Centro Universitário do Triangulo - Secretaria de Estado de Saúde ...
Centro Universitário do Triangulo - Secretaria de Estado de Saúde ...
Centro Universitário do Triangulo - Secretaria de Estado de Saúde ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Centro</strong> Universitário <strong>do</strong> <strong>Triangulo</strong><br />
Pró-Reitoria <strong>de</strong> Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão.<br />
INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA<br />
QUALIDADE DE VIDA E NO ESCORE DE<br />
ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS NÃO-<br />
INSTITUCIONALIZADOS<br />
Lucinei<strong>de</strong> da Silva Santos<br />
Uberlândia<br />
2008
Lucinei<strong>de</strong> da Silva Santos<br />
INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA<br />
QUALIDADE DE VIDA E NO ESCORE DE<br />
ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM IDOSOS NÃO-<br />
INSTITUCIONALIZADOS<br />
Dissertação apresentada ao Programa <strong>de</strong> Pós-<br />
Graduação/Mestra<strong>do</strong> em Fisioterapia <strong>do</strong> <strong>Centro</strong><br />
Universitário <strong>do</strong> Triângulo - Unitri como<br />
requisito parcial para obtenção <strong>do</strong> título <strong>de</strong><br />
Mestre em Fisioterapia.<br />
Orienta<strong>do</strong>r: Profº. Drº. Ângelo Piva Biagini<br />
Uberlândia<br />
<strong>Centro</strong> Universitário <strong>do</strong> Triângulo<br />
2008
AGRADECIMENTOS<br />
Aos i<strong>do</strong>sos que participaram <strong>de</strong>ssa pesquisa, pela confiança <strong>de</strong>positada no trabalho,<br />
respon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> os questionários com interesse e serieda<strong>de</strong>, <strong>do</strong>an<strong>do</strong> um pouco <strong>do</strong> tempo <strong>de</strong> suas<br />
vidas e muito carinho à minha pessoa.<br />
À secretária Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Mato Grosso, em especial ao setor da Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Vida.<br />
Aos meus amigos Viviane Martins e Regiane Men<strong>do</strong>nça, pelo apoio e auxilio.<br />
Aos amigos da turma <strong>do</strong> Mestra<strong>do</strong>, por to<strong>do</strong>s os momentos compartilha<strong>do</strong>s, minha<br />
amiza<strong>de</strong> e gratidão.<br />
Às professoras Drª. Eliane Maria <strong>de</strong> Carvalho e Drª. Nádia Carla Cheik, integrantes da<br />
Comissão Examina<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> Qualificação, cujas críticas e sugestões enriqueceram o trabalho.<br />
Ao Professor Dr. Ângelo Piva Biagini, pela orientação prestada, pelo carinho muito<br />
especial com que soube amenizar as dificulda<strong>de</strong>s e pelo incentivo permanente na realização<br />
<strong>de</strong>ste trabalho. Meu respeito e admiração tornaram-se ainda maior pelo profissional e pessoa<br />
humana que é.<br />
À minha família (em especial a minha mãe, Lúcia) que sempre esteve ao meu la<strong>do</strong>,<br />
incentivan<strong>do</strong> e orientan<strong>do</strong> os meus passos e torcen<strong>do</strong> muito pelo meu sucesso. Além <strong>de</strong> me<br />
acolher, nos momentos mais difíceis da minha vida.<br />
Ao meu mari<strong>do</strong> Luiz Benvenuti, uma pessoa muito especial na minha vida, que nos<br />
momentos em que eu mais precisei sempre esteve ao meu la<strong>do</strong>. Você foi o meu gran<strong>de</strong><br />
alicerce no transcorrer <strong>do</strong> mestra<strong>do</strong>. Seu amparo, incentivo, apoio, carinho, compreensão,<br />
amor, paciência e sua <strong>de</strong>dicação em me motivar foram fundamentais. Estar com você me<br />
engran<strong>de</strong>ce.<br />
A Deus que me auxilia e me guia a cada <strong>de</strong>scoberta da minha vida...<br />
A to<strong>do</strong>s que <strong>de</strong> alguma forma contribuíram com meu crescimento.<br />
Muito obrigada!!!!
RESUMO<br />
SANTOS, L. S. Nível <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> Física e sua relação com Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida, Ansieda<strong>de</strong> e<br />
Depressão em I<strong>do</strong>sos não-institucionaliza<strong>do</strong>s. 2008. 65 p. Dissertação Mestra<strong>do</strong> –<br />
Fisioterapia, <strong>Centro</strong> Universitário <strong>do</strong> Triângulo, Uberlândia.<br />
Introdução: Saben<strong>do</strong> que o processo <strong>de</strong> envelhecimento é comum a to<strong>do</strong> ser humano e que,<br />
por diversos motivos, a população mundial e também a brasileira se apresenta cada vez com<br />
mais ida<strong>de</strong> e com os problemas e agravos <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>ste processo, a ativida<strong>de</strong> física tem<br />
si<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>rada um meio <strong>de</strong> preservar e melhorar a saú<strong>de</strong>.<br />
Objetivo Geral: Avaliar o nível <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> Física e a sua relação com a Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida,<br />
ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão em i<strong>do</strong>sos.<br />
Méto<strong>do</strong>s: A amostra foi composta por 200 i<strong>do</strong>sos, <strong>de</strong> ambos os sexos, dividi<strong>do</strong>s em <strong>do</strong>is<br />
grupos: 100 i<strong>do</strong>sos que praticavam ativida<strong>de</strong> física no centro <strong>de</strong> convivência e 100 i<strong>do</strong>sos da<br />
comunida<strong>de</strong> que não praticavam ativida<strong>de</strong> física. Os instrumentos aplica<strong>do</strong>s foram: 1)<br />
Questionário <strong>do</strong> Nível <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Baecke Modifica<strong>do</strong> para i<strong>do</strong>sos; 2) Questionário <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida SF-36; e 3) Escala <strong>de</strong> Ansieda<strong>de</strong> e Depressão – HAD. Os da<strong>do</strong>s foram<br />
analisa<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> médias e <strong>de</strong>svio-padrão, foi usa<strong>do</strong> o teste t-Stu<strong>de</strong>nt para comparar as<br />
variáveis: ida<strong>de</strong>, a escala HAD (ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão) e os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36.<br />
O coeficiente <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> Pearson (r) foi utiliza<strong>do</strong> para verificar a associação entre o<br />
nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física e as variáveis: ida<strong>de</strong>, a escala HAD e os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário<br />
SF-36. O nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física, a ida<strong>de</strong> e os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36 foram<br />
compara<strong>do</strong>s entre os grupos da escala <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão-HAD utilizan<strong>do</strong>-se ANOVA.<br />
A<strong>do</strong>tou-se um nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> 5%.<br />
Resulta<strong>do</strong>s: Os resulta<strong>do</strong>s nos mostraram que na comparação entre o NAF e os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong><br />
questionário SF-36, os valores médios nos escores foram maiores no grupo ativo, e que na<br />
escala <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão os escores maiores foram no grupo se<strong>de</strong>ntário. Na correlação<br />
entre o NAF e todas as variáveis analisadas. Verifica-se que o <strong>do</strong>mínio capacida<strong>de</strong> funcional e<br />
o NAF apresentam uma correlação mo<strong>de</strong>rada, sen<strong>do</strong> que, entre as <strong>de</strong>mais variáveis, a<br />
correlação é fraca. Além disso, encontrou-se que os i<strong>do</strong>sos que apresentam a associação <strong>do</strong>s<br />
sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão possuem menores escores no NAF e nos <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong><br />
questionário SF-36.<br />
Conclusão: O nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física influencia a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e diminui os sintomas<br />
<strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão.<br />
Palavras-chave: nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física; qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida; i<strong>do</strong>so; ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão.
ABSTRACT<br />
Santos, L. S. Level of Physical Activity and its relationship with Quality of Life, Anxiety and<br />
Depression in non-institutionalized El<strong>de</strong>rly. 2008. 65 P. Mastering Dissertation -<br />
Physiotherapy, <strong>Centro</strong> Universitário <strong>do</strong> Triângulo (University Center of the Triangle),<br />
Uberlândia.<br />
Introduction: The present study arises from the knowledge that the ageing process is<br />
universal to all human being. This is clearly seeing as well as that the world population and<br />
also the brasilian one had increased at this specific population, showing its problems and<br />
illness common to them, the physical activity has been consi<strong>de</strong>red one of the ways to preserve<br />
and to improve health condition.<br />
General Objective: To evaluate the level of physical activity and its relationship with Quality<br />
of Life, anxiety and <strong>de</strong>pression of the el<strong>de</strong>rly participating in the center of coexistence and<br />
community, in the city of Cuiabá, state of Mato Grosso, in Brazil.<br />
Methods: The sample inclu<strong>de</strong>d 200 el<strong>de</strong>rly of both gen<strong>de</strong>rs, divi<strong>de</strong>d into two groups: 100<br />
el<strong>de</strong>rly people who practiced physical activity and 100 el<strong>de</strong>rly people who did not practiced<br />
physical activity. The instruments for data collecting, applied as a separate interview, were: 1)<br />
Baecke Modified Questionnaire for the el<strong>de</strong>rly on the level of activity; 2) Quality of life SF-<br />
36 Questionnaire; and 3) Scale of Anxiety and Depression - HAD. Data were analyzed<br />
through averages and standard <strong>de</strong>viation, t-Stu<strong>de</strong>nt test was used to compare the variables age,<br />
HAD scale (anxiety and <strong>de</strong>pression) and the areas of the SF-36 questionnaire. The Pearson's<br />
correlation coefficient (r) was used to verify the association between the level of physical<br />
activity and age, HAD scale and areas of SF-36 questionnaire. Level of physical activity, age<br />
and areas of SF-36 questionnaire were compared among groups of scale of anxiety and<br />
<strong>de</strong>pression-HAD usig ANOVA. Significance level of 5% was a<strong>do</strong>pted.<br />
Results: The results showed that in the comparison between the PAL and the areas of the<br />
questionnaire SF-36, the average scores were higher in the active group, and that the scale of<br />
the anxiety and <strong>de</strong>pression scores was higher in the se<strong>de</strong>ntary group. In correlation between<br />
the PAL and all variables, it appears that the <strong>do</strong>main functional capacity and PAL have a<br />
mo<strong>de</strong>rate correlation, and, among other variables, the correlation is weak. Moreover, it was<br />
found that el<strong>de</strong>rly people who have the combination of symptoms of anxiety and <strong>de</strong>pression<br />
have lower scores in PAL and in the areas of the questionnaire SF-36.<br />
Conclusion: Level of physical activity influences the quality of life and <strong>de</strong>creases the<br />
symptoms of anxiety and <strong>de</strong>pression.<br />
Keywords: physical activity level; quality of life; el<strong>de</strong>rly; anxiety and <strong>de</strong>pression.
LISTA DE TABELAS<br />
Tabela 1<br />
Tabela 2<br />
Tabela 3<br />
Tabela 4<br />
Tabela 5<br />
Tabela 6<br />
Tabela 7<br />
Médias; <strong>de</strong>svios padrão das variáveis: ida<strong>de</strong>; ativida<strong>de</strong> física; HAD-A;<br />
HAD-D e os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36 (capacida<strong>de</strong> funcional;<br />
aspectos físicos; <strong>do</strong>r; esta<strong>do</strong> geral saú<strong>de</strong>; aspectos emocionais e saú<strong>de</strong><br />
mental)<br />
Comparação entre as médias da ida<strong>de</strong> e NAF entre os grupos<br />
se<strong>de</strong>ntário e ativo<br />
Comparação entre as médias da escala HAD entre os grupos<br />
se<strong>de</strong>ntário e ativo<br />
Comparação entre as médias <strong>do</strong>s <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36<br />
entre os grupos se<strong>de</strong>ntário e ativo<br />
Estimativa <strong>do</strong>s coeficientes <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> Pearson (r) entre as<br />
variáveis: ida<strong>de</strong> e a escala HAD e o NAF<br />
Estimativa <strong>do</strong>s coeficientes <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> Pearson (r) entre os<br />
<strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36 e o NAF<br />
Comparação entre as médias <strong>do</strong> NAF; ida<strong>de</strong> e <strong>do</strong>s <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong><br />
questionário SF-36 em relação aos sem sintomas, ansioso, <strong>de</strong>pressivo<br />
e ansioso/<strong>de</strong>pressivo<br />
24<br />
25<br />
25<br />
26<br />
26<br />
27<br />
28
LISTA DE ANEXOS<br />
Anexo A Autorização <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> <strong>de</strong> Convivência Padre Firmo 48<br />
Anexo B Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa em Seres Humanos <strong>do</strong> Unitri 49<br />
Anexo C Termo <strong>de</strong> Consentimento Livre e Esclareci<strong>do</strong> 50<br />
Anexo D Questionário <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida SF-36 52<br />
Anexo E Questionário <strong>do</strong> Nível <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Baecke Modifica<strong>do</strong> 56<br />
Anexo F Código <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> relaciona<strong>do</strong> ao gasto <strong>de</strong> energia 60<br />
Anexo G Escala <strong>de</strong> Ansieda<strong>de</strong> e Depressão – HAD 62<br />
Anexo H<br />
Valores individuais <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos: ida<strong>de</strong>; NAF; HAD (escala <strong>de</strong><br />
ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão e os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36<br />
(capacida<strong>de</strong> funcional; aspectos físicos; <strong>do</strong>r; esta<strong>do</strong> geral saú<strong>de</strong>;<br />
vitalida<strong>de</strong>; aspectos sociais; aspectos emocionais; saú<strong>de</strong> mental)<br />
64
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS<br />
AVD<br />
IBGE<br />
OMS<br />
CDC<br />
PNI<br />
DSM-IV<br />
SNC<br />
QV<br />
QVRS<br />
AF<br />
EF<br />
UNITRI<br />
HAD<br />
SF36<br />
Katz<br />
Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida Diária<br />
Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística<br />
Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Centers for Disease Control and Prevention<br />
Política Nacional <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so<br />
Manual Diagnóstico e Estatístico da Associação Psiquiátrica<br />
Americana quarta edição<br />
Sistema Nervoso Central<br />
Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida<br />
Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida Relacionada à Saú<strong>de</strong><br />
Ativida<strong>de</strong> Física<br />
Exercício Físico<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Triângulo Mineiro<br />
Escala <strong>de</strong> Ansieda<strong>de</strong> e Depressão<br />
Short Form Health Survery<br />
Índice <strong>de</strong> Katz (AVD`s)
SUMÁRIO<br />
1. INTRODUÇÃO 10<br />
2. OBJETIVOS 19<br />
2.1. Objetivo Geral 19<br />
2.2. Objetivos Específicos 19<br />
3. CASUÍSTICA E METODOLOGIA 20<br />
3.1. Casuística 20<br />
3.2. Protocolo 21<br />
3.3. Méto<strong>do</strong>s 21<br />
3.3.1. Questionário <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida (SF 36) 21<br />
3.3.2. Questionário <strong>do</strong> Nível <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Baecke<br />
Modifica<strong>do</strong><br />
22<br />
3.3.3. Escala <strong>de</strong> Ansieda<strong>de</strong> e Depressão – HAD 22<br />
4. ANÁLISE ESTATÍSTICA 23<br />
5. RESULTADOS 24<br />
6. DISCUSSÃO 29<br />
7. CONCLUSÕES 35<br />
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 36<br />
ANEXOS 45
Ficha Catalográfica<br />
elaborada pelo Departamento <strong>de</strong> Catalogação da Biblioteca da UNITRI<br />
Bibliotecária responsável: Gizele Cristine Nunes <strong>do</strong> Couto CRB6/2091<br />
613.7046<br />
S 237 i<br />
Santos, Lucinei<strong>de</strong> da Silva.<br />
Influência da ativida<strong>de</strong> física na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida no escore <strong>de</strong><br />
ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão em i<strong>do</strong>sos não-institucionaliza<strong>do</strong>s [manuscrito] /<br />
Lucinei<strong>de</strong> da Silva Santos. – 2008.<br />
50 f. : il. ; 33 cm.<br />
Cópia <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>r (Printout(s)).<br />
Dissertação (Mestra<strong>do</strong>) – UNITRI, 2008.<br />
“Orientação: Ângelo Piva Biagini”.<br />
1. Nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física. 2. Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. 3. I<strong>do</strong>so. 4.<br />
Ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão. I. Título.
10<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
O envelhecimento populacional é hoje um fenômeno universal, característica<br />
<strong>do</strong>s países <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s países em <strong>de</strong>senvolvimento. Em 1950, eram cerca <strong>de</strong><br />
204 milhões <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos no mun<strong>do</strong> e, já em 1998, quase cinco décadas <strong>de</strong>pois, este<br />
contingente alcançara 579 milhões <strong>de</strong> pessoas, um crescimento <strong>de</strong> quase oito milhões <strong>de</strong><br />
pessoas i<strong>do</strong>sas por ano. As projeções indicam que, em 2050, a população i<strong>do</strong>sa será <strong>de</strong> 1<br />
900 milhões <strong>de</strong> pessoas, equivalente à população infantil <strong>de</strong> 0 a 14 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />
(ANDREWS, 2000), sen<strong>do</strong> que os muito i<strong>do</strong>sos (com 80 ou mais anos) constituem o<br />
grupo etário <strong>de</strong> maior crescimento no mun<strong>do</strong> (OMS, 2001; CDC, 2007). O número <strong>de</strong><br />
pessoas com 60 anos ou mais tem aumenta<strong>do</strong> progressivamente nos países em<br />
<strong>de</strong>senvolvimento, como por exemplo, no Brasil (KALACHE, 1987; GARRIDO &<br />
MENEZES, 2002; ALBUQUERQUE, 2005).<br />
A Organização Mundial <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (OMS), 2001, consi<strong>de</strong>ra que a terceira ida<strong>de</strong><br />
começa aos 65 anos nos países <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s e, aos 60 anos, nos países em<br />
<strong>de</strong>senvolvimento. No entanto, é importante reconhecer que a ida<strong>de</strong> cronológica não é<br />
um marca<strong>do</strong>r preciso para as mudanças que acompanham o envelhecimento (OPAS,<br />
2005). Paralelamente à evolução cronológica, coexistem fenômenos <strong>de</strong> natureza<br />
biopsíquica e social, importantes para a percepção da ida<strong>de</strong> e <strong>do</strong> envelhecimento<br />
(CALDAS & VERAS, 2007).<br />
O Brasil é um país que envelhece rapidamente. De acor<strong>do</strong> com o Instituto<br />
Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística (IBGE, 2000) a população total <strong>de</strong> brasileiros é <strong>de</strong><br />
169, 5 milhões <strong>de</strong> habitantes, distribuí<strong>do</strong>s nas diferentes regiões <strong>do</strong> país. Destes, estimase<br />
que em torno <strong>de</strong> 16,7 milhões tenham 60 anos ou mais <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, o que representa<br />
9,6% da população total (IBGE, 2005) colocan<strong>do</strong> o Brasil, em 2050, na sexta posição <strong>de</strong><br />
i<strong>do</strong>sos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> em termos absolutos (KALACHE et al., 1987; PARAHYBA &<br />
SIMÕES, 2006; DIAS et al., 2006).<br />
A transição <strong>de</strong>mográfica brasileira é conseqüência, principalmente, <strong>de</strong><br />
diminuições importantes <strong>do</strong>s coeficientes <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> e das taxas <strong>de</strong> fecundida<strong>de</strong> e<br />
natalida<strong>de</strong> (PASCHOAL, 2000; CARVALHO & GARCIA, 2003) e também das
11<br />
profundas transformações sociais e econômicas ocorridas no século XX. Assim, a<br />
expectativa <strong>de</strong> vida <strong>do</strong> brasileiro, atualmente, é <strong>de</strong> aproximadamente 71,9 anos (IBGE,<br />
2006), refletin<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong> envelhecimento da população, com aumento contínuo e<br />
significativo da população <strong>de</strong> i<strong>do</strong>so. Com o incremento da expectativa <strong>de</strong> vida, os<br />
problemas nos setores sócio-econômicos e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> agravam-se. Isto ocorreu pela<br />
mudança no perfil epi<strong>de</strong>miológico que acarreta gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>spesas com tratamentos<br />
médicos e hospitalares, ao mesmo tempo em que se configura como um <strong>de</strong>safio para as<br />
autorida<strong>de</strong>s sanitárias, em especial no que diz respeito à implantação <strong>de</strong> novos mo<strong>de</strong>los<br />
e méto<strong>do</strong>s para assistência à saú<strong>de</strong>. O i<strong>do</strong>so necessita <strong>de</strong> mais serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, as<br />
internações hospitalares são mais freqüentes e o tempo <strong>de</strong> ocupação <strong>do</strong> leito é maior<br />
quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> a outras faixas etárias. Em geral, as <strong>do</strong>enças <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos são crônicas<br />
e múltiplas, perduran<strong>do</strong> por vários anos e exigin<strong>do</strong> acompanhamento médico e <strong>de</strong><br />
equipes multidisciplinares e intervenções contínuas (GORDILHO et. al., 2000;<br />
KILSZTAJN et. al., 2003).<br />
No Brasil, na década <strong>de</strong> 90, iniciaram mobilizações <strong>de</strong> órgãos governamentais<br />
sobre a repercussão <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so, e com a concordância da socieda<strong>de</strong> civil, o que repercutiu<br />
na aprovação da Lei 8.842, <strong>de</strong> 04 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1994, que passou a constituir a Política<br />
Nacional <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so (PNI). As diretrizes da PNI (1990) propunham diversas metas <strong>de</strong><br />
assistência ao i<strong>do</strong>so, surgin<strong>do</strong> o atendimento <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so no <strong>Centro</strong> <strong>de</strong> Convivência. O<br />
objetivo <strong>do</strong> centro <strong>de</strong> convivência é promover a integração <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so na família, entre<br />
outros i<strong>do</strong>sos e outras gerações, contribuin<strong>do</strong> para a sua socialização e autonomia,<br />
proporcionan<strong>do</strong> um envelhecimento ativo e saudável (GOMES, 2001).<br />
Além das transformações <strong>de</strong>scritas anteriormente, o Brasil tem experimenta<strong>do</strong><br />
uma transição epi<strong>de</strong>miológica, com alterações relevantes no quadro <strong>de</strong><br />
morbimortalida<strong>de</strong>.<br />
As <strong>do</strong>enças infectocontagiosas, na década <strong>de</strong> 1950, representavam 40% das<br />
mortes registradas no país, hoje são responsáveis por menos <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong>stas mortes<br />
(Ministério da Saú<strong>de</strong> (MS), 1999). O oposto ocorreu em relação às <strong>do</strong>enças<br />
cardiovasculares nesta mesma década eram responsáveis por 12% das mortes,<br />
representan<strong>do</strong> hoje mais <strong>de</strong> 40% <strong>do</strong> total <strong>de</strong> mortes, ou seja, em menos <strong>de</strong> 40 anos, o<br />
Brasil passou <strong>de</strong> um perfil <strong>de</strong> morbimortalida<strong>de</strong> típico <strong>de</strong> uma população jovem, para<br />
um perfil caracteriza<strong>do</strong> por enfermida<strong>de</strong>s crônicas (CHAIMOWICZ, 1997;
12<br />
GORDILHO et. al., 2000; LIMA-COSTA & VERAS, 2003), <strong>de</strong>ntre elas aquelas que<br />
comprometem o funcionamento <strong>do</strong> sistema nervoso central (SNC), como as<br />
enfermida<strong>de</strong>s neuropsiquiátricas, particularmente a <strong>de</strong>pressão (STELLA, 2002). A OMS<br />
estima que aproximadamente um em cada 10 i<strong>do</strong>sos sofre <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão (CARVALHO<br />
& FERNANDEZ, 2002).<br />
A saú<strong>de</strong> mental é indispensável para o bem-estar <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so e da socieda<strong>de</strong>.<br />
Segun<strong>do</strong> a OMS, em 1990, a <strong>de</strong>pressão foi consi<strong>de</strong>rada mundialmente como a principal<br />
causa <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong>, acredita-se que em 2020, a <strong>de</strong>pressão será responsável pelo<br />
acréscimo <strong>de</strong> co-morbida<strong>de</strong>s que afetarão à comunida<strong>de</strong> como um to<strong>do</strong>. É uma das<br />
<strong>do</strong>enças que causam maior índice <strong>de</strong> incapacitação psico-fisico-social à população geral<br />
e, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a OMS, esse índice ficara abaixo apenas em relação as das <strong>do</strong>enças<br />
cardiovasculares (DEL PORTO, 1999).<br />
Desta forma, a <strong>de</strong>pressão foi <strong>de</strong>finida como uma enfermida<strong>de</strong> mental freqüente<br />
no i<strong>do</strong>so, associada ao eleva<strong>do</strong> grau <strong>de</strong> sofrimento psíquico, on<strong>de</strong> os sintomas<br />
<strong>de</strong>pressivos po<strong>de</strong>m aparecer em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> diversas <strong>do</strong>enças, em vigência <strong>do</strong> uso <strong>de</strong><br />
vários medicamentos, ou após o início <strong>de</strong> outras <strong>do</strong>enças psiquiátricas, tais como:<br />
transtorno obsessivo-compulsivo, síndrome <strong>do</strong> pânico, entre outras (APA, 1994).<br />
A <strong>de</strong>pressão po<strong>de</strong> ser classificada como um problema primário e ou secundário<br />
(ocorren<strong>do</strong> após outras <strong>do</strong>enças). A <strong>de</strong>pressão primária caracteriza-se pela diminuição<br />
<strong>do</strong> humor, que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>primi<strong>do</strong> ou irritável, ou pela perda <strong>de</strong> prazer pelas<br />
experiências em geral, além <strong>de</strong> outras alterações no sono, no apetite, na<br />
psicomotricida<strong>de</strong>, bem como a fadiga e preocupações com morte e suicídio (ABAS e<br />
BROADHEAD, 1994; CALIL e MIRANDA, 1996).<br />
Os transtornos <strong>de</strong>pressivos apresentam significativa prevalência entre<br />
indivíduos i<strong>do</strong>sos, varian<strong>do</strong> entre 4,8 e 14,6%, sen<strong>do</strong> que as mulheres apresentam mais<br />
sintomas <strong>de</strong>pressivos <strong>do</strong> que os homens por fatores tais como maior possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />
queixar <strong>do</strong>s sintomas, liberda<strong>de</strong> para chorar, disposição para procurar tratamento, maior<br />
exposição aos fatores <strong>de</strong> estresse da vida e aos efeitos hormonais (FREITAS et. al.,<br />
2006).<br />
Atualmente, têm surgi<strong>do</strong> hipóteses que procuram englobar as possíveis<br />
alterações fisiopatológicas <strong>de</strong>sses distúrbios <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> contexto neurobiológico. Dentre<br />
elas, hipótese noradrenérgica, hipótese serotonérgica, hipótese <strong>do</strong>paminérgica,
13<br />
alterações <strong>do</strong> apetite, alterações <strong>do</strong> sono, aspectos imunológicos, alterações endócrinas<br />
(eixo hipotálamo-hipofise-adrenal) e alterações <strong>do</strong> tipo GABA, têm si<strong>do</strong> associa<strong>do</strong>s<br />
com <strong>de</strong>pressão <strong>de</strong> início tardio (HAMILTON, M., 1997, STELLA, 2002).<br />
Também tem si<strong>do</strong> correlacionada com <strong>de</strong>pressão <strong>de</strong> início tardio a maior<br />
suscetibilida<strong>de</strong> biológica, além <strong>do</strong> fato <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so se submeter obrigatoriamente a mais<br />
fatores <strong>de</strong> estresse psicológicos e sociais <strong>do</strong> que qualquer outra faixa etária, tais como<br />
empobrecimento, <strong>de</strong>clínio social, perda <strong>de</strong> papéis produtivos, solidão e perda <strong>de</strong> pessoas<br />
queridas (FORLENZA, 2000; STELLA, 2002).<br />
Além disso, a <strong>de</strong>terioração da capacida<strong>de</strong> física e mental restringe sua<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interagir com o ambiente, reforçan<strong>do</strong> o isolamento. A distinção entre os<br />
fatores biológicos, psicológicos e sociais é importante, mas a <strong>de</strong>pressão <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so parece<br />
ser o produto heterogêneo da interação entre diversos fatores predisponentes e<br />
<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>antes em proporções variáveis (FORLENZA, 2000).<br />
Além disso, outro distúrbio psicológico que preocupa os profissionais liga<strong>do</strong>s à<br />
saú<strong>de</strong> é o quadro <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong>, caracteriza<strong>do</strong> por uma preocupação excessiva, irreal e<br />
generalizada acerca <strong>de</strong> diversos eventos ou ativida<strong>de</strong>s, ocorren<strong>do</strong> na maioria <strong>do</strong>s dias ao<br />
menos por seis meses. (HOLLANDER et. al., 1994; GLIATTO, 2000; FREITAS et. al.,<br />
2006). Entre os sintomas mais freqüentes estão: taquicardia, distúrbios <strong>do</strong> sono,<br />
su<strong>do</strong>rese, vertigens, distúrbios gastrintestinais e náuseas (HOLLANDER et. al, 1994).<br />
Os distúrbios <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> comuns nas <strong>do</strong>enças psiquiátricas acabam<br />
<strong>de</strong>flagran<strong>do</strong> um quadro <strong>de</strong> angústia e consi<strong>de</strong>rável prejuízo funcional, fazem parte <strong>do</strong>s<br />
transtornos <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong>: agorofobia, pânico, fobias, transtorno <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong><br />
generalizada (TAG), transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e distúrbios <strong>de</strong> estresse<br />
pós-traumático (TEPT), transtorno <strong>de</strong> estresse agu<strong>do</strong>, entre outros (APA, 1994;<br />
FREITAS ET. AL, 2006). Sua prevalência é <strong>de</strong> 4% nos i<strong>do</strong>sos da comunida<strong>de</strong>, se<br />
associada com outra <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m psiquiátrica e <strong>de</strong> 1% como patologia isolada (FREITAS<br />
et. al, 2006).<br />
A associação <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão e ansieda<strong>de</strong> produz <strong>de</strong>mora na resposta terapêutica e<br />
piora o prognóstico, com maior probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ação suicida em pacientes<br />
geriátricos. Em geral a ansieda<strong>de</strong> se manifesta sob a forma <strong>de</strong> agitação ou <strong>de</strong>scontrole<br />
verbal, além <strong>de</strong> prejuízo nas funções executivas (FREITAS et. al, 2006).
14<br />
To<strong>do</strong>s esses fatores irão prejudicar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so, favorecen<strong>do</strong> o<br />
isolamento social e ao surgimento <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças clínicas graves (STELLA et al., 2002).<br />
E nesse senti<strong>do</strong> a QV passou a ser uma meta <strong>de</strong>sses programas <strong>de</strong> assistência ao<br />
i<strong>do</strong>so. A avaliação da QVsurgiu como ferramenta importante na investigação clínica e<br />
da formulação <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>spertan<strong>do</strong> a atenção <strong>de</strong> vários pesquisa<strong>do</strong>res<br />
(SILVA & REZENDE, 2006). Assim, um grupo <strong>de</strong> estudiosos em QV da OMS <strong>de</strong>finiua<br />
como a percepção subjetiva <strong>do</strong> indivíduo sobre sua vida, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> contexto da cultura<br />
e <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> valores, nos quais ele vive, e em relação aos seus objetivos,<br />
expectativas, padrões e preocupações. Esta <strong>de</strong>finição explicita uma concepção<br />
abrangente <strong>de</strong> QV, influenciada <strong>de</strong> forma complexa pela saú<strong>de</strong> física, esta<strong>do</strong><br />
psicológico, nível <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência, relações sociais, crenças pessoais e suas relações<br />
com as características <strong>do</strong> meio envolvente em que o indivíduo está inseri<strong>do</strong> (FLECK et<br />
al., 1999; FLECK et al., 2000; ALLEYNE, 2001).<br />
De acor<strong>do</strong> com Spirduso & Cronin (2001) uma boa QV para os i<strong>do</strong>sos po<strong>de</strong> ser<br />
interpretada pelo fato <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rem se sentir melhor, conseguirem cumprir com suas<br />
funções diárias básicas a<strong>de</strong>quadamente e conseguirem viver <strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.<br />
Mas, segun<strong>do</strong> Ramos (2003) a maior influência está no <strong>do</strong>mínio físico <strong>de</strong>sses<br />
i<strong>do</strong>sos, on<strong>de</strong> ressalta a importância <strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rar a capacida<strong>de</strong> funcional como<br />
importante fator <strong>de</strong> impacto na QV em i<strong>do</strong>sos. Além disso, a QV na velhice tem si<strong>do</strong><br />
associada a questões <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência e autonomia, e a <strong>de</strong>pendência <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so resulta<br />
das alterações biológicas, as incapacida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> mudanças nas exigências sociais<br />
(SOUZA et al., 2003).<br />
No entanto, Fleck et. al., (2003), relatam que não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar<br />
as alterações psicológicas e <strong>de</strong> inserção social pelas quais passam os indivíduos i<strong>do</strong>sos,<br />
<strong>de</strong> forma a minimizar os efeitos <strong>de</strong>ssas transformações <strong>de</strong>correntes da ida<strong>de</strong> na QV<br />
<strong>de</strong>sses i<strong>do</strong>sos. Como <strong>de</strong>staca Pereira (2002), as avaliações subjetivas da QV em i<strong>do</strong>sos<br />
<strong>de</strong>vem focar o que acontece ao indivíduo nas diferentes etapas <strong>do</strong> envelhecimento,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> mudanças físicas até a <strong>de</strong>svalorização social conseqüente da aposenta<strong>do</strong>ria,<br />
consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> qual seu sentimento e entendimento <strong>de</strong>ssas situações, seus ganhos e<br />
perdas psicológicas e, ainda, suas frustrações e aspirações.<br />
Nesse senti<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> Santos et. al., (2002), a QV <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so compreen<strong>de</strong> a<br />
consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> diversos critérios <strong>de</strong> natureza biológica, psicológica e socioestrutural,
15<br />
pois vários elementos são aponta<strong>do</strong>s como <strong>de</strong>terminantes ou indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> bem-estar<br />
na velhice: longevida<strong>de</strong>, saú<strong>de</strong> biológica, saú<strong>de</strong> mental, satisfação, controle cognitivo,<br />
competência social, produtivida<strong>de</strong>, eficácia cognitiva, status social, continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
papéis familiares e ocupacionais e continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> relações informais com amigos.<br />
Assim, a QV <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so <strong>de</strong>ve ser encarada na sua multidimensionalida<strong>de</strong>.<br />
Além da QV <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos, outro aspecto importante é o estilo <strong>de</strong> vida das pessoas<br />
<strong>de</strong>sta faixa etária. O processo <strong>de</strong> envelhecimento é acompanha<strong>do</strong>, muitas vezes, por um<br />
estilo <strong>de</strong> vida inativo, ou seja, pela inativida<strong>de</strong> física/se<strong>de</strong>ntarismo, que gera a<br />
incapacida<strong>de</strong> e a <strong>de</strong>pendência física, psíquica e social.<br />
Nestes indivíduos, o se<strong>de</strong>ntarismo é um fator pre<strong>do</strong>minante, que está presente<br />
tanto em países <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s, quanto nos em <strong>de</strong>senvolvimento. Nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s,<br />
70 a 80% da população é consi<strong>de</strong>rada inativa e apenas 10 a 20% é regularmente ativa.<br />
Já no Brasil, este quadro persiste, on<strong>de</strong> o nível <strong>de</strong> se<strong>de</strong>ntarismo é em torno <strong>de</strong> 60 a 65%<br />
(MAZO, 2003), sen<strong>do</strong> mais prevalente entre as mulheres e em pessoas <strong>de</strong> baixo nível<br />
socioeconômico e com menor grau <strong>de</strong> instrução (Ministério da Saú<strong>de</strong>, 2002).<br />
Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Centers for Disease Control and Prevention (CDC, 2007),<br />
mais <strong>de</strong> <strong>do</strong>is milhões <strong>de</strong> mortes por ano po<strong>de</strong>m ser atribuídas ao se<strong>de</strong>ntarismo, em<br />
função da sua repercussão ao aumento <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças crônicas não-transmissíveis. A vida<br />
se<strong>de</strong>ntária estabelece um conjunto <strong>de</strong> eventos fisiológicos que acabam intensifican<strong>do</strong> a<br />
diminuição da capacida<strong>de</strong> aeróbica máxima, da força muscular, das respostas motoras,<br />
da capacida<strong>de</strong> funcional geral. Além disso, provocam diminuição na disposição para as<br />
tarefas diárias, influencian<strong>do</strong> na duração das ativida<strong>de</strong>s e na QV (KOO & ROHAN,<br />
1999).<br />
As ativida<strong>de</strong>s físicas (AF) regulares vêm sen<strong>do</strong> utilizadas como alternativa<br />
minimiza<strong>do</strong>ra <strong>do</strong>s efeitos <strong>do</strong> envelhecimento como um meio <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong>,<br />
possibilitan<strong>do</strong> assim a normalização, a manutenção e autonomia <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos (OKUMA,<br />
1998).<br />
Segun<strong>do</strong> Pennix et. al., (2004), o i<strong>do</strong>so tem perda <strong>de</strong> até 5% da capacida<strong>de</strong> física<br />
a cada 10 anos e po<strong>de</strong> recuperar somente 10% através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s físicas a<strong>de</strong>quadas.<br />
Desta forma, a prática <strong>de</strong> AF contribui para a melhoria da QV <strong>do</strong>s indivíduos,<br />
por diminuir as seqüelas das <strong>do</strong>enças crônicas, reduzir o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> internação e<br />
possibilitar a ingestão <strong>de</strong> uma quantida<strong>de</strong> menor <strong>de</strong> medicamentos necessários ao
16<br />
controle das mesmas. Isto resulta em ganhos significativos à saú<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> gerar<br />
economia <strong>de</strong> recursos financeiros <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s aos tratamentos médicos (MINISTÉRIO<br />
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2002). Sen<strong>do</strong> assim, observa-se redução da mortalida<strong>de</strong><br />
e redução <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças coronárias, diabetes, câncer <strong>de</strong> cólon, hipertensão e osteoporose.<br />
O aumento da força muscular, <strong>do</strong> fluxo sanguíneo, da flexibilida<strong>de</strong> e amplitu<strong>de</strong><br />
<strong>do</strong>s movimentos, a diminuição <strong>do</strong> percentual <strong>de</strong> gordura, a redução <strong>do</strong>s fatores que<br />
causam quedas, a melhora da postura, ajuda no alivio da <strong>do</strong>r po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s<br />
alguns <strong>do</strong>s benefícios fisiológicos que a ativida<strong>de</strong> física propicia ao organismo (ASSIS,<br />
2002, CDC, 2007). E como benefícios psicológicos e sociais, a AF atua <strong>de</strong> forma<br />
positiva no alívio da ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão, melhoran<strong>do</strong> a perfusão sanguínea sistêmica<br />
e, particularmente a cerebral, e também no aumento da autoconfiança, favorecen<strong>do</strong><br />
melhorias na satisfação com a vida e redução da solidão (NERI, 2001).<br />
Um estilo <strong>de</strong> vida ativo por parte <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos <strong>de</strong>ve estar dirigi<strong>do</strong> como uma forma<br />
<strong>de</strong> quebrar o círculo vicioso <strong>de</strong> aumento da relação ida<strong>de</strong>-se<strong>de</strong>ntarismo-<strong>do</strong>ençaincapacida<strong>de</strong><br />
(NÒBREGA, 1999; MAZO, 2003).<br />
Isto ocorre, segun<strong>do</strong> Gallo et. al. (1995), porque durante a realização <strong>de</strong><br />
exercício físico, ocorre a liberação β-en<strong>do</strong>rfina e da <strong>do</strong>pamina pelo organismo,<br />
propician<strong>do</strong> um efeito tranqüilizante e analgésico no praticante regular, que<br />
frequentemente se beneficia <strong>de</strong> um efeito relaxante pós-esforço e, em geral, consegue<br />
manter-se um esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> equilíbrio psicossocial mais estável frente as ameaças <strong>do</strong> meio<br />
externo.<br />
No entanto, é importante estabelecer os conceitos <strong>de</strong> AF e EF (exercício físico).<br />
A AF é uma expressão genérica que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida como qualquer movimento<br />
voluntário, produzi<strong>do</strong> pelos músculos esqueléticos, que resulta em gasto energético<br />
maior <strong>do</strong> que os níveis <strong>de</strong> repouso. Já o EF (um <strong>do</strong>s principais componentes da AF) é<br />
uma ativida<strong>de</strong> planejada, estruturada e repetitiva que tem como objetivo melhorar ou<br />
manter um ou mais elementos da aptidão física (CASPERSEN et. al., 1985).<br />
Além disso, a AF não necessita ser árdua para ser benéfica. Os indivíduos <strong>de</strong><br />
todas as ida<strong>de</strong>s beneficiam-se da AF <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rada intensida<strong>de</strong>, com 30 minutos, na<br />
maioria <strong>do</strong>s dias, <strong>de</strong> forma contínua ou acumulada (CDC, 2006).<br />
Segun<strong>do</strong> De Vitta (2001), os programas <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>s físicos ten<strong>de</strong>m a gerar<br />
impacto sócio-econômico porque graças a seus efeitos sobre a QV global, o humor e a
17<br />
saú<strong>de</strong> percebida, provocam um aumento no grau <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos e assim<br />
reduzem a <strong>de</strong>manda por serviços médicos.<br />
A literatura sugere que a AF regular po<strong>de</strong> contribuir na QV e na melhora da<br />
saú<strong>de</strong> mental. No entanto, resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> alguns estu<strong>do</strong>s apresentam divergências.<br />
Segun<strong>do</strong>, Van Gool et. al. (2003), ao analisar 1.920 i<strong>do</strong>sos, verificaram que i<strong>do</strong>sos que<br />
se tornaram <strong>de</strong>pressivos ten<strong>de</strong>m mais ao se<strong>de</strong>ntarismo <strong>do</strong> que aqueles sem <strong>de</strong>pressão.<br />
Anton & Miller (2005) e Bailey & McLaren (2005) não encontraram relação<br />
significativa para proteção <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão pela prática <strong>de</strong> AF, entretanto, apresentam<br />
como limitações <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> a utilização <strong>de</strong> uma amostra <strong>de</strong> 23 pacientes. Já outros<br />
estu<strong>do</strong>s mostram a relação positiva e negativa da QV <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos. Xavier et. al., (2003)<br />
realizaram em estu<strong>do</strong> com 77 i<strong>do</strong>sos da comunida<strong>de</strong> com ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 80 anos ou mais, nos<br />
quais foram avalia<strong>do</strong>s a QV, sintomas <strong>de</strong>pressivos e as condições gerais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
A presença <strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong>pressivos e a perda da saú<strong>de</strong> física foram relacionadas<br />
com uma auto-avaliação negativa na QV. Por outro la<strong>do</strong>, Matsu<strong>do</strong> (2006) através <strong>de</strong><br />
uma revisão <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s mostrou que o i<strong>do</strong>so com um estilo <strong>de</strong> vida ativa experimenta<br />
uma melhor QV, com a redução da morbida<strong>de</strong> e mortalida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> proporcionar<br />
melhora nos aspectos psicológicos e sociais, quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s aos se<strong>de</strong>ntários da<br />
mesma ida<strong>de</strong>.<br />
Desta forma, o envelhecimento é uma experiência heterogênea, isto é, po<strong>de</strong><br />
ocorrer <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> diferente para indivíduos e cortes que vivem em contextos históricos e<br />
sociais distintos. Essa diferenciação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da influência <strong>de</strong> circunstâncias históricoculturais,<br />
<strong>de</strong> fatores intelectuais e <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>, <strong>do</strong>s hábitos e AF ao longo da vida e<br />
da incidência <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças durante o envelhecimento normal (VIANA, 2003).<br />
Assim, viver cada vez mais tem implicações importantes para a QV; a<br />
longevida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser um problema, com conseqüências sérias nas diferentes dimensões<br />
da vida humana, física, psíquica e social. Esses anos vivi<strong>do</strong>s a mais po<strong>de</strong>m ser anos <strong>de</strong><br />
sofrimento para os indivíduos e suas famílias, anos marca<strong>do</strong>s por <strong>do</strong>enças, <strong>de</strong>clínio<br />
funcional, aumento da <strong>de</strong>pendência, perda da autonomia, isolamento social e <strong>de</strong>pressão.<br />
No entanto, se os indivíduos envelhecerem manten<strong>do</strong>-se autônomos e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, a<br />
sobrevida aumentada po<strong>de</strong>rá ter significa<strong>do</strong> pleno (PASCHOAL, 2000).<br />
Diante <strong>de</strong> tantas particularida<strong>de</strong>s, a AF <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos torna-se fundamental e <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong> importância científica e social. E a partir <strong>de</strong>stas investigações implantar e
18<br />
implementar programas <strong>de</strong> intervenções, tanto em programas gerontogeriátricos, quanto<br />
em políticas sociais gerais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s à realida<strong>de</strong> <strong>do</strong> País, contribuin<strong>do</strong> assim, para um<br />
processo <strong>de</strong> envelhecimento, senão com qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida plena, que ao menos tenda<br />
para tal direção.<br />
Com isso, a hipótese <strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong> é que o nível <strong>de</strong> AF influencia na QV e<br />
na diminuição <strong>do</strong>s sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão em i<strong>do</strong>sos.
19<br />
2. OBJETIVOS<br />
2.1. Objetivo Geral<br />
• Avaliar o nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física e a sua relação com a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida,<br />
ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão em i<strong>do</strong>sos.<br />
2.2. Objetivos Específicos<br />
• Avaliar e comparar qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão entre indivíduos<br />
i<strong>do</strong>sos se<strong>de</strong>ntários e ativos.<br />
• Verificar se há correlação entre o nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física e a presença <strong>de</strong><br />
ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão em i<strong>do</strong>sos não institucionaliza<strong>do</strong>s.
20<br />
3. CASUÍSTICA E MÉTODOS<br />
O estu<strong>do</strong> foi realiza<strong>do</strong> no centro <strong>de</strong> convivência Padre Firmo em Cuiabá-MT, <strong>de</strong><br />
18 <strong>de</strong> junho a 30 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2007, com 200 i<strong>do</strong>sos não institucionaliza<strong>do</strong>s, após<br />
autorização da instituição (Anexo A).<br />
3.1. Casuística<br />
Foi realizada, inicialmente, a seleção <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos <strong>de</strong> ambos os sexos, com ida<strong>de</strong><br />
entre 65 e 85 anos, integrantes <strong>do</strong> centro <strong>de</strong> Convivência Padre Firmo e também i<strong>do</strong>sos<br />
da comunida<strong>de</strong> que foram convida<strong>do</strong>s pelos próprios i<strong>do</strong>sos <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> <strong>de</strong> Convivência,<br />
na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cuiabá-MT. O estu<strong>do</strong> foi aprova<strong>do</strong> pelo Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa em<br />
Humanos <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>do</strong> Triângulo (Anexo B).<br />
O estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> foi <strong>do</strong> tipo transversal. A amostra foi composta por 100<br />
i<strong>do</strong>sos que freqüentavam o centro <strong>de</strong> convivência Padre Firmo, on<strong>de</strong> realizavam<br />
ativida<strong>de</strong> física há mais <strong>de</strong> um ano e 100 i<strong>do</strong>sos da comunida<strong>de</strong> que não freqüentavam<br />
qualquer centro <strong>de</strong> convivência <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos e que não praticavam ativida<strong>de</strong> física,<br />
segun<strong>do</strong> relato <strong>do</strong> próprio voluntário.<br />
Para a classificação <strong>do</strong>s participantes <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> em i<strong>do</strong>sos ativos ou se<strong>de</strong>ntários,<br />
aplicou-se o questionário <strong>de</strong> Baecke modifica<strong>do</strong> para I<strong>do</strong>sos, no qual um escore menor<br />
ou igual 9,4 indica que o i<strong>do</strong>so é se<strong>de</strong>ntário e maior que 16,5 ativo (VOORRIPS et. al,<br />
1991).<br />
Critérios <strong>de</strong> inclusão<br />
• Indivíduos i<strong>do</strong>sos com ida<strong>de</strong> entre 65 anos e 85 anos.<br />
• I<strong>do</strong>sos <strong>de</strong> ambos gêneros<br />
• Com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação preservada.<br />
Critérios <strong>de</strong> exclusão<br />
• Indivíduos acama<strong>do</strong>s ou em ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> rodas.<br />
• I<strong>do</strong>sos que <strong>de</strong>sejassem retirar-se <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>.<br />
• Incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> executar qualquer uma das avaliações <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>.
21<br />
• Não assinatura <strong>do</strong> termo <strong>de</strong> consentimento livre e esclareci<strong>do</strong>.<br />
3.2. Protocolo<br />
Primeiramente, os i<strong>do</strong>sos receberam esclarecimentos sobre a pesquisa, e após a<br />
leitura e assinatura <strong>do</strong> termo <strong>de</strong> consentimento livre e esclareci<strong>do</strong> (Anexo C), iniciou-se<br />
a coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s.<br />
Os da<strong>do</strong>s foram colhi<strong>do</strong>s pela pesquisa<strong>do</strong>ra, em ambiente tranqüilo, sob a<br />
forma <strong>de</strong> entrevista, no espaço físico <strong>do</strong> centro <strong>de</strong> convivência. To<strong>do</strong>s os i<strong>do</strong>sos<br />
voluntários respon<strong>de</strong>ram o questionário <strong>de</strong> Baecke Modifica<strong>do</strong> para I<strong>do</strong>sos, para avaliar<br />
o nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física (VOORRIPS et. al., 1991); o questionário SF-36 para<br />
avaliação da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida (CICONELLI et. al., 1999); a escala <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e<br />
<strong>de</strong>pressão – HAD, para avaliar o nível <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão (BOTEGA et. al.,<br />
1995).<br />
3.3. Méto<strong>do</strong>s<br />
3.3.1. Questionário <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida (SF-36)<br />
O questionário Short Form Health Survery (SF-36) (Anexo D) foi o instrumento<br />
seleciona<strong>do</strong> para avaliar a QV <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong>. Trata-se <strong>de</strong> um questionário que<br />
consiste em duas partes, uma primeira que visa avaliar o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a segunda<br />
com objetivo <strong>de</strong> avaliar o impacto da <strong>do</strong>ença na vida diária <strong>do</strong> paciente. É um<br />
questionário multifuncional, com 36 itens avalian<strong>do</strong> oito <strong>do</strong>mínios: capacida<strong>de</strong><br />
funcional (10 itens), função social (2 itens), papel das limitações <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a problemas<br />
físicos (4 itens), papel das limitações <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a problemas emocionais (3 itens), saú<strong>de</strong><br />
mental (5 itens), energia e vitalida<strong>de</strong> (4 itens), <strong>do</strong>r (2 itens) e percepção geral da <strong>do</strong>ença<br />
(5 itens). Para cada <strong>do</strong>mínio as pontuações são codificadas, somadas e transformadas<br />
para uma escala <strong>de</strong> 0 (pior esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> possível medi<strong>do</strong> pelo questionário) a 100<br />
(melhor esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> possível) (CICONELLI et al, 1999).<br />
A aplicação da escala levou em média 15 minutos, sen<strong>do</strong> a pergunta repetida<br />
quan<strong>do</strong> o i<strong>do</strong>so não a compreendia.
22<br />
3.3.2. Questionário <strong>do</strong> Nível <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Baecke Modifica<strong>do</strong><br />
Para avaliar o nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física, utilizou-se o questionário Baecke<br />
Modifica<strong>do</strong> (Anexo E) que é composto por quatro partes. A primeira constituiu a<br />
i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> cada indivíduo; a segunda aborda sobre as questões relativas à<br />
caracterização das ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>mésticas; a terceira sobre as ativida<strong>de</strong>s esportivas e a<br />
quarta sobre as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tempo livre.<br />
Os itens <strong>do</strong> questionário sobre as ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>mésticas são <strong>de</strong> 1 a 10 e tem <strong>de</strong><br />
quatro ou cinco possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> resposta (0,1,2,3,4) situadas entre o muito ativo e o<br />
inativo. As ativida<strong>de</strong>s esportivas e ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tempo livre, que po<strong>de</strong>m ser citadas até<br />
seis cada, são relacionadas com o tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>, intensida<strong>de</strong>, horas/semanais gastas<br />
nessa ativida<strong>de</strong> e o perío<strong>do</strong> (mês) <strong>do</strong> ano em que normalmente essa ativida<strong>de</strong> é<br />
<strong>de</strong>senvolvida. Todas as ativida<strong>de</strong>s são classificadas <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a postura e o tipo <strong>de</strong><br />
movimentos. A intensida<strong>de</strong> da ativida<strong>de</strong> é codificada basean<strong>do</strong>-se no trabalho <strong>de</strong><br />
Voorrips et al (1991). Este código <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> é relaciona<strong>do</strong> ao gasto <strong>de</strong> energia<br />
(Anexo F).<br />
A aplicação da escala levou em média 10 minutos, sen<strong>do</strong> a pergunta repetida<br />
quan<strong>do</strong> o i<strong>do</strong>so não a compreendia.<br />
3.3.3. Escala <strong>de</strong> Ansieda<strong>de</strong> e Depressão – HAD<br />
A HAD (Anexo G) foi utilizada para avaliar os sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e<br />
<strong>de</strong>pressão separadamente <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong>. A escala é formada por 14 questões,<br />
das quais sete relacionadas à ansieda<strong>de</strong> (HAD-A) e sete à <strong>de</strong>pressão (HAD-D). O<br />
entrevista<strong>do</strong>r atribui nota <strong>de</strong> zero a três para cada uma das perguntas, perfazen<strong>do</strong> totais<br />
que po<strong>de</strong>m variar <strong>de</strong> 0 a 21 em cada subescala <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão. É sugestiva<br />
<strong>de</strong> transtorno <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão, embora a HAD não tenha como objetivo<br />
quantificar a gravida<strong>de</strong> <strong>do</strong> sintoma. Durante a aplicação <strong>de</strong>ssa escala, era solicita<strong>do</strong> ao<br />
voluntário que respon<strong>de</strong>sse basean<strong>do</strong>-se em como havia se senti<strong>do</strong> durante a última<br />
semana (BOTEGA et. al, 1995).<br />
A aplicação da escala levou em média 10 minutos, sen<strong>do</strong> a pergunta repetida<br />
quan<strong>do</strong> o i<strong>do</strong>so não a compreendia.
23<br />
4. ANÁLISE ESTATÍSTICA<br />
As variáveis foram <strong>de</strong>scritas por meio <strong>de</strong> médias e <strong>de</strong>svio-padrão. Para comparar<br />
a variável ida<strong>de</strong>, pontuação da escala HAD (ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão) e os escores <strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36 (Capacida<strong>de</strong> Funcional, Aspectos Físicos, Dor, Esta<strong>do</strong><br />
Geral Saú<strong>de</strong>, Vitalida<strong>de</strong>, Aspectos Sociais, Aspectos Emocionais e Saú<strong>de</strong> Metal), foi<br />
usa<strong>do</strong> o teste t-Stu<strong>de</strong>nt não parea<strong>do</strong>.<br />
Para estabelecer a correlação entre o nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física e a ida<strong>de</strong>, o escore<br />
da escala HAD (ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão) e o escore <strong>do</strong>s <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36,<br />
foi utiliza<strong>do</strong> a Correlação <strong>de</strong> Pearson (r).<br />
Para comparar o nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física, ida<strong>de</strong> e os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário<br />
SF-36 entre as quatro categorias da escala <strong>de</strong> HAD (sem sintomas, ansioso, <strong>de</strong>pressivo,<br />
ansioso e <strong>de</strong>pressivo) utilizou-se a análise <strong>de</strong> variância Anova one-way. O nível <strong>de</strong><br />
significância a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> para o tratamento estatístico foi <strong>de</strong> 5% (p < 0,05).
24<br />
5. RESULTADOS<br />
A amostra <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> foi constituída por 200 i<strong>do</strong>sos não institucionaliza<strong>do</strong>s,<br />
sen<strong>do</strong> que 156 (78 %) eram <strong>do</strong> sexo feminino e 44 (22 %), <strong>do</strong> masculino. Ainda, 100<br />
i<strong>do</strong>sos eram se<strong>de</strong>ntários (21 homens e 79 mulheres) e 100, ativos (23 homens e 77<br />
mulheres). A média da ida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos se<strong>de</strong>ntários foi <strong>de</strong> 72,49 ± 5,6 anos e <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos<br />
ativos 69,93 ± 4,5 anos. As características <strong>do</strong>s voluntários estão apresentadas na tabela 1<br />
e os valores individuais <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong>s no anexo H.<br />
Tabela 1 – Média e <strong>de</strong>svio padrão das variáveis: ida<strong>de</strong>, ativida<strong>de</strong> física, HAD-A, HAD-<br />
D e <strong>do</strong>s <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36 (capacida<strong>de</strong> funcional; aspectos físicos; <strong>do</strong>r;<br />
esta<strong>do</strong> geral saú<strong>de</strong>; aspectos emocionais; saú<strong>de</strong> mental).<br />
Características<br />
Média (DP)<br />
Ida<strong>de</strong> 71,21 (5,2)<br />
Ativida<strong>de</strong> Física 10,6 (6,4)<br />
HAD-A 4,54 (3,8)<br />
HAD-D 4,51 (4,0)<br />
Capacida<strong>de</strong> Funcional 67,0 (27,1)<br />
Aspectos Físicos 50,25 (43,9)<br />
Dor 69,1 (27,9)<br />
Esta<strong>do</strong> Geral Saú<strong>de</strong> 75,26 (17,6)<br />
Vitalida<strong>de</strong> 69,5 (23,3)<br />
Aspectos Sociais 80,8 (27,7)<br />
Aspectos Emocionais 77,0 (39,8)<br />
Saú<strong>de</strong> Mental 73,9 (23,1)<br />
HAD-A: escala <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong>; HAD-D: escala <strong>de</strong> Depressão<br />
Na tabela 2 está <strong>de</strong>monstrada a comparação <strong>do</strong> nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física<br />
(se<strong>de</strong>ntário versus ativo) entre as variáveis: ida<strong>de</strong> e nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física (NAF). A<br />
análise revelou que o escore <strong>do</strong> NAF foi estatisticamente maior no grupo ativo em<br />
relação ao se<strong>de</strong>ntário.
25<br />
Tabela 2 – Comparação entre as médias da ida<strong>de</strong> e NAF entre o grupo se<strong>de</strong>ntário e<br />
ativo.<br />
Variável Se<strong>de</strong>ntário Ativo<br />
Ida<strong>de</strong> 72,49 (5,6) 69,93 (4,5)*<br />
NAF 5,6 (2,27) 15,5 (5,5)*<br />
Média (DP)<br />
*p
26<br />
Tabela 4 - Comparação entre as médias <strong>do</strong>s <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36 entre os<br />
grupos <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos se<strong>de</strong>ntários e ativos.<br />
Variável Se<strong>de</strong>ntário Ativo<br />
Capacida<strong>de</strong> Funcional 58,8 (25,85) 75,3 (26,04) *<br />
Aspectos Físicos 37,0 (41,2) 63,5 (42,84) *<br />
Dor 64,1 (27,3) 74,19 (27,83) *<br />
Esta<strong>do</strong> Geral Saú<strong>de</strong> 71,55 (18,20) 78,98 (16,40)*<br />
Vitalida<strong>de</strong> 62,9 (23,27) 76,20 (21,58)*<br />
Aspectos Sociais 73,12 (31,75) 88,50 (20,61)*<br />
Aspectos Emocionais 70,66 (43,23) 83,33 (35,29)*<br />
Saú<strong>de</strong> Mental 69,08 (25,02) 78,80 (20,04)*<br />
Média(DP)<br />
*p
27<br />
Foram encontradas correlações positivas e estatisticamente significativas, entre<br />
todas as variáveis analisadas. Entretanto, todas foram fracas, com exceção da correlação<br />
entre o escore <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio Capacida<strong>de</strong> Funcional <strong>do</strong> SF-36 e o NAF consi<strong>de</strong>rada<br />
mo<strong>de</strong>rada.<br />
Tabela 6 - Estimativa <strong>do</strong>s coeficientes <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> Pearson (r) entre o NAF e os<br />
<strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36.<br />
Variável<br />
NAF<br />
Capacida<strong>de</strong> Funcional 0,38*<br />
Aspectos Físicos 0,29*<br />
Dor 0,25*<br />
Esta<strong>do</strong> Geral Saú<strong>de</strong> 0,32*<br />
Vitalida<strong>de</strong> 0,34*<br />
Aspectos Sociais 0,30*<br />
Aspectos Emocionais 0,17*<br />
Saú<strong>de</strong> Mental 0,24*<br />
*p
28<br />
Tabela 7 – Comparação entre as médias <strong>do</strong> NAF; ida<strong>de</strong> e <strong>do</strong>s <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário<br />
SF-36 em relação aos sem sintomas, ansioso, <strong>de</strong>pressivo e ansioso/<strong>de</strong>pressivo.<br />
Variável Sem sintomas Ansioso Depressivo Ansioso/<br />
Depressivo<br />
NAF 11,69 (6,85) 9,78 (5,51) 7,93 (5,28) 6,78 (3,40)*<br />
Ida<strong>de</strong> 71,29 (5,30) 70,15 (5,17) 71,38 (5,28) 71,94 (5,67)<br />
Capacida<strong>de</strong> 72,44 (25,23) 65,38 (28,23) 53,33 (23,89)* 45,27(28,56)*<br />
Funcional<br />
Limitação 59,44 (42,30) 43,26 (46,12) 28,57 (37,32)* 16,66 (35,35)*<br />
Aspectos<br />
Físicos<br />
Dor 74,38 (25,88) 61,07 (25,88) 64,38 (28,78) 47,5 (33,48)*<br />
Esta<strong>do</strong> Geral 80,57 (14,35) 71,65 (17,13)* 60,04 (19,11)* 58,44 (18,55)*<br />
Saú<strong>de</strong><br />
Vitalida<strong>de</strong> 78,14 (17,70) 61,92 (22,80)* 46,6 (22,37) *§ 42,77 (21,91) *+<br />
Aspectos 88,14 (22,19) 72,11 (28,78)* 64,88 (35,27)* 56,94 (31,86)*<br />
Sociais<br />
Aspectos 85,43 (33,48) 73,07 (41,11) 69,84 (43,33) 27,77 (43,15)*º+<br />
Emocionais<br />
Saú<strong>de</strong> Mental 83,52 (15,37) 66,15 (21,44)* 50,28 (24,38)*§ 40,88 (18,7)*+<br />
Média (DP)<br />
*p
29<br />
6. DISCUSSÃO<br />
O presente estu<strong>do</strong> teve por finalida<strong>de</strong> verificar a existência <strong>de</strong> associações entre<br />
o nível <strong>de</strong> AF com a QV, bem como com a ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos<br />
freqüenta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> um centro <strong>de</strong> convivência e da comunida<strong>de</strong>, visan<strong>do</strong>, aumentar a<br />
divulgação <strong>de</strong> informações e/ou <strong>de</strong> sugestões sobre os benefícios da AF bem como seu<br />
impacto sobre a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa população. Assim, programas efetivos que possam ajudar a<br />
melhorar a condição <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos requerem um entendimento <strong>do</strong>s fatores que<br />
influenciam a AF (NIES & KERSHAW, 2002).<br />
O principal resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>monstra que na comparação entre o NAF e<br />
os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36, os valores médios nos escores foram maiores no<br />
grupo ativo, e que na escala <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão os escores maiores foram no<br />
grupo se<strong>de</strong>ntário. Além disso, encontrou-se que os i<strong>do</strong>sos que apresentam a associação<br />
<strong>do</strong>s sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão possuem menores escores no NAF e nos<br />
<strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36.<br />
No estu<strong>do</strong>, verifica-se que os i<strong>do</strong>sos ativos estão mais relaciona<strong>do</strong>s com o estrato<br />
etário <strong>de</strong> 69,93 anos e os se<strong>de</strong>ntários 72,49 anos, isto po<strong>de</strong> justificar as diferenças entre<br />
os níveis da AF, mas o processo <strong>do</strong> envelhecimento, <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista fisiológico, não<br />
ocorre necessariamente em paralelo ao avanço da ida<strong>de</strong> cronológica, apresentan<strong>do</strong><br />
consi<strong>de</strong>rável variação individual, pois se trata <strong>de</strong> um processo multifatorial, envolven<strong>do</strong><br />
uma combinação <strong>do</strong> envelhecimento biológico, <strong>do</strong>enças e certos padrões <strong>de</strong> estilo <strong>de</strong><br />
vida, como baixos níveis <strong>de</strong> AF (LEVEILLE et. al., 1999; MATSUDO et. al., 2000).<br />
A maioria <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> são mulheres (78%), este fato corrobora com<br />
outras pesquisas que relatam a ocorrência <strong>do</strong> processo <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> “feminização” <strong>do</strong><br />
envelhecimento, pois este fenômeno ocorre em to<strong>do</strong>s os países, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> serem<br />
<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s ou serem países em <strong>de</strong>senvolvimento, e que ocorrem <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à junção <strong>de</strong><br />
fatores, como genéticos, biológicos, sociais e culturais (SHERHARD, 2001;<br />
CARVALHO, 2001).<br />
Constata-se que há uma diferença estatisticamente significativa entre os i<strong>do</strong>sos<br />
ativos e se<strong>de</strong>ntários no estu<strong>do</strong>. Os i<strong>do</strong>sos ativos apresentaram <strong>de</strong>sempenho superior em<br />
to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36 quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> com os i<strong>do</strong>sos se<strong>de</strong>ntários.
30<br />
Uma boa pontuação <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos ativos indica que estes possuem uma melhor QV. Desta<br />
forma, foi observada uma influência positiva em fatores importantes para a<br />
in<strong>de</strong>pendência <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos, valores eleva<strong>do</strong>s no grupo <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos ativos em <strong>do</strong>mínios<br />
diferentes como nos aspectos físicos, vitalida<strong>de</strong>, capacida<strong>de</strong> funcional e aspectos<br />
sociais.<br />
Com relação à capacida<strong>de</strong> funcional uma pontuação elevada <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos ativos<br />
significa que os indivíduos pesquisa<strong>do</strong>s têm melhor saú<strong>de</strong> e habilida<strong>de</strong> funcional.<br />
Assim, tem si<strong>do</strong> sugeri<strong>do</strong> que as limitações funcionais têm influência no<br />
comportamento da população i<strong>do</strong>sa (JETTE et. al., 1998). Laukkanen et. al., (2000)<br />
também encontraram em seu estu<strong>do</strong> limitações funcionais nos i<strong>do</strong>sos, on<strong>de</strong> foram<br />
avalia<strong>do</strong>s homens e mulheres entre 75 e 85 anos, condição que evi<strong>de</strong>nciou que os<br />
sujeitos com maior nível <strong>de</strong> AF tiveram melhor saú<strong>de</strong> e habilida<strong>de</strong> funcional quan<strong>do</strong><br />
compara<strong>do</strong>s aos se<strong>de</strong>ntários da mesma ida<strong>de</strong>.<br />
No SF-36, um score eleva<strong>do</strong> no <strong>do</strong>mínio aspecto físico po<strong>de</strong> indicar que i<strong>do</strong>sos<br />
ativos possuem pouca ou nenhuma limitação no seu trabalho e/ou AVDs. Desta forma,<br />
os i<strong>do</strong>sos ativos no estu<strong>do</strong> apresentam um bom nível <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência apesar das<br />
alterações funcionais próprias <strong>do</strong> envelhecimento, associadas à prevalência <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças<br />
crônico-<strong>de</strong>generativas.<br />
Em estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> por Marchand (2001), foi observa<strong>do</strong> que a AF,<br />
principalmente quan<strong>do</strong> realizada <strong>de</strong> forma coletiva, prevê melhorias tanto nos aspectos<br />
físicos quanto nos psicológicos.<br />
Ainda no SF-36, outra questão fundamental é a <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho obti<strong>do</strong> pelo<br />
grupo <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos ativos em relação ao <strong>do</strong>mínio aspectos sociais. Des<strong>de</strong> mo<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>-se<br />
afirmar que quanto maiores as relações pessoais, maior o suporte social <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos.<br />
No contexto social, a AF proporciona uma maximização <strong>de</strong> contatos sociais,<br />
melhor integração na socieda<strong>de</strong> e no seu ambiente social, favorecen<strong>do</strong> melhorias na<br />
satisfação com a vida e redução da solidão (MCAULEY et. al, 2000; MAZO et. al.,<br />
2003).<br />
Assim, estes resulta<strong>do</strong>s concordam com resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> pesquisas que mostraram<br />
que a AF é um importante fator para o aumento da QV (PAPALEO NETO, 1996;<br />
FARIA JÚNIOR, 1997; SPIRDUSO & CRONIN, 2001; MAZO, 2003).
31<br />
Dentro <strong>de</strong>ste contexto, a partir <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s das médias, verifica-se que os<br />
i<strong>do</strong>sos ativos são menos ansiosos e <strong>de</strong>pressivos em relação aos i<strong>do</strong>sos se<strong>de</strong>ntários. Os<br />
resulta<strong>do</strong>s da comparação mostram que a prática <strong>de</strong> AF po<strong>de</strong> ter colabora<strong>do</strong> com o<br />
baixo índice <strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão. Stella et. al., (2002), enfatizam que a<br />
prática <strong>de</strong> AF em grupo eleva a auto-estima <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so, contribui para a implementação<br />
das relações psicossociais e para o reequilibrio emocional.<br />
Outro aspecto a ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> neste estu<strong>do</strong> é a correlação entre o NAF e todas<br />
as variáveis analisadas. Verifica-se que o <strong>do</strong>mínio capacida<strong>de</strong> funcional e o NAF<br />
apresentam uma correlação mo<strong>de</strong>rada, sen<strong>do</strong> que, entre as <strong>de</strong>mais variáveis, a<br />
correlação é fraca. Ou seja, indica que os i<strong>do</strong>sos que apresentaram habilida<strong>de</strong>s<br />
funcionais relacionaram uma alta relação entre a prática <strong>de</strong> AF, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> indicar que a<br />
prática regular e <strong>de</strong> forma continua <strong>do</strong> exercício físico po<strong>de</strong> contribuir para uma melhor<br />
QV.<br />
Este estu<strong>do</strong> também estabelece correlação da AF com ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão.<br />
Desta forma, o resulta<strong>do</strong> indica que os i<strong>do</strong>sos que se sentem emocionalmente sadios<br />
relacionaram uma alta relação com a prática <strong>de</strong> AF, assim indican<strong>do</strong> que a prática<br />
regular e <strong>de</strong> forma contínua <strong>do</strong> exercício físico po<strong>de</strong> contribuir para uma melhor saú<strong>de</strong><br />
mental.<br />
Miranda et al., (1996) verificaram, em 27 i<strong>do</strong>sos com média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> 70 anos,<br />
que 45 minutos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física aeróbica diminuíram a tensão e a <strong>de</strong>pressão.<br />
Também na pesquisa <strong>de</strong> Mazo (2003) verificou-se que o bem-estar psicológico<br />
<strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos esta associa<strong>do</strong> à AF.<br />
Tanto nos da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s através <strong>de</strong>sta pesquisa como na literatura, percebe-se a<br />
associação positiva entre os níveis <strong>de</strong> AF e boa saú<strong>de</strong> mental (RUUSKANEN et. al.,<br />
1995; MATHER et. al., 2002; STRAWBRIDGE et. al., 2002).<br />
Estas constatações vêm ao encontro da nossa hipótese que indica que a AF<br />
influencia positivamente na QV e na prevenção <strong>do</strong>s sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão.<br />
Ainda no nosso estu<strong>do</strong>, ao comparar os resulta<strong>do</strong>s das médias entre os sintomas<br />
<strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão, verificou-se que existia uma diferença estatisticamente<br />
significativa entre os i<strong>do</strong>sos que apresentavam a associação <strong>do</strong>s sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e<br />
<strong>de</strong>pressão. Deste mo<strong>do</strong>, os resulta<strong>do</strong>s indicam que os i<strong>do</strong>sos ansioso-<strong>de</strong>pressivos<br />
apresentam pior QV e uma vida se<strong>de</strong>ntária. Assim, com o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong>,
32<br />
po<strong>de</strong>-se inferir que i<strong>do</strong>sos que não realizam AF estão sujeitos a apresentarem com maior<br />
freqüência os sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão.<br />
Estes resulta<strong>do</strong>s concordam com os encontra<strong>do</strong>s no estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Paluska & Scwenk<br />
(2000) no qual os autores observaram que as pessoas com <strong>de</strong>pressão ten<strong>de</strong>m a ser<br />
fisicamente menos ativas <strong>do</strong> que as não <strong>de</strong>pressivas, e que o exercício tem se mostra<strong>do</strong><br />
como importante redutor <strong>de</strong>stes sintomas.<br />
O estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Van GOOL et. al., (2003) avaliou 1.280 i<strong>do</strong>sos e verificou que a<br />
<strong>de</strong>pressão é um fator <strong>de</strong> risco para o se<strong>de</strong>ntarismo, e pessoas que <strong>de</strong>senvolveram<br />
<strong>de</strong>pressão tornaram-se se<strong>de</strong>ntárias com maior freqüência, enquanto aqueles indivíduos<br />
que tiveram seu quadro <strong>de</strong>pressivo diminuí<strong>do</strong> passaram a se exercitar com maior<br />
regularida<strong>de</strong>.<br />
Estas constatações juntamente com os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong> mostram<br />
que certos grupos po<strong>de</strong>m estar em risco pela inativida<strong>de</strong> física, condição que permite<br />
inferências relacionadas às conseqüências negativas na QV, o que por sua vez reflete na<br />
saú<strong>de</strong> psico-social <strong>do</strong> indivíduo.<br />
Deste mo<strong>do</strong>, ao analisar o processo <strong>de</strong> envelhecimento como uma etapa com<br />
perdas e ganhos em diferentes áreas, a AF po<strong>de</strong> ser um meio para minimizar o impacto<br />
das perdas biológicas e maximizar os ganhos psicológicos e sociais <strong>de</strong>sta etapa da vida<br />
(CHAIMOWICZ, 1997; LEBRÃO et. al., 2003).<br />
Assim, a ausência <strong>de</strong> incontestáveis evidências, permite a elaboração <strong>de</strong><br />
hipóteses, na qual a pratica <strong>de</strong> AF estaria possivelmente resultan<strong>do</strong> numa série <strong>de</strong><br />
alterações fisiológicas e bioquímicas envolvidas com a liberação <strong>de</strong> neurotransmissores<br />
(noradrenalina e serotonina), auxilian<strong>do</strong> a redução <strong>do</strong>s escores indicativos <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão<br />
e ansieda<strong>de</strong>, uma vez que alguns <strong>de</strong>sses neurotransmissores contribuem para o<br />
aparecimento ou redução <strong>de</strong>ssas <strong>do</strong>enças. Corroboran<strong>do</strong> com esta hipótese Lopes<br />
(2001), acredita que exista uma possibilida<strong>de</strong> da existência <strong>de</strong> uma relação entre a<br />
redução da massa corporal e <strong>do</strong> percentual <strong>de</strong> gordura com a redução das concentrações<br />
plasmáticas <strong>de</strong> 5-HT (serotonina). Estas alterações po<strong>de</strong>m estar relacionadas com as<br />
alterações bioquímicas citadas por Costil et. al., (1971), nas quais um aumento nas<br />
concentrações plasmáticas <strong>de</strong> áci<strong>do</strong>s graxos livres é observa<strong>do</strong> após exercícios<br />
prolonga<strong>do</strong>s, em <strong>de</strong>corrência da lipólise. Uma vez que os AGLs (áci<strong>do</strong>s graxos livres)<br />
<strong>de</strong>slocam a albumina <strong>do</strong> Trp (triptofano), aumentan<strong>do</strong>, as concentrações <strong>do</strong> Trp-1
33<br />
(triptofano livre), sen<strong>do</strong> este responsável pela síntese <strong>de</strong> 5-HT. Pactuan<strong>do</strong> com estas<br />
alterações, os principais concorrentes <strong>do</strong> Tr-l, para ultrapassar a barreira hematoencefálica,<br />
os aminoáci<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia ramificada (AACR) sofrem uma redução em suas<br />
concentrações no plasma, em conseqüência <strong>do</strong> aumento <strong>de</strong> sua capacitação e oxidação<br />
pelos músculos exercita<strong>do</strong>s. Esta redução plasmática <strong>de</strong> AACR induz a um aumento da<br />
proporção <strong>de</strong> Trp-1/AACR, e a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> locomoção <strong>do</strong>s Trp-1 para os níveis<br />
centrais torna-se maior, elevan<strong>do</strong>, por conseguinte, as concentrações <strong>de</strong> 5 HT. Isto é,<br />
estas alterações po<strong>de</strong>riam possivelmente explicar a diminuição <strong>do</strong>s sintomas <strong>de</strong><br />
ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão relacionada à prática <strong>de</strong> exercícios e a melhor QV <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos<br />
neste estu<strong>do</strong>.<br />
Outras explicações para os acha<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> po<strong>de</strong>m estar relacionadas com<br />
fatores como o tipo <strong>de</strong> exercício realiza<strong>do</strong>, a interação social proporcionada pelo centro<br />
<strong>de</strong> convivência, a influência <strong>do</strong> grupo, aptidão física funcional melhorada e aumento da<br />
auto-estima que provavelmente contribuíram para a redução <strong>do</strong>s sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong><br />
e <strong>de</strong>pressão e para uma melhor QV.<br />
Assim, a AF contribui <strong>de</strong> diferentes maneiras para melhorar a condição clínica<br />
geral e a condição mental <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so. Desta forma, os i<strong>do</strong>sos, ao perceberem que são<br />
fisicamente capazes, vivem um sentimento <strong>de</strong> competência, que os leva a acreditar na<br />
própria capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar tarefas e a serem mais persistentes frente aos possíveis<br />
insucessos ou situações potencialmente <strong>de</strong>svantajosas (MOTA, 2002).<br />
Este estu<strong>do</strong> mostra que, a prática da AF influencia na QV e promove a<br />
diminuição <strong>do</strong>s sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que tanto a saú<strong>de</strong> física<br />
quanto a mental po<strong>de</strong> ser preservada nos i<strong>do</strong>sos. Estas constatações merecem uma<br />
atenção especial no que diz respeito à intervenção nesta realida<strong>de</strong>, estimulan<strong>do</strong> assim,<br />
que o i<strong>do</strong>so se<strong>de</strong>ntário se torne ativo e, com isto assegurem o viver in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e o<br />
bem-estar psicológico <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so.<br />
O presente estu<strong>do</strong> apresenta como limitação não ter si<strong>do</strong> feito as <strong>do</strong>sagens <strong>do</strong>s<br />
neurotransmissores, noradrenalina e serotonina, pois po<strong>de</strong>riam fornecer evidências mais<br />
consistentes e hipóteses mais claras para os mecanismos envolvi<strong>do</strong>s nesta relação.<br />
Futuros estu<strong>do</strong>s po<strong>de</strong>rão esclarecer possíveis processos fisiológicos e<br />
psicológicos responsáveis por este efeito. Além disso, estu<strong>do</strong>s longitudinais seriam
34<br />
importantes para investigar se a contribuição da AF po<strong>de</strong> se modificar ao longo <strong>do</strong><br />
tempo/em relação ao esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so.
35<br />
7. CONCLUSÕES<br />
- A AF tem um papel importante na melhoria da QV e na diminuição <strong>do</strong>s<br />
sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos.<br />
- O nível <strong>de</strong> AF influencia a QV, em especial no aspecto físico, capacida<strong>de</strong><br />
funcional, vitalida<strong>de</strong>, bem como os aspectos sociais e o esta<strong>do</strong> psicológico em que o<br />
i<strong>do</strong>so se encontra.<br />
- Os i<strong>do</strong>sos ativos apresentam melhor QV e com menos sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e<br />
<strong>de</strong>pressão <strong>do</strong> que os i<strong>do</strong>sos que não praticam AF.
36<br />
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
ABAS, M & BROADHEAD, J. Mental disor<strong>de</strong>rs in the <strong>de</strong>veloping wold. BWJ, 1994;<br />
308: 1052-3.<br />
ALBUQUERQUE, S.M.R.L. Envelhecimento Ativo: <strong>de</strong>safio <strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para<br />
a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos. Dissertação <strong>de</strong> Doutora<strong>do</strong>, 2005.<br />
ALLEYNE, G.A.O. Health and quality of life. Rev. Panam. Salud. Publica, 2001, v. 9,<br />
nº 1, p. 1-6.<br />
APA – AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION: Diagnostic and Statistical<br />
Manual of Mental Disor<strong>de</strong>rs. 4ª ed. Washington, DC, American Psychiatric<br />
Association, 1994.<br />
ANDREWS, G.A. Los <strong>de</strong>safios <strong>de</strong>l processo <strong>de</strong> envejecimento em lãs socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
hoy y <strong>de</strong>l futuro. In. Encontro Latino Americano y Caribe – O Sobre Lãs<br />
Personas <strong>de</strong> Edad, 1999. Anais. Santiago: Cela<strong>de</strong>, 2000. p.247-256 (seminaries y<br />
Conferencias – Cepal, 2).<br />
ANTON, S.D & MILLER, P.M. Do negative emoticions predict alcohol consumption,<br />
saturated fat intake and physical activity in ol<strong>de</strong>r adults? Behav. Modifi. 2005; 29<br />
(4): 677-88.<br />
ASSIS, M. Promoção da Saú<strong>de</strong> e Envelhecimento. Em: ARAÚJO, T.D. Ativida<strong>de</strong><br />
Física e postura corporal. Rio <strong>de</strong> Janeiro CRDE, UNATI, UERJ, 2002. p. 57 -68.<br />
BAILEY, M & MCLAREN, S. Physical activity alone and with others as predictors of<br />
sense of belonging and mental health in retirees. Aging Ment Health. 2005; 9 (1):<br />
82-90.<br />
BOTEGA, N.J; BIO, M.R.; ZOMIGNANI, M.A.; GARCIA, Jr.C.; WALTER, A.B.<br />
Transtornos <strong>do</strong> humor em enfermaria <strong>de</strong> clínica médica e validação <strong>de</strong> escala <strong>de</strong><br />
medida (HAD) <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão. Rev. Saú<strong>de</strong> Pública, 1995, vol. 29, nº 5,<br />
São Paulo.
37<br />
CALIL, H.M. & MIRANDA, A.M.A. Transtornos <strong>de</strong>pressivos. In: TABORBA, J.G.V.;<br />
PRADO-LIMA, P.; BUSNELLO, E.D. Rotinas em Psiquiatria. Porto Alegre,<br />
Artes Médicas. 1996, p. 140–52.<br />
CARVALHO, Y.M. Ativida<strong>de</strong> física e saú<strong>de</strong>: on<strong>de</strong> está e quem é o sujeito da relação?<br />
Revista Brasileira <strong>de</strong> Ciências <strong>do</strong> Esporte. 2001; 22: 9-21<br />
CARVALHO, V.F.C & FERNANDEZ, M.E.D. Depressão no i<strong>do</strong>so. In: PAPALÉO-<br />
NETO M. (ED.). Gerontologia: A velhice e o envelhecimento em visão<br />
globalizada. São Paulo, Rio <strong>de</strong> Janeiro: Ed. Atheneu 2002, p. 160-173.<br />
CARVALHO, J.A.M & GARCIA, R.A. O envelhecimento da população brasileira: um<br />
enfoque <strong>de</strong>mográfico. Cad. Saú<strong>de</strong> Pública, 2003. RJ, 19 (3): 725-733 mai-jun.<br />
.<br />
CASPERSEN, C.J.; POWELL, K.E.; CHRISTENSON, G.M. Physical activity,<br />
exercise, and physical fitness: <strong>de</strong>finitions and distinction for health related research.<br />
Public Health Reports, 1985; 100 (2): 126-31.<br />
CICONELLI, R.M.; FERRAZ, M.B.; SANTOS, E.; MEINÃO, I.; QUARESMA, M.R.;<br />
Tradução para a língua portuguesa e validação <strong>do</strong> questionário genérico <strong>de</strong><br />
avaliação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida SF-36 (Brasil SF-36). Revista Brasileira <strong>de</strong><br />
Reumatologia, 1999, vol. 39, nº 3.<br />
COSTIL, D.L.; BOWERS, R.; BRAUNAM, G. Muscle Glicognen utilization during<br />
prolonged exercise on successive days. J.Appl.Physiol. 1971, 31:834-838.<br />
CHAIMOWICZ F. A saú<strong>de</strong> <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos brasileiros às vésperas <strong>do</strong> século XXI:<br />
problemas, projeções e alternativas. Rev. Saú<strong>de</strong> Pública. 1997; 31(2): 184-200.<br />
DEL PORTO, J. A. Conceito e diagnóstico da <strong>de</strong>pressão. Rev. Bras. Psiquiatria, 1999,<br />
21, p. 6-11.<br />
DE VITTA, A. Bem estar físico e saú<strong>de</strong> percebida: um estu<strong>do</strong> comparativo entre<br />
homens e mulheres adultos e i<strong>do</strong>sos, se<strong>de</strong>ntários e ativos. Campinas, SP, 2001.<br />
[Tese Doutora<strong>do</strong>].
38<br />
DIAS, Jr.C.S.; COSTA, S.C.; LACERDA, M.A. O envelhecimento da população<br />
brasileira: uma análise <strong>de</strong> contu<strong>do</strong> das paginas da REBEP. Rev. Bras. Geriatr.<br />
Gerontol. 2006, V. 9, n. 2.<br />
FARIA JUNIOR, A.G. Trends of reseach in physical education in England. Wales and<br />
Brazil (1975 – 1984): a comparative study. Post. <strong>do</strong>storal final report. Lon<strong>do</strong>n:<br />
University of Lon<strong>do</strong>n Institute of education, 1987.<br />
FORLENZA, O.V. Transtornos Depressivos em I<strong>do</strong>sos. In: FORLENZA, O.V &<br />
CARAMELLI, P. Neuropsiquiatria Geriátrica. São Paulo: Atheneu, 2000, p. 299-<br />
308.<br />
FLECK, A.P.M.; CHACHAMOVICH, E.; TRENTINI, M.C. Projeto WHOQOL-OLD:<br />
méto<strong>do</strong> e resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> grupos focais no Brasil. Rev. Saú<strong>de</strong>. Pública, 2003. v. 37,<br />
n. 6, São Paulo.<br />
FLECK, M.P.A, LOUZADA, S; XAVIER, M; CHACHAMOVICH, E; VIEIRA, G;<br />
SANTOS, L. Aplicação da versão em português <strong>do</strong> instrumento abrevia<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
avaliação da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida ‘WHOQOL-Bref”. Rev. Saú<strong>de</strong> Publica. 2000; 34<br />
(2):178-83.<br />
FLECK, M.P.A, LOUZADA, S; XAVIER, M; CHACHAMOVICH, E; VIEIRA, G;<br />
SANTOS, L. Desenvolvimento da versão em português <strong>do</strong> instrumento <strong>de</strong> avaliação<br />
<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (WHOQOL-100). Rev.<br />
Saú<strong>de</strong> Pública, 1999, 21:19-28.<br />
FREITAS, E.V.; PY, L.; CANÇADO, F.A.X.; DOLL, J.; GORZONI, M. L. Trata<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
Geriatria e Gerontologia. In: FRANK, M.H & RODRIGUES, N.L. Depressão,<br />
Ansieda<strong>de</strong>, Outros Distúrbio Afetivos e Suicídio. 2ª edição. 2006, Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Guanabara – Koogan, p. 148-153.<br />
GALLO, JR.L.; MARIN-NETO, J.A.; MACIEL, B.C. Ativida<strong>de</strong> Física: “remédio”<br />
cientificamente comprova<strong>do</strong>? A Terceira Ida<strong>de</strong>. 1995; 10 (6): 34-43.<br />
GARRIDO, R & MENEZES, P.R. O Brasil esta envelhecen<strong>do</strong>: boas e más notícias por<br />
uma perspectiva epi<strong>de</strong>miológica. Rev. Bras. Psiquiatria, 2002, 24 (Supl): 3-6.<br />
GOMES, V.N.M. Cartilha: atuação da Ação Arquidiocesana na assessoria a<br />
dinamização <strong>de</strong> Grupos <strong>de</strong> I<strong>do</strong>sos. Florianópolis, SC, Brasil, 2001.
39<br />
GORDILHO, A.; SERGIO, J.; SILVESTRE, J.; RAMOS, L.R.; FREIRE, M.P.A.;<br />
ESPINDOLA, N.; MAIA, R.; VERAS, R.; KARSCH, U. Desafios a serem<br />
enfrenta<strong>do</strong>s no terceiro milênio pelo setor saú<strong>de</strong> na atenção integral ao i<strong>do</strong>so.<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro, UNATI, 2000.<br />
GLIATTO, M.F. Generalized anxiety disor<strong>de</strong>r. American Family Physician, 2000, 62<br />
(7), p. 1591 – 1602.<br />
HAMILTON, M. Frequency of symptoms in melamcholia-<strong>de</strong>pressive illness. Br. J.<br />
Psychiatric. 1997, 42: 904 – 913.<br />
HOLLANDER, E; SIMEON, D; GORMAN, J.M. Anxiety Disor<strong>de</strong>ns. In: American<br />
Psychiatric Press. 2º ed., Washington, 1994, 495-563.<br />
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE) 2000. Perfil<br />
<strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos responsáveis pelos <strong>do</strong>micílios no Brasil 2000. Estu<strong>do</strong>s e Pesquisas:<br />
Informação Demográfica e Socioeconômica, n.9, 2002. Disponível em<br />
http://www.ibge.gov.br. (captura<strong>do</strong> em 03 <strong>de</strong> julho 2006).<br />
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Síntese <strong>de</strong><br />
indica<strong>do</strong>res sociais 2004. Rio <strong>de</strong> Janeiro: IBGE; 2005.<br />
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE) 2006.<br />
Disponível em http://www.ibge.gov.br (captura<strong>do</strong> em 04 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2008)<br />
JETTE, A.M.; PINSKY, J.L.; BRANCH, L.G.; WOLF, P.A.; FEINELIB, M. The<br />
Framinghan disability study: physical disability among community-Dwelling<br />
survivors of stroke. J. Clin. Epi<strong>de</strong>miol. 1988; 41: 719-26.<br />
KALACHE, A.; VERAS, P.R.; RAMOS, R.L. O Envelhecimento da População<br />
Mundial. Um Desafio Novo. Rev. Saú<strong>de</strong>. Pública, 1987, 21 (3):200-10.<br />
KILSZTAJN, S.; ROSSBACH, A.; CÂMARA, M.B.; CARMO, M.S.N. Serviços <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong>, gastos e envelhecimento da população brasileira. Revista Brasileira <strong>de</strong><br />
Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> População, 2003, v. 20, n. 1, jan./jun.
40<br />
KOO, M.M.; ROHAN, T.E. Comparison of four habitual physical activity<br />
questionnaires in girls aged 7-15 yr. Medicine & Science in Sports & Exercise,<br />
1999, v. 31, n. 3, p. 421-427.<br />
LAUKKANEN, P.;LESKINEN, E.; KAUPPINEN, M.; SAKARI-RANTALA, R.;<br />
HEIKKINEN, E. Health and functional capacity as predictors of community<br />
dwelling among el<strong>de</strong>rly people. J. Clin. Epi<strong>de</strong>miol. 2000, 53: p. 257-67.<br />
LEBRÃO, M.L & LAURENTI, R. Condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. In: Lebrão ML, Duarte YAO.<br />
SABE: saú<strong>de</strong>, bem-estar e envelhecimento. O Projeto SABE no município <strong>de</strong> São<br />
Paulo: uma abordagem inicial. Brasília: Organização Pan-Americana da Saú<strong>de</strong>;<br />
2003. p. 73-91.<br />
LEVEILLE, S.G.; GURALNIK, J.M.; FERRUCI, L.; LANGLOIS, J.A. Aging<br />
successfully until <strong>de</strong>ath in old age: Opportunites for increasing active life<br />
expectancy. American Journal of Epi<strong>de</strong>miology, 1999, 149, 654-664.<br />
LIMA-COSTA, M.F & VERAS, R.P. A frugalida<strong>de</strong> necessária: mo<strong>de</strong>los mais<br />
contemporâneos. Revista digital, 2003.<br />
LOPES, K.M.D.C. Os efeitos crônicos <strong>do</strong> exercício físico aeróbio nos níveis <strong>de</strong><br />
serotonina e <strong>de</strong>pressão em mulheres com ida<strong>de</strong> entre 50 a 72 anos. Tese mestra<strong>do</strong>,<br />
Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Brasília, 2001.<br />
MARCHAND, E.A.A. A influência da ativida<strong>de</strong> física sobre a saú<strong>de</strong> mental <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos.<br />
Revista Digital: Lecturas Educacion Física y Desportes, 2001, 7 (38).<br />
Disponível em: WWW.ef<strong>de</strong>portes.com.<br />
MATHER, A.S.; RODRIGUEZ, C.; GUTHRIE, M.F.; MCHARG, A.M.; REID, I.C;<br />
MCMURDO, M.E. Effects of exercise on <strong>de</strong>pressive symptoms in ol<strong>de</strong>r adults with<br />
poorly responsive <strong>de</strong>pressive disor<strong>de</strong>r: ran<strong>do</strong>mized controlled trial. Br. J.<br />
Psychiatry. 2002, 180: 411-5.<br />
MATSUDO, S.M. Ativida<strong>de</strong> física na promoção da saú<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida no<br />
envelhecimento. Rev. bras. Educ. Fís. Esp. São Paulo, set. 2006, v. 20, p. 135-137.<br />
MATSUDO, S.M.; KEIHAN, V.; MATSUDO, R.; NETO, T.L.B. Impacto <strong>do</strong><br />
envelhecimento nas variáveis antropometricas, neuromotoras e metabólicas da
41<br />
aptidão física. Revista Brasileira <strong>de</strong> Ciência e Movimento. Brasília, v. 8, n. 4, p.<br />
21-32, 2000.<br />
MAZO, G.Z. Ativida<strong>de</strong> Física e Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida <strong>de</strong> Mulheres I<strong>do</strong>sas. Universida<strong>de</strong><br />
<strong>do</strong> Porto, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências <strong>do</strong> Desposto e <strong>de</strong> Educação Física. Dissertação <strong>de</strong><br />
Doutora<strong>do</strong>, 2003.<br />
McAULEY,E.; BLISSMER, B.; MARQUEZ, D.X.; JEROME, G.J.; KRAMER, A.F.;<br />
KATULA, J. (2000). Social relations, physical activity, and well-beig in ol<strong>de</strong>r<br />
adults. Preventive Medicine, 31 (5), 608-17.<br />
MIRANDA, M.L.J.; GODELLI, M.R.C.S.; OKUMA, S.S. Os efeitos <strong>do</strong> exercício<br />
aeróbio com música sobre os esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ânimo <strong>de</strong> pessoas i<strong>do</strong>sas. Revista Paulista<br />
<strong>de</strong> Educação Física. 1996. v. 10, n. 2, p. 172-178.<br />
MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. SECRETARIA DE PREVIDÊNCIA<br />
SOCIAL, Informe <strong>de</strong> Previdência Social, v. 14, n. 09, setembro 2002.<br />
MS (Ministério da Saú<strong>de</strong>), 1999. Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família. Brasília: Ministério da<br />
Saú<strong>de</strong> – <strong>Secretaria</strong> <strong>de</strong> Assistência à Saú<strong>de</strong>, Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Comunida<strong>de</strong>,<br />
julho/ 1997.<br />
MS (Ministério da Saú<strong>de</strong>). <strong>Secretaria</strong> <strong>de</strong> Políticas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Programa Nacional <strong>de</strong><br />
Promoção da Ativida<strong>de</strong> Física "Agita Brasil": Ativida<strong>de</strong> física e sua contribuição<br />
para a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Rev. Saú<strong>de</strong> Pública. 2002; 36: (2) 254-256.<br />
MOTA, J. (2002). Envelhecimento e exercício - activida<strong>de</strong> física e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida na<br />
população i<strong>do</strong>sa. In: Barbanti, V.J.; Bento, J.O.; Marques, A.T.; Amandio, A.C.<br />
(orgs). Esporte e Activida<strong>de</strong> Física: interação entre rendimento e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
vida. São Paulo: Manole, p. 183-194.<br />
NERI, A L. Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e envelhecimento na mulher. IN : Desenvolvimento e<br />
envelhecimento. Perspectivas biológicas, psicológicas e sociológicas. Campinas :<br />
Papirus. 2001.<br />
NIES, M.A & KERSHAW, T.C. Psychosocial and environmental influences on<br />
physical activity and outcomes in se<strong>de</strong>ntary women. J. Nurs. Scholarship. 2002;<br />
34: 243-249.
42<br />
NÓBREGA, A.C.L.; FREITAS, E.V.; OLIVEIRA, M.A.B.; LEITÃO, B.M.;<br />
LAZZOLI, J.K.; NAHAS, R.M.; BAPTISTA, C. A. S.; DRUMMOND, F. A.;<br />
REZENDE, L.; PEREIRA, J.; PINTO, M.; DOMINSKI, R. B.; LEITE, N.;<br />
THIELE, E. S.; HERNANDEZ, A. J.; ARAÚJO, C. G. S.; TEIXEIRA, J. A. C.;<br />
CARVALHO, T.; BORGES, S. F.; ROSE, E.H. Posicionamento Oficial da<br />
Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Medicina <strong>do</strong> Esporte e da Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Geriatria<br />
e Gerontologia: Ativida<strong>de</strong> Física e Saú<strong>de</strong> no I<strong>do</strong>so. Rev. Bras. Méd. Esporte, 1999,<br />
v. 5, nº 6, Nov/Dez.<br />
OKUMA, S.S. O i<strong>do</strong>so e a ativida<strong>de</strong> física fundamentos e pesquisa. Campinas, S.P.:<br />
Papirus, 208, 1998.<br />
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2001. Disponível em<br />
www.who.int/ageing/2001.<br />
(captura<strong>do</strong> no dia 18 <strong>de</strong> junho 2006)<br />
ORGANIZAÇÃO PAN- AMERICANA DA SAÚDE – OPAS- OMS. Envelhecimento<br />
Ativo: uma política <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>/World Health Organization; tradução Suzana Gontijo.<br />
Brasília, 2005.<br />
PALUSKA, S.A & SCWENK, T.L. Physical Activity and Mental Health: Current<br />
Concepts. Sports Medicine, Mar. 2000, v. 29 (3), pp.167-180.<br />
PAPALÉO-NETO, M. Gerontologia. São Paulo, Rio <strong>de</strong> Janeiro: Ed. Atheneu, 1996. p.<br />
160-173.<br />
PARAHYBA, M.I & SIMÕES, C.C.S. A prevalência <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong> funcional em<br />
i<strong>do</strong>sos no Brasil. Ciênc. Saú<strong>de</strong> coletiva, 2006, v. 11, n. 4, Rio <strong>de</strong> Janeiro out./<strong>de</strong>z.<br />
PASCHOAL, S.M.P. Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so: Elaboração <strong>de</strong> um instrumento que<br />
privilegia sua opinião. Tese Mestra<strong>do</strong>, 2000.<br />
PENNIX, B.W; ABBAS, H; AMBROSIUS, W; NICKLAS, B.J; DAVIS, C; MESSIER,<br />
S.P; PAHOR, M. Inflammatory markers and phsical function among ol<strong>de</strong>r adults<br />
with knee osteoartritis. The Journal of Rheumatology. 2004. Toronto, v. 31, p.<br />
2027-2031, 2004.
43<br />
PEREIRA, D.E.C. Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida na terceira ida<strong>de</strong> e sua relação com o trabalho no<br />
grupo <strong>de</strong> terceira ida<strong>de</strong> “Amor e Carinho” <strong>de</strong> Santa Terezinha <strong>de</strong> Itaipu-PR<br />
[dissertação]. Florianópolis: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina; 2002.<br />
POLÍTICA DE SAÚDE DO IDOSO. Ministério da Saú<strong>de</strong>, 1999.<br />
RAMOS, L. R. Fatores <strong>de</strong>terminantes <strong>do</strong> envelhecimento saudável em i<strong>do</strong>sos resi<strong>de</strong>ntes<br />
em centro urbano: Projeto Epi<strong>do</strong>so, São Paulo. Cad. Saú<strong>de</strong> Pública. 2003; 19 (3):<br />
793-8.<br />
RUUSKANEN, J.M.; RUOPPILA I. Physical activity and psychological well-being<br />
among people aged 65 to 84 years. Age and Ageing, 1995; 24(4): 292-6.<br />
SANTOS, R.S.; SANTOS, C.B.I.; FERNANDES, M.G.M.; HENRIQUES, M.R.E.M.<br />
Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so na comunida<strong>de</strong>: aplicação da Escala <strong>de</strong> Flanagan. Rev.<br />
Latini-Am. Enfermagem, v. 10, n. 6, Ribeirão Preto, 2002.<br />
SILVA, T.E & REZENDE, C.H.A. Avaliação Transversal da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong><br />
i<strong>do</strong>sos participantes <strong>de</strong> <strong>Centro</strong>s <strong>de</strong> Conveniência e institucionaliza<strong>do</strong>s por meio <strong>do</strong><br />
questionário genérico WHOQOL-BREF. Revista eletrônica, 2006.<br />
SOUZA, L.; GALANTE, H.; FIGUEIREDO, D. Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e bem-estar <strong>do</strong>s<br />
i<strong>do</strong>sos: um estu<strong>do</strong> exploratório na população portuguesa. Rev. Saú<strong>de</strong> Pública,<br />
2003, 37 (3), 364-71.<br />
SHEPHARD, R.J. Absolute versus relative intensity of physical activity in a <strong>do</strong>seresponse<br />
context. Science in Sports and Exercise Medicine, 2001. 33, 400-418.<br />
SPIRDUSO, W.W & CRONIN, D.L. Exercise <strong>do</strong>se-response effects on quality of life<br />
and in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt living in ol<strong>de</strong>r adults. Medicine and Science in Sports and<br />
Exercise. P. S. 598 – S 608, 2001.<br />
STELLA, F.; GOBBI, S.; CORAZZA, D.I.; COSTA, J.L.R. Depressão no I<strong>do</strong>so:<br />
Diagnóstico, Tratamento e Benefícios da Ativida<strong>de</strong> Física. Motriz, set/<strong>de</strong>z. 2002, v.<br />
8, nº 3, pp. 91-98.
44<br />
STRAWBRIDGE, W.J.; DELEGER, S.; ROBERTS, R.E; KAPLAN, G.A. Physical<br />
Activity Reduces the Risk of Subsequent Depression for Ol<strong>de</strong>r Adults. Physical<br />
Activity and Depression. Am.J.Epi<strong>de</strong>miol. 2002, vol.156, Nº 4: 328-34.<br />
U.S. DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES. Centers for Disease<br />
Control and Prevention. National Center for Health Statistics. Chartbook on<br />
Trends in the Healtn of Americans. Health, United States, 2007.<br />
U.S. DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES. Centers for Disease<br />
Control and Prevention. National Center for Health Statistics. Chartbook on<br />
Trends in the Healtn of Americans. Health, United States, 2006.<br />
VAN GOOL, C.H.; KEMPEN, G.I.J.M.; PENNINX, B.W.J.H.; DEEG, D.J.H.;<br />
BEEKMAN, A.T.F.; VAN EIJK, J.T.M. Relationship between changes in<br />
<strong>de</strong>pressive symptoms and unhealthy lifestyles. Age and Ageing, 2003; 32: 81–87.<br />
VIANA, H.B. Influência da ativida<strong>de</strong> física sobre a avaliação subjetiva da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
vida <strong>de</strong> pessoas i<strong>do</strong>sas. [Dissertação] Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, 2003.<br />
VOORRIPS, L.E.; RAVELL, A.C.J.; DONGELMANS, P.C.A.; DEURENBERG, P.;<br />
VANS TAVEREN, W.A.. A physical activity questionnaire for the el<strong>de</strong>rly.<br />
Medicine and Science in Sports and Exercise, 1991, 23, 974-979.<br />
XAVIER, F.M.; FERRAZ, M.P.; MARC, N.; ESCOSTEGUY, N.U.; MORIGUCHI,<br />
E.H. El<strong>de</strong>rly people’s <strong>de</strong>finition of quality of life. Rev. Bras. Psiquiatr. 2003; 25<br />
(1): 31-9.
45<br />
ANEXOS
46<br />
ANEXO A<br />
Carta <strong>de</strong> Autorização<br />
Cuiabá, 12 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2007.<br />
Prezada Srª<br />
Suely Benedita Soares <strong>de</strong> Lara<br />
Gerente <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> <strong>de</strong> Convivência Padre Firmo<br />
Lucinei<strong>de</strong> da Silva Santos e o Profº. Drº. Ângelo Piva Biagini, <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong><br />
Pós-Graduação <strong>de</strong> Mestra<strong>do</strong> em Fisioterapia <strong>do</strong> UNITRI, estamos autoriza<strong>do</strong>s pelo<br />
CEP-UNITRI, a realizar coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s da seguinte pesquisa: “Nível <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong><br />
Física e sua relação com Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida, Ansieda<strong>de</strong> e Depressão em I<strong>do</strong>sos nãoistitucionaliza<strong>do</strong>s”<br />
com os i<strong>do</strong>sos <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> <strong>de</strong> Convivência Padre Firmo e da<br />
comunida<strong>de</strong>.<br />
Para a realização da mesma, utilizarei apenas questionários <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />
(SF-36), ativida<strong>de</strong> física (Baecke Mofifica<strong>do</strong> para I<strong>do</strong>sos) e a escala <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e<br />
<strong>de</strong>pressão (HAD), sen<strong>do</strong> estes, méto<strong>do</strong>s não-invasivos e que não oferecem riscos à<br />
saú<strong>de</strong> <strong>do</strong>s voluntários.<br />
Portanto, solicito a sua autorização para que se possa realizar no <strong>Centro</strong> <strong>de</strong><br />
Convivência Padre Firmo a coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s citada acima.<br />
necessários.<br />
Colocamo-nos à sua disposição para os esclarecimentos que se fizerem<br />
Atenciosamente,<br />
__________________________________<br />
Ângelo Piva Biagini<br />
Docente <strong>do</strong> mestra<strong>do</strong> em fisioterapia da UNITRI<br />
__________________________________<br />
Lucinei<strong>de</strong> da Silva Santos<br />
Fisioterapeuta<br />
Autorizo,__________________________<br />
Suely Benedita Soares <strong>de</strong> Lara
ANEXO B<br />
47
48<br />
ANEXO C<br />
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO<br />
“Nível <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> Física e sua Relação com Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida, Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Vida Diária, Ansieda<strong>de</strong> e Depressão em I<strong>do</strong>sos não-institucionaliza<strong>do</strong>s”.<br />
Este é um estu<strong>do</strong> que avaliará a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, o nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física, a<br />
ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos com ida<strong>de</strong> entre 65 e 85 anos. Para isso utilizaremos<br />
três questionários, aos quais você <strong>de</strong>verá respon<strong>de</strong>r. Eles avaliarão seu nível <strong>de</strong><br />
ativida<strong>de</strong> física, qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e nível <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão. Essas informações<br />
estão sen<strong>do</strong> fornecidas para sua participação voluntária nesse estu<strong>do</strong>.<br />
Não será realizada nenhuma intervenção invasiva (cortes ou retirada <strong>de</strong><br />
sangue) sen<strong>do</strong> necessário apenas que se responda aos questionários. Não há nenhum<br />
risco e nem <strong>de</strong>sconforto para o voluntário. Não há, também, nenhum benefício direto<br />
para o participante.<br />
É garantida a você a liberda<strong>de</strong> da retirada <strong>de</strong> consentimento a qualquer<br />
momento e <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> participar <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, sem qualquer prejuízo. As informações<br />
obtidas serão analisadas em conjunto com outros participantes, não sen<strong>do</strong> divulgada<br />
a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> nenhum voluntário.<br />
É seu direito manter-se atualiza<strong>do</strong> sobre os resulta<strong>do</strong>s parciais da pesquisa, ou<br />
<strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>s que sejam <strong>do</strong> conhecimento <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>res. Você não terá nenhuma<br />
<strong>de</strong>spesa pessoal em qualquer fase <strong>de</strong>sse estu<strong>do</strong>. Também não há compensação<br />
financeira relacionada à sua participação. Em caso <strong>de</strong> publicação <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, será<br />
manti<strong>do</strong> o sigilo <strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>.<br />
Em qualquer etapa <strong>de</strong>sse estu<strong>do</strong> você po<strong>de</strong>rá ter acesso aos profissionais<br />
responsáveis pela pesquisa para esclarecimento <strong>de</strong> eventuais dúvidas. A principal<br />
investiga<strong>do</strong>ra é Lucinei<strong>de</strong> da Silva Santos, RG: 07356269 SSP/MT, CPF:<br />
62180550197, que po<strong>de</strong> ser encontrada na Rua: Guilherme Victorino, nº138, Edifício
49<br />
Primus, Aptº 104, Miguel Sutil, Cuiabá/MT, CEP: 78048322; telefones: (065)<br />
30254912 e (065) 84074113.<br />
Ten<strong>do</strong> obti<strong>do</strong> com clareza e assimila<strong>do</strong> todas as informações acima citadas:<br />
Eu,........................................................................................, RG...........................,<br />
acredito ter si<strong>do</strong> suficientemente informa<strong>do</strong> (a) a respeito das informações que li sobre o<br />
estu<strong>do</strong> “Nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física e sua relação com qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, ansieda<strong>de</strong> e<br />
<strong>de</strong>pressão em i<strong>do</strong>sos não-institucionaliza<strong>do</strong>s”.<br />
Eu discuti com a pesquisa<strong>do</strong>ra Lucinei<strong>de</strong> da Silva Santos sobre minha <strong>de</strong>cisão<br />
em participar nesse estu<strong>do</strong>. Ficaram claros para mim quais são os propósitos <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>,<br />
os procedimentos a serem realiza<strong>do</strong>s, as garantias <strong>de</strong> confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />
esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que minha participação é isenta <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>spesas. Concor<strong>do</strong>, voluntariamente, em participar <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> e concor<strong>do</strong> com a<br />
publicação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s, manti<strong>do</strong> o sigilo <strong>do</strong> meu nome. Po<strong>de</strong>rei retirar o meu<br />
consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalida<strong>de</strong>s ou<br />
prejuízo, ou perda <strong>de</strong> qualquer benefício que eu possa ter adquiri<strong>do</strong>.<br />
______________________________<br />
Data ___/____/___<br />
Assinatura <strong>do</strong> paciente<br />
______________________________<br />
Data ___/____/___<br />
Assinatura da Testemunha<br />
Declaro que obtive <strong>de</strong> forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e<br />
Esclareci<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste voluntário ou representante legal para a participação neste estu<strong>do</strong>.<br />
______________________________<br />
Data ___/____/___<br />
Pesquisa<strong>do</strong>ra
50<br />
ANEXO D<br />
VERSÃO BRASILEIRA DO QUESTIONÁRIO DE QUALIDADE DE VIDA SF-36<br />
Instruções: Esta pesquisa questiona você sobre sua saú<strong>de</strong>. Estas informações nos manterão<br />
informa<strong>do</strong>s sobre como você se sente e quão bem você é capaz <strong>de</strong> fazer suas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vida<br />
diária. Responda cada questão marcan<strong>do</strong> a resposta como indica<strong>do</strong>. Caso você esteja<br />
inseguro(a) ou em dúvida em como respon<strong>de</strong>r, por favor, tente respon<strong>de</strong>r o melhor que pu<strong>de</strong>r.<br />
1. Em geral, você diria que sua saú<strong>de</strong> é: (circule uma)<br />
Excelente Muito boa Boa Ruim Muito ruim<br />
1 2 3 4 5<br />
2. Comparada a um ano atrás, como você classificaria sua saú<strong>de</strong> em geral, agora? (circule<br />
uma)<br />
Muito melhor Um pouco Quase a mesma Um pouco pior Muito pior<br />
melhor<br />
1 2 3 4 5<br />
3. Os seguintes itens são sobre ativida<strong>de</strong>s que você po<strong>de</strong>ria fazer atualmente durante um dia<br />
comum. Devi<strong>do</strong> a sua saú<strong>de</strong>, você teria dificulda<strong>de</strong> para fazer essas ativida<strong>de</strong>s? Neste caso,<br />
quanto? (circule um número em cada linha)<br />
Ativida<strong>de</strong>s<br />
a- Ativida<strong>de</strong>s vigorosas, que exigem<br />
muito esforço, tais como correr,<br />
levantar objetos pesa<strong>do</strong>s, participar em<br />
esportes árduos.<br />
b- Ativida<strong>de</strong>s mo<strong>de</strong>radas, tais como<br />
mover um mesa, passar aspira<strong>do</strong>r <strong>de</strong><br />
Sim. Dificulta Sim. Dificulta Não. Não<br />
muito um pouco dificulta <strong>de</strong><br />
mo<strong>do</strong> algum<br />
1 2 3<br />
1 2 3<br />
pó, jogar bola, varrer a casa.<br />
c- Levantar ou carregar mantimentos. 1 2 3<br />
d- Subir vários lances <strong>de</strong> escada. 1 2 3<br />
e- Subir um lance <strong>de</strong> escada. 1 2 3<br />
f- Curvar - se, ajoelhar – se ou <strong>do</strong>brar – 1 2 3<br />
se.<br />
g- Andar mais <strong>de</strong> um quilômetro. 1 2 3<br />
h- Andar vários quarteirões. 1 2 3<br />
i- Andar um quarteirão. 1 2 3<br />
j- Tomar banho ou vestir - se 1 2 3
51<br />
4. Durante as últimas 4 semanas, você teve algum <strong>do</strong>s seguintes problemas com o seu trabalho<br />
ou com alguma ativida<strong>de</strong> diária regular, como conseqüência <strong>de</strong> sua saú<strong>de</strong> física?(circule<br />
uma em cada linha)<br />
Sim Não<br />
a- Você diminui a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo que <strong>de</strong>dicava – se ao seu trabalho 1 2<br />
ou a outras ativida<strong>de</strong>s?<br />
b- Realizou menos tarefas <strong>do</strong> que você gostaria? 1 2<br />
c- Esteve limita<strong>do</strong> no seu tipo <strong>de</strong> trabalho ou em outras ativida<strong>de</strong>s? 1 2<br />
d- Teve dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer seu trabalho ou outras ativida<strong>de</strong>s (p.ex:<br />
necessitou <strong>de</strong> um esforço extra)?<br />
1 2<br />
5. Durante as últimas 4 semanas, você teve algum <strong>do</strong>s seguintes problemas com o seu trabalho<br />
ou outra ativida<strong>de</strong> regular diária, como conseqüência <strong>de</strong> algum problema emocional (como<br />
sentir – se <strong>de</strong>primi<strong>do</strong> ou ansioso)? (circule uma em cada linha)<br />
Sim Não<br />
a- Você diminui a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo que <strong>de</strong>dicava – se ao seu trabalho ou a outras 1 2<br />
ativida<strong>de</strong>s?<br />
b- Realizou menos tarefas <strong>do</strong> que você gostaria? 1 2<br />
c- Não trabalhou ou não fez qualquer das ativida<strong>de</strong>s com tanto cuida<strong>do</strong> como geralmente<br />
faz?<br />
1 2<br />
6. Durante as últimas 4 semanas, <strong>de</strong> que maneira sua saú<strong>de</strong> física ou problemas emocionais<br />
interferiram nas suas ativida<strong>de</strong>s sociais normais, em relação à família, vizinhos, amigos ou<br />
em grupo? (circule uma)<br />
De forma Ligeiramente Mo<strong>de</strong>radamente Bastante Extremamente<br />
nenhuma<br />
1 2 3 4 5<br />
7. Quanta <strong>do</strong>r no corpo você teve durante as últimas 4 semanas? (circule uma)<br />
Nenhuma Muito leve Leve Mo<strong>de</strong>rada Grave Muito grave<br />
1 2 3 4 5 6<br />
8. Durante as últimas 4 semanas, quanto a <strong>do</strong>r interferiu com o seu trabalho normal (incluin<strong>do</strong><br />
tanto o trabalho, fora <strong>de</strong> casa e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> casa)? (circule uma)<br />
De maneira alguma Um pouco Mo<strong>de</strong>radamente Bastante Extremamente<br />
1 2 3 4 5
52<br />
9. Estas questões são sobre como você se sente e como tu<strong>do</strong> tem aconteci<strong>do</strong> com você durante<br />
as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor, dê uma resposta que mais se aproxime<br />
da maneira como você se sente em relação às últimas 4 semanas. (circule um número para<br />
cada linha)<br />
a- Quanto tempo você tem senti<strong>do</strong><br />
cheio <strong>de</strong> vigor, cheio <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong>,<br />
cheio <strong>de</strong> força?<br />
b- Quanto tempo você tem se<br />
senti<strong>do</strong> uma pessoa nervosa?<br />
c- Quanto tempo você tem se<br />
senti<strong>do</strong> tão <strong>de</strong>primi<strong>do</strong> que nada<br />
po<strong>de</strong> animá – lo?<br />
d- Quanto tempo você tem se<br />
senti<strong>do</strong> calma e tranqüilo?<br />
e- Quanto tempo você tem se<br />
senti<strong>do</strong> com muita energia?<br />
f- Quanto tempo você tem se<br />
senti<strong>do</strong> <strong>de</strong>sanima<strong>do</strong> e abati<strong>do</strong>?<br />
g- Quanto tempo você tem se<br />
senti<strong>do</strong> esgota<strong>do</strong>?<br />
h- Quanto tempo você tem se<br />
senti<strong>do</strong> uma pessoa feliz?<br />
i- Quanto tempo você tem se<br />
senti<strong>do</strong> cansa<strong>do</strong>?<br />
To<strong>do</strong><br />
tempo<br />
A<br />
maior<br />
parte<br />
<strong>do</strong><br />
tempo<br />
Uma<br />
boa<br />
parte<br />
<strong>do</strong><br />
tempo<br />
Alguma<br />
parte<br />
<strong>do</strong><br />
tempo<br />
Uma<br />
pequena<br />
parte <strong>do</strong><br />
tempo<br />
Nunca<br />
1 2 3 4 5 6<br />
1 2 3 4 5 6<br />
1 2 3 4 5 6<br />
1 2 3 4 5 6<br />
1 2 3 4 5 6<br />
1 2 3 4 5 6<br />
1 2 3 4 5 6<br />
1 2 3 4 5 6<br />
1 2 3 4 5 6<br />
10. Durante as últimas 4 semanas, quanto <strong>do</strong> seu tempo a sua saú<strong>de</strong> física ou problemas<br />
emocionais interferiram com as suas ativida<strong>de</strong>s sociais (como visitar amigos, parentes,<br />
etc.)? (circule uma)<br />
To<strong>do</strong> A maior parte <strong>do</strong> Alguma parte <strong>do</strong> Uma pequena Nenhuma<br />
tempo tempo<br />
tempo<br />
parte <strong>do</strong> tempo <strong>do</strong> tempo<br />
1 2 3 4 5<br />
parte
53<br />
11. O quanto verda<strong>de</strong>iro ou falso é cada uma das afirmações para você? (circule um número em<br />
cada linha)<br />
a- Eu costumo a<strong>do</strong>ecer um<br />
pouco mais facilmente que as<br />
outras pessoas.<br />
b- Eu sou tão saudável quanto<br />
qualquer pessoa que eu<br />
conheço.<br />
c- Eu acho que a minha saú<strong>de</strong><br />
vai piorar.<br />
Definitivamente<br />
verda<strong>de</strong>iro<br />
A maioria<br />
das vezes<br />
verda<strong>de</strong>ira<br />
Não sei<br />
A maioria<br />
das vezes<br />
falso<br />
Definitivamente<br />
falsa<br />
1 2 3 4 5<br />
1 2 3 4 5<br />
1 2 3 4 5<br />
d- Minha saú<strong>de</strong> é excelente. 1 2 3 4 5
54<br />
ANEXO E<br />
QUESTIONÁRIO DO NÍVEL DE ATIVIDADE DE BAECKE MODIFICADO<br />
(VOORRIPS et al., 1991)<br />
Nome:____________________________________________________________<br />
Sexo: M F<br />
Peso ____kg Altura _____cm IMC:_________________________<br />
Data da coleta:___/___/___<br />
I. ATIVIDADES DE CASA<br />
1. Você realiza algum trabalho leve em sua casa? (lavar louça, consertar roupas, tirar pó,<br />
aguar plantas, etc.).<br />
0. nunca (menos <strong>de</strong> 1 vez por mês)<br />
1. às vezes (somente quan<strong>do</strong> um parceiro ou ajudante não está disponível)<br />
2. quase sempre (às vezes com ajudante)<br />
3. sempre (sozinho ou com ajuda)<br />
2. Você realiza algum trabalho pesa<strong>do</strong> em sua casa? (lavar pisos e janelas, carregar<br />
lixos, lavar carro, etc.).<br />
0. nunca (menos <strong>de</strong> 1 vez por mês)<br />
1. às vezes (somente quan<strong>do</strong> um parceiro ou ajudante não está disponível)<br />
2. quase sempre (às vezes com ajudante)<br />
3. sempre (sozinho ou com ajuda)<br />
3. Para quantas pessoas você mantém a casa incluin<strong>do</strong> você mesmo? (preencher 0 se<br />
respon<strong>de</strong>u nunca nas questões 1 e 2).<br />
__________________________________________________________________
55<br />
4. Quantos cômo<strong>do</strong>s você tem que limpar, incluin<strong>do</strong> cozinha, quarto, garagem,<br />
banheiro, porão? (preencher 0 se respon<strong>de</strong>u nunca nas questões 1 e 2).<br />
0. nunca faz trabalhos <strong>do</strong>mésticos<br />
1. 1-6 cômo<strong>do</strong>s<br />
2. 7-9 cômo<strong>do</strong>s<br />
3. 10 ou mais cômo<strong>do</strong>s<br />
5. Se limpa algum cômo<strong>do</strong>, em quantos andares? (preencher 0 se respon<strong>de</strong>u nunca na<br />
questão 4)<br />
__________________________________________________________________<br />
6. Você prepara refeições quentes para si mesmo, ou ajuda a preparar?<br />
0. nunca<br />
1. às vezes (1 ou 2 vezes por semana)<br />
2. quase sempre (3 a 5 vezes por semana)<br />
3. sempre (mais <strong>de</strong> 5 vezes por semana)<br />
7. Quantos lances <strong>de</strong> escada você sobe por dia? (1 lance <strong>de</strong> escadas tem 10 <strong>de</strong>graus)<br />
0. eu nunca subo escadas<br />
1. 1-5<br />
2. 6-10<br />
3. mais <strong>de</strong> 10<br />
8. Se você vai para algum lugar em sua cida<strong>de</strong>, que tipo <strong>de</strong> transporte utiliza?<br />
0. eu nunca saio<br />
1. carro<br />
2. transporte público<br />
3. bicicleta<br />
4. caminhan<strong>do</strong>
56<br />
9. Com que freqüência você faz compras?<br />
0. nunca ou menos <strong>de</strong> 1 vez por semana<br />
1. 1 vez por semana<br />
2. 2-4 vezes por semana<br />
3. to<strong>do</strong>s os dias<br />
10. Se você vai para as compras, que tipo <strong>de</strong> transporte você utiliza?<br />
0. eu nunca vou às compras<br />
1. carro<br />
2. transporte público<br />
3. bicicleta<br />
4. caminhan<strong>do</strong><br />
II. ATIVIDADES ESPORTIVAS<br />
Você pratica algum esporte? (bocha, ginástica, natação, hidroginástica, caminhada, etc.)<br />
Esporte1:<br />
Nome: __________________________________________________________<br />
Intensida<strong>de</strong>: __________________________________________(ver tabela)<br />
Horas por semana: ____________________________________________________<br />
Quantos meses por ano: _______________________________________________<br />
Esporte 2:<br />
Nome: ______________________________________________________________<br />
Intensida<strong>de</strong>: __________________________________________(ver tabela)<br />
Horas por semana: ____________________________________________________<br />
Quantos meses por ano: _______________________________________________
57<br />
III. ATIVIDADES DE LAZER<br />
Você tem alguma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lazer? (tricô, borda<strong>do</strong>s, leitura, assistir TV, passear com<br />
o cão, bingo, danças <strong>de</strong> salão, conversar com amigos, jogar baralho, truco, etc.).<br />
Ativida<strong>de</strong> 1:<br />
Nome: ______________________________________________________________<br />
Intensida<strong>de</strong>: __________________________________________(ver tabela)<br />
Horas por semana: ____________________________________________________<br />
Quantos meses por ano: _______________________________________________<br />
Ativida<strong>de</strong> 2:<br />
Nome: ______________________________________________________________<br />
Intensida<strong>de</strong>: __________________________________________(ver tabela)<br />
Horas por semana: ___________________________________________________<br />
Quantos meses por ano: _______________________________________________
58<br />
ANEXO F<br />
CÓDIGOS PARA O QUESTIONÁRIO DE BAECKE MODIFICADO PARA<br />
IDOSOS POR VOORRIPS ET AL. (1991)<br />
CÓDIGO DA INTENSIDADE<br />
INTENSIDADE<br />
CÓDIGO<br />
0: <strong>de</strong>ita<strong>do</strong>, relaxa<strong>do</strong> 0.028<br />
1: senta<strong>do</strong>, relaxa<strong>do</strong> 0.146<br />
2: senta<strong>do</strong>, movimentos das mãos ou braços 0.297<br />
3: senta<strong>do</strong>, movimentos corporais 0.703<br />
4: postura ereta, relaxa<strong>do</strong> 0.174<br />
5: postura ereta, movimentos das mãos ou braços 0.307<br />
6: postura ereta, movimentos corporais, caminhada 0.890<br />
7: caminhan<strong>do</strong>, movimentos das mãos ou braços 1.368<br />
8: caminhan<strong>do</strong>, movimentos corporais, andan<strong>do</strong> <strong>de</strong> bicicleta,<br />
nadan<strong>do</strong><br />
1.890<br />
CÓDIGO DE HORAS POR SEMANA<br />
HORAS POR SEMANA<br />
CÓDIGO<br />
1: menos <strong>do</strong> que 1h/sem. 0.5<br />
2: 1-< 2h/sem. 1.5<br />
3: 2-< 3h/sem. 2.5<br />
4: 3-< 4h/sem. 3.5<br />
5: 4-< 5h/sem. 4.5<br />
6: 5-< 6h/sem. 5.5<br />
7: 6-< 7h/sem. 6.5<br />
8: 7-< 8h/sem. 7.5<br />
9: 8 ou mais h/sem. 8.5
59<br />
CÓDIGO DE MESES POR ANO<br />
HORAS POR SEMANA<br />
1: menos <strong>do</strong> que 1 mês/ano 0.04<br />
2: 1-3 mês/ano 0.17<br />
3: 4-6 mês/ano 0.42<br />
4: 7-9 mês/ano 0.67<br />
5: mais <strong>do</strong> que 9 meses/ano 0.92<br />
CÓDIGO<br />
* Código da intensida<strong>de</strong> da menor unida<strong>de</strong>, originalmente basea<strong>do</strong> no gasto <strong>de</strong><br />
energia.
60<br />
ANEXO G<br />
ESCALA DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO - HAD<br />
Nome:<br />
Ida<strong>de</strong>: Escolarida<strong>de</strong>: Esta<strong>do</strong> Civil:<br />
Profissão:<br />
Ocupação<br />
Diagnóstico: Data :<br />
______/______/________<br />
Eu me sinto tenso ou contraí<strong>do</strong>:<br />
( ) A maior parte <strong>do</strong> tempo<br />
( ) Boa parte <strong>do</strong> tempo<br />
( ) De vez em quan<strong>do</strong><br />
( ) Nunca<br />
Eu ainda sinto gosto pelas mesmas coisas <strong>de</strong> antes:<br />
( ) Sim, <strong>do</strong> mesmo jeito que antes<br />
( ) Não tanto quanto antes<br />
( ) Só um pouco<br />
( ) Já não consigo ter prazer em nada<br />
Eu sinto uma espécie <strong>de</strong> me<strong>do</strong>, como se alguma coisa ruim fosse acontecer<br />
( ) Sim, e <strong>de</strong> jeito muito forte<br />
( ) Sim, mas não tão forte<br />
( ) Um pouco, mas isso não me preocupa<br />
( ) Não sinto nada disso<br />
Dou risada e me divirto quan<strong>do</strong> vejo coisas engraçadas<br />
( ) Do mesmo jeito que antes<br />
( ) Atualmente um pouco menos<br />
( ) Atualmente bem menos<br />
( ) Não consigo mais<br />
Estou com a cabeça cheia <strong>de</strong> preocupações<br />
( ) A maior parte <strong>do</strong> tempo<br />
( ) Boa parte <strong>do</strong> tempo<br />
( ) De vez em quan<strong>do</strong><br />
( ) Raramente<br />
Eu me sinto alegre<br />
( ) Nunca<br />
( ) Poucas vezes<br />
( ) Muitas vezes<br />
( ) A maior parte <strong>do</strong> tempo
61<br />
Consigo ficar sentada à vonta<strong>de</strong> e me sentir relaxa<strong>do</strong><br />
( ) Sim, quase sempre<br />
( ) Muitas vezes<br />
( ) Poucas vezes<br />
( ) Nunca<br />
Eu estou lento para pensar e fazer coisas<br />
( ) Quase sempre<br />
( ) Muitas vezes<br />
( ) De vez em quan<strong>do</strong><br />
( ) Nunca<br />
Eu tenho uma sensação ruim <strong>de</strong> me<strong>do</strong>, como um frio na barriga ou um aperto no estômago<br />
( ) Nunca<br />
( ) De vez em quan<strong>do</strong><br />
( ) Muitas vezes<br />
( ) Quase sempre<br />
Eu perdi o interesse em cuidar da minha aparência<br />
( ) Completamente<br />
( ) Não estou mais me cuidan<strong>do</strong> como eu <strong>de</strong>veria<br />
( ) Talvez não tanto quanto antes<br />
( ) Me cui<strong>do</strong> <strong>do</strong> mesmo jeito que antes<br />
Eu me sinto inquieto, como se eu não pu<strong>de</strong>sse ficar para<strong>do</strong> em lugar nenhum<br />
( ) Sim, <strong>de</strong>mais<br />
( ) Bastante<br />
( ) Um pouco<br />
( ) Não me sinto assim<br />
Fico esperan<strong>do</strong> anima<strong>do</strong> as coisas boas que estão por vir<br />
( ) Do mesmo jeito que antes<br />
( ) Um pouco menos que antes<br />
( ) Bem menos <strong>do</strong> que antes<br />
( ) Quase nunca<br />
De repente, tenho a sensação <strong>de</strong> entrar em pânico<br />
( ) A quase to<strong>do</strong> momento<br />
( ) Várias vezes<br />
( ) De vez em quan<strong>do</strong><br />
( ) Não senti isso<br />
Consigo sentir prazer quan<strong>do</strong> assisto um bom programa <strong>de</strong> televisão, <strong>de</strong> rádio, ou quan<strong>do</strong> leio<br />
alguma coisa<br />
( ) Quase sempre<br />
( ) Várias vezes<br />
( ) Poucas vezes<br />
( ) Quase nunca
62<br />
Anexo H<br />
Valores individuais <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos: ida<strong>de</strong>; NAF; HAD (escala <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão) e<br />
os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> questionário SF-36 (capacida<strong>de</strong> funcional; aspectos físicos; <strong>do</strong>r; esta<strong>do</strong><br />
geral saú<strong>de</strong>; vitalida<strong>de</strong>; aspectos sociais; aspectos emocionais; saú<strong>de</strong> mental).<br />
Pacient<br />
e<br />
Ida<strong>de</strong> NAF HAD-<br />
A<br />
HAD-<br />
D<br />
capacid<br />
a<strong>de</strong><br />
funcion<br />
al<br />
aspecto<br />
s<br />
físicos<br />
<strong>do</strong>r<br />
esta<strong>do</strong><br />
geral<br />
saú<strong>de</strong><br />
vitalida<br />
<strong>de</strong><br />
aspecto<br />
s<br />
sociais<br />
aspecto<br />
s<br />
emocio<br />
nais<br />
1 70 14,6 12 9 70 0 10 92 70 62,5 0,00 68<br />
2 76 8,0 3 9 80 25 100 85 80 62,5 0,00 84<br />
3 69 7,8 9 10 15 75 100 50 65 37,5 66,67 56<br />
4 69 21,8 0 2 100 75 100 92 100 100 100 100<br />
5 67 10,4 10 5 30 25 51 65 15 62,5 33,33 48<br />
6 68 20,6 3 4 95 75 51 67 85 100 100 92<br />
7 78 12,3 1 0 95 100 84 92 100 100 100 100<br />
8 72 9,15 1 0 65 100 100 95 90 50 100 96<br />
9 68 11,7 0 0 95 50 51 97 90 87,5 100 100<br />
10 70 24,2 6 8 70 0 41 87 75 75 0 68<br />
11 74 13 4 4 85 0 41 52 95 75 100 96<br />
12 70 10,2 3 0 30 25 31 92 60 100 100 84<br />
13 66 9,04 11 6 55 0 61 45 25 62,5 100 24<br />
14 70 8,53 5 3 20 100 61 52 75 75 100 92<br />
15 69 22,6 7 0 30 50 20 70 75 87,5 33,33 84<br />
16 70 22,9 8 3 100 50 100 92 100 100 100 96<br />
17 75 9,22 1 5 75 75 72 75 75 87,5 100 96<br />
18 75 9,32 4 4 35 0 40 82 60 62,5 33,33 72<br />
19 68 8,48 3 0 70 100 74 72 85 87,5 100 96<br />
20 70 12,7 15 3 100 150 40 52 100 62,5 100 72<br />
21 68 8,45 10 5 50 25 41 67 60 62,5 33,33 68<br />
22 67 6,05 7 2 70 100 52 67 80 100 100 72<br />
23 66 26,3 0 0 100 100 100 100 100 100 100 100<br />
24 76 16,9 4 1 95 100 61 72 90 100 100 88<br />
25 69 33,7 7 1 95 100 100 77 90 100 100 80<br />
26 75 6,42 10 9 10 0 31 80 55 87,5 33,33 48<br />
27 67 19,4 5 3 95 75 100 92 75 100 33,33 68<br />
28 72 12,8 2 1 100 100 100 97 100 100 100 92<br />
29 73 16,1 11 6 20 50 41 62 40 100 66,67 60<br />
30 78 11,5 5 0 15 0 30 80 40 62,5 33,33 44<br />
31 70 36,6 1 0 100 100 100 92 75 100 100 84<br />
32 69 8,86 1 0 100 75 100 87 100 100 100 96<br />
33 65 16,6 15 6 25 0 72 52 55 100 66,67 60<br />
34 81 25,2 5 9 95 100 100 85 95 100 100 80<br />
35 65 10,5 4 4 55 100 72 82 85 100 100 80<br />
36 74 4,47 17 7 20 0 32 60 35 50 0 52<br />
37 77 16,8 3 6 90 0 64 82 90 75 100 88<br />
38 71 11,1 8 3 65 100 61 72 60 100 100 68<br />
39 65 9,73 2 3 95 100 51 87 95 100 100 92<br />
40 74 11,1 10 11 95 100 100 42 85 87,5 100 48<br />
41 73 7,85 2 4 60 25 72 77 70 100 0 68<br />
42 80 2,15 1 2 35 0 22 85 80 12,5 0 92<br />
43 70 1,7 9 2 95 25 61 72 80 75 0 64<br />
44 72 4,68 16 11 30 0 0 45 15 37,5 0 24<br />
45 73 3,98 1 2 35 0 62 92 70 12,5 0 80<br />
46 73 2,92 5 11 75 25 100 40 50 50 100 64<br />
47 67 6,45 9 2 80 100 61 70 70 50 100 60<br />
48 70 4,38 0 0 95 100 72 92 95 100 100 100<br />
49 78 1,58 4 3 75 100 61 52 55 87,5 33,33 48<br />
50 72 3,92 11 12 40 0 12 80 65 75 0 56<br />
51 69 10,4 10 1 90 100 61 87 85 50 100 80<br />
52 68 12,4 8 5 80 0 52 92 60 0 100 40<br />
53 65 19,3 9 0 90 25 61 92 50 75 100 56<br />
54 65 20,9 5 0 100 100 100 92 70 62,5 100 68<br />
55 66 21,5 5 3 80 25 100 67 90 75 0 68<br />
saú<strong>de</strong><br />
mental
56 68 20,8 1 1 80 25 72 100 100 100 100 100<br />
57 79 7,91 3 0 80 100 51 92 90 100 100 80<br />
58 71 5,57 4 3 60 0 40 72 70 87,5 66,67 100<br />
59 65 13,3 10 4 50 100 62 92 70 100 100 72<br />
60 67 9,7 10 5 70 75 100 62 55 100 100 72<br />
61 67 16,6 0 0 100 100 100 97 95 100 100 100<br />
62 66 14,7 1 3 85 100 40 82 70 100 100 80<br />
63 71 6,07 3 1 80 100 100 57 70 75 100 88<br />
64 76 26,8 6 2 85 50 100 92 70 100 100 72<br />
65 76 17,2 4 1 70 25 100 92 60 75 0 76<br />
66 80 10,8 4 0 65 0 62 72 75 100 0 84<br />
67 74 7,39 5 3 100 100 100 97 100 75 66,67 76<br />
68 65 9,2 0 5 60 0 72 97 90 100 100 100<br />
69 67 3,59 6 4 100 100 72 87 75 87,5 100 92<br />
70 74 21,2 4 1 100 0 100 65 95 100 100 64<br />
71 85 5,69 0 6 90 75 100 72 70 100 100 100<br />
72 66 20 2 1 90 100 100 100 85 100 100 96<br />
73 70 7,41 9 2 100 75 100 67 75 100 100 88<br />
74 82 5,03 13 12 25 0 22 55 25 62,5 0 36<br />
75 81 4,27 9 5 65 0 61 92 85 100 100 100<br />
76 77 5,47 7 1 40 0 22 65 40 62,5 0 80<br />
77 83 2,4 4 6 55 0 62 72 50 100 100 72<br />
78 81 3,46 1 9 55 0 51 72 60 75 100 76<br />
79 70 3,14 0 0 100 75 61 87 100 100 100 80<br />
80 72 2,74 9 12 15 0 32 40 35 12,5 100 64<br />
81 70 3,83 2 5 60 25 100 77 80 87,5 100 92<br />
82 75 3,04 7 5 35 100 72 72 55 100 100 68<br />
83 77 3,34 11 8 75 100 72 87 60 12,5 0 48<br />
84 79 5,09 4 4 20 0 42 77 65 25 0 96<br />
85 78 3,14 2 4 55 0 100 82 65 100 100 84<br />
86 67 10,5 1 0 70 75 100 47 85 100 100 92<br />
87 66 3,7 6 4 100 0 100 87 100 100 0 96<br />
88 78 13,8 0 0 100 100 100 100 100 100 100 100<br />
89 66 18,9 8 2 100 100 100 77 50 100 100 76<br />
90 69 12,7 3 3 70 75 100 82 80 100 100 68<br />
91 69 9,36 3 6 95 75 100 77 60 100 100 88<br />
92 70 4,08 4 9 40 0 41 77 45 12,5 100 52<br />
93 83 13,5 0 1 25 25 100 72 100 50 0 100<br />
94 66 11,6 0 1 100 100 61 87 95 100 100 100<br />
95 69 11,5 3 10 20 0 22 40 15 100 100 40<br />
96 71 14,2 0 4 70 100 100 92 100 100 100 96<br />
97 73 12,6 0 1 85 100 72 82 80 100 100 92<br />
98 70 8,51 0 5 40 100 72 77 80 100 100 96<br />
99 71 9,74 1 1 70 0 61 72 95 100 100 84<br />
100 66 9,41 1 3 40 100 22 45 45 100 100 64<br />
101 80 10,9 1 1 95 100 52 92 95 62,5 100 92<br />
102 67 14,7 4 1 90 100 100 92 95 100 100 68<br />
103 75 3,23 3 1 90 75 100 62 60 100 100 88<br />
104 77 10,3 3 4 85 0 72 92 85 100 100 96<br />
105 74 18,7 0 1 100 100 100 87 75 87,5 100 92<br />
106 75 5,66 0 0 50 100 100 80 95 100 100 96<br />
107 69 2,7 5 14 15 0 52 77 15 0 0 40<br />
108 65 7,84 8 7 25 0 51 67 65 100 100 88<br />
109 69 12,6 3 9 30 50 22 45 75 100 100 96<br />
110 67 27,5 0 0 100 100 100 92 100 100 100 100<br />
111 66 25,5 3 1 80 0 72 92 90 100 100 92<br />
112 66 6,89 7 10 55 0 100 72 65 100 33,33 64<br />
113 75 5,36 5 10 60 100 61 50 60 100 100 60<br />
114 81 9,4 3 3 15 0 41 92 65 50 100 76<br />
115 68 16,7 2 6 70 0 42 82 75 62,5 0 72<br />
116 68 17,8 1 0 95 75 100 92 90 100 100 96<br />
117 78 6,24 9 12 20 0 72 65 50 87,5 100 36<br />
118 70 12,8 0 1 100 100 100 92 95 100 100 84<br />
119 67 9,21 5 5 80 50 100 87 75 75 33,33 40<br />
120 67 11,7 2 3 80 100 100 82 70 100 100 80<br />
121 71 15,8 1 1 75 75 100 87 90 100 100 92<br />
122 70 12 0 0 100 100 100 87 95 100 100 100<br />
123 68 10,4 2 3 90 100 100 77 75 100 0 76<br />
124 69 4,47 3 4 70 75 100 65 75 87,5 100 68<br />
125 74 3,41 8 1 80 0 0 87 85 62,5 100 88<br />
126 67 23,4 0 1 90 0 22 92 85 87,5 100 88<br />
127 78 9,4 4 5 15 0 41 62 30 25 100 56<br />
63
128 70 12,2 2 1 85 100 100 60 55 100 0 72<br />
129 70 18,5 0 0 70 100 100 77 85 100 100 96<br />
130 66 14,2 3 6 20 0 10 45 25 50 100 40<br />
131 83 5,24 0 2 60 0 100 82 85 100 100 100<br />
132 75 6,5 4 8 30 100 72 92 80 87,5 100 80<br />
133 72 4,71 3 2 60 0 100 82 90 50 100 64<br />
134 74 1,6 3 10 30 0 100 35 45 37,5 100 68<br />
135 65 4,75 2 7 55 50 72 87 85 100 100 92<br />
136 65 17,7 0 2 100 100 100 72 75 100 100 96<br />
137 75 3,73 2 12 30 0 42 45 25 37,5 0 52<br />
138 78 1,11 16 18 10 0 42 60 5 12,5 0 20<br />
139 70 3,84 0 0 95 100 72 62 80 100 100 100<br />
140 68 4,38 1 1 65 100 72 87 85 100 100 80<br />
141 84 2,44 5 7 30 0 100 10 30 87,5 100 44<br />
142 81 6,53 8 8 90 100 100 72 100 100 100 100<br />
143 65 3,81 11 9 85 0 72 20 50 100 0 48<br />
144 76 4,01 1 4 75 50 31 72 70 100 100 80<br />
145 68 11,8 0 3 100 100 100 42 90 100 100 100<br />
146 80 5,69 6 4 80 25 52 92 70 100 100 96<br />
147 68 5,42 15 18 55 0 22 70 25 37,5 0 8<br />
148 79 24,3 2 2 85 100 100 87 80 100 100 96<br />
149 69 18,2 2 1 95 100 62 82 90 75 100 92<br />
150 85 3,96 0 0 5 0 12 82 40 0 100 92<br />
151 71 10,5 10 1 50 0 22 30 35 50 0 16<br />
152 65 6,79 8 15 40 0 84 67 25 100 0 28<br />
153 65 11,8 4 15 50 0 51 87 45 50 0 24<br />
154 65 3,85 3 0 40 0 51 82 75 100 100 80<br />
155 65 6,23 5 3 55 100 41 57 100 100 100 60<br />
156 66 4,18 4 2 100 50 52 95 85 100 100 68<br />
157 65 5,36 1 6 70 75 61 82 85 100 100 76<br />
158 65 13,1 5 9 45 75 100 72 60 100 66,67 56<br />
159 65 8,27 6 9 65 25 42 60 55 50 100 56<br />
160 67 4,76 10 10 20 0 22 75 20 12,5 0 4<br />
161 82 5,39 6 5 45 0 72 82 60 100 100 72<br />
162 67 7,73 1 4 30 25 100 42 45 100 100 100<br />
163 77 8,95 3 5 100 25 72 77 100 100 100 96<br />
164 72 16 1 5 60 50 84 87 90 100 100 88<br />
165 67 9,05 11 4 85 25 40 87 55 50 0 48<br />
166 66 6,2 8 3 45 0 74 85 40 50 100 76<br />
167 65 16,4 2 7 80 100 72 87 85 100 100 80<br />
168 75 5,64 3 3 75 0 41 87 55 12,5 100 96<br />
169 75 20,8 2 3 75 100 52 82 80 100 100 100<br />
170 82 3,03 9 3 30 0 72 50 60 100 100 68<br />
171 65 13,3 1 1 70 100 100 92 90 100 100 80<br />
172 67 18,3 1 1 95 100 100 92 100 100 100 96<br />
173 66 5,61 3 4 70 25 100 92 95 100 100 80<br />
174 72 5,06 2 5 50 0 61 67 80 100 100 88<br />
175 67 10,2 3 3 80 100 100 87 85 100 100 84<br />
176 65 11,7 7 3 35 0 100 87 60 100 0 60<br />
177 68 8,58 8 12 80 0 22 60 45 50 0 40<br />
178 75 10,8 5 9 15 0 61 50 25 50 100 28<br />
179 65 13,6 3 6 65 0 51 87 80 100 100 92<br />
180 65 9,13 6 8 85 0 100 92 75 37,5 100 52<br />
181 68 9,04 7 10 65 0 61 55 30 100 100 24<br />
182 65 12,1 3 2 95 75 52 87 35 62,5 100 28<br />
183 70 8,85 6 5 70 50 62 92 45 75 100 64<br />
184 71 14,7 1 1 85 100 100 87 95 100 100 100<br />
185 65 23 3 1 35 75 61 72 50 100 100 52<br />
186 68 9,05 2 7 40 50 61 85 35 25 100 68<br />
187 70 13,3 5 2 100 100 100 77 100 100 100 72<br />
188 68 14,6 2 2 75 100 100 87 85 100 100 100<br />
189 81 8,33 1 5 35 75 31 82 65 100 100 84<br />
190 84 7,43 10 11 70 0 51 37 50 37,5 0 44<br />
191 77 8,16 7 9 60 50 22 40 15 12,5 66,67 20<br />
192 71 5,87 7 11 90 100 52 92 55 100 100 52<br />
193 68 11,7 2 3 90 100 61 77 80 100 100 100<br />
194 67 3,85 7 11 80 0 100 47 25 100 100 12<br />
195 69 13,8 6 1 100 0 61 92 90 100 100 92<br />
196 65 10,3 16 15 70 25 100 42 25 25 0 40<br />
197 68 7,57 7 13 65 50 72 35 40 25 0 8<br />
198 69 4,11 1 8 70 75 72 77 70 100 100 88<br />
199 73 9,29 3 3 95 75 72 92 75 100 100 88<br />
64
200 73 14,7 3 7 100 50 61 92 65 100 100 80<br />
65