Anais 2008 - Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica

CB – 96 - Análise microscópica da reparação óssea em ratos
após o uso de enxerto de origem sintética
Adelmo Cavalcanti ARAGÃO NETO; Álvaro Bezerra CARDOSO;
Cláudia Roberta Leite V. de FIGUEIREDO; Francisco LIMEIRA
JÚNIOR; Fabiano Gonzaga RODRIGUES
acanbr@gmail.com
Objetivo: Avaliar a reparação óssea em ratos, utilizando enxerto
ósseo de origem sintética (cerâmica de hidroxiapatita + β-tricálciofosfato).
Metodologia: Estudo Experimental Foram utilizados 18 ratos wistar
albinus, distribuídos aleatoriamente em três grupos com 6 animais
cada e com a denominação G15, G30 e G45. Foi confeccionado
um defeito de 5,0 mm de diamêtro no osso parietal em cada lado
da sutura sagital do animal, onde o lado esquerdo correspondeu ao
experimento (preenchido pelo enxerto de origem sintética) e o lado
direito ao controle (preenchido pelo coágulo sanguíneo). Os
espécimes foram submetidos à avaliação histológica nos períodos
de 15, 30 e 45 dias.
Resultados: A inflamação variou de leve (grupos G30 e G45) a
moderada (grupo G15) e a vascularização apresentou-se de forma
intensa, tanto para os subgrupos experimentais quanto para os
controles, nos períodos observados. Na amostra estudada, não foi
evidenciada a presença de reação de corpo estranho. O tecido
conjuntivo do tipo fibroso foi predominante em todos os espécimes,
assim como a atividade osteoblástica. A neoformação óssea esteve
presente apenas nos subgrupos experimentais G30 e G45.
Conclusão: Os resultados obtidos sugerem uma maior tendência
para a reparação óssea quando da utilização de enxerto de origem
sintética.
CB – 256 -
Descompressão: série de casos
Anne Karen de Souza SANTOS; Natallya Dayane da Silva SANTOS;
Maria Fernanda Bezerra REIS; Jefferson Luiz Figueiredo LEAL;
Belmiro Cavalcanti do Egito VASCONCELOS; Suzana Célia de
Aguiar Soares CARNEIRO
annekren@gmail.com
Objetivo: Aavalia oito casos de cistos odontogênicos, três casos de
ameloblastoma e um caso de fibroma ameloblástico, que foram
tratados através da descompressão seguida de curetagem óssea no
Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro, Recife-
PE, no período de 1997 a 2007.
Metodologia: A idade dos pacientes variou de quinze a sessenta e
sete anos, distribuídos por sexo em dez mulheres e dois homens. De
acordo com as características histológicas e clínicas os pacientes
foram classificados em quatro tumores odontogênicos ceratocísticos,
três ameloblastomas, um cisto inflamatório periapical, um cisto
dentígero, um fibroma ameloblástico e uma imagem radiolúcida
grande sem diagnóstico histológico. Os pacientes foram avaliados
através de radiografias panorâmicas e os exames histopatológicos
foram realizados no serviço de patologia da Faculdade de
Odontologia de Pernambuco (FOP). Algumas abordagens cirúrgicas
foram propostas na década passada para reduzir os efeitos negativos
ou cirurgias agressivas, respeitando a estrutura anatômica como a
cistectomia lateral, a enucleação, a criocirurgia, a descompressão e
a marzupialização.
Resultados e Conclusão: Há uma tendência de se optar pela
conduta mais conservadora, como a descompressão seguida de
curetagem. A descompressão é um mecanismo que serve para a
indução de neoformação óssea. Os cistos e tumores odontogênicos
são lesões freqüentes no esqueleto facial que devem ser tratados
através de métodos que promovam a remoção da lesão sem provocar
alterações da continuidade óssea parcial ou total. As grandes lesões
císticas podem ser tratadas através da descompressão seguida da
curetagem com resultados satisfatórios na maioria dos casos.
CB – 287 - Avaliação topográfica do canal mandibular através
da tomografia computadorizada de feixe cônico
Thiago de Santana SANTOS; Marcos FRAZÃO; Ronaldo de Carvalho
RAIMUNDO; José Franklin CORDEIRO NETO; Ramiro
Henrique Bertoldo CAMPOS; Ana Claúdia Amorim GOMES
thiagodesantana@hotmail.com
O canal mandibular, por onde passa o nervo alveolar inferior é
dificilmente visível na íntegra nas radiografias ortopantomográficas.
Seu tamanho e localização podem apresentar variações anatômicas.
A sua correta identificação anatômica é essencial para a cirurgia e
traumatologia buco-maxilo-facial, dentre outros procedimentos na
área odontológica.
Objetivo: Analisar morfometricamente o trajeto do canal mandibular
em tomografias computadorizadas de feixe cônico volumétrico e
sua relação com estruturas anatômicas da mandíbula.
Metodologia: Tratou-se de um estudo descritivo, transversal, de
amostra aleatória, em que foram avaliadas 50 imagens tomográficas
de banco de dados da região mandibular. Foram formados dois
grupos, F e M, representando os sexos feminino e masculino,
respectivamente. Foram realizadas mensurações lineares verticais
nas radiografias que descreveram o trajeto e relações do canal
mandibular com estruturas anatômicas da mandíbula, além de
análises relativas à posição horizontal do forame mentoniano.
Resultados: Demonstraram que houve diferença estatisticamente
significante entre as mensurações realizadas entre os gêneros, porém
não foram detectadas diferenças entre as faixas etárias para
nenhuma das mensurações. A posição mais comum do forame
mentoniano foi entre as raízes dos pré-molares inferiores, e o canal
mandibular apresenta relação de proximidade com as raízes do
terceiro molar inferior.
Conclusão: As tomografias de feixe cônico foram eficientes para a
realização das mensurações propostas no presente trabalho, uma
vez que sendo na proporção 1:1 não apresenta mensurações com
magnificância dos exames radiográficos panorâmicos dos maxilares.
CB – 181 - Avaliação da Qualidade de Vida de Pacientes
Submetidos à Cirurgia Ortognática
Ana Catarina Alves e SILVA; Roberta Almeida Silveira CARVALHO;
Diego Andrade Barbosa VIANA; Emanuel Dias de Oliveira e SILVA;
Nelson Studart ROCHA
anatainak@hotmail.com
A beleza, em nossa sociedade, é muito valorizada, além de ser um
fator determinante no próprio relacionamento interpessoal. A cirurgia
ortognática permite uma melhora na função mastigatória, na
fonética, na respiração e na estética facial. Deste modo, muitas
implicações estão envolvidas neste tratamento cirúrgico, pois as
mudanças faciais refletem na vida pessoal e social do indivíduo, e
por vezes o componente psicológico do paciente.
Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de pacientes submetidos à
cirurgia ortognática, e relacionar as mudanças sociais e psicológicas
entre o pré-operatório e o pós-operatório.
Metodologia: Foi realizado no Hospital Universitário Oswaldo Cruz
(HUOC/UPE), com amostra de 15 pacientes da demanda
espontânea, que apresentavam deformidades dentofaciais e que
se submeteriam à cirurgia ortognática. Foram aplicados 1
questionário e 2 formulários, em duas fases: uma pré-cirúrgica e
uma pós-cirúrgica (realizada seis meses após a cirurgia).
Resultados: Observou-se que 13,3% obteve melhora em relação à
auto-estima, e principalmente em relação à satisfação com a
aparência. Foi constatada também melhoria nas relações sociais,
profissionais e familiares. Em relação à avaliação da qualidade de
vida segundo o questionário da OMS, observou-se a média mais
baixa no domínio correspondente a meio ambiente. Contudo, a
exceção dois pacientes em cada um dos domínios físico e psicológico
e um paciente em cada um dos outros domínios, todos os demais
tiveram qualidade de vida classificada como alta.
Conclusão: O prognóstico do paciente submetido à cirurgia é bom,
uma vez que leva o paciente à harmonia estético-ocluso-facial,
além de mudanças nas relações interpessoais.
(Apoio financeiro: CNPq)
2 8 Pesq Bras Odontoped Clin Integr, João Pessoa, Suplemento, Nov. 2008