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Diz-lhe Jesus : Sou eu, aquele que fala contigo - Equipes Notre-Dame

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COLLEGE ROMA<br />

indicações:<br />

<br />

21 de janeiro de 2009<br />

P.Angelo Epis<br />

Remetendo-nos à mensagem de Lourdes 2006 nos perguntamos se procuramos realizar algumas<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Devemos tomar todas as iniciativas necessárias para ajudar os equipistas e o Movimento a ficar<br />

na escuta dos sinais dos tempos, a aprender a comunicar e a dialogar sobre a espiritualidade<br />

conjugal e familiar.<br />

Os ouvidos e os olhos abertos para tudo o <strong>que</strong> acontece no mundo, atentos para aquilo <strong>que</strong><br />

alguns chamam “a profecia do mundo”, receptivos a tudo aquilo <strong>que</strong> vem de D<strong>eu</strong>s para<br />

perceber e valorizar o <strong>que</strong> é bom: estas são as <strong>Equipes</strong> de Nossa Senhora. Elas perseguem e<br />

intensificam as pesquisas sobre todos os aspectos inerentes ao matrimônio e, em particular,<br />

sobre o s<strong>eu</strong> caráter sacramental. Sejamos aco<strong>lhe</strong>dores com a realidade de vida dos irmãos e<br />

irmãs viúvos e viúvas.<br />

Procuremos também o modo de estar perto d<strong>a<strong>que</strong>le</strong>s <strong>que</strong> enfrentam a crise, com a falência do<br />

casal; abramos o nosso coração e tomemos iniciativas para <strong>que</strong> nasçam e se desenvolvam<br />

grupos ou movimentos específicos <strong>que</strong> respondam às novas situações destes casais.<br />

Forneçamos o nosso apoio aos casais <strong>que</strong> a crise ainda não separou totalmente e <strong>que</strong> podem<br />

comprometer-se em trilhar um caminho para “reencontrar-se”.<br />

Nossa preocupação constante é uma atenção particular aos jovens: atenção à<strong>que</strong>les <strong>que</strong> estão<br />

longe da Igreja, à<strong>que</strong>les <strong>que</strong> recomeçam, à<strong>que</strong>les <strong>que</strong> não conhecem Cristo e o Evangelho,<br />

à<strong>que</strong>les para os quais o matrimônio não tem um significado claro e essencial; isto indica <strong>que</strong><br />

estamos a serviço da Boa Nova do amor entre o homem e a mu<strong>lhe</strong>r e encarregados de levá-la<br />

ao mundo.<br />

Façamos agora uma síntese à luz do capítulo 4 de João:<br />

A fé dos discípulos: "Quando ressuscitou da morte, os discípulos recordaram <strong>que</strong> ele havia dito<br />

isso e creram na Escritura e nas palavras de <strong>Jesus</strong>" (2,22). O nosso percurso na história está<br />

sujeito ao trabalho da pesquisa, feita com esperança, mas é só diante do dom de <strong>Jesus</strong> na cruz<br />

e na ressurreição, centro do plano de D<strong>eu</strong>s testemunhado pelas Escrituras, <strong>que</strong> nasce<br />

realmente a fé do discípulo.<br />

O caminho da fé comporta realmente a instauração de uma vida nova, sob a ação do Espírito<br />

<strong>que</strong> sopra onde <strong>que</strong>r. Eis os s<strong>eu</strong>s três passos: ver os sinais, escutar a Palavra, contemplar e<br />

aco<strong>lhe</strong>r o amor de <strong>Jesus</strong>.<br />

Ter fé em <strong>Jesus</strong> não é apenas uma <strong>que</strong>stão teórica, mas significa atuar a Verdade, fazer a<br />

Verdade, isto é estar disponíveis para permitir <strong>que</strong> a vida se torne "verdadeira" da Verdade de<br />

<strong>Jesus</strong>. A fé cresce e se torna madura se a Verdade de Cristo transforma a nossa existência a tal<br />

ponto <strong>que</strong> nela se faça verdade. Se houver os fechamentos radicais e profundos <strong>que</strong> às vezes<br />

blo<strong>que</strong>iam o coração, não se chega à luz de Cristo.<br />

2. Na escuta de D<strong>eu</strong>s: Como Maria, palavra e oração.<br />

Um tema caro ao p. Caffarel era a devoção a Maria. Nos chamamos Nossa-Senhora não por acaso.<br />

Henri Caffarel mostrou a sua confiança na sua intercessão. Num editorial (citação de p. Fleischmann), onde<br />

ele parte do fato <strong>que</strong> o próprio Cristo ama sua Mãe, “entre todas as criaturas, de um amor de predileção:<br />

antes depois do Pai. Este amor da virgem não pode não estar em mim se estou unido a Cristo? …Mas<br />

atenção! Este amor por Maria não é um sentimento fraco: é admiração diante da radiosa e mais santa das<br />

criaturas, é reconhecimento filial para a mais Mãe de todas as mães, é vontade ativa de <strong>lhe</strong> agradar, de<br />

ajudá-la na sua tarefa, <strong>que</strong> é precisamente de maternidade perto de todos os homens. …”(carta de maio de<br />

1952). Maria é de qual<strong>que</strong>r forma o ícone mais adequado para o <strong>que</strong> foi descrito até aqui. Ela vive o<br />

Mistério no esforço constante de co<strong>lhe</strong>r o s<strong>eu</strong> significado na variedade das experiências em <strong>que</strong> está<br />

envolvida e <strong>que</strong> constituem a sua história. «Maria, porém, conservava todas estas coisas meditando-as em<br />

s<strong>eu</strong> coração» (Lc 2,19).<br />

A de Maria é antes de tudo uma memória: «conservava». Maria guarda com cuidado os fatos concretos <strong>que</strong><br />

<strong>lhe</strong> acontecem no tempo e no espaço determinados onde está vivendo, por<strong>que</strong> é aqui <strong>que</strong>, para ela, se<br />

manifesta a vontade divina. Mas não se limita a conservá-los: medita-os. O verbo grego <strong>que</strong> o evangelista<br />

utilizou para indicar esta mediação é symballein, <strong>que</strong> literalmente <strong>que</strong>r dizer unir, ligar. É a obra da razão,<br />

<strong>que</strong> de uma multiplicidade de elementos extrai um único fio, estabelecendo nexos causais, captando analogias,<br />

identificando constantes. Maria, na sua fé, refletia. E, nesta reflexão, também ela, como s<strong>eu</strong> filho,<br />

crescia. O episódio da perda de <strong>Jesus</strong> em Jerusalém e de s<strong>eu</strong> reencontro no Templo, com o relato da<br />

reação dos pais, nos adverte <strong>que</strong> este crescimento foi gradativo e marcado, como convém a um ser<br />

humano, por pausas, voltas, incertezas: « Mas eles não compreenderam as suas palavras» (Lc 2,50).<br />

São Tomás escrevia <strong>que</strong> «a felicidade plena do homem consiste de uma visão sobrenatural de D<strong>eu</strong>s. A ela,<br />

porém, o homem não pode chegar a não ser da mesma forma de um discípulo <strong>que</strong> aprende de D<strong>eu</strong>s. (...)<br />

Ora, o homem não assimila este ensinamento imediatamente, ma gradativamente, de acordo com a sua<br />

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