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Dezembro de 2009 - Vol 16 numero 3 - Sociedade Portuguesa de ...

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Rev Port Med Int <strong>2009</strong>; <strong>16</strong>(3)<br />

aórtica). O Doppler pulsado permite a<br />

<strong>de</strong>terminação precisa das características do<br />

fluxo a estudar numa dada localização mas<br />

que tenham velocida<strong>de</strong>s baixas (por exemplo<br />

fluxo <strong>de</strong> câmara <strong>de</strong> entrada e <strong>de</strong> trato <strong>de</strong> saída<br />

do ventrículo esquerdo).<br />

O movimento da pare<strong>de</strong> miocárdica é avaliado<br />

por Doppler tecidular, que tem o seu papel na<br />

avaliação da função diastólica e da avaliação<br />

sistólica regional.<br />

AVALIAÇÃO DO ÍNDICE CARDÍACO<br />

A falência circulatória, frequente em cuidados<br />

intensivos, po<strong>de</strong> ser avaliada, <strong>de</strong> forma<br />

seriada, pelo índice cardíaco. O débito<br />

cardíaco (DC) po<strong>de</strong> ser avaliado pela medição<br />

dos volumes ventriculares e por Doppler. A<br />

ecocardiografia bidimensional subestima os<br />

volumes do ventrículo esquerdo por má<br />

aquisição do longo eixo do ventrículo esquerdo<br />

(VE), no entanto o volume sistólico e a fracção<br />

<strong>de</strong> ejecção são correctos uma vez que ambos<br />

os volumes telediastólico e telessistólico do VE<br />

são subestimados (10). O cálculo do DC por<br />

Doppler, na ausência <strong>de</strong> valvulopatia, parece<br />

ser mais exacto, com menor taxa <strong>de</strong> erro, a<br />

nível da válvula aórtica ou do trato <strong>de</strong> saída do<br />

VE do que noutros locais (11), nomeadamente<br />

válvula mitral, trato <strong>de</strong> saída do ventrículo<br />

direito (VD) ou artéria pulmonar (12).<br />

Me<strong>de</strong>-se o diâmetro (d) valvular aórtico (em<br />

paraesternal, imediatamente abaixo da<br />

inserção dos folhetos valvulares) e o VTI<br />

(integral velocida<strong>de</strong> tempo em 5c).<br />

O volume sistólico (VS) =<br />

área valvular aórtica x VTI = 3.14 x (d/2) 2 x VTI<br />

Sendo o débito cardíaco =<br />

Frequencia cardiaca (FC) x VS<br />

Esta avaliação po<strong>de</strong> ser repetida sempre que<br />

necessário – sobretudo se em ecocardiografia<br />

transtorácica – sem qualquer risco para o<br />

doente. Será assim possível avaliar a evolução<br />

ao longo do tempo em função da situação<br />

clínica e das medidas terapêuticas entretanto<br />

tomadas.<br />

ESTUDO DE PRECARGA<br />

A avaliação da precarga por meio <strong>de</strong><br />

quantificação da resposta ao preenchimento<br />

vascular através da aquisição <strong>de</strong> uma área<br />

telediastólica ventricular esquerda, não é<br />

possível na maior parte dos doentes<br />

internados em Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cuidados<br />

Intensivos (UCI) (13).<br />

Para uma <strong>de</strong>terminada pressão <strong>de</strong> enchimento<br />

do VE, a dimensão telediastólica do VE<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da sua compliance, que po<strong>de</strong> ser<br />

bastante variável nos doentes críticos (14).<br />

Por outro lado a compliance ventricular não é<br />

estática, po<strong>de</strong>ndo ser rapidamente alterada<br />

em caso <strong>de</strong> patologia coronária aguda,<br />

sobrecarga hídrica, entre outros factores.<br />

Também as alterações estruturais cardíacas<br />

prévias (miocardiopatia dilatada, hipertrofia,<br />

alterações segmentares da contractilida<strong>de</strong>)<br />

invalidam a utilização da dimensão<br />

telediastólica do VE, como um indicador fiável<br />

<strong>de</strong> precarga.<br />

O Doppler cardíaco tem um papel importante<br />

na avaliação da resposta ao volume.<br />

A avaliação da variação da velocida<strong>de</strong> do fluxo<br />

<strong>de</strong> sangue aórtico a nível do trato <strong>de</strong> saída do<br />

VE, por Doppler pulsado, permite predizer<br />

quais os respon<strong>de</strong>dores ao volume (15): a<br />

variação respiratória da velocida<strong>de</strong> do fluxo<br />

aórtico superior a 12%, tem um valor preditivo<br />

positivo <strong>de</strong> 91%, feita por ETE (<strong>16</strong>) De<br />

salientar que variações da velocida<strong>de</strong> do fluxo<br />

aórtico 50% na maior parte dos<br />

respon<strong>de</strong>dores e 50% =><br />

PAD = 5-10 mmHg<br />

• Diâmetro 1,5-2,5cm – colapso <br />

PAD = 10-15 mmHg<br />

• Diâmetro> 2,5 cm – colapso PAD<br />

= 15–20 mmHg<br />

Diâmetro> 2,5 cm com dilatação das veias<br />

hepáticas => PAD = 20 mmHg<br />

De igual modo a variação do diâmetro das VCI<br />

em função da ventilação mecânica po<strong>de</strong><br />

permitir aferir da existência <strong>de</strong> eventual<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> preenchimento vascular (18).<br />

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