da vida e<br />

da incidência <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças durante o envelhecimento normal (VIANA, 2003).<br />

Assim, viver cada vez mais tem implicações importantes para a QV; a<br />

longevida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser um problema, com conseqüências sérias nas diferentes dimensões<br />

da vida humana, física, psíquica e social. Esses anos vivi<strong>do</strong>s a mais po<strong>de</strong>m ser anos <strong>de</strong><br />

sofrimento para os indivíduos e suas famílias, anos marca<strong>do</strong>s por <strong>do</strong>enças, <strong>de</strong>clínio<br />

funcional, aumento da <strong>de</strong>pendência, perda da autonomia, isolamento social e <strong>de</strong>pressão.<br />

No entanto, se os indivíduos envelhecerem manten<strong>do</strong>-se autônomos e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, a<br />

sobrevida aumentada po<strong>de</strong>rá ter significa<strong>do</strong> pleno (PASCHOAL, 2000).<br />

Diante <strong>de</strong> tantas particularida<strong>de</strong>s, a AF <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos torna-se fundamental e <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> importância científica e social. E a partir <strong>de</strong>stas investigações implantar e


18<br />

implementar programas <strong>de</strong> intervenções, tanto em programas gerontogeriátricos, quanto<br />

em políticas sociais gerais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s à realida<strong>de</strong> <strong>do</strong> País, contribuin<strong>do</strong> assim, para um<br />

processo <strong>de</strong> envelhecimento, senão com qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida plena, que ao menos tenda<br />

para tal direção.<br />

Com isso, a hipótese <strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong> é que o nível <strong>de</strong> AF influencia na QV e<br />

na diminuição <strong>do</strong>s sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão em i<strong>do</strong>sos.


19<br />

2. OBJETIVOS<br />

2.1. Objetivo Geral<br />

• Avaliar o nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física e a sua relação com a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida,<br />

ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão em i<strong>do</strong>sos.<br />

2.2. Objetivos Específicos<br />

• Avaliar e comparar qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão entre indivíduos<br />

i<strong>do</strong>sos se<strong>de</strong>ntários e ativos.<br />

• Verificar se há correlação entre o nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física e a presença <strong>de</strong><br />

ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão em i<strong>do</strong>sos não institucionaliza<strong>do</strong>s.


20<br />

3. CASUÍSTICA E MÉTODOS<br />

O estu<strong>do</strong> foi realiza<strong>do</strong> no centro <strong>de</strong> convivência Padre Firmo em Cuiabá-MT, <strong>de</strong><br />

18 <strong>de</strong> junho a 30 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2007, com 200 i<strong>do</strong>sos não institucionaliza<strong>do</strong>s, após<br />

autorização da instituição (Anexo A).<br />

3.1. Casuística<br />

Foi realizada, inicialmente, a seleção <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos <strong>de</strong> ambos os sexos, com ida<strong>de</strong><br />

entre 65 e 85 anos, integrantes <strong>do</strong> centro <strong>de</strong> Convivência Padre Firmo e também i<strong>do</strong>sos<br />

da comunida<strong>de</strong> que foram convida<strong>do</strong>s pelos próprios i<strong>do</strong>sos <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> <strong>de</strong> Convivência,<br />

na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cuiabá-MT. O estu<strong>do</strong> foi aprova<strong>do</strong> pelo Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa em<br />

Humanos <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>do</strong> Triângulo (Anexo B).<br />

O estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> foi <strong>do</strong> tipo transversal. A amostra foi composta por 100<br />

i<strong>do</strong>sos que freqüentavam o centro <strong>de</strong> convivência Padre Firmo, on<strong>de</strong> realizavam<br />

ativida<strong>de</strong> física há mais <strong>de</strong> um ano e 100 i<strong>do</strong>sos da comunida<strong>de</strong> que não freqüentavam<br />

qualquer centro <strong>de</strong> convivência <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos e que não praticavam ativida<strong>de</strong> física,<br />

segun<strong>do</strong> relato <strong>do</strong> próprio voluntário.<br />

Para a classificação <strong>do</strong>s participantes <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> em i<strong>do</strong>sos ativos ou se<strong>de</strong>ntários,<br />

aplicou-se o questionário <strong>de</strong> Baecke modifica<strong>do</strong> para I<strong>do</strong>sos, no qual um escore menor<br />

ou igual 9,4 indica que o i<strong>do</strong>so é se<strong>de</strong>ntário e maior que 16,5 ativo (VOORRIPS et. al,<br />

1991).<br />

Critérios <strong>de</strong> inclusão<br />

• Indivíduos i<strong>do</strong>sos com ida<strong>de</strong> entre 65 anos e 85 anos.<br />

• I<strong>do</strong>sos <strong>de</strong> ambos gêneros<br />

• Com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação preservada.<br />

Critérios <strong>de</strong> exclusão<br />

• Indivíduos acama<strong>do</strong>s ou em ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> rodas.<br />

• I<strong>do</strong>sos que <strong>de</strong>sejassem retirar-se <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>.<br />

• Incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> executar qualquer uma das avaliações <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>.


21<br />

• Não assinatura <strong>do</strong> termo <strong>de</strong> consentimento livre e esclareci<strong>do</strong>.<br />

3.2. Protocolo<br />

Primeiramente, os i<strong>do</strong>sos receberam esclarecimentos sobre a pesquisa, e após a<br />

leitura e assinatura <strong>do</strong> termo <strong>de</strong> consentimento livre e esclareci<strong>do</strong> (Anexo C), iniciou-se<br />

a coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s.<br />

Os da<strong>do</strong>s foram colhi<strong>do</strong>s pela pesquisa<strong>do</strong>ra, em ambiente tranqüilo, sob a<br />

forma <strong>de</strong> entrevista, no espaço físico <strong>do</strong> centro <strong>de</strong> convivência. To<strong>do</strong>s os i<strong>do</strong>sos<br />

voluntários respon<strong>de</strong>ram o questionário <strong>de</strong> Baecke Modifica<strong>do</strong> para I<strong>do</strong>sos, para avaliar<br />

o nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física (VOORRIPS et. al., 1991); o questionário SF-36 para<br />

avaliação da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida (CICONELLI et. al., 1999); a escala <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong>pressão – HAD, para avaliar o nível <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão (BOTEGA et. al.,<br />

1995).<br />

3.3. Méto<strong>do</strong>s<br />

3.3.1. Questionário <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida (SF-36)<br />

O questionário Short Form Health Survery (SF-36) (Anexo D) foi o instrumento<br />

seleciona<strong>do</strong> para avaliar a QV <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong>. Trata-se <strong>de</strong> um questionário que<br />

consiste em duas partes, uma primeira que visa avaliar o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a segunda<br />

com objetivo <strong>de</strong> avaliar o impacto da <strong>do</strong>ença na vida diária <strong>do</strong> paciente. É um<br />

questionário multifuncional, com 36 itens avalian<strong>do</strong> oito <strong>do</strong>mínios: capacida<strong>de</strong><br />

funcional (10 itens), função social (2 itens), papel das limitações <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a problemas<br />

físicos (4 itens), papel das limitações <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a problemas emocionais (3 itens), saú<strong>de</strong><br />

mental (5 itens), energia e vitalida<strong>de</strong> (4 itens), <strong>do</strong>r (2 itens) e percepção geral da <strong>do</strong>ença<br />

(5 itens). Para cada <strong>do</strong>mínio as pontuações são codificadas, somadas e transformadas<br />

para uma escala <strong>de</strong> 0 (pior esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> possível medi<strong>do</strong> pelo questionário) a 100<br />

(melhor esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> possível) (CICONELLI et al, 1999).<br />

A aplicação da escala levou em média 15 minutos, sen<strong>do</strong> a pergunta repetida<br />

quan<strong>do</strong> o i<strong>do</strong>so não a compreendia.


22<br />

3.3.2. Questionário <strong>do</strong> Nível <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Baecke Modifica<strong>do</strong><br />

Para avaliar o nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física, utilizou-se o questionário Baecke<br />

Modifica<strong>do</strong> (Anexo E) que é composto por quatro partes. A primeira constituiu a<br />

i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> cada indivíduo; a segunda aborda sobre as questões relativas à<br />

caracterização das ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>mésticas; a terceira sobre as ativida<strong>de</strong>s esportivas e a<br />

quarta sobre as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tempo livre.<br />

Os itens <strong>do</strong> questionário sobre as ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>mésticas são <strong>de</strong> 1 a 10 e tem <strong>de</strong><br />

quatro ou cinco possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> resposta (0,1,2,3,4) situadas entre o muito ativo e o<br />

inativo. As ativida<strong>de</strong>s esportivas e ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tempo livre, que po<strong>de</strong>m ser citadas até<br />

seis cada, são relacionadas com o tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>, intensida<strong>de</strong>, horas/semanais gastas<br />

nessa ativida<strong>de</strong> e o perío<strong>do</strong> (mês) <strong>do</strong> ano em que normalmente essa ativida<strong>de</strong> é<br />

<strong>de</strong>senvolvida. Todas as ativida<strong>de</strong>s são classificadas <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a postura e o tipo <strong>de</strong><br />

movimentos. A intensida<strong>de</strong> da ativida<strong>de</strong> é codificada basean<strong>do</strong>-se no trabalho <strong>de</strong><br />

Voorrips et al (1991). Este código <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> é relaciona<strong>do</strong> ao gasto <strong>de</strong> energia<br />

(Anexo F).<br />

A aplicação da escala levou em média 10 minutos, sen<strong>do</strong> a pergunta repetida<br />

quan<strong>do</strong> o i<strong>do</strong>so não a compreendia.<br />

3.3.3. Escala <strong>de</strong> Ansieda<strong>de</strong> e Depressão – HAD<br />

A HAD (Anexo G) foi utilizada para avaliar os sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong>pressão separadamente <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong>. A escala é formada por 14 questões,<br />

das quais sete relacionadas à ansieda<strong>de</strong> (HAD-A) e sete à <strong>de</strong>pressão (HAD-D). O<br />

entrevista<strong>do</strong>r atribui nota <strong>de</strong> zero a três para cada uma das perguntas, perfazen<strong>do</strong> totais<br />

que po<strong>de</strong>m variar <strong>de</strong> 0 a 21 em cada subescala <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão. É sugestiva<br />

<strong>de</strong> transtorno <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão, embora a HAD não tenha como objetivo<br />

quantificar a gravida<strong>de</strong> <strong>do</strong> sintoma. Durante a aplicação <strong>de</strong>ssa escala, era solicita<strong>do</strong> ao<br />

voluntário que respon<strong>de</strong>sse basean<strong>do</strong>-se em como havia se senti<strong>do</strong> durante a última<br />

semana (BOTEGA et. al, 1995).<br />

A aplicação da escala levou em média 10 minutos, sen<strong>do</strong> a pergunta repetida<br />

quan<strong>do</strong> o i<strong>do</strong>so não a compreendia.


23<br />

4. ANÁLISE ESTATÍSTICA<br />

As variáveis foram <strong>de</strong>scritas por meio <strong>de</strong> médias e <strong>de</strong>svio-padrão. Para comparar<br />

a variável ida<strong>de</strong>, pontuação da escala HAD (ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão) e os escores <strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36 (Capacida<strong>de</strong> Funcional, Aspectos Físicos, Dor, Esta<strong>do</strong><br />

Geral Saú<strong>de</strong>, Vitalida<strong>de</strong>, Aspectos Sociais, Aspectos Emocionais e Saú<strong>de</strong> Metal), foi<br />

usa<strong>do</strong> o teste t-Stu<strong>de</strong>nt não parea<strong>do</strong>.<br />

Para estabelecer a correlação entre o nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física e a ida<strong>de</strong>, o escore<br />

da escala HAD (ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão) e o escore <strong>do</strong>s <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36,<br />

foi utiliza<strong>do</strong> a Correlação <strong>de</strong> Pearson (r).<br />

Para comparar o nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física, ida<strong>de</strong> e os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário<br />

SF-36 entre as quatro categorias da escala <strong>de</strong> HAD (sem sintomas, ansioso, <strong>de</strong>pressivo,<br />

ansioso e <strong>de</strong>pressivo) utilizou-se a análise <strong>de</strong> variância Anova one-way. O nível <strong>de</strong><br />

significância a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> para o tratamento estatístico foi <strong>de</strong> 5% (p < 0,05).


24<br />

5. RESULTADOS<br />

A amostra <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> foi constituída por 200 i<strong>do</strong>sos não institucionaliza<strong>do</strong>s,<br />

sen<strong>do</strong> que 156 (78 %) eram <strong>do</strong> sexo feminino e 44 (22 %), <strong>do</strong> masculino. Ainda, 100<br />

i<strong>do</strong>sos eram se<strong>de</strong>ntários (21 homens e 79 mulheres) e 100, ativos (23 homens e 77<br />

mulheres). A média da ida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos se<strong>de</strong>ntários foi <strong>de</strong> 72,49 ± 5,6 anos e <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos<br />

ativos 69,93 ± 4,5 anos. As características <strong>do</strong>s voluntários estão apresentadas na tabela 1<br />

e os valores individuais <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong>s no anexo H.<br />

Tabela 1 – Média e <strong>de</strong>svio padrão das variáveis: ida<strong>de</strong>, ativida<strong>de</strong> física, HAD-A, HAD-<br />

D e <strong>do</strong>s <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36 (capacida<strong>de</strong> funcional; aspectos físicos; <strong>do</strong>r;<br />

esta<strong>do</strong> geral saú<strong>de</strong>; aspectos emocionais; saú<strong>de</strong> mental).<br />

Características<br />

Média (DP)<br />

Ida<strong>de</strong> 71,21 (5,2)<br />

Ativida<strong>de</strong> Física 10,6 (6,4)<br />

HAD-A 4,54 (3,8)<br />

HAD-D 4,51 (4,0)<br />

Capacida<strong>de</strong> Funcional 67,0 (27,1)<br />

Aspectos Físicos 50,25 (43,9)<br />

Dor 69,1 (27,9)<br />

Esta<strong>do</strong> Geral Saú<strong>de</strong> 75,26 (17,6)<br />

Vitalida<strong>de</strong> 69,5 (23,3)<br />

Aspectos Sociais 80,8 (27,7)<br />

Aspectos Emocionais 77,0 (39,8)<br />

Saú<strong>de</strong> Mental 73,9 (23,1)<br />

HAD-A: escala <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong>; HAD-D: escala <strong>de</strong> Depressão<br />

Na tabela 2 está <strong>de</strong>monstrada a comparação <strong>do</strong> nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física<br />

(se<strong>de</strong>ntário versus ativo) entre as variáveis: ida<strong>de</strong> e nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física (NAF). A<br />

análise revelou que o escore <strong>do</strong> NAF foi estatisticamente maior no grupo ativo em<br />

relação ao se<strong>de</strong>ntário.


25<br />

Tabela 2 – Comparação entre as médias da ida<strong>de</strong> e NAF entre o grupo se<strong>de</strong>ntário e<br />

ativo.<br />

Variável Se<strong>de</strong>ntário Ativo<br />

Ida<strong>de</strong> 72,49 (5,6) 69,93 (4,5)*<br />

NAF 5,6 (2,27) 15,5 (5,5)*<br />

Média (DP)<br />

*p


26<br />

Tabela 4 - Comparação entre as médias <strong>do</strong>s <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36 entre os<br />

grupos <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos se<strong>de</strong>ntários e ativos.<br />

Variável Se<strong>de</strong>ntário Ativo<br />

Capacida<strong>de</strong> Funcional 58,8 (25,85) 75,3 (26,04) *<br />

Aspectos Físicos 37,0 (41,2) 63,5 (42,84) *<br />

Dor 64,1 (27,3) 74,19 (27,83) *<br />

Esta<strong>do</strong> Geral Saú<strong>de</strong> 71,55 (18,20) 78,98 (16,40)*<br />

Vitalida<strong>de</strong> 62,9 (23,27) 76,20 (21,58)*<br />

Aspectos Sociais 73,12 (31,75) 88,50 (20,61)*<br />

Aspectos Emocionais 70,66 (43,23) 83,33 (35,29)*<br />

Saú<strong>de</strong> Mental 69,08 (25,02) 78,80 (20,04)*<br />

Média(DP)<br />

*p


27<br />

Foram encontradas correlações positivas e estatisticamente significativas, entre<br />

todas as variáveis analisadas. Entretanto, todas foram fracas, com exceção da correlação<br />

entre o escore <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio Capacida<strong>de</strong> Funcional <strong>do</strong> SF-36 e o NAF consi<strong>de</strong>rada<br />

mo<strong>de</strong>rada.<br />

Tabela 6 - Estimativa <strong>do</strong>s coeficientes <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> Pearson (r) entre o NAF e os<br />

<strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36.<br />

Variável<br />

NAF<br />

Capacida<strong>de</strong> Funcional 0,38*<br />

Aspectos Físicos 0,29*<br />

Dor 0,25*<br />

Esta<strong>do</strong> Geral Saú<strong>de</strong> 0,32*<br />

Vitalida<strong>de</strong> 0,34*<br />

Aspectos Sociais 0,30*<br />

Aspectos Emocionais 0,17*<br />

Saú<strong>de</strong> Mental 0,24*<br />

*p


28<br />

Tabela 7 – Comparação entre as médias <strong>do</strong> NAF; ida<strong>de</strong> e <strong>do</strong>s <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário<br />

SF-36 em relação aos sem sintomas, ansioso, <strong>de</strong>pressivo e ansioso/<strong>de</strong>pressivo.<br />

Variável Sem sintomas Ansioso Depressivo Ansioso/<br />

Depressivo<br />

NAF 11,69 (6,85) 9,78 (5,51) 7,93 (5,28) 6,78 (3,40)*<br />

Ida<strong>de</strong> 71,29 (5,30) 70,15 (5,17) 71,38 (5,28) 71,94 (5,67)<br />

Capacida<strong>de</strong> 72,44 (25,23) 65,38 (28,23) 53,33 (23,89)* 45,27(28,56)*<br />

Funcional<br />

Limitação 59,44 (42,30) 43,26 (46,12) 28,57 (37,32)* 16,66 (35,35)*<br />

Aspectos<br />

Físicos<br />

Dor 74,38 (25,88) 61,07 (25,88) 64,38 (28,78) 47,5 (33,48)*<br />

Esta<strong>do</strong> Geral 80,57 (14,35) 71,65 (17,13)* 60,04 (19,11)* 58,44 (18,55)*<br />

Saú<strong>de</strong><br />

Vitalida<strong>de</strong> 78,14 (17,70) 61,92 (22,80)* 46,6 (22,37) *§ 42,77 (21,91) *+<br />

Aspectos 88,14 (22,19) 72,11 (28,78)* 64,88 (35,27)* 56,94 (31,86)*<br />

Sociais<br />

Aspectos 85,43 (33,48) 73,07 (41,11) 69,84 (43,33) 27,77 (43,15)*º+<br />

Emocionais<br />

Saú<strong>de</strong> Mental 83,52 (15,37) 66,15 (21,44)* 50,28 (24,38)*§ 40,88 (18,7)*+<br />

Média (DP)<br />

*p


29<br />

6. DISCUSSÃO<br />

O presente estu<strong>do</strong> teve por finalida<strong>de</strong> verificar a existência <strong>de</strong> associações entre<br />

o nível <strong>de</strong> AF com a QV, bem como com a ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos<br />

freqüenta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> um centro <strong>de</strong> convivência e da comunida<strong>de</strong>, visan<strong>do</strong>, aumentar a<br />

divulgação <strong>de</strong> informações e/ou <strong>de</strong> sugestões sobre os benefícios da AF bem como seu<br />

impacto sobre a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa população. Assim, programas efetivos que possam ajudar a<br />

melhorar a condição <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos requerem um entendimento <strong>do</strong>s fatores que<br />

influenciam a AF (NIES & KERSHAW, 2002).<br />

O principal resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>monstra que na comparação entre o NAF e<br />

os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36, os valores médios nos escores foram maiores no<br />

grupo ativo, e que na escala <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão os escores maiores foram no<br />

grupo se<strong>de</strong>ntário. Além disso, encontrou-se que os i<strong>do</strong>sos que apresentam a associação<br />

<strong>do</strong>s sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão possuem menores escores no NAF e nos<br />

<strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36.<br />

No estu<strong>do</strong>, verifica-se que os i<strong>do</strong>sos ativos estão mais relaciona<strong>do</strong>s com o estrato<br />

etário <strong>de</strong> 69,93 anos e os se<strong>de</strong>ntários 72,49 anos, isto po<strong>de</strong> justificar as diferenças entre<br />

os níveis da AF, mas o processo <strong>do</strong> envelhecimento, <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista fisiológico, não<br />

ocorre necessariamente em paralelo ao avanço da ida<strong>de</strong> cronológica, apresentan<strong>do</strong><br />

consi<strong>de</strong>rável variação individual, pois se trata <strong>de</strong> um processo multifatorial, envolven<strong>do</strong><br />

uma combinação <strong>do</strong> envelhecimento biológico, <strong>do</strong>enças e certos padrões <strong>de</strong> estilo <strong>de</strong><br />

vida, como baixos níveis <strong>de</strong> AF (LEVEILLE et. al., 1999; MATSUDO et. al., 2000).<br />

A maioria <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> são mulheres (78%), este fato corrobora com<br />

outras pesquisas que relatam a ocorrência <strong>do</strong> processo <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> “feminização” <strong>do</strong><br />

envelhecimento, pois este fenômeno ocorre em to<strong>do</strong>s os países, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> serem<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s ou serem países em <strong>de</strong>senvolvimento, e que ocorrem <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à junção <strong>de</strong><br />

fatores, como genéticos, biológicos, sociais e culturais (SHERHARD, 2001;<br />

CARVALHO, 2001).<br />

Constata-se que há uma diferença estatisticamente significativa entre os i<strong>do</strong>sos<br />

ativos e se<strong>de</strong>ntários no estu<strong>do</strong>. Os i<strong>do</strong>sos ativos apresentaram <strong>de</strong>sempenho superior em<br />

to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36 quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> com os i<strong>do</strong>sos se<strong>de</strong>ntários.


30<br />

Uma boa pontuação <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos ativos indica que estes possuem uma melhor QV. Desta<br />

forma, foi observada uma influência positiva em fatores importantes para a<br />

in<strong>de</strong>pendência <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos, valores eleva<strong>do</strong>s no grupo <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos ativos em <strong>do</strong>mínios<br />

diferentes como nos aspectos físicos, vitalida<strong>de</strong>, capacida<strong>de</strong> funcional e aspectos<br />

sociais.<br />

Com relação à capacida<strong>de</strong> funcional uma pontuação elevada <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos ativos<br />

significa que os indivíduos pesquisa<strong>do</strong>s têm melhor saú<strong>de</strong> e habilida<strong>de</strong> funcional.<br />

Assim, tem si<strong>do</strong> sugeri<strong>do</strong> que as limitações funcionais têm influência no<br />

comportamento da população i<strong>do</strong>sa (JETTE et. al., 1998). Laukkanen et. al., (2000)<br />

também encontraram em seu estu<strong>do</strong> limitações funcionais nos i<strong>do</strong>sos, on<strong>de</strong> foram<br />

avalia<strong>do</strong>s homens e mulheres entre 75 e 85 anos, condição que evi<strong>de</strong>nciou que os<br />

sujeitos com maior nível <strong>de</strong> AF tiveram melhor saú<strong>de</strong> e habilida<strong>de</strong> funcional quan<strong>do</strong><br />

compara<strong>do</strong>s aos se<strong>de</strong>ntários da mesma ida<strong>de</strong>.<br />

No SF-36, um score eleva<strong>do</strong> no <strong>do</strong>mínio aspecto físico po<strong>de</strong> indicar que i<strong>do</strong>sos<br />

ativos possuem pouca ou nenhuma limitação no seu trabalho e/ou AVDs. Desta forma,<br />

os i<strong>do</strong>sos ativos no estu<strong>do</strong> apresentam um bom nível <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência apesar das<br />

alterações funcionais próprias <strong>do</strong> envelhecimento, associadas à prevalência <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças<br />

crônico-<strong>de</strong>generativas.<br />

Em estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> por Marchand (2001), foi observa<strong>do</strong> que a AF,<br />

principalmente quan<strong>do</strong> realizada <strong>de</strong> forma coletiva, prevê melhorias tanto nos aspectos<br />

físicos quanto nos psicológicos.<br />

Ainda no SF-36, outra questão fundamental é a <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho obti<strong>do</strong> pelo<br />

grupo <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos ativos em relação ao <strong>do</strong>mínio aspectos sociais. Des<strong>de</strong> mo<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>-se<br />

afirmar que quanto maiores as relações pessoais, maior o suporte social <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos.<br />

No contexto social, a AF proporciona uma maximização <strong>de</strong> contatos sociais,<br />

melhor integração na socieda<strong>de</strong> e no seu ambiente social, favorecen<strong>do</strong> melhorias na<br />

satisfação com a vida e redução da solidão (MCAULEY et. al, 2000; MAZO et. al.,<br />

2003).<br />

Assim, estes resulta<strong>do</strong>s concordam com resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> pesquisas que mostraram<br />

que a AF é um importante fator para o aumento da QV (PAPALEO NETO, 1996;<br />

FARIA JÚNIOR, 1997; SPIRDUSO & CRONIN, 2001; MAZO, 2003).


31<br />

Dentro <strong>de</strong>ste contexto, a partir <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s das médias, verifica-se que os<br />

i<strong>do</strong>sos ativos são menos ansiosos e <strong>de</strong>pressivos em relação aos i<strong>do</strong>sos se<strong>de</strong>ntários. Os<br />

resulta<strong>do</strong>s da comparação mostram que a prática <strong>de</strong> AF po<strong>de</strong> ter colabora<strong>do</strong> com o<br />

baixo índice <strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão. Stella et. al., (2002), enfatizam que a<br />

prática <strong>de</strong> AF em grupo eleva a auto-estima <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so, contribui para a implementação<br />

das relações psicossociais e para o reequilibrio emocional.<br />

Outro aspecto a ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> neste estu<strong>do</strong> é a correlação entre o NAF e todas<br />

as variáveis analisadas. Verifica-se que o <strong>do</strong>mínio capacida<strong>de</strong> funcional e o NAF<br />

apresentam uma correlação mo<strong>de</strong>rada, sen<strong>do</strong> que, entre as <strong>de</strong>mais variáveis, a<br />

correlação é fraca. Ou seja, indica que os i<strong>do</strong>sos que apresentaram habilida<strong>de</strong>s<br />

funcionais relacionaram uma alta relação entre a prática <strong>de</strong> AF, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> indicar que a<br />

prática regular e <strong>de</strong> forma continua <strong>do</strong> exercício físico po<strong>de</strong> contribuir para uma melhor<br />

QV.<br />

Este estu<strong>do</strong> também estabelece correlação da AF com ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão.<br />

Desta forma, o resulta<strong>do</strong> indica que os i<strong>do</strong>sos que se sentem emocionalmente sadios<br />

relacionaram uma alta relação com a prática <strong>de</strong> AF, assim indican<strong>do</strong> que a prática<br />

regular e <strong>de</strong> forma contínua <strong>do</strong> exercício físico po<strong>de</strong> contribuir para uma melhor saú<strong>de</strong><br />

mental.<br />

Miranda et al., (1996) verificaram, em 27 i<strong>do</strong>sos com média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> 70 anos,<br />

que 45 minutos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física aeróbica diminuíram a tensão e a <strong>de</strong>pressão.<br />

Também na pesquisa <strong>de</strong> Mazo (2003) verificou-se que o bem-estar psicológico<br />

<strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos esta associa<strong>do</strong> à AF.<br />

Tanto nos da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s através <strong>de</strong>sta pesquisa como na literatura, percebe-se a<br />

associação positiva entre os níveis <strong>de</strong> AF e boa saú<strong>de</strong> mental (RUUSKANEN et. al.,<br />

1995; MATHER et. al., 2002; STRAWBRIDGE et. al., 2002).<br />

Estas constatações vêm ao encontro da nossa hipótese que indica que a AF<br />

influencia positivamente na QV e na prevenção <strong>do</strong>s sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão.<br />

Ainda no nosso estu<strong>do</strong>, ao comparar os resulta<strong>do</strong>s das médias entre os sintomas<br />

<strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão, verificou-se que existia uma diferença estatisticamente<br />

significativa entre os i<strong>do</strong>sos que apresentavam a associação <strong>do</strong>s sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong>pressão. Deste mo<strong>do</strong>, os resulta<strong>do</strong>s indicam que os i<strong>do</strong>sos ansioso-<strong>de</strong>pressivos<br />

apresentam pior QV e uma vida se<strong>de</strong>ntária. Assim, com o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong>,


32<br />

po<strong>de</strong>-se inferir que i<strong>do</strong>sos que não realizam AF estão sujeitos a apresentarem com maior<br />

freqüência os sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão.<br />

Estes resulta<strong>do</strong>s concordam com os encontra<strong>do</strong>s no estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Paluska & Scwenk<br />

(2000) no qual os autores observaram que as pessoas com <strong>de</strong>pressão ten<strong>de</strong>m a ser<br />

fisicamente menos ativas <strong>do</strong> que as não <strong>de</strong>pressivas, e que o exercício tem se mostra<strong>do</strong><br />

como importante redutor <strong>de</strong>stes sintomas.<br />

O estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Van GOOL et. al., (2003) avaliou 1.280 i<strong>do</strong>sos e verificou que a<br />

<strong>de</strong>pressão é um fator <strong>de</strong> risco para o se<strong>de</strong>ntarismo, e pessoas que <strong>de</strong>senvolveram<br />

<strong>de</strong>pressão tornaram-se se<strong>de</strong>ntárias com maior freqüência, enquanto aqueles indivíduos<br />

que tiveram seu quadro <strong>de</strong>pressivo diminuí<strong>do</strong> passaram a se exercitar com maior<br />

regularida<strong>de</strong>.<br />

Estas constatações juntamente com os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong> mostram<br />

que certos grupos po<strong>de</strong>m estar em risco pela inativida<strong>de</strong> física, condição que permite<br />

inferências relacionadas às conseqüências negativas na QV, o que por sua vez reflete na<br />

saú<strong>de</strong> psico-social <strong>do</strong> indivíduo.<br />

Deste mo<strong>do</strong>, ao analisar o processo <strong>de</strong> envelhecimento como uma etapa com<br />

perdas e ganhos em diferentes áreas, a AF po<strong>de</strong> ser um meio para minimizar o impacto<br />

das perdas biológicas e maximizar os ganhos psicológicos e sociais <strong>de</strong>sta etapa da vida<br />

(CHAIMOWICZ, 1997; LEBRÃO et. al., 2003).<br />

Assim, a ausência <strong>de</strong> incontestáveis evidências, permite a elaboração <strong>de</strong><br />

hipóteses, na qual a pratica <strong>de</strong> AF estaria possivelmente resultan<strong>do</strong> numa série <strong>de</strong><br />

alterações fisiológicas e bioquímicas envolvidas com a liberação <strong>de</strong> neurotransmissores<br />

(noradrenalina e serotonina), auxilian<strong>do</strong> a redução <strong>do</strong>s escores indicativos <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão<br />

e ansieda<strong>de</strong>, uma vez que alguns <strong>de</strong>sses neurotransmissores contribuem para o<br />

aparecimento ou redução <strong>de</strong>ssas <strong>do</strong>enças. Corroboran<strong>do</strong> com esta hipótese Lopes<br />

(2001), acredita que exista uma possibilida<strong>de</strong> da existência <strong>de</strong> uma relação entre a<br />

redução da massa corporal e <strong>do</strong> percentual <strong>de</strong> gordura com a redução das concentrações<br />

plasmáticas <strong>de</strong> 5-HT (serotonina). Estas alterações po<strong>de</strong>m estar relacionadas com as<br />

alterações bioquímicas citadas por Costil et. al., (1971), nas quais um aumento nas<br />

concentrações plasmáticas <strong>de</strong> áci<strong>do</strong>s graxos livres é observa<strong>do</strong> após exercícios<br />

prolonga<strong>do</strong>s, em <strong>de</strong>corrência da lipólise. Uma vez que os AGLs (áci<strong>do</strong>s graxos livres)<br />

<strong>de</strong>slocam a albumina <strong>do</strong> Trp (triptofano), aumentan<strong>do</strong>, as concentrações <strong>do</strong> Trp-1


33<br />

(triptofano livre), sen<strong>do</strong> este responsável pela síntese <strong>de</strong> 5-HT. Pactuan<strong>do</strong> com estas<br />

alterações, os principais concorrentes <strong>do</strong> Tr-l, para ultrapassar a barreira hematoencefálica,<br />

os aminoáci<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia ramificada (AACR) sofrem uma redução em suas<br />

concentrações no plasma, em conseqüência <strong>do</strong> aumento <strong>de</strong> sua capacitação e oxidação<br />

pelos músculos exercita<strong>do</strong>s. Esta redução plasmática <strong>de</strong> AACR induz a um aumento da<br />

proporção <strong>de</strong> Trp-1/AACR, e a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> locomoção <strong>do</strong>s Trp-1 para os níveis<br />

centrais torna-se maior, elevan<strong>do</strong>, por conseguinte, as concentrações <strong>de</strong> 5 HT. Isto é,<br />

estas alterações po<strong>de</strong>riam possivelmente explicar a diminuição <strong>do</strong>s sintomas <strong>de</strong><br />

ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão relacionada à prática <strong>de</strong> exercícios e a melhor QV <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos<br />

neste estu<strong>do</strong>.<br />

Outras explicações para os acha<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> po<strong>de</strong>m estar relacionadas com<br />

fatores como o tipo <strong>de</strong> exercício realiza<strong>do</strong>, a interação social proporcionada pelo centro<br />

<strong>de</strong> convivência, a influência <strong>do</strong> grupo, aptidão física funcional melhorada e aumento da<br />

auto-estima que provavelmente contribuíram para a redução <strong>do</strong>s sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong>pressão e para uma melhor QV.<br />

Assim, a AF contribui <strong>de</strong> diferentes maneiras para melhorar a condição clínica<br />

geral e a condição mental <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so. Desta forma, os i<strong>do</strong>sos, ao perceberem que são<br />

fisicamente capazes, vivem um sentimento <strong>de</strong> competência, que os leva a acreditar na<br />

própria capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar tarefas e a serem mais persistentes frente aos possíveis<br />

insucessos ou situações potencialmente <strong>de</strong>svantajosas (MOTA, 2002).<br />

Este estu<strong>do</strong> mostra que, a prática da AF influencia na QV e promove a<br />

diminuição <strong>do</strong>s sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que tanto a saú<strong>de</strong> física<br />

quanto a mental po<strong>de</strong> ser preservada nos i<strong>do</strong>sos. Estas constatações merecem uma<br />

atenção especial no que diz respeito à intervenção nesta realida<strong>de</strong>, estimulan<strong>do</strong> assim,<br />

que o i<strong>do</strong>so se<strong>de</strong>ntário se torne ativo e, com isto assegurem o viver in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e o<br />

bem-estar psicológico <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so.<br />

O presente estu<strong>do</strong> apresenta como limitação não ter si<strong>do</strong> feito as <strong>do</strong>sagens <strong>do</strong>s<br />

neurotransmissores, noradrenalina e serotonina, pois po<strong>de</strong>riam fornecer evidências mais<br />

consistentes e hipóteses mais claras para os mecanismos envolvi<strong>do</strong>s nesta relação.<br />

Futuros estu<strong>do</strong>s po<strong>de</strong>rão esclarecer possíveis processos fisiológicos e<br />

psicológicos responsáveis por este efeito. Além disso, estu<strong>do</strong>s longitudinais seriam


34<br />

importantes para investigar se a contribuição da AF po<strong>de</strong> se modificar ao longo <strong>do</strong><br />

tempo/em relação ao esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so.


35<br />

7. CONCLUSÕES<br />

- A AF tem um papel importante na melhoria da QV e na diminuição <strong>do</strong>s<br />

sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos.<br />

- O nível <strong>de</strong> AF influencia a QV, em especial no aspecto físico, capacida<strong>de</strong><br />

funcional, vitalida<strong>de</strong>, bem como os aspectos sociais e o esta<strong>do</strong> psicológico em que o<br />

i<strong>do</strong>so se encontra.<br />

- Os i<strong>do</strong>sos ativos apresentam melhor QV e com menos sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong>pressão <strong>do</strong> que os i<strong>do</strong>sos que não praticam AF.


36<br />

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

ABAS, M & BROADHEAD, J. Mental disor<strong>de</strong>rs in the <strong>de</strong>veloping wold. BWJ, 1994;<br />

308: 1052-3.<br />

ALBUQUERQUE, S.M.R.L. Envelhecimento Ativo: <strong>de</strong>safio <strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para<br />

a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos. Dissertação <strong>de</strong> Doutora<strong>do</strong>, 2005.<br />

ALLEYNE, G.A.O. Health and quality of life. Rev. Panam. Salud. Publica, 2001, v. 9,<br />

nº 1, p. 1-6.<br />

APA – AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION: Diagnostic and Statistical<br />

Manual of Mental Disor<strong>de</strong>rs. 4ª ed. Washington, DC, American Psychiatric<br />

Association, 1994.<br />

ANDREWS, G.A. Los <strong>de</strong>safios <strong>de</strong>l processo <strong>de</strong> envejecimento em lãs socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

hoy y <strong>de</strong>l futuro. In. Encontro Latino Americano y Caribe – O Sobre Lãs<br />

Personas <strong>de</strong> Edad, 1999. Anais. Santiago: Cela<strong>de</strong>, 2000. p.247-256 (seminaries y<br />

Conferencias – Cepal, 2).<br />

ANTON, S.D & MILLER, P.M. Do negative emoticions predict alcohol consumption,<br />

saturated fat intake and physical activity in ol<strong>de</strong>r adults? Behav. Modifi. 2005; 29<br />

(4): 677-88.<br />

ASSIS, M. Promoção da Saú<strong>de</strong> e Envelhecimento. Em: ARAÚJO, T.D. Ativida<strong>de</strong><br />

Física e postura corporal. Rio <strong>de</strong> Janeiro CRDE, UNATI, UERJ, 2002. p. 57 -68.<br />

BAILEY, M & MCLAREN, S. Physical activity alone and with others as predictors of<br />

sense of belonging and mental health in retirees. Aging Ment Health. 2005; 9 (1):<br />

82-90.<br />

BOTEGA, N.J; BIO, M.R.; ZOMIGNANI, M.A.; GARCIA, Jr.C.; WALTER, A.B.<br />

Transtornos <strong>do</strong> humor em enfermaria <strong>de</strong> clínica médica e validação <strong>de</strong> escala <strong>de</strong><br />

medida (HAD) <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão. Rev. Saú<strong>de</strong> Pública, 1995, vol. 29, nº 5,<br />

São Paulo.


37<br />

CALIL, H.M. & MIRANDA, A.M.A. Transtornos <strong>de</strong>pressivos. In: TABORBA, J.G.V.;<br />

PRADO-LIMA, P.; BUSNELLO, E.D. Rotinas em Psiquiatria. Porto Alegre,<br />

Artes Médicas. 1996, p. 140–52.<br />

CARVALHO, Y.M. Ativida<strong>de</strong> física e saú<strong>de</strong>: on<strong>de</strong> está e quem é o sujeito da relação?<br />

Revista Brasileira <strong>de</strong> Ciências <strong>do</strong> Esporte. 2001; 22: 9-21<br />

CARVALHO, V.F.C & FERNANDEZ, M.E.D. Depressão no i<strong>do</strong>so. In: PAPALÉO-<br />

NETO M. (ED.). Gerontologia: A velhice e o envelhecimento em visão<br />

globalizada. São Paulo, Rio <strong>de</strong> Janeiro: Ed. Atheneu 2002, p. 160-173.<br />

CARVALHO, J.A.M & GARCIA, R.A. O envelhecimento da população brasileira: um<br />

enfoque <strong>de</strong>mográfico. Cad. Saú<strong>de</strong> Pública, 2003. RJ, 19 (3): 725-733 mai-jun.<br />

.<br />

CASPERSEN, C.J.; POWELL, K.E.; CHRISTENSON, G.M. Physical activity,<br />

exercise, and physical fitness: <strong>de</strong>finitions and distinction for health related research.<br />

Public Health Reports, 1985; 100 (2): 126-31.<br />

CICONELLI, R.M.; FERRAZ, M.B.; SANTOS, E.; MEINÃO, I.; QUARESMA, M.R.;<br />

Tradução para a língua portuguesa e validação <strong>do</strong> questionário genérico <strong>de</strong><br />

avaliação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida SF-36 (Brasil SF-36). Revista Brasileira <strong>de</strong><br />

Reumatologia, 1999, vol. 39, nº 3.<br />

COSTIL, D.L.; BOWERS, R.; BRAUNAM, G. Muscle Glicognen utilization during<br />

prolonged exercise on successive days. J.Appl.Physiol. 1971, 31:834-838.<br />

CHAIMOWICZ F. A saú<strong>de</strong> <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos brasileiros às vésperas <strong>do</strong> século XXI:<br />

problemas, projeções e alternativas. Rev. Saú<strong>de</strong> Pública. 1997; 31(2): 184-200.<br />

DEL PORTO, J. A. Conceito e diagnóstico da <strong>de</strong>pressão. Rev. Bras. Psiquiatria, 1999,<br />

21, p. 6-11.<br />

DE VITTA, A. Bem estar físico e saú<strong>de</strong> percebida: um estu<strong>do</strong> comparativo entre<br />

homens e mulheres adultos e i<strong>do</strong>sos, se<strong>de</strong>ntários e ativos. Campinas, SP, 2001.<br />

[Tese Doutora<strong>do</strong>].


38<br />

DIAS, Jr.C.S.; COSTA, S.C.; LACERDA, M.A. O envelhecimento da população<br />

brasileira: uma análise <strong>de</strong> contu<strong>do</strong> das paginas da REBEP. Rev. Bras. Geriatr.<br />

Gerontol. 2006, V. 9, n. 2.<br />

FARIA JUNIOR, A.G. Trends of reseach in physical education in England. Wales and<br />

Brazil (1975 – 1984): a comparative study. Post. <strong>do</strong>storal final report. Lon<strong>do</strong>n:<br />

University of Lon<strong>do</strong>n Institute of education, 1987.<br />

FORLENZA, O.V. Transtornos Depressivos em I<strong>do</strong>sos. In: FORLENZA, O.V &<br />

CARAMELLI, P. Neuropsiquiatria Geriátrica. São Paulo: Atheneu, 2000, p. 299-<br />

308.<br />

FLECK, A.P.M.; CHACHAMOVICH, E.; TRENTINI, M.C. Projeto WHOQOL-OLD:<br />

méto<strong>do</strong> e resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> grupos focais no Brasil. Rev. Saú<strong>de</strong>. Pública, 2003. v. 37,<br />

n. 6, São Paulo.<br />

FLECK, M.P.A, LOUZADA, S; XAVIER, M; CHACHAMOVICH, E; VIEIRA, G;<br />

SANTOS, L. Aplicação da versão em português <strong>do</strong> instrumento abrevia<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

avaliação da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida ‘WHOQOL-Bref”. Rev. Saú<strong>de</strong> Publica. 2000; 34<br />

(2):178-83.<br />

FLECK, M.P.A, LOUZADA, S; XAVIER, M; CHACHAMOVICH, E; VIEIRA, G;<br />

SANTOS, L. Desenvolvimento da versão em português <strong>do</strong> instrumento <strong>de</strong> avaliação<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (WHOQOL-100). Rev.<br />

Saú<strong>de</strong> Pública, 1999, 21:19-28.<br />

FREITAS, E.V.; PY, L.; CANÇADO, F.A.X.; DOLL, J.; GORZONI, M. L. Trata<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

Geriatria e Gerontologia. In: FRANK, M.H & RODRIGUES, N.L. Depressão,<br />

Ansieda<strong>de</strong>, Outros Distúrbio Afetivos e Suicídio. 2ª edição. 2006, Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Guanabara – Koogan, p. 148-153.<br />

GALLO, JR.L.; MARIN-NETO, J.A.; MACIEL, B.C. Ativida<strong>de</strong> Física: “remédio”<br />

cientificamente comprova<strong>do</strong>? A Terceira Ida<strong>de</strong>. 1995; 10 (6): 34-43.<br />

GARRIDO, R & MENEZES, P.R. O Brasil esta envelhecen<strong>do</strong>: boas e más notícias por<br />

uma perspectiva epi<strong>de</strong>miológica. Rev. Bras. Psiquiatria, 2002, 24 (Supl): 3-6.<br />

GOMES, V.N.M. Cartilha: atuação da Ação Arquidiocesana na assessoria a<br />

dinamização <strong>de</strong> Grupos <strong>de</strong> I<strong>do</strong>sos. Florianópolis, SC, Brasil, 2001.


39<br />

GORDILHO, A.; SERGIO, J.; SILVESTRE, J.; RAMOS, L.R.; FREIRE, M.P.A.;<br />

ESPINDOLA, N.; MAIA, R.; VERAS, R.; KARSCH, U. Desafios a serem<br />

enfrenta<strong>do</strong>s no terceiro milênio pelo setor saú<strong>de</strong> na atenção integral ao i<strong>do</strong>so.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, UNATI, 2000.<br />

GLIATTO, M.F. Generalized anxiety disor<strong>de</strong>r. American Family Physician, 2000, 62<br />

(7), p. 1591 – 1602.<br />

HAMILTON, M. Frequency of symptoms in melamcholia-<strong>de</strong>pressive illness. Br. J.<br />

Psychiatric. 1997, 42: 904 – 913.<br />

HOLLANDER, E; SIMEON, D; GORMAN, J.M. Anxiety Disor<strong>de</strong>ns. In: American<br />

Psychiatric Press. 2º ed., Washington, 1994, 495-563.<br />

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE) 2000. Perfil<br />

<strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos responsáveis pelos <strong>do</strong>micílios no Brasil 2000. Estu<strong>do</strong>s e Pesquisas:<br />

Informação Demográfica e Socioeconômica, n.9, 2002. Disponível em<br />

http://www.ibge.gov.br. (captura<strong>do</strong> em 03 <strong>de</strong> julho 2006).<br />

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Síntese <strong>de</strong><br />

indica<strong>do</strong>res sociais 2004. Rio <strong>de</strong> Janeiro: IBGE; 2005.<br />

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE) 2006.<br />

Disponível em http://www.ibge.gov.br (captura<strong>do</strong> em 04 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2008)<br />

JETTE, A.M.; PINSKY, J.L.; BRANCH, L.G.; WOLF, P.A.; FEINELIB, M. The<br />

Framinghan disability study: physical disability among community-Dwelling<br />

survivors of stroke. J. Clin. Epi<strong>de</strong>miol. 1988; 41: 719-26.<br />

KALACHE, A.; VERAS, P.R.; RAMOS, R.L. O Envelhecimento da População<br />

Mundial. Um Desafio Novo. Rev. Saú<strong>de</strong>. Pública, 1987, 21 (3):200-10.<br />

KILSZTAJN, S.; ROSSBACH, A.; CÂMARA, M.B.; CARMO, M.S.N. Serviços <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>, gastos e envelhecimento da população brasileira. Revista Brasileira <strong>de</strong><br />

Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> População, 2003, v. 20, n. 1, jan./jun.


40<br />

KOO, M.M.; ROHAN, T.E. Comparison of four habitual physical activity<br />

questionnaires in girls aged 7-15 yr. Medicine & Science in Sports & Exercise,<br />

1999, v. 31, n. 3, p. 421-427.<br />

LAUKKANEN, P.;LESKINEN, E.; KAUPPINEN, M.; SAKARI-RANTALA, R.;<br />

HEIKKINEN, E. Health and functional capacity as predictors of community<br />

dwelling among el<strong>de</strong>rly people. J. Clin. Epi<strong>de</strong>miol. 2000, 53: p. 257-67.<br />

LEBRÃO, M.L & LAURENTI, R. Condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. In: Lebrão ML, Duarte YAO.<br />

SABE: saú<strong>de</strong>, bem-estar e envelhecimento. O Projeto SABE no município <strong>de</strong> São<br />

Paulo: uma abordagem inicial. Brasília: Organização Pan-Americana da Saú<strong>de</strong>;<br />

2003. p. 73-91.<br />

LEVEILLE, S.G.; GURALNIK, J.M.; FERRUCI, L.; LANGLOIS, J.A. Aging<br />

successfully until <strong>de</strong>ath in old age: Opportunites for increasing active life<br />

expectancy. American Journal of Epi<strong>de</strong>miology, 1999, 149, 654-664.<br />

LIMA-COSTA, M.F & VERAS, R.P. A frugalida<strong>de</strong> necessária: mo<strong>de</strong>los mais<br />

contemporâneos. Revista digital, 2003.<br />

LOPES, K.M.D.C. Os efeitos crônicos <strong>do</strong> exercício físico aeróbio nos níveis <strong>de</strong><br />

serotonina e <strong>de</strong>pressão em mulheres com ida<strong>de</strong> entre 50 a 72 anos. Tese mestra<strong>do</strong>,<br />

Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Brasília, 2001.<br />

MARCHAND, E.A.A. A influência da ativida<strong>de</strong> física sobre a saú<strong>de</strong> mental <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos.<br />

Revista Digital: Lecturas Educacion Física y Desportes, 2001, 7 (38).<br />

Disponível em: WWW.ef<strong>de</strong>portes.com.<br />

MATHER, A.S.; RODRIGUEZ, C.; GUTHRIE, M.F.; MCHARG, A.M.; REID, I.C;<br />

MCMURDO, M.E. Effects of exercise on <strong>de</strong>pressive symptoms in ol<strong>de</strong>r adults with<br />

poorly responsive <strong>de</strong>pressive disor<strong>de</strong>r: ran<strong>do</strong>mized controlled trial. Br. J.<br />

Psychiatry. 2002, 180: 411-5.<br />

MATSUDO, S.M. Ativida<strong>de</strong> física na promoção da saú<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida no<br />

envelhecimento. Rev. bras. Educ. Fís. Esp. São Paulo, set. 2006, v. 20, p. 135-137.<br />

MATSUDO, S.M.; KEIHAN, V.; MATSUDO, R.; NETO, T.L.B. Impacto <strong>do</strong><br />

envelhecimento nas variáveis antropometricas, neuromotoras e metabólicas da


41<br />

aptidão física. Revista Brasileira <strong>de</strong> Ciência e Movimento. Brasília, v. 8, n. 4, p.<br />

21-32, 2000.<br />

MAZO, G.Z. Ativida<strong>de</strong> Física e Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida <strong>de</strong> Mulheres I<strong>do</strong>sas. Universida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> Porto, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências <strong>do</strong> Desposto e <strong>de</strong> Educação Física. Dissertação <strong>de</strong><br />

Doutora<strong>do</strong>, 2003.<br />

McAULEY,E.; BLISSMER, B.; MARQUEZ, D.X.; JEROME, G.J.; KRAMER, A.F.;<br />

KATULA, J. (2000). Social relations, physical activity, and well-beig in ol<strong>de</strong>r<br />

adults. Preventive Medicine, 31 (5), 608-17.<br />

MIRANDA, M.L.J.; GODELLI, M.R.C.S.; OKUMA, S.S. Os efeitos <strong>do</strong> exercício<br />

aeróbio com música sobre os esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ânimo <strong>de</strong> pessoas i<strong>do</strong>sas. Revista Paulista<br />

<strong>de</strong> Educação Física. 1996. v. 10, n. 2, p. 172-178.<br />

MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. SECRETARIA DE PREVIDÊNCIA<br />

SOCIAL, Informe <strong>de</strong> Previdência Social, v. 14, n. 09, setembro 2002.<br />

MS (Ministério da Saú<strong>de</strong>), 1999. Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família. Brasília: Ministério da<br />

Saú<strong>de</strong> – <strong>Secretaria</strong> <strong>de</strong> Assistência à Saú<strong>de</strong>, Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Comunida<strong>de</strong>,<br />

julho/ 1997.<br />

MS (Ministério da Saú<strong>de</strong>). <strong>Secretaria</strong> <strong>de</strong> Políticas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Programa Nacional <strong>de</strong><br />

Promoção da Ativida<strong>de</strong> Física "Agita Brasil": Ativida<strong>de</strong> física e sua contribuição<br />

para a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Rev. Saú<strong>de</strong> Pública. 2002; 36: (2) 254-256.<br />

MOTA, J. (2002). Envelhecimento e exercício - activida<strong>de</strong> física e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida na<br />

população i<strong>do</strong>sa. In: Barbanti, V.J.; Bento, J.O.; Marques, A.T.; Amandio, A.C.<br />

(orgs). Esporte e Activida<strong>de</strong> Física: interação entre rendimento e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida. São Paulo: Manole, p. 183-194.<br />

NERI, A L. Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e envelhecimento na mulher. IN : Desenvolvimento e<br />

envelhecimento. Perspectivas biológicas, psicológicas e sociológicas. Campinas :<br />

Papirus. 2001.<br />

NIES, M.A & KERSHAW, T.C. Psychosocial and environmental influences on<br />

physical activity and outcomes in se<strong>de</strong>ntary women. J. Nurs. Scholarship. 2002;<br />

34: 243-249.


42<br />

NÓBREGA, A.C.L.; FREITAS, E.V.; OLIVEIRA, M.A.B.; LEITÃO, B.M.;<br />

LAZZOLI, J.K.; NAHAS, R.M.; BAPTISTA, C. A. S.; DRUMMOND, F. A.;<br />

REZENDE, L.; PEREIRA, J.; PINTO, M.; DOMINSKI, R. B.; LEITE, N.;<br />

THIELE, E. S.; HERNANDEZ, A. J.; ARAÚJO, C. G. S.; TEIXEIRA, J. A. C.;<br />

CARVALHO, T.; BORGES, S. F.; ROSE, E.H. Posicionamento Oficial da<br />

Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Medicina <strong>do</strong> Esporte e da Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Geriatria<br />

e Gerontologia: Ativida<strong>de</strong> Física e Saú<strong>de</strong> no I<strong>do</strong>so. Rev. Bras. Méd. Esporte, 1999,<br />

v. 5, nº 6, Nov/Dez.<br />

OKUMA, S.S. O i<strong>do</strong>so e a ativida<strong>de</strong> física fundamentos e pesquisa. Campinas, S.P.:<br />

Papirus, 208, 1998.<br />

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2001. Disponível em<br />

www.who.int/ageing/2001.<br />

(captura<strong>do</strong> no dia 18 <strong>de</strong> junho 2006)<br />

ORGANIZAÇÃO PAN- AMERICANA DA SAÚDE – OPAS- OMS. Envelhecimento<br />

Ativo: uma política <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>/World Health Organization; tradução Suzana Gontijo.<br />

Brasília, 2005.<br />

PALUSKA, S.A & SCWENK, T.L. Physical Activity and Mental Health: Current<br />

Concepts. Sports Medicine, Mar. 2000, v. 29 (3), pp.167-180.<br />

PAPALÉO-NETO, M. Gerontologia. São Paulo, Rio <strong>de</strong> Janeiro: Ed. Atheneu, 1996. p.<br />

160-173.<br />

PARAHYBA, M.I & SIMÕES, C.C.S. A prevalência <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong> funcional em<br />

i<strong>do</strong>sos no Brasil. Ciênc. Saú<strong>de</strong> coletiva, 2006, v. 11, n. 4, Rio <strong>de</strong> Janeiro out./<strong>de</strong>z.<br />

PASCHOAL, S.M.P. Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so: Elaboração <strong>de</strong> um instrumento que<br />

privilegia sua opinião. Tese Mestra<strong>do</strong>, 2000.<br />

PENNIX, B.W; ABBAS, H; AMBROSIUS, W; NICKLAS, B.J; DAVIS, C; MESSIER,<br />

S.P; PAHOR, M. Inflammatory markers and phsical function among ol<strong>de</strong>r adults<br />

with knee osteoartritis. The Journal of Rheumatology. 2004. Toronto, v. 31, p.<br />

2027-2031, 2004.


43<br />

PEREIRA, D.E.C. Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida na terceira ida<strong>de</strong> e sua relação com o trabalho no<br />

grupo <strong>de</strong> terceira ida<strong>de</strong> “Amor e Carinho” <strong>de</strong> Santa Terezinha <strong>de</strong> Itaipu-PR<br />

[dissertação]. Florianópolis: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina; 2002.<br />

POLÍTICA DE SAÚDE DO IDOSO. Ministério da Saú<strong>de</strong>, 1999.<br />

RAMOS, L. R. Fatores <strong>de</strong>terminantes <strong>do</strong> envelhecimento saudável em i<strong>do</strong>sos resi<strong>de</strong>ntes<br />

em centro urbano: Projeto Epi<strong>do</strong>so, São Paulo. Cad. Saú<strong>de</strong> Pública. 2003; 19 (3):<br />

793-8.<br />

RUUSKANEN, J.M.; RUOPPILA I. Physical activity and psychological well-being<br />

among people aged 65 to 84 years. Age and Ageing, 1995; 24(4): 292-6.<br />

SANTOS, R.S.; SANTOS, C.B.I.; FERNANDES, M.G.M.; HENRIQUES, M.R.E.M.<br />

Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so na comunida<strong>de</strong>: aplicação da Escala <strong>de</strong> Flanagan. Rev.<br />

Latini-Am. Enfermagem, v. 10, n. 6, Ribeirão Preto, 2002.<br />

SILVA, T.E & REZENDE, C.H.A. Avaliação Transversal da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong><br />

i<strong>do</strong>sos participantes <strong>de</strong> <strong>Centro</strong>s <strong>de</strong> Conveniência e institucionaliza<strong>do</strong>s por meio <strong>do</strong><br />

questionário genérico WHOQOL-BREF. Revista eletrônica, 2006.<br />

SOUZA, L.; GALANTE, H.; FIGUEIREDO, D. Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e bem-estar <strong>do</strong>s<br />

i<strong>do</strong>sos: um estu<strong>do</strong> exploratório na população portuguesa. Rev. Saú<strong>de</strong> Pública,<br />

2003, 37 (3), 364-71.<br />

SHEPHARD, R.J. Absolute versus relative intensity of physical activity in a <strong>do</strong>seresponse<br />

context. Science in Sports and Exercise Medicine, 2001. 33, 400-418.<br />

SPIRDUSO, W.W & CRONIN, D.L. Exercise <strong>do</strong>se-response effects on quality of life<br />

and in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt living in ol<strong>de</strong>r adults. Medicine and Science in Sports and<br />

Exercise. P. S. 598 – S 608, 2001.<br />

STELLA, F.; GOBBI, S.; CORAZZA, D.I.; COSTA, J.L.R. Depressão no I<strong>do</strong>so:<br />

Diagnóstico, Tratamento e Benefícios da Ativida<strong>de</strong> Física. Motriz, set/<strong>de</strong>z. 2002, v.<br />

8, nº 3, pp. 91-98.


44<br />

STRAWBRIDGE, W.J.; DELEGER, S.; ROBERTS, R.E; KAPLAN, G.A. Physical<br />

Activity Reduces the Risk of Subsequent Depression for Ol<strong>de</strong>r Adults. Physical<br />

Activity and Depression. Am.J.Epi<strong>de</strong>miol. 2002, vol.156, Nº 4: 328-34.<br />

U.S. DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES. Centers for Disease<br />

Control and Prevention. National Center for Health Statistics. Chartbook on<br />

Trends in the Healtn of Americans. Health, United States, 2007.<br />

U.S. DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES. Centers for Disease<br />

Control and Prevention. National Center for Health Statistics. Chartbook on<br />

Trends in the Healtn of Americans. Health, United States, 2006.<br />

VAN GOOL, C.H.; KEMPEN, G.I.J.M.; PENNINX, B.W.J.H.; DEEG, D.J.H.;<br />

BEEKMAN, A.T.F.; VAN EIJK, J.T.M. Relationship between changes in<br />

<strong>de</strong>pressive symptoms and unhealthy lifestyles. Age and Ageing, 2003; 32: 81–87.<br />

VIANA, H.B. Influência da ativida<strong>de</strong> física sobre a avaliação subjetiva da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida <strong>de</strong> pessoas i<strong>do</strong>sas. [Dissertação] Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, 2003.<br />

VOORRIPS, L.E.; RAVELL, A.C.J.; DONGELMANS, P.C.A.; DEURENBERG, P.;<br />

VANS TAVEREN, W.A.. A physical activity questionnaire for the el<strong>de</strong>rly.<br />

Medicine and Science in Sports and Exercise, 1991, 23, 974-979.<br />

XAVIER, F.M.; FERRAZ, M.P.; MARC, N.; ESCOSTEGUY, N.U.; MORIGUCHI,<br />

E.H. El<strong>de</strong>rly people’s <strong>de</strong>finition of quality of life. Rev. Bras. Psiquiatr. 2003; 25<br />

(1): 31-9.


45<br />

ANEXOS


46<br />

ANEXO A<br />

Carta <strong>de</strong> Autorização<br />

Cuiabá, 12 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2007.<br />

Prezada Srª<br />

Suely Benedita Soares <strong>de</strong> Lara<br />

Gerente <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> <strong>de</strong> Convivência Padre Firmo<br />

Lucinei<strong>de</strong> da Silva Santos e o Profº. Drº. Ângelo Piva Biagini, <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong><br />

Pós-Graduação <strong>de</strong> Mestra<strong>do</strong> em Fisioterapia <strong>do</strong> UNITRI, estamos autoriza<strong>do</strong>s pelo<br />

CEP-UNITRI, a realizar coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s da seguinte pesquisa: “Nível <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong><br />

Física e sua relação com Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida, Ansieda<strong>de</strong> e Depressão em I<strong>do</strong>sos nãoistitucionaliza<strong>do</strong>s”<br />

com os i<strong>do</strong>sos <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> <strong>de</strong> Convivência Padre Firmo e da<br />

comunida<strong>de</strong>.<br />

Para a realização da mesma, utilizarei apenas questionários <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />

(SF-36), ativida<strong>de</strong> física (Baecke Mofifica<strong>do</strong> para I<strong>do</strong>sos) e a escala <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong>pressão (HAD), sen<strong>do</strong> estes, méto<strong>do</strong>s não-invasivos e que não oferecem riscos à<br />

saú<strong>de</strong> <strong>do</strong>s voluntários.<br />

Portanto, solicito a sua autorização para que se possa realizar no <strong>Centro</strong> <strong>de</strong><br />

Convivência Padre Firmo a coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s citada acima.<br />

necessários.<br />

Colocamo-nos à sua disposição para os esclarecimentos que se fizerem<br />

Atenciosamente,<br />

__________________________________<br />

Ângelo Piva Biagini<br />

Docente <strong>do</strong> mestra<strong>do</strong> em fisioterapia da UNITRI<br />

__________________________________<br />

Lucinei<strong>de</strong> da Silva Santos<br />

Fisioterapeuta<br />

Autorizo,__________________________<br />

Suely Benedita Soares <strong>de</strong> Lara


ANEXO B<br />

47


48<br />

ANEXO C<br />

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO<br />

“Nível <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> Física e sua Relação com Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida, Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Vida Diária, Ansieda<strong>de</strong> e Depressão em I<strong>do</strong>sos não-institucionaliza<strong>do</strong>s”.<br />

Este é um estu<strong>do</strong> que avaliará a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, o nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física, a<br />

ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos com ida<strong>de</strong> entre 65 e 85 anos. Para isso utilizaremos<br />

três questionários, aos quais você <strong>de</strong>verá respon<strong>de</strong>r. Eles avaliarão seu nível <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong> física, qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e nível <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão. Essas informações<br />

estão sen<strong>do</strong> fornecidas para sua participação voluntária nesse estu<strong>do</strong>.<br />

Não será realizada nenhuma intervenção invasiva (cortes ou retirada <strong>de</strong><br />

sangue) sen<strong>do</strong> necessário apenas que se responda aos questionários. Não há nenhum<br />

risco e nem <strong>de</strong>sconforto para o voluntário. Não há, também, nenhum benefício direto<br />

para o participante.<br />

É garantida a você a liberda<strong>de</strong> da retirada <strong>de</strong> consentimento a qualquer<br />

momento e <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> participar <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, sem qualquer prejuízo. As informações<br />

obtidas serão analisadas em conjunto com outros participantes, não sen<strong>do</strong> divulgada<br />

a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> nenhum voluntário.<br />

É seu direito manter-se atualiza<strong>do</strong> sobre os resulta<strong>do</strong>s parciais da pesquisa, ou<br />

<strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>s que sejam <strong>do</strong> conhecimento <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>res. Você não terá nenhuma<br />

<strong>de</strong>spesa pessoal em qualquer fase <strong>de</strong>sse estu<strong>do</strong>. Também não há compensação<br />

financeira relacionada à sua participação. Em caso <strong>de</strong> publicação <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, será<br />

manti<strong>do</strong> o sigilo <strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>.<br />

Em qualquer etapa <strong>de</strong>sse estu<strong>do</strong> você po<strong>de</strong>rá ter acesso aos profissionais<br />

responsáveis pela pesquisa para esclarecimento <strong>de</strong> eventuais dúvidas. A principal<br />

investiga<strong>do</strong>ra é Lucinei<strong>de</strong> da Silva Santos, RG: 07356269 SSP/MT, CPF:<br />

62180550197, que po<strong>de</strong> ser encontrada na Rua: Guilherme Victorino, nº138, Edifício


49<br />

Primus, Aptº 104, Miguel Sutil, Cuiabá/MT, CEP: 78048322; telefones: (065)<br />

30254912 e (065) 84074113.<br />

Ten<strong>do</strong> obti<strong>do</strong> com clareza e assimila<strong>do</strong> todas as informações acima citadas:<br />

Eu,........................................................................................, RG...........................,<br />

acredito ter si<strong>do</strong> suficientemente informa<strong>do</strong> (a) a respeito das informações que li sobre o<br />

estu<strong>do</strong> “Nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física e sua relação com qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, ansieda<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong>pressão em i<strong>do</strong>sos não-institucionaliza<strong>do</strong>s”.<br />

Eu discuti com a pesquisa<strong>do</strong>ra Lucinei<strong>de</strong> da Silva Santos sobre minha <strong>de</strong>cisão<br />

em participar nesse estu<strong>do</strong>. Ficaram claros para mim quais são os propósitos <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>,<br />

os procedimentos a serem realiza<strong>do</strong>s, as garantias <strong>de</strong> confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />

esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que minha participação é isenta <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>spesas. Concor<strong>do</strong>, voluntariamente, em participar <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> e concor<strong>do</strong> com a<br />

publicação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s, manti<strong>do</strong> o sigilo <strong>do</strong> meu nome. Po<strong>de</strong>rei retirar o meu<br />

consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalida<strong>de</strong>s ou<br />

prejuízo, ou perda <strong>de</strong> qualquer benefício que eu possa ter adquiri<strong>do</strong>.<br />

______________________________<br />

Data ___/____/___<br />

Assinatura <strong>do</strong> paciente<br />

______________________________<br />

Data ___/____/___<br />

Assinatura da Testemunha<br />

Declaro que obtive <strong>de</strong> forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e<br />

Esclareci<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste voluntário ou representante legal para a participação neste estu<strong>do</strong>.<br />

______________________________<br />

Data ___/____/___<br />

Pesquisa<strong>do</strong>ra


50<br />

ANEXO D<br />

VERSÃO BRASILEIRA DO QUESTIONÁRIO DE QUALIDADE DE VIDA SF-36<br />

Instruções: Esta pesquisa questiona você sobre sua saú<strong>de</strong>. Estas informações nos manterão<br />

informa<strong>do</strong>s sobre como você se sente e quão bem você é capaz <strong>de</strong> fazer suas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vida<br />

diária. Responda cada questão marcan<strong>do</strong> a resposta como indica<strong>do</strong>. Caso você esteja<br />

inseguro(a) ou em dúvida em como respon<strong>de</strong>r, por favor, tente respon<strong>de</strong>r o melhor que pu<strong>de</strong>r.<br />

1. Em geral, você diria que sua saú<strong>de</strong> é: (circule uma)<br />

Excelente Muito boa Boa Ruim Muito ruim<br />

1 2 3 4 5<br />

2. Comparada a um ano atrás, como você classificaria sua saú<strong>de</strong> em geral, agora? (circule<br />

uma)<br />

Muito melhor Um pouco Quase a mesma Um pouco pior Muito pior<br />

melhor<br />

1 2 3 4 5<br />

3. Os seguintes itens são sobre ativida<strong>de</strong>s que você po<strong>de</strong>ria fazer atualmente durante um dia<br />

comum. Devi<strong>do</strong> a sua saú<strong>de</strong>, você teria dificulda<strong>de</strong> para fazer essas ativida<strong>de</strong>s? Neste caso,<br />

quanto? (circule um número em cada linha)<br />

Ativida<strong>de</strong>s<br />

a- Ativida<strong>de</strong>s vigorosas, que exigem<br />

muito esforço, tais como correr,<br />

levantar objetos pesa<strong>do</strong>s, participar em<br />

esportes árduos.<br />

b- Ativida<strong>de</strong>s mo<strong>de</strong>radas, tais como<br />

mover um mesa, passar aspira<strong>do</strong>r <strong>de</strong><br />

Sim. Dificulta Sim. Dificulta Não. Não<br />

muito um pouco dificulta <strong>de</strong><br />

mo<strong>do</strong> algum<br />

1 2 3<br />

1 2 3<br />

pó, jogar bola, varrer a casa.<br />

c- Levantar ou carregar mantimentos. 1 2 3<br />

d- Subir vários lances <strong>de</strong> escada. 1 2 3<br />

e- Subir um lance <strong>de</strong> escada. 1 2 3<br />

f- Curvar - se, ajoelhar – se ou <strong>do</strong>brar – 1 2 3<br />

se.<br />

g- Andar mais <strong>de</strong> um quilômetro. 1 2 3<br />

h- Andar vários quarteirões. 1 2 3<br />

i- Andar um quarteirão. 1 2 3<br />

j- Tomar banho ou vestir - se 1 2 3


51<br />

4. Durante as últimas 4 semanas, você teve algum <strong>do</strong>s seguintes problemas com o seu trabalho<br />

ou com alguma ativida<strong>de</strong> diária regular, como conseqüência <strong>de</strong> sua saú<strong>de</strong> física?(circule<br />

uma em cada linha)<br />

Sim Não<br />

a- Você diminui a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo que <strong>de</strong>dicava – se ao seu trabalho 1 2<br />

ou a outras ativida<strong>de</strong>s?<br />

b- Realizou menos tarefas <strong>do</strong> que você gostaria? 1 2<br />

c- Esteve limita<strong>do</strong> no seu tipo <strong>de</strong> trabalho ou em outras ativida<strong>de</strong>s? 1 2<br />

d- Teve dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer seu trabalho ou outras ativida<strong>de</strong>s (p.ex:<br />

necessitou <strong>de</strong> um esforço extra)?<br />

1 2<br />

5. Durante as últimas 4 semanas, você teve algum <strong>do</strong>s seguintes problemas com o seu trabalho<br />

ou outra ativida<strong>de</strong> regular diária, como conseqüência <strong>de</strong> algum problema emocional (como<br />

sentir – se <strong>de</strong>primi<strong>do</strong> ou ansioso)? (circule uma em cada linha)<br />

Sim Não<br />

a- Você diminui a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo que <strong>de</strong>dicava – se ao seu trabalho ou a outras 1 2<br />

ativida<strong>de</strong>s?<br />

b- Realizou menos tarefas <strong>do</strong> que você gostaria? 1 2<br />

c- Não trabalhou ou não fez qualquer das ativida<strong>de</strong>s com tanto cuida<strong>do</strong> como geralmente<br />

faz?<br />

1 2<br />

6. Durante as últimas 4 semanas, <strong>de</strong> que maneira sua saú<strong>de</strong> física ou problemas emocionais<br />

interferiram nas suas ativida<strong>de</strong>s sociais normais, em relação à família, vizinhos, amigos ou<br />

em grupo? (circule uma)<br />

De forma Ligeiramente Mo<strong>de</strong>radamente Bastante Extremamente<br />

nenhuma<br />

1 2 3 4 5<br />

7. Quanta <strong>do</strong>r no corpo você teve durante as últimas 4 semanas? (circule uma)<br />

Nenhuma Muito leve Leve Mo<strong>de</strong>rada Grave Muito grave<br />

1 2 3 4 5 6<br />

8. Durante as últimas 4 semanas, quanto a <strong>do</strong>r interferiu com o seu trabalho normal (incluin<strong>do</strong><br />

tanto o trabalho, fora <strong>de</strong> casa e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> casa)? (circule uma)<br />

De maneira alguma Um pouco Mo<strong>de</strong>radamente Bastante Extremamente<br />

1 2 3 4 5


52<br />

9. Estas questões são sobre como você se sente e como tu<strong>do</strong> tem aconteci<strong>do</strong> com você durante<br />

as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor, dê uma resposta que mais se aproxime<br />

da maneira como você se sente em relação às últimas 4 semanas. (circule um número para<br />

cada linha)<br />

a- Quanto tempo você tem senti<strong>do</strong><br />

cheio <strong>de</strong> vigor, cheio <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong>,<br />

cheio <strong>de</strong> força?<br />

b- Quanto tempo você tem se<br />

senti<strong>do</strong> uma pessoa nervosa?<br />

c- Quanto tempo você tem se<br />

senti<strong>do</strong> tão <strong>de</strong>primi<strong>do</strong> que nada<br />

po<strong>de</strong> animá – lo?<br />

d- Quanto tempo você tem se<br />

senti<strong>do</strong> calma e tranqüilo?<br />

e- Quanto tempo você tem se<br />

senti<strong>do</strong> com muita energia?<br />

f- Quanto tempo você tem se<br />

senti<strong>do</strong> <strong>de</strong>sanima<strong>do</strong> e abati<strong>do</strong>?<br />

g- Quanto tempo você tem se<br />

senti<strong>do</strong> esgota<strong>do</strong>?<br />

h- Quanto tempo você tem se<br />

senti<strong>do</strong> uma pessoa feliz?<br />

i- Quanto tempo você tem se<br />

senti<strong>do</strong> cansa<strong>do</strong>?<br />

To<strong>do</strong><br />

tempo<br />

A<br />

maior<br />

parte<br />

<strong>do</strong><br />

tempo<br />

Uma<br />

boa<br />

parte<br />

<strong>do</strong><br />

tempo<br />

Alguma<br />

parte<br />

<strong>do</strong><br />

tempo<br />

Uma<br />

pequena<br />

parte <strong>do</strong><br />

tempo<br />

Nunca<br />

1 2 3 4 5 6<br />

1 2 3 4 5 6<br />

1 2 3 4 5 6<br />

1 2 3 4 5 6<br />

1 2 3 4 5 6<br />

1 2 3 4 5 6<br />

1 2 3 4 5 6<br />

1 2 3 4 5 6<br />

1 2 3 4 5 6<br />

10. Durante as últimas 4 semanas, quanto <strong>do</strong> seu tempo a sua saú<strong>de</strong> física ou problemas<br />

emocionais interferiram com as suas ativida<strong>de</strong>s sociais (como visitar amigos, parentes,<br />

etc.)? (circule uma)<br />

To<strong>do</strong> A maior parte <strong>do</strong> Alguma parte <strong>do</strong> Uma pequena Nenhuma<br />

tempo tempo<br />

tempo<br />

parte <strong>do</strong> tempo <strong>do</strong> tempo<br />

1 2 3 4 5<br />

parte


53<br />

11. O quanto verda<strong>de</strong>iro ou falso é cada uma das afirmações para você? (circule um número em<br />

cada linha)<br />

a- Eu costumo a<strong>do</strong>ecer um<br />

pouco mais facilmente que as<br />

outras pessoas.<br />

b- Eu sou tão saudável quanto<br />

qualquer pessoa que eu<br />

conheço.<br />

c- Eu acho que a minha saú<strong>de</strong><br />

vai piorar.<br />

Definitivamente<br />

verda<strong>de</strong>iro<br />

A maioria<br />

das vezes<br />

verda<strong>de</strong>ira<br />

Não sei<br />

A maioria<br />

das vezes<br />

falso<br />

Definitivamente<br />

falsa<br />

1 2 3 4 5<br />

1 2 3 4 5<br />

1 2 3 4 5<br />

d- Minha saú<strong>de</strong> é excelente. 1 2 3 4 5


54<br />

ANEXO E<br />

QUESTIONÁRIO DO NÍVEL DE ATIVIDADE DE BAECKE MODIFICADO<br />

(VOORRIPS et al., 1991)<br />

Nome:____________________________________________________________<br />

Sexo: M F<br />

Peso ____kg Altura _____cm IMC:_________________________<br />

Data da coleta:___/___/___<br />

I. ATIVIDADES DE CASA<br />

1. Você realiza algum trabalho leve em sua casa? (lavar louça, consertar roupas, tirar pó,<br />

aguar plantas, etc.).<br />

0. nunca (menos <strong>de</strong> 1 vez por mês)<br />

1. às vezes (somente quan<strong>do</strong> um parceiro ou ajudante não está disponível)<br />

2. quase sempre (às vezes com ajudante)<br />

3. sempre (sozinho ou com ajuda)<br />

2. Você realiza algum trabalho pesa<strong>do</strong> em sua casa? (lavar pisos e janelas, carregar<br />

lixos, lavar carro, etc.).<br />

0. nunca (menos <strong>de</strong> 1 vez por mês)<br />

1. às vezes (somente quan<strong>do</strong> um parceiro ou ajudante não está disponível)<br />

2. quase sempre (às vezes com ajudante)<br />

3. sempre (sozinho ou com ajuda)<br />

3. Para quantas pessoas você mantém a casa incluin<strong>do</strong> você mesmo? (preencher 0 se<br />

respon<strong>de</strong>u nunca nas questões 1 e 2).<br />

__________________________________________________________________


55<br />

4. Quantos cômo<strong>do</strong>s você tem que limpar, incluin<strong>do</strong> cozinha, quarto, garagem,<br />

banheiro, porão? (preencher 0 se respon<strong>de</strong>u nunca nas questões 1 e 2).<br />

0. nunca faz trabalhos <strong>do</strong>mésticos<br />

1. 1-6 cômo<strong>do</strong>s<br />

2. 7-9 cômo<strong>do</strong>s<br />

3. 10 ou mais cômo<strong>do</strong>s<br />

5. Se limpa algum cômo<strong>do</strong>, em quantos andares? (preencher 0 se respon<strong>de</strong>u nunca na<br />

questão 4)<br />

__________________________________________________________________<br />

6. Você prepara refeições quentes para si mesmo, ou ajuda a preparar?<br />

0. nunca<br />

1. às vezes (1 ou 2 vezes por semana)<br />

2. quase sempre (3 a 5 vezes por semana)<br />

3. sempre (mais <strong>de</strong> 5 vezes por semana)<br />

7. Quantos lances <strong>de</strong> escada você sobe por dia? (1 lance <strong>de</strong> escadas tem 10 <strong>de</strong>graus)<br />

0. eu nunca subo escadas<br />

1. 1-5<br />

2. 6-10<br />

3. mais <strong>de</strong> 10<br />

8. Se você vai para algum lugar em sua cida<strong>de</strong>, que tipo <strong>de</strong> transporte utiliza?<br />

0. eu nunca saio<br />

1. carro<br />

2. transporte público<br />

3. bicicleta<br />

4. caminhan<strong>do</strong>


56<br />

9. Com que freqüência você faz compras?<br />

0. nunca ou menos <strong>de</strong> 1 vez por semana<br />

1. 1 vez por semana<br />

2. 2-4 vezes por semana<br />

3. to<strong>do</strong>s os dias<br />

10. Se você vai para as compras, que tipo <strong>de</strong> transporte você utiliza?<br />

0. eu nunca vou às compras<br />

1. carro<br />

2. transporte público<br />

3. bicicleta<br />

4. caminhan<strong>do</strong><br />

II. ATIVIDADES ESPORTIVAS<br />

Você pratica algum esporte? (bocha, ginástica, natação, hidroginástica, caminhada, etc.)<br />

Esporte1:<br />

Nome: __________________________________________________________<br />

Intensida<strong>de</strong>: __________________________________________(ver tabela)<br />

Horas por semana: ____________________________________________________<br />

Quantos meses por ano: _______________________________________________<br />

Esporte 2:<br />

Nome: ______________________________________________________________<br />

Intensida<strong>de</strong>: __________________________________________(ver tabela)<br />

Horas por semana: ____________________________________________________<br />

Quantos meses por ano: _______________________________________________


57<br />

III. ATIVIDADES DE LAZER<br />

Você tem alguma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lazer? (tricô, borda<strong>do</strong>s, leitura, assistir TV, passear com<br />

o cão, bingo, danças <strong>de</strong> salão, conversar com amigos, jogar baralho, truco, etc.).<br />

Ativida<strong>de</strong> 1:<br />

Nome: ______________________________________________________________<br />

Intensida<strong>de</strong>: __________________________________________(ver tabela)<br />

Horas por semana: ____________________________________________________<br />

Quantos meses por ano: _______________________________________________<br />

Ativida<strong>de</strong> 2:<br />

Nome: ______________________________________________________________<br />

Intensida<strong>de</strong>: __________________________________________(ver tabela)<br />

Horas por semana: ___________________________________________________<br />

Quantos meses por ano: _______________________________________________


58<br />

ANEXO F<br />

CÓDIGOS PARA O QUESTIONÁRIO DE BAECKE MODIFICADO PARA<br />

IDOSOS POR VOORRIPS ET AL. (1991)<br />

CÓDIGO DA INTENSIDADE<br />

INTENSIDADE<br />

CÓDIGO<br />

0: <strong>de</strong>ita<strong>do</strong>, relaxa<strong>do</strong> 0.028<br />

1: senta<strong>do</strong>, relaxa<strong>do</strong> 0.146<br />

2: senta<strong>do</strong>, movimentos das mãos ou braços 0.297<br />

3: senta<strong>do</strong>, movimentos corporais 0.703<br />

4: postura ereta, relaxa<strong>do</strong> 0.174<br />

5: postura ereta, movimentos das mãos ou braços 0.307<br />

6: postura ereta, movimentos corporais, caminhada 0.890<br />

7: caminhan<strong>do</strong>, movimentos das mãos ou braços 1.368<br />

8: caminhan<strong>do</strong>, movimentos corporais, andan<strong>do</strong> <strong>de</strong> bicicleta,<br />

nadan<strong>do</strong><br />

1.890<br />

CÓDIGO DE HORAS POR SEMANA<br />

HORAS POR SEMANA<br />

CÓDIGO<br />

1: menos <strong>do</strong> que 1h/sem. 0.5<br />

2: 1-< 2h/sem. 1.5<br />

3: 2-< 3h/sem. 2.5<br />

4: 3-< 4h/sem. 3.5<br />

5: 4-< 5h/sem. 4.5<br />

6: 5-< 6h/sem. 5.5<br />

7: 6-< 7h/sem. 6.5<br />

8: 7-< 8h/sem. 7.5<br />

9: 8 ou mais h/sem. 8.5


59<br />

CÓDIGO DE MESES POR ANO<br />

HORAS POR SEMANA<br />

1: menos <strong>do</strong> que 1 mês/ano 0.04<br />

2: 1-3 mês/ano 0.17<br />

3: 4-6 mês/ano 0.42<br />

4: 7-9 mês/ano 0.67<br />

5: mais <strong>do</strong> que 9 meses/ano 0.92<br />

CÓDIGO<br />

* Código da intensida<strong>de</strong> da menor unida<strong>de</strong>, originalmente basea<strong>do</strong> no gasto <strong>de</strong><br />

energia.


60<br />

ANEXO G<br />

ESCALA DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO - HAD<br />

Nome:<br />

Ida<strong>de</strong>: Escolarida<strong>de</strong>: Esta<strong>do</strong> Civil:<br />

Profissão:<br />

Ocupação<br />

Diagnóstico: Data :<br />

______/______/________<br />

Eu me sinto tenso ou contraí<strong>do</strong>:<br />

( ) A maior parte <strong>do</strong> tempo<br />

( ) Boa parte <strong>do</strong> tempo<br />

( ) De vez em quan<strong>do</strong><br />

( ) Nunca<br />

Eu ainda sinto gosto pelas mesmas coisas <strong>de</strong> antes:<br />

( ) Sim, <strong>do</strong> mesmo jeito que antes<br />

( ) Não tanto quanto antes<br />

( ) Só um pouco<br />

( ) Já não consigo ter prazer em nada<br />

Eu sinto uma espécie <strong>de</strong> me<strong>do</strong>, como se alguma coisa ruim fosse acontecer<br />

( ) Sim, e <strong>de</strong> jeito muito forte<br />

( ) Sim, mas não tão forte<br />

( ) Um pouco, mas isso não me preocupa<br />

( ) Não sinto nada disso<br />

Dou risada e me divirto quan<strong>do</strong> vejo coisas engraçadas<br />

( ) Do mesmo jeito que antes<br />

( ) Atualmente um pouco menos<br />

( ) Atualmente bem menos<br />

( ) Não consigo mais<br />

Estou com a cabeça cheia <strong>de</strong> preocupações<br />

( ) A maior parte <strong>do</strong> tempo<br />

( ) Boa parte <strong>do</strong> tempo<br />

( ) De vez em quan<strong>do</strong><br />

( ) Raramente<br />

Eu me sinto alegre<br />

( ) Nunca<br />

( ) Poucas vezes<br />

( ) Muitas vezes<br />

( ) A maior parte <strong>do</strong> tempo


61<br />

Consigo ficar sentada à vonta<strong>de</strong> e me sentir relaxa<strong>do</strong><br />

( ) Sim, quase sempre<br />

( ) Muitas vezes<br />

( ) Poucas vezes<br />

( ) Nunca<br />

Eu estou lento para pensar e fazer coisas<br />

( ) Quase sempre<br />

( ) Muitas vezes<br />

( ) De vez em quan<strong>do</strong><br />

( ) Nunca<br />

Eu tenho uma sensação ruim <strong>de</strong> me<strong>do</strong>, como um frio na barriga ou um aperto no estômago<br />

( ) Nunca<br />

( ) De vez em quan<strong>do</strong><br />

( ) Muitas vezes<br />

( ) Quase sempre<br />

Eu perdi o interesse em cuidar da minha aparência<br />

( ) Completamente<br />

( ) Não estou mais me cuidan<strong>do</strong> como eu <strong>de</strong>veria<br />

( ) Talvez não tanto quanto antes<br />

( ) Me cui<strong>do</strong> <strong>do</strong> mesmo jeito que antes<br />

Eu me sinto inquieto, como se eu não pu<strong>de</strong>sse ficar para<strong>do</strong> em lugar nenhum<br />

( ) Sim, <strong>de</strong>mais<br />

( ) Bastante<br />

( ) Um pouco<br />

( ) Não me sinto assim<br />

Fico esperan<strong>do</strong> anima<strong>do</strong> as coisas boas que estão por vir<br />

( ) Do mesmo jeito que antes<br />

( ) Um pouco menos que antes<br />

( ) Bem menos <strong>do</strong> que antes<br />

( ) Quase nunca<br />

De repente, tenho a sensação <strong>de</strong> entrar em pânico<br />

( ) A quase to<strong>do</strong> momento<br />

( ) Várias vezes<br />

( ) De vez em quan<strong>do</strong><br />

( ) Não senti isso<br />

Consigo sentir prazer quan<strong>do</strong> assisto um bom programa <strong>de</strong> televisão, <strong>de</strong> rádio, ou quan<strong>do</strong> leio<br />

alguma coisa<br />

( ) Quase sempre<br />

( ) Várias vezes<br />

( ) Poucas vezes<br />

( ) Quase nunca


62<br />

Anexo H<br />

Valores individuais <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos: ida<strong>de</strong>; NAF; HAD (escala <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão) e<br />

os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36 (capacida<strong>de</strong> funcional; aspectos físicos; <strong>do</strong>r; esta<strong>do</strong><br />

geral saú<strong>de</strong>; vitalida<strong>de</strong>; aspectos sociais; aspectos emocionais; saú<strong>de</strong> mental).<br />

Pacient<br />

e<br />

Ida<strong>de</strong> NAF HAD-<br />

A<br />

HAD-<br />

D<br />

capacid<br />

a<strong>de</strong><br />

funcion<br />

al<br />

aspecto<br />

s<br />

físicos<br />

<strong>do</strong>r<br />

esta<strong>do</strong><br />

geral<br />

saú<strong>de</strong><br />

vitalida<br />

<strong>de</strong><br />

aspecto<br />

s<br />

sociais<br />

aspecto<br />

s<br />

emocio<br />

nais<br />

1 70 14,6 12 9 70 0 10 92 70 62,5 0,00 68<br />

2 76 8,0 3 9 80 25 100 85 80 62,5 0,00 84<br />

3 69 7,8 9 10 15 75 100 50 65 37,5 66,67 56<br />

4 69 21,8 0 2 100 75 100 92 100 100 100 100<br />

5 67 10,4 10 5 30 25 51 65 15 62,5 33,33 48<br />

6 68 20,6 3 4 95 75 51 67 85 100 100 92<br />

7 78 12,3 1 0 95 100 84 92 100 100 100 100<br />

8 72 9,15 1 0 65 100 100 95 90 50 100 96<br />

9 68 11,7 0 0 95 50 51 97 90 87,5 100 100<br />

10 70 24,2 6 8 70 0 41 87 75 75 0 68<br />

11 74 13 4 4 85 0 41 52 95 75 100 96<br />

12 70 10,2 3 0 30 25 31 92 60 100 100 84<br />

13 66 9,04 11 6 55 0 61 45 25 62,5 100 24<br />

14 70 8,53 5 3 20 100 61 52 75 75 100 92<br />

15 69 22,6 7 0 30 50 20 70 75 87,5 33,33 84<br />

16 70 22,9 8 3 100 50 100 92 100 100 100 96<br />

17 75 9,22 1 5 75 75 72 75 75 87,5 100 96<br />

18 75 9,32 4 4 35 0 40 82 60 62,5 33,33 72<br />

19 68 8,48 3 0 70 100 74 72 85 87,5 100 96<br />

20 70 12,7 15 3 100 150 40 52 100 62,5 100 72<br />

21 68 8,45 10 5 50 25 41 67 60 62,5 33,33 68<br />

22 67 6,05 7 2 70 100 52 67 80 100 100 72<br />

23 66 26,3 0 0 100 100 100 100 100 100 100 100<br />

24 76 16,9 4 1 95 100 61 72 90 100 100 88<br />

25 69 33,7 7 1 95 100 100 77 90 100 100 80<br />

26 75 6,42 10 9 10 0 31 80 55 87,5 33,33 48<br />

27 67 19,4 5 3 95 75 100 92 75 100 33,33 68<br />

28 72 12,8 2 1 100 100 100 97 100 100 100 92<br />

29 73 16,1 11 6 20 50 41 62 40 100 66,67 60<br />

30 78 11,5 5 0 15 0 30 80 40 62,5 33,33 44<br />

31 70 36,6 1 0 100 100 100 92 75 100 100 84<br />

32 69 8,86 1 0 100 75 100 87 100 100 100 96<br />

33 65 16,6 15 6 25 0 72 52 55 100 66,67 60<br />

34 81 25,2 5 9 95 100 100 85 95 100 100 80<br />

35 65 10,5 4 4 55 100 72 82 85 100 100 80<br />

36 74 4,47 17 7 20 0 32 60 35 50 0 52<br />

37 77 16,8 3 6 90 0 64 82 90 75 100 88<br />

38 71 11,1 8 3 65 100 61 72 60 100 100 68<br />

39 65 9,73 2 3 95 100 51 87 95 100 100 92<br />

40 74 11,1 10 11 95 100 100 42 85 87,5 100 48<br />

41 73 7,85 2 4 60 25 72 77 70 100 0 68<br />

42 80 2,15 1 2 35 0 22 85 80 12,5 0 92<br />

43 70 1,7 9 2 95 25 61 72 80 75 0 64<br />

44 72 4,68 16 11 30 0 0 45 15 37,5 0 24<br />

45 73 3,98 1 2 35 0 62 92 70 12,5 0 80<br />

46 73 2,92 5 11 75 25 100 40 50 50 100 64<br />

47 67 6,45 9 2 80 100 61 70 70 50 100 60<br />

48 70 4,38 0 0 95 100 72 92 95 100 100 100<br />

49 78 1,58 4 3 75 100 61 52 55 87,5 33,33 48<br />

50 72 3,92 11 12 40 0 12 80 65 75 0 56<br />

51 69 10,4 10 1 90 100 61 87 85 50 100 80<br />

52 68 12,4 8 5 80 0 52 92 60 0 100 40<br />

53 65 19,3 9 0 90 25 61 92 50 75 100 56<br />

54 65 20,9 5 0 100 100 100 92 70 62,5 100 68<br />

55 66 21,5 5 3 80 25 100 67 90 75 0 68<br />

saú<strong>de</strong><br />

mental


56 68 20,8 1 1 80 25 72 100 100 100 100 100<br />

57 79 7,91 3 0 80 100 51 92 90 100 100 80<br />

58 71 5,57 4 3 60 0 40 72 70 87,5 66,67 100<br />

59 65 13,3 10 4 50 100 62 92 70 100 100 72<br />

60 67 9,7 10 5 70 75 100 62 55 100 100 72<br />

61 67 16,6 0 0 100 100 100 97 95 100 100 100<br />

62 66 14,7 1 3 85 100 40 82 70 100 100 80<br />

63 71 6,07 3 1 80 100 100 57 70 75 100 88<br />

64 76 26,8 6 2 85 50 100 92 70 100 100 72<br />

65 76 17,2 4 1 70 25 100 92 60 75 0 76<br />

66 80 10,8 4 0 65 0 62 72 75 100 0 84<br />

67 74 7,39 5 3 100 100 100 97 100 75 66,67 76<br />

68 65 9,2 0 5 60 0 72 97 90 100 100 100<br />

69 67 3,59 6 4 100 100 72 87 75 87,5 100 92<br />

70 74 21,2 4 1 100 0 100 65 95 100 100 64<br />

71 85 5,69 0 6 90 75 100 72 70 100 100 100<br />

72 66 20 2 1 90 100 100 100 85 100 100 96<br />

73 70 7,41 9 2 100 75 100 67 75 100 100 88<br />

74 82 5,03 13 12 25 0 22 55 25 62,5 0 36<br />

75 81 4,27 9 5 65 0 61 92 85 100 100 100<br />

76 77 5,47 7 1 40 0 22 65 40 62,5 0 80<br />

77 83 2,4 4 6 55 0 62 72 50 100 100 72<br />

78 81 3,46 1 9 55 0 51 72 60 75 100 76<br />

79 70 3,14 0 0 100 75 61 87 100 100 100 80<br />

80 72 2,74 9 12 15 0 32 40 35 12,5 100 64<br />

81 70 3,83 2 5 60 25 100 77 80 87,5 100 92<br />

82 75 3,04 7 5 35 100 72 72 55 100 100 68<br />

83 77 3,34 11 8 75 100 72 87 60 12,5 0 48<br />

84 79 5,09 4 4 20 0 42 77 65 25 0 96<br />

85 78 3,14 2 4 55 0 100 82 65 100 100 84<br />

86 67 10,5 1 0 70 75 100 47 85 100 100 92<br />

87 66 3,7 6 4 100 0 100 87 100 100 0 96<br />

88 78 13,8 0 0 100 100 100 100 100 100 100 100<br />

89 66 18,9 8 2 100 100 100 77 50 100 100 76<br />

90 69 12,7 3 3 70 75 100 82 80 100 100 68<br />

91 69 9,36 3 6 95 75 100 77 60 100 100 88<br />

92 70 4,08 4 9 40 0 41 77 45 12,5 100 52<br />

93 83 13,5 0 1 25 25 100 72 100 50 0 100<br />

94 66 11,6 0 1 100 100 61 87 95 100 100 100<br />

95 69 11,5 3 10 20 0 22 40 15 100 100 40<br />

96 71 14,2 0 4 70 100 100 92 100 100 100 96<br />

97 73 12,6 0 1 85 100 72 82 80 100 100 92<br />

98 70 8,51 0 5 40 100 72 77 80 100 100 96<br />

99 71 9,74 1 1 70 0 61 72 95 100 100 84<br />

100 66 9,41 1 3 40 100 22 45 45 100 100 64<br />

101 80 10,9 1 1 95 100 52 92 95 62,5 100 92<br />

102 67 14,7 4 1 90 100 100 92 95 100 100 68<br />

103 75 3,23 3 1 90 75 100 62 60 100 100 88<br />

104 77 10,3 3 4 85 0 72 92 85 100 100 96<br />

105 74 18,7 0 1 100 100 100 87 75 87,5 100 92<br />

106 75 5,66 0 0 50 100 100 80 95 100 100 96<br />

107 69 2,7 5 14 15 0 52 77 15 0 0 40<br />

108 65 7,84 8 7 25 0 51 67 65 100 100 88<br />

109 69 12,6 3 9 30 50 22 45 75 100 100 96<br />

110 67 27,5 0 0 100 100 100 92 100 100 100 100<br />

111 66 25,5 3 1 80 0 72 92 90 100 100 92<br />

112 66 6,89 7 10 55 0 100 72 65 100 33,33 64<br />

113 75 5,36 5 10 60 100 61 50 60 100 100 60<br />

114 81 9,4 3 3 15 0 41 92 65 50 100 76<br />

115 68 16,7 2 6 70 0 42 82 75 62,5 0 72<br />

116 68 17,8 1 0 95 75 100 92 90 100 100 96<br />

117 78 6,24 9 12 20 0 72 65 50 87,5 100 36<br />

118 70 12,8 0 1 100 100 100 92 95 100 100 84<br />

119 67 9,21 5 5 80 50 100 87 75 75 33,33 40<br />

120 67 11,7 2 3 80 100 100 82 70 100 100 80<br />

121 71 15,8 1 1 75 75 100 87 90 100 100 92<br />

122 70 12 0 0 100 100 100 87 95 100 100 100<br />

123 68 10,4 2 3 90 100 100 77 75 100 0 76<br />

124 69 4,47 3 4 70 75 100 65 75 87,5 100 68<br />

125 74 3,41 8 1 80 0 0 87 85 62,5 100 88<br />

126 67 23,4 0 1 90 0 22 92 85 87,5 100 88<br />

127 78 9,4 4 5 15 0 41 62 30 25 100 56<br />

63


128 70 12,2 2 1 85 100 100 60 55 100 0 72<br />

129 70 18,5 0 0 70 100 100 77 85 100 100 96<br />

130 66 14,2 3 6 20 0 10 45 25 50 100 40<br />

131 83 5,24 0 2 60 0 100 82 85 100 100 100<br />

132 75 6,5 4 8 30 100 72 92 80 87,5 100 80<br />

133 72 4,71 3 2 60 0 100 82 90 50 100 64<br />

134 74 1,6 3 10 30 0 100 35 45 37,5 100 68<br />

135 65 4,75 2 7 55 50 72 87 85 100 100 92<br />

136 65 17,7 0 2 100 100 100 72 75 100 100 96<br />

137 75 3,73 2 12 30 0 42 45 25 37,5 0 52<br />

138 78 1,11 16 18 10 0 42 60 5 12,5 0 20<br />

139 70 3,84 0 0 95 100 72 62 80 100 100 100<br />

140 68 4,38 1 1 65 100 72 87 85 100 100 80<br />

141 84 2,44 5 7 30 0 100 10 30 87,5 100 44<br />

142 81 6,53 8 8 90 100 100 72 100 100 100 100<br />

143 65 3,81 11 9 85 0 72 20 50 100 0 48<br />

144 76 4,01 1 4 75 50 31 72 70 100 100 80<br />

145 68 11,8 0 3 100 100 100 42 90 100 100 100<br />

146 80 5,69 6 4 80 25 52 92 70 100 100 96<br />

147 68 5,42 15 18 55 0 22 70 25 37,5 0 8<br />

148 79 24,3 2 2 85 100 100 87 80 100 100 96<br />

149 69 18,2 2 1 95 100 62 82 90 75 100 92<br />

150 85 3,96 0 0 5 0 12 82 40 0 100 92<br />

151 71 10,5 10 1 50 0 22 30 35 50 0 16<br />

152 65 6,79 8 15 40 0 84 67 25 100 0 28<br />

153 65 11,8 4 15 50 0 51 87 45 50 0 24<br />

154 65 3,85 3 0 40 0 51 82 75 100 100 80<br />

155 65 6,23 5 3 55 100 41 57 100 100 100 60<br />

156 66 4,18 4 2 100 50 52 95 85 100 100 68<br />

157 65 5,36 1 6 70 75 61 82 85 100 100 76<br />

158 65 13,1 5 9 45 75 100 72 60 100 66,67 56<br />

159 65 8,27 6 9 65 25 42 60 55 50 100 56<br />

160 67 4,76 10 10 20 0 22 75 20 12,5 0 4<br />

161 82 5,39 6 5 45 0 72 82 60 100 100 72<br />

162 67 7,73 1 4 30 25 100 42 45 100 100 100<br />

163 77 8,95 3 5 100 25 72 77 100 100 100 96<br />

164 72 16 1 5 60 50 84 87 90 100 100 88<br />

165 67 9,05 11 4 85 25 40 87 55 50 0 48<br />

166 66 6,2 8 3 45 0 74 85 40 50 100 76<br />

167 65 16,4 2 7 80 100 72 87 85 100 100 80<br />

168 75 5,64 3 3 75 0 41 87 55 12,5 100 96<br />

169 75 20,8 2 3 75 100 52 82 80 100 100 100<br />

170 82 3,03 9 3 30 0 72 50 60 100 100 68<br />

171 65 13,3 1 1 70 100 100 92 90 100 100 80<br />

172 67 18,3 1 1 95 100 100 92 100 100 100 96<br />

173 66 5,61 3 4 70 25 100 92 95 100 100 80<br />

174 72 5,06 2 5 50 0 61 67 80 100 100 88<br />

175 67 10,2 3 3 80 100 100 87 85 100 100 84<br />

176 65 11,7 7 3 35 0 100 87 60 100 0 60<br />

177 68 8,58 8 12 80 0 22 60 45 50 0 40<br />

178 75 10,8 5 9 15 0 61 50 25 50 100 28<br />

179 65 13,6 3 6 65 0 51 87 80 100 100 92<br />

180 65 9,13 6 8 85 0 100 92 75 37,5 100 52<br />

181 68 9,04 7 10 65 0 61 55 30 100 100 24<br />

182 65 12,1 3 2 95 75 52 87 35 62,5 100 28<br />

183 70 8,85 6 5 70 50 62 92 45 75 100 64<br />

184 71 14,7 1 1 85 100 100 87 95 100 100 100<br />

185 65 23 3 1 35 75 61 72 50 100 100 52<br />

186 68 9,05 2 7 40 50 61 85 35 25 100 68<br />

187 70 13,3 5 2 100 100 100 77 100 100 100 72<br />

188 68 14,6 2 2 75 100 100 87 85 100 100 100<br />

189 81 8,33 1 5 35 75 31 82 65 100 100 84<br />

190 84 7,43 10 11 70 0 51 37 50 37,5 0 44<br />

191 77 8,16 7 9 60 50 22 40 15 12,5 66,67 20<br />

192 71 5,87 7 11 90 100 52 92 55 100 100 52<br />

193 68 11,7 2 3 90 100 61 77 80 100 100 100<br />

194 67 3,85 7 11 80 0 100 47 25 100 100 12<br />

195 69 13,8 6 1 100 0 61 92 90 100 100 92<br />

196 65 10,3 16 15 70 25 100 42 25 25 0 40<br />

197 68 7,57 7 13 65 50 72 35 40 25 0 8<br />

198 69 4,11 1 8 70 75 72 77 70 100 100 88<br />

199 73 9,29 3 3 95 75 72 92 75 100 100 88<br />

64


200 73 14,7 3 7 100 50 61 92 65 100 100 80<br />

65

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!