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Livro Branco - Parte 3 - Ministério da Previdência Social

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entre os demais servidores não encontra respaldo previdenciário, pois os professores não têm uma jorna<strong>da</strong> de trabalho<br />

mais exaustiva do que a <strong>da</strong>s demais categorias profissionais. O freqüente reingresso destes profissionais no mercado de<br />

trabalho comprova que eles permanecem em plena posse de sua capaci<strong>da</strong>de laborativa.<br />

Quando do encaminhamento <strong>da</strong> proposta de emen<strong>da</strong> que resultou na Emen<strong>da</strong> Constitucional n.º 20/98, já se propusera<br />

tratamento igualitário de todos os professores aos demais trabalhadores. Contudo, na aprovação <strong>da</strong> Emen<strong>da</strong>, adotou-se<br />

a igual<strong>da</strong>de de tratamento apenas aos professores universitários. Os baixos salários auferidos pelos demais professores e<br />

as condições de trabalho foram utilizados como justificativa para a concessão <strong>da</strong> aposentadoria precoce. O resultado<br />

dessa política é que este professor aposenta-se cedo, com um valor baixo de benefício e, para sobreviver com digni<strong>da</strong>de,<br />

é obrigado a voltar ao mercado de trabalho.<br />

A aposentadoria, como benefício previdenciário, não pode ser ofereci<strong>da</strong> ao professor como forma de compensação por<br />

outras circunstâncias desfavoráveis a que está submetido. Ao contrário, deve ser busca<strong>da</strong> a remuneração digna e o<br />

benefício devido. Precisa-se adotar medi<strong>da</strong>s que valorizem sua carreira e assegurem condições adequa<strong>da</strong>s de trabalho,<br />

mas sem perder de vista que, com o aumento <strong>da</strong> expectativa de vi<strong>da</strong> do brasileiro, providências devem ser adota<strong>da</strong>s para<br />

garantir a solvência dos regimes próprios de previdência social.<br />

5.2.2.4. Benefício de pensão por morte<br />

Dentre os critérios diferenciados existentes na previdência dos servidores públicos, um causa grande desequilíbrio nos<br />

regimes próprios de previdência social dos servidores públicos: a pensão com proventos integrais. Este critério não<br />

encontra equivalência em nenhum outro sistema previdenciário no mundo.<br />

No próprio texto constitucional, alterado pela Emen<strong>da</strong> Constitucional n.º 20/98, já existe previsão para concessão de<br />

pensão com valor proporcional em algumas hipóteses, diferentemente do texto original, no qual estava expresso<br />

que o benefício <strong>da</strong> pensão por morte correspondia à totali<strong>da</strong>de dos vencimentos ou proventos do servidor falecido,<br />

independentemente <strong>da</strong> causa do óbito. Na nova re<strong>da</strong>ção, estabelece-se que lei disporá sobre a concessão do<br />

benefício <strong>da</strong> pensão por morte, que será igual ao valor dos proventos do servidor falecido ou ao valor dos proventos<br />

a que teria direito o servidor em ativi<strong>da</strong>de na <strong>da</strong>ta de seu falecimento.<br />

Apesar do avanço obtido pela Emen<strong>da</strong> Constitucional n.º 20/98 em relação ao benefício de pensão, ain<strong>da</strong> se faz<br />

necessária alteração nos critérios do cálculo do valor <strong>da</strong> pensão, estabelecendo um limite para este benefício que<br />

poderia situar-se entre 50% a 70% do valor <strong>da</strong> remuneração do servidor ativo e dos proventos do inativo, determinado<br />

por critérios atuariais.<br />

5. PROPOSTAS DE MUDANÇAS PARA O FUTURO<br />

Finalizando, resta claro que conceitos atualmente adotados ain<strong>da</strong> estão impregnados de valores e deman<strong>da</strong>s do<br />

passado, motivo pelo qual os gestores previdenciários precisam nortear suas ações vinculando-as a novos paradigmas<br />

baseados na responsabili<strong>da</strong>de previdenciária.

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