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Diz-lhe Jesus : Sou eu, aquele que fala contigo - Equipes Notre-Dame

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COLLEGE ROMA<br />

21 de janeiro de 2009<br />

P.Angelo Epis<br />

o Cristo. … Espero <strong>que</strong> cada um de vocês experimente a fome do Evangelho o dia em <strong>que</strong> não o ler”.<br />

(LETTRE MENSUELLE DES ÉQUIPES NOTRE-DAME VIème année, n° 3 - Décembre 1952).<br />

A leitura de p. Caffarel nos fornesce algumas indicações para redescobrir, valorizar ou aperfeiçoar.<br />

Com certeza a Palavra de D<strong>eu</strong>s, e <strong>fala</strong>remos logo, mas também:<br />

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O silêncio. “Fazer silêncio é difícil no nosso mundo terrivelmente baru<strong>lhe</strong>nto. Não falo só dos<br />

barulhos materiais, mas de todos <strong>a<strong>que</strong>le</strong>s elementos, novidades sensacionais, … Todavia o<br />

silêncio interior é possível. Para chegar, é necessário exercitar-se com paciência e delicadeza.<br />

Os meios violentos nunca foram bons meios de pacificação. Trata-se, sem dúvida, da<br />

pacificação com a qual todas as nossas faculdades se tornam disponíveis a D<strong>eu</strong>s, prontas à<br />

escuta. Este último termo evoca uma qualidade típica do silêncio: o recolhimento. É uma<br />

atenção vigilante pronta a co<strong>lhe</strong>r a voz interior”. L’Anneau d’Or ; Mai–Août 1957; Seign<strong>eu</strong>r,<br />

apprends-nous à prier ; Lettres sur l’Oraison, La légende du chevrotin, page 227.<br />

Superar o formalismo. « Também <strong>a<strong>que</strong>le</strong> <strong>que</strong> dá todos os s<strong>eu</strong>s bens aos pobres pode ser um<br />

tambor, vazio e baru<strong>lhe</strong>nto, nos diz S. Paulo. Para ser justos aos olhos de D<strong>eu</strong>s não basta<br />

conformar-se a alguns mandamentos, é preciso ter dentro de si o Espírito Santo e a caridade<br />

<strong>que</strong> se encontra nos nossos corações. Ai do homem virtuoso, zeloso, austero, heróico, se se<br />

compraz de si mesmo, se não se reconhece pecador… se não se abre ao Salvador”.<br />

A oração. Após algumas considerações sobre o publicano e o faris<strong>eu</strong> no templo diz: “A sua<br />

segurança é ilusória se não houver D<strong>eu</strong>s como fundamento. Estou convidando a deixar as<br />

<strong>Equipes</strong>? Certamente não, porém estou convidando a recorrer ao meio <strong>que</strong> pode salvar do<br />

farisaísmo: a oração. A oração autêntica é o único contraveneno conhecido. Eis por<strong>que</strong> um<br />

grupo religioso <strong>que</strong> não é uma escola de oração é terrivelmente perigoso: nada mais é do <strong>que</strong><br />

uma fábrica de faris<strong>eu</strong>s. …Na verdade, se depois de dois ou três anos de vida em equipe não<br />

aprenderam a rezar e não dão à oração um lugar de desta<strong>que</strong> na sua vida, vocês não se<br />

livrarão do farisaísmo. … Eu falo da oração verdadeira, prolongada, ela tem uma magnífica<br />

virtude para guiar-nos na descoberta de D<strong>eu</strong>s e de nós mesmos, da santidade de D<strong>eu</strong>s e da<br />

nossa necessidade de ser salvos”. (LETTRE MENSUELLE DES ÉQUIPES NOTRE-DAME 11°<br />

Année N° 4 – Janvier 1958).<br />

O seguimento de <strong>Jesus</strong>. « O ideal evangélico não è, unicamente e antes de tudo, um conjunto<br />

de doutrinas a serem adotadas, mas Alguém para seguir. Seguir, isto é aprender a pensar, agir,<br />

viver com Ele e como Ele. Este Alguém não é um homem de meias medidas, nem de<br />

compromissos. É o homem de um único amor e pede o mesmo aos s<strong>eu</strong>s discípulos… Sim, o<br />

Cristo pede tudo… entre ele e o discípulo a intimidade se estabelece no nível de um dom total<br />

recíproco. Mas <strong>que</strong>m diz dom total diz, ao mesmo tempo, renúncia. …Eis o ideal evangélico. Ele<br />

se impõe em todos os estágios da vida. Às pessoas casadas assim como aos demais. Não<br />

existe uma vida cristã com um desconto para as pessoas fracas. … No e para o s<strong>eu</strong> amor, o<br />

homem e a mu<strong>lhe</strong>r podem e devem chegar ao dom total a <strong>Jesus</strong> Cristo. É para <strong>que</strong> eles<br />

realizem este ideal <strong>que</strong> o Senhor fez do matrimônio um sacramento, isto é una realidade<br />

humana habitada e entrelaçada pela Caridade divina, a qual – como um potente fermento<br />

permite ao casal realizar aquilo <strong>que</strong> parece impossível ao homem, mas é possível a D<strong>eu</strong>s».<br />

(LETTRE MENSUELLE DES ÉQUIPES NOTRE-DAME XVI° année – n. 2 – novembre 1962).<br />

- Os percursos da fé.<br />

O percurso da mu<strong>lhe</strong>r desemboca numa nova situação relacional e, contagiada pelo movimento de<br />

<strong>Jesus</strong>, alarga o círculo de aproximação. A Samaritana aparece como «uma mu<strong>lhe</strong>r de Samaria » e sai como<br />

conhecedora da fonte de « água viva », ciente de ser procurada pelo Pai <strong>que</strong> <strong>que</strong>r fazer dela uma<br />

adoradora. A sua identidade transformada faz dela uma evangelizadora <strong>que</strong>, através de s<strong>eu</strong> testemunho,<br />

consegue fazer com <strong>que</strong> muitos se aproximem de <strong>Jesus</strong> e creiam nEle. A<strong>que</strong>la <strong>que</strong> <strong>fala</strong>va em « tirar a água<br />

» como uma tarefa <strong>que</strong> re<strong>que</strong>r esforço e trabalho, abandona agora o s<strong>eu</strong> pote: <strong>Jesus</strong> <strong>lhe</strong> revelou um dom<br />

<strong>que</strong> não re<strong>que</strong>r nenhuma troca e <strong>que</strong> <strong>lhe</strong> é dado gratuitamente. Como uma água « <strong>que</strong> jorra pela vida<br />

eterna », uma corrente de gratuidade percorre o texto e transfigura os personagens: a mu<strong>lhe</strong>r, depois de<br />

sua tentativa de levar a <strong>Jesus</strong> o s<strong>eu</strong> povo, os s<strong>eu</strong>s familiares, se retira e deixa <strong>que</strong> sejam eles mesmos a<br />

descobri-lo e a crer sozinhos e não pelo s<strong>eu</strong> testemunho. Foi guiada até a sua própria interioridade, através<br />

de um percurso paciente <strong>que</strong> a fez passar da dispersão à unificação e ela, discípula deste Mestre, atrai e<br />

conduz a ele as pessoas de s<strong>eu</strong> povo.<br />

A mu<strong>lhe</strong>r, ao deixar o pote no poço, por<strong>que</strong> da<strong>que</strong>la água não precisa mais, por<strong>que</strong> o dom é um<br />

"Outro", agora não tem nenhum temor em ir contar sobre o <strong>que</strong> <strong>Jesus</strong> <strong>lhe</strong> falou: sinal de uma real mudança.<br />

Indo até os concidadãos, ela os convida a ir a <strong>Jesus</strong>: os Samaritanos deverão fazer, por sua vez, a sua<br />

escolha, e a cumprirão não apenas pela intervenção da mu<strong>lhe</strong>r, mas por ter conhecido pessoalmente <strong>Jesus</strong>.<br />

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