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Plano de Desenvolvimento Institucional - Universidade Estadual de ...

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As três primeiras décadas <strong>de</strong> colonização <strong>de</strong> Londrina e região – período que<br />

compreen<strong>de</strong> o início dos anos 1930 a 1959 – foram responsáveis por um crescimento econômico<br />

e populacional notáveis na região conhecida como norte novo do Paraná. Esse período tem um<br />

sentido “inaugural” para a região que foi colonizada por capitais ingleses associadas a capitais<br />

nacionais (paulista e mineiro), tendo à frente <strong>de</strong>sse processo a Companhia <strong>de</strong> Terras Norte do<br />

Paraná (CTNP), que estabeleceu um “compliance” político com o governo do Paraná.<br />

Esse projeto foi responsável pela ocupação <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 500.000 alqueires <strong>de</strong> terras na<br />

região conhecida como norte novo do Paraná, tendo Londrina como se<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse empreendimento<br />

e dos escritórios da Companhia, no seu início.<br />

Passado um breve, porém intenso, período <strong>de</strong> exploração da ma<strong>de</strong>ira, o projeto<br />

<strong>de</strong>finiu a cafeicultura como a principal ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma frente <strong>de</strong> expansão capitalista, um tipo <strong>de</strong><br />

ocupação racional com ações planejadas para o campo e a criação <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s. O primeiro<br />

dividido em pequenos e médios lotes rurais colocados à venda aos colonos atraídos pela<br />

propaganda realizada pela Companhia no país e no exterior, e as segundas projetadas ao longo<br />

do principal espigão por on<strong>de</strong> passava a rodovia e a ferrovia, com o objetivo <strong>de</strong> dar vazão à<br />

produção agrícola.<br />

Ao final dos anos 1950, a região contava com 1 milhão e 800 mil habitantes (34% da<br />

população do Paraná) e seus cafeeiros, em 1959, produziram 20 milhões e 691 mil sacas <strong>de</strong> café.<br />

Em 1960, Londrina havia se firmado como núcleo urbano e centro irradiador <strong>de</strong> serviços para toda<br />

a região, com uma população <strong>de</strong> 130.000 habitantes, inferior apenas a Curitiba e Porto Alegre na<br />

região sul.<br />

É nessa conjuntura regional, <strong>de</strong> superprodução cafeeira acompanhada por queda dos<br />

preços do produto – o que indicava o esgotamento da cafeicultura no Brasil e norte do Paraná –,<br />

que surgem as primeiras faculda<strong>de</strong>s em Londrina: a Faculda<strong>de</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>de</strong> Filosofia, Ciências e<br />

Letras e a Faculda<strong>de</strong> <strong>Estadual</strong> <strong>de</strong> Direito, ambas criadas em 1956, com autorização para<br />

funcionamento em 1958. Um momento em que o Governo JK, através do <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Metas, <strong>de</strong>finiu<br />

a industrialização como uma das principais metas a ser atingida, secundarizando a agricultura.<br />

A década <strong>de</strong> 50, em seus meados, é marcada pela implantação do chamado<br />

nacional-<strong>de</strong>senvolvimentismo <strong>de</strong> JK, com uma indústria <strong>de</strong> base que exigia, além<br />

<strong>de</strong> obras <strong>de</strong> infraestrutura, intensa soma <strong>de</strong> capital. A continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa política<br />

econômica, na década seguinte, acarretou intensa concentração da proprieda<strong>de</strong>,<br />

do capital e da renda, e a unificação das economias regionais em único mercado –<br />

o mercado nacional [...].<br />

As mudanças ocasionadas por esse novo mo<strong>de</strong>lo estreitaram as vias tradicionais <strong>de</strong><br />

ascensão social das camadas médias, até então conquistada através <strong>de</strong> pequenos investimentos,<br />

do exercício profissional autônomo e do serviço público, exigindo, agora, maior escolarida<strong>de</strong>.<br />

No início da década <strong>de</strong> 1970, Londrina implantou mais uma faculda<strong>de</strong>, a Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>Estadual</strong> <strong>de</strong> Odontologia (1962) e em 1965, o projeto <strong>de</strong> criação do curso <strong>de</strong> Medicina, que vinha<br />

sendo discutido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1956 pela Associação Médica <strong>de</strong> Londrina, torna-se realida<strong>de</strong> por meio da<br />

criação da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina Norte do Paraná, com início <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s em 1966<br />

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