Anais 2008 - Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica

EP - 352 - Quartos molares... prevalência e distribuição em
uma população odontológica
Breno Cavalcante MARTINS; Aline Morais FONTES; Caline Rocha
Viana de ARAUJO; Erika Matias Pinto DINELLY; Nathalia Bandeira
de Mello da ESCOSSIA; Maria da Glória Almeida MARTINS
breno_cmartins@hotmail.com
Objetivo: Investigar a prevalência e distribuição de quartos molares
em relação a gênero, localização e número de supranumerários por
indivíduo.
Metodologia: A amostra foi obtida dos laudos de pacientes de uma
clínica de radiologia odontológica. Inicialmente, se realizou um
estudo observacional transversal, fazendo-se a busca com o termo
“supranumerário” num arquivo de 20 mil laudos de radiografias
panorâmicas e seriografias.
Resultados: Ao investigar todos os tipos de supranumerários,
verificou-se que a ocorrência de quartos molares compreendia
indivíduos entre 10 e 42 anos. Adotou-se como critério de inclusão,
avaliar somente indivíduos que estivessem nesta faixa de idade,
ficando a amostra reduzida a 8347 laudos. Observou-se a prevalência
de quartos molares em 1,75%, constatando maior ocorrência no
gênero feminino (62,7%), sendo a maxila, o local mais prevalente
(83,20%). Dos indivíduos acometidos pela anomalia, 72,34%
apresentavam apenas um quarto molar; 23,40%, dois quartos
molares; 3,20%, três quartos molares e 1,06%, quatro quartos
molares. C
Conclusão: A população estudada apresentou prevalência próxima
dos resultados relatados na literatura e que o diagnóstico clínico é
possível desde que seja realizado o exame radiográfico
complementar.
EP – 386 - Ameloblastomas desmoplásicos, lesões híbridas ou
áreas focais em ameloblastomas convencionais - Estudo
retrospectivo
Giovana Medeiros FULCO; Danyelle de Lemos Santos CORTEZ;
Cassiano Francisco W eege NONAKA; Lélia Batista de SOUZA;
Márcia Cristina da Costa MIGUEL; Leão Pereira PINTO
giovana_fulco@hotmail.com
Objetivo: Analisar os achados clínico-patológicos de
ameloblastomas diagnosticados no Serviço de Anatomia Patológica
da Disciplina de Patologia Oral da UFRN.
Metodologia: Dados referentes à idade, sexo, localização anatômica
e características clínicas das lesões foram obtidos em fichas de
requisição de biópsia. Para o estudo microscópico, cortes histológicos
corados em hematoxilina e eosina foram avaliados sob microscopia
de luz.
Resultados: Dos 55 casos identificados, 28 (50,9%) afetaram
mulheres e 27 (49,1%) acometeram homens. A média de idade ao
diagnóstico foi de 37,9 anos. Cinqüenta e quatro casos (98,2%)
acometeram a mandíbula e apenas 1 caso (1,8%) foi identificado
na maxila. Foram observados 32 casos (58,2%) na região posterior
dos ossos gnáticos, 8 casos (14,5%) em região anterior e 9 casos
(16,4%) em regiões anterior e posterior. A maioria das lesões (58,2%)
era assintomática. O tempo médio de evolução foi de 2,8 anos e o
diâmetro médio das lesões foi de 4,2cm. Cinqüenta casos (90,9%)
foram classificados como ameloblastomas convencionais, 3 (5,5%)
como ameloblastomas desmoplásicos e 2 (3,6%) como lesões
híbridas. Os padrões histológicos folicular (78,2%), plexiforme
(72,7%) e acantomatoso (69,1%) foram os mais freqüentes. Áreas
focais de ameloblastoma desmoplásico foram identificadas em 6
ameloblastomas convencionais (10,9%).
Conclusão: A recente classificação da OMS (2005) descreve o
ameloblastoma desmoplásico como uma variante distinta e designa
os casos em que coexistem ameloblastomas convencionais e
desmoplásicos como lesões híbridas. Porém, os resultados deste
estudo revelam que áreas focais de ameloblastoma desmoplásico
podem ser identificadas em ameloblastomas convencionais.
Área – Farmacologia
F – 367 - Xerostomia em Pacientes Renais Crônicos e o uso de
Anti-hipertensivos
Eloá de Araújo SOUZA; Francineuma Leite TABOSA; Izabela de
Lira BERNARDO; Libia Augusta Maciel GONDIM; Wamberto Vieira
MACIEL; Shirley Suely Soares Veras MACIEL
eloaaraujosouza@hotmail.com
Insuficiência renal crônica é uma doença sistêmica caracterizada
pela redução ou limitação da capacidade de filtração glomerular
dos rins, sendo a hipertensão uma condição prevalente nesta doença
e ambas são coadjuvantes numa relação de causa e efeito. Diversas
classes dos medicamentos anti-hipertensivos causam alterações na
cavidade bucal, principalmente a xerostomia que é definida como
uma alteração quantitativa e/ou qualitativa da saliva que causa
sensação de ressecamento bucal.
Objetivo: Verificar a relação dos anti-hipertensivos e xerostomia
em pacientes insuficientes renais crônicos em hemodiálise do SOS-
RIM e do Centro de Hemodiálise de Caruaru, Pernambuco, Brasil,
no ano de 2008.
Metodologia: Através de um estudo seccional e descritivo, foram
estudadas as seguintes variáveis: sexo, idade, tempo de hemodiálise
e medicação utilizada, por meio de um questionário estruturado,
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa segundo parecer N°
039/07. Para o exame clínico bucal seguiu-se os critérios da
Organização Mundial de Saúde (2000).
Resultados: Participaram do estudo 107 pacientes, sendo a maioria
do sexo masculino (57%), com idade média de 43 anos e com 1 a
5 anos de hemodiálise (52,3%). A xerostomia esteve presente em
65,4% dos pacientes, ressaltando que em 21,5% deles além da
xerostomia foram diagnosticadas a língua saburrosa e a fissurada.
Houve associação estatisticamente significante entre a presença de
xerostomia e o uso de anti-hipertensivos (p