Anais 2008 - Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica

E – 288 - Avaliação microbiológica salivar de Streptococcus
mutans e da higiene bucal em escolares no município de Campina
Grande
Ivanilton Alan de Souza SILVA; Gustavo Torres Galvão FLORINDO;
Daliana Queiroga de Castro GOMES; Patrícia Meira BENTO;
Pollianna Muniz ALVES
notlinavi@hotmail.com
Os microorganismos, principalmente as bactérias do gênero
Streptococcus possuem uma significativa participação na formação
do biofilme dental e conseqüentemente no aparecimento do
processo carioso.
Objetivo: Avaliar os níveis microbiológicos salivares de Streptococcus
mutans correlacionando-os com as condições de higiene bucal
através da mensuração dos índices de Higiene oral Simplificado
(IHO-S) e Índice de Placa Bacteriana (IPL) em escolares de 6 a 12
anos de idade matriculados em escola estadual do município de
Campina Grande - PB.
Metodologia: A amostra foi constituída de 25 escolares com idade
entre 6 e 12 anos de ambos os gêneros, matriculadas na Escola
Estadual Aplicação no município de Campina Grande - PB. Foi
realizado um estudo observacional com procedimento comparativo,
estatístico e descritivo, através da observação direta por meio do
exame clínico e análise microbiológica. Foram primeiramente
mensurados os índices de Higiene oral Simplificado e Índice de
Placa bacteriana e logo após foi coletada a saliva dos escolares
para contagem das colônias de Streptococcus mutans.
Resultados: Foi observada higiene bucal regular nos escolares,
sendo a média do IHO-S igual a 1,7 estando de acordo com a
média do índice de placa que foi de 1,6. A análise quantitativa do
número de Unidades Formadoras de Colônias de Streptococcus
mutans nos escolares estudados revelou uma variação de 0,1 x
10000 UFC/ml a 7,7 x 10000 UFC/ml, estes dados correlacionados
com os índices de IHO-S e IPL, demonstraram uma higiene bucal
regular.
Conclusão: A avaliação do IHO-S e IPL associado ao estudo
quantitativo na determinação do número de Streptococcus mutans
mostraram-se de grande relevância.
E – 250 - Avaliação da ação do glucanoato de clorexidina na
mucosite oral radioinduzida
Marcio Menezes NOVAES; Virgínia Karla Pinheiro de QUEIROZ;
Renata Torres Moreira da SILVA; Raphael de Menezes OLIVEIRA;
Daliana Queiroga de Castro GOMES
marcio_m_n@hotmail.com
Objetivo: Avaliar a utilização do Gluconato de Clorexidina a 0,12%
na prevenção e controle da Mucosite Oral Radioinduzida, em
pacientes com Carcinoma Espinocelular (CEC) de boca e orofaringe
atendidos na Fundação Assistencial de Prevenção ao Câncer (FAP).
Metodologia: A pesquisa constituiu-se em um ensaio clínico,
randomizado, duplo cego, controlado por placebo. O estudo foi
desenvolvido com pacientes portadores de CEC localizado na
cavidade bucal, que se submeteram ao tratamento radioterápico
durante o período entre agosto de 2007 e julho de 2008. Foram
distribuídos, consecutivamente, para dois grupos: o Grupo I (n=6)
recebeu 10 ml de Gluconato de Clorexidina a 0,12%, já o Grupo II
(n=5) utilizou 10ml de soro fisiológico a 0,9%. Eles foram orientados
a realizar bochechos eliminando o produto quatro vezes ao dia,
todos os dias da semana durante a radioterapia e uma semana após
a mesma.
Resultados: Conforme a classificação da Organização Mundial de
Saúde, para estabelecer o grau de mucosite oral objetiva, nenhum
dos pacientes do Grupo experimental desenvolveram o grau 2,
enquanto, no Grupo controle, dos graus 1,2 esteve presente em
60% dos pacientes; no Grupo I a ocorrência do grau 1 diminuiu ao
longo das semanas de tratamento radioterápico; nenhum paciente
que usou o Gluconato de Clorexidina desenvolveu mucosite severa
graus 3, 4. Foram observadas diferenças significativas entre o grupo
experimental e o de controle, onde nos paciente do Grupo I a
mucosite oral subjetiva Graus 1,2 diminuiu para Grau 0; e em
pacientes do Grupo II houve um aumento de Grau 2 para Grau 3.
Conclusão: Neste estudo, a clorexidina preveniu o aparecimento
da MO radioinduzida, bem como, diminuiu a sua severidade e
duração.
E – 109 -
Manifestações bucais do Refluxo Gastroesofágico
E -147 - Avaliação Clínica e Laboratorial do Gel da Uncaria
Tomentosa (Unha De Gato) sobre Candidose Oral
Manuela Gouvêa Campêlo dos SANTOS; Kaline Silva CASTRO;
Ronaldo Campêlo dos SANTOS; Amaro Lafayette Nobre FORMIGA
FILHO; Rosenês Lima dos SANTOS; Heloisa Helena Pinho VELOSO
manuela.gouvea@yahoo.com.br
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) consiste no refluxo de
conteúdo alimentar presente no estômago para o esôfago. Esta é
uma das alterações mais freqüentes na prática médica, entretanto
seus efeitos na cavidade oral são poucos difundidos na odontologia.
Objetivo: Verificar as principais manifestações bucais de pacientes
portadores de refluxo gastroesofágico atendidos no Hospital
Universitário Lauro Wanderley da cidade de João Pessoa-PB.
Metodologia: Esta teve a aprovação do Comitê de ética em Pesquisa,
do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba,
registrado sob nº 08/05/07. Foram selecionados 50 pacientes, ambos
os sexos, entre 20 e 75 anos, previamente diagnosticados como
portadores de refluxo gastroesofágico. Estes foram submetidos a
uma anamnese com perguntas relativas à identificação do paciente,
hábitos viciosos e história médica, e em seguida a um exame físico
intra-oral de interesse estomatológico, através da inspeção visual e
palpação verificando possíveis manifestações clínicas bucais
associadas ao refluxo.
Resultados: Os sinais e sintomas mais relatados e encontrados foram:
halitose (relatada por 78% das pessoas), sensibilidade dentinária
(relatada por 72%), xerostomia (relatada por 68%), erosão dentária
(apresentada por 16%), desgaste oclusal (apresentada por 70%),
sangramento gengival (relatado por 54%), inflamação gengival
(apresentada por 26%) e presença freqüente de úlceras aftosas
(relatada por 28%).
Conclusão: Como a DRGE é um assunto pouco difundido na
odontologia e devido a sua alta prevalência, é de grande
importância o Cirurgião Dentista está informado sobre as principais
manifestações orais que podem estar relacionadas com esta
patologia.
Thiago Maciel CAVALCANTI; Leonardo Costa de Ameida PAIVA;
Pollianna Muniz ALVES; Daliana Queiroga Castro GOMES; Raquel
Christina Barboza GOMES; Jozinete Vieira PEREIRA
thiagomaciel_cg@hotmail.com
Objetivo: Realizar uma avaliação in vitro e in vivo da ação do gel
da Uncaria Tomentosa, popularmente conhecida como unha de
gato, em pacientes portadores de candidose oral.
Metodologia: O estudo foi do tipo quantitativo, observacional,
transversal, descritivo e exploratório. Para a análise estatística,
utilizou-se o teste da correlação de Pearson. Foram selecionados
aleatoriamente, na clínica da Estomatologia, 20 pacientes que
apresentaram clínico e laboratorialmente infecção pela Candida.
Os mesmos foram divididos em dois grupos: o grupo-teste (grupo I)
e o grupo-controle (grupo II). O grupo I foi orientado a utilizar o gel
da Uncaria tomentosa (IMUNOMAX® gel), três vezes diárias, no
período de 15 dias, e o grupo-controle utilizou o Miconazol
(Daktarin® gel), pelo mesmo período.
Resultados: Mostraram uma maior prevalência microbiológica da
Candida albicans (73,91%), dentre as espécies de Candida isoladas,
e observou-se também que a Uncaria tomentosa exibiu atividade
antifúngica in vitro superior ao miconazol, e in vivo, apresentou
atividade antifúngica semelhante. As reações adversas, relatadas
pelos pacientes, quando da utilização da Uncaria tomentosa foram
inexistentes, enquanto 40% do grupo-controle exibiram essas
reações.
Conclusão: A Uncaria tomentosa (unha de gato) mostrou ser um
fitofármaco promissor na odontologia, especificamente no campo
de tratamento antifúngico, podendo ser utilizada para o tratamento
desta patologia sem causar efeitos colaterais aos pacientes.
3 8 Pesq Bras Odontoped Clin Integr, João Pessoa, Suplemento, Nov. 2008