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Dezembro de 2009 - Vol 16 numero 3 - Sociedade Portuguesa de ...

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Rev Port Med Int <strong>2009</strong>; <strong>16</strong>(3)<br />

Enquanto as perdas hemáticas e do<br />

compartimento extra-celular são relativamente<br />

fáceis <strong>de</strong> monitorizar, as perdas <strong>de</strong> plasma<br />

para o interstício são mais difíceis <strong>de</strong> calcular.<br />

Uma vez que estas últimas são, como já<br />

vimos, em maior quantida<strong>de</strong> nas cirurgias<br />

major, a monitorização hemodinâmica assume<br />

maior importância nestes procedimentos.<br />

A monitorização da pré-carga po<strong>de</strong> fazer-se<br />

através <strong>de</strong> Marcadores Estáticos ou<br />

Dinâmicos.<br />

Dentro dos Marcadores Estáticos, mais<br />

frequentemente utilizados no intra-operatório<strong>de</strong>staca-se<br />

se a Pressão Venosa Central (PVC).<br />

São inúmeros os trabalhos que <strong>de</strong>monstram a<br />

fraca correlação entre este e valor e as<br />

alterações do volume ventricular 18 . O seu valor<br />

preditivo <strong>de</strong> resposta ao volume está calculado<br />

em apenas 56% 19 .<br />

Os Marcadores Dinâmicos são <strong>de</strong> maior<br />

utilida<strong>de</strong> 20 .<br />

A utilização <strong>de</strong> Doppler Esofágico em cirurgia<br />

abdominal major, <strong>de</strong>monstrou diminuir a<br />

duração do internamento hospitalar, o ileus<br />

paralítico e a morbilida<strong>de</strong> em particular dos<br />

idosos e doentes com mau estado geral 21,22 .<br />

Também a monitorização intra-arterial arterial através<br />

da análise da onda <strong>de</strong> pulso (PiCO ® , LiDCO ® )<br />

parece ser benéfica em cirurgia abdominal<br />

major 23,24 . Pearse et al 25<br />

<strong>de</strong>monstrou que o<br />

uso <strong>de</strong> LiDCO ® associa-se se a menor incidência<br />

<strong>de</strong> complicações pós-operatórias e à redução<br />

do internamento hospitalar sem influenciar, no<br />

entanto, a mortalida<strong>de</strong>.<br />

Mais importante que a monitorização da précarga,<br />

é saber se esta vai aumentar em<br />

resposta à infusão <strong>de</strong> fluidos. Por outras<br />

palavras, trata-se <strong>de</strong> saber em que ponto da<br />

Curva <strong>de</strong> Starling (fig3) se encontra o nosso<br />

doente. Na porção mais inclinada da curva, um<br />

aumento na pré-carga (reposição hídrica - A)<br />

<strong>de</strong>termina um marcado aumento no débito<br />

cardíaco (B). Na porção mais achatada da<br />

curva, o mesmo aumento da pré-carga<br />

praticamente não altera o débito cardíaco<br />

(C) 26 .<br />

Fig.3. Representação da Curva <strong>de</strong> Starling.<br />

As variações da pressão arterial induzidas<br />

pela ventilação mecânica já <strong>de</strong>monstraram ser<br />

um bom indicador <strong>de</strong> resposta ao volume.<br />

Durante a ventilação com pressão positiva, a<br />

inspiração induz o aumento da pressão intratorácica<br />

com consequente redução da pré-<br />

carga do ventrículo direito, que se traduz em<br />

redução da pré-carga do ventrículo esquerdo<br />

<strong>de</strong>terminando a diminuição do débito cardíaco<br />

que coinci<strong>de</strong> do tempo com a expiração<br />

(figuras 4 e 5).<br />

Fig. 4. Efeitos hemodinâmicos da ventilação por pressão positiva<br />

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