11.11.2014 Views

24. qualidade da imagem quanto ao tempo de leitura da radiografia ...

24. qualidade da imagem quanto ao tempo de leitura da radiografia ...

24. qualidade da imagem quanto ao tempo de leitura da radiografia ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA<br />

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE<br />

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA<br />

ANNA DÉBORA ARAÚJO LOURENÇO<br />

QUALIDADE DA IMAGEM QUANTO AO TEMPO DE LEITURA DA RADIOGRAFIA<br />

EM NEGATOSCÓPIO APÓS INTERRUPÇÃO DA FIXAÇÃO<br />

João Pessoa<br />

2009


ANNA DÉBORA ARAÚJO LOURENÇO<br />

QUALIDADE DA IMAGEM QUANTO AO TEMPO DE LEITURA DA RADIOGRAFIA<br />

EM NEGATOSCÓPIO APÓS INTERRUPÇÃO DA FIXAÇÃO<br />

Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong><br />

Curso apresentado <strong>ao</strong> Curso <strong>de</strong><br />

Graduação em Odontologia <strong>da</strong><br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong><br />

Paraíba, em cumprimento às<br />

exigências para conclusão.<br />

ORIENTADORA:PROFª. DRª. MARIA LUÍZA DOS ANJOS PONTUAL<br />

João Pessoa<br />

2009


L892q Lourenço, Anna Débora Araújo.<br />

Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> <strong>quanto</strong> <strong>ao</strong> <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> <strong>leitura</strong> <strong>da</strong> <strong>radiografia</strong> em negatoscópio<br />

após interrupção <strong>da</strong> fixação / Anna Débora Araújo Lourenço - - João Pessoa: [s. n.],<br />

2009.<br />

73 f.<br />

Orientadora: Maria Luíza dos Anjos Pontual.<br />

Monografia (Graduação) – UFPB/CCS<br />

1. Odontologia. 2. Radiografia <strong>de</strong>ntária 3. Densitometria.<br />

4.Controle <strong>de</strong> <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>.<br />

UFPB/BC<br />

616.314(043.2)<br />

CDU:


Dedico esta conquista <strong>ao</strong>s meus queridos<br />

pais, pela sua paciência, força e incentivo em<br />

todos os momentos e por sempre acreditarem que<br />

eu seria capaz <strong>de</strong> realizar este sonho.


AGRADECIMENTOS<br />

Á Deus,<br />

Primeiramente a Ele a minha gratidão pela eterna fi<strong>de</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> e amor incondicional. Ele sempre fez por mim<br />

muito mais do que pedi, pensei ou até mesmo imaginei. Tenho experimentado a ca<strong>da</strong> dia o <strong>de</strong>rramar <strong>da</strong> graça<br />

do Senhor na minha vi<strong>da</strong> me aju<strong>da</strong>ndo a trilhar os caminhos que levaram até on<strong>de</strong> hoje eu estou. Os planos<br />

<strong>de</strong> Deus são bem maiores que os meus.<br />

Mas, pela graça <strong>de</strong> Deus, sou o que sou,... (I CO 15:10a)<br />

Obriga<strong>da</strong> Senhor!<br />

Aos meus avós,<br />

Obriga<strong>da</strong> pelo apoio e incentivo durante minha vi<strong>da</strong> en<strong>quanto</strong> estavam aqui do nosso lado!<br />

Aos meus amados pais Jair e Marinei<strong>de</strong>,<br />

Obriga<strong>da</strong> pela imensa <strong>de</strong>dicação. Agra<strong>de</strong>ço pela compressão, por ter lutado e sonhado comigo, por não ter<br />

<strong>de</strong>ixado que eu <strong>de</strong>sanimasse. Obriga<strong>da</strong> por ter me <strong>da</strong>do a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar este sonho, pelas vezes em<br />

que vocês abdicaram <strong>de</strong> alguma coisa pela minha formação, obriga<strong>da</strong> por me orientar sempre o caminho que<br />

vocês acreditavam ser o melhor com tanto amor e carinho. Obriga<strong>da</strong> pelo exemplo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> que vocês<br />

representam para mim. Louvo a Deus pela vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> vocês!<br />

A minha irmã Kátia Danielle<br />

D<br />

anielle,<br />

Minha irmã mais velha, batalhadora, guerreira, <strong>de</strong>dica<strong>da</strong>, esforça<strong>da</strong>, aquela que sempre para mim foi<br />

exemplo <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação. Cumpriu seu papel, com seu companheirismo e amiza<strong>de</strong>, me <strong>da</strong>ndo seus conselhos e<br />

com certeza sempre torcendo por mim, pelo meu sucesso. Obriga<strong>da</strong> por me passar tudo isso, mesmo distante<br />

nesta etapa final!<br />

Ao meu amado Bruno<br />

Obriga<strong>da</strong> por sempre ter estado <strong>ao</strong> meu lado, por dividir comigo planos, sonhos e incertezas, por me aju<strong>da</strong>r a<br />

enfrentar as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s, pela preocupação em todos os momentos e pela sua presença que sempre me faz tão<br />

bem. Obriga<strong>da</strong>, meu amor, por sua compreensão com minhas ausências e obrigado também por me <strong>de</strong>ixar<br />

fazer parte <strong>de</strong> sua vi<strong>da</strong>.<br />

Agra<strong>de</strong>cimento especial a minha incentivadora e orientadora Dra. Maria Luíza dos Anjos Pontual,<br />

Exemplo <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação, com exigência proporcional <strong>ao</strong> conhecimento. Obriga<strong>da</strong> pelo apoio, incentivo e<br />

paciência e amiza<strong>de</strong>. Obriga<strong>da</strong> também pelas oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalhar contigo durante todo este <strong>tempo</strong> na<br />

monitoria, PIBITI e monografia. Estar do seu lado nesse <strong>tempo</strong> me fez crescer muito. Ca<strong>da</strong> atitu<strong>de</strong>, ca<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>cisão, ca<strong>da</strong> opinião, ca<strong>da</strong> palavra <strong>da</strong><strong>da</strong> foi um aprendizado para mim. Agra<strong>de</strong>ço sinceramente por sua<br />

brilhante orientação em todos os trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos. Deixo aqui em palavras meu carinho, admiração e<br />

agra<strong>de</strong>cimento!


Às s minhas<br />

m<br />

amigas,<br />

Agra<strong>de</strong>ço em especial, a Dayane, Danielle, Esther, Gesira, Jamile pelos sorrisos, confusões, gargalha<strong>da</strong>s, por<br />

fazerem parte <strong>da</strong> minha vi<strong>da</strong> e por me <strong>da</strong>rem o prazer <strong>de</strong> dividir com vocês um pouco <strong>da</strong> minha história.<br />

Obriga<strong>da</strong>!<br />

Ao Departamento <strong>de</strong> Energia Nuclear (DEN)<br />

Agra<strong>de</strong>ço <strong>ao</strong> DEN- UFPE, na pessoa <strong>da</strong> professora Helen Khoury, pela disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> realização <strong>da</strong><br />

pesquisa.<br />

Aos professores responsáveis pela Clínica <strong>de</strong> Endodontia <strong>da</strong> UFPB, Ângelo, Fábio e Juan Ramon<br />

Obriga<strong>da</strong> pela atenção, pela paciência, pela oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, pelo carinho e amiza<strong>de</strong>. Obriga<strong>da</strong> também pela<br />

contribuição na minha formação profissional <strong>de</strong>spertando em mim o interesse na Endodontia.<br />

À professora Andréa dos Anjos Pontual<br />

Agra<strong>de</strong>ço por sua contribuição.<br />

Ao professor Leornardo Marconi Cavalcanti <strong>de</strong> Oliveira (Clínica <strong>de</strong> Oclusão)<br />

Obrigado pela sua inestimável amiza<strong>de</strong>, agradável convivência e colaboração durante o curso.<br />

Aos colegas, professores e funcionários <strong>da</strong> UFPB<br />

Obriga<strong>da</strong> pela atenção e incentivo.<br />

E a todos que direta e indiretamente contribuíram para que eu chegasse até aqui!


“Porque eu, o SENHOR teu Deus, te<br />

tomo pela tua mão direita e te digo:<br />

Não temas, que eu te ajudo.”<br />

Isaías 41:13


RESUMO<br />

O objetivo <strong>de</strong>ste estudo foi avaliar, objetivamente, a <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> <strong>quanto</strong><br />

<strong>ao</strong> <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> observação <strong>da</strong> <strong>radiografia</strong> após fixação inicial <strong>de</strong> 5 segundos,<br />

imediatamente após o processamento radiográfico e com seis meses <strong>de</strong><br />

arquivamento <strong>da</strong>s películas. De maneira padroniza<strong>da</strong>, foram obti<strong>da</strong>s 130<br />

<strong>radiografia</strong>s <strong>de</strong> um penetrômetro e uma placa <strong>de</strong> chumbo utilizando filmes<br />

periapicais Insight. Posteriormente, os filmes foram divididos em 13 grupos <strong>de</strong><br />

acordo com o <strong>tempo</strong> em que permaneceriam fora <strong>da</strong> solução fixadora após a<br />

fixação inicial <strong>de</strong> 5 segundos: sem permanência fora <strong>da</strong> solução fixadora (grupo<br />

controle), 40, 50, 60, 70, 80, 90, 100, 110, 120, 130, 140 e 150 segundos fora do<br />

fixador. Em segui<strong>da</strong>, os filmes foram processados pelo método manual<br />

temperatura/<strong>tempo</strong>. Nos grupos experimentais, após a lavagem intermediária, as<br />

películas foram imersas na solução fixadora e, <strong>da</strong>do o <strong>tempo</strong> inicial <strong>de</strong> imersão <strong>de</strong> 5<br />

segundos, foram removi<strong>da</strong>s do fixador e postas contra a luz <strong>de</strong> um negatoscópio.<br />

Decorrido o <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> observação, as películas foram coloca<strong>da</strong>s novamente na<br />

solução fixadora a fim <strong>de</strong> completar o processo <strong>de</strong> fixação. Por meio <strong>de</strong> um<br />

<strong>de</strong>nsitômetro digital, foram mensura<strong>da</strong>s a <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento e, para<br />

cálculo do contraste, as <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do primeiro e último <strong>de</strong>graus do penetrômetro.<br />

As mensurações foram realiza<strong>da</strong>s imediatamente e após seis meses <strong>da</strong> obtenção<br />

<strong>da</strong>s <strong>radiografia</strong>s. A variação dos valores <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento e do<br />

contraste radiográfico entre os grupos foi avalia<strong>da</strong> através do ajuste <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> regressão linear e a intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> associação linear entre o esses grupos foi<br />

avalia<strong>da</strong> pelo coeficiente <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> Pearson. Adotou-se um nível <strong>de</strong><br />

significância <strong>de</strong> 0,05. Os valores <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento e do contraste<br />

radiográfico <strong>da</strong>s <strong>radiografia</strong>s dos grupos experimentais não foram significativamente<br />

diferentes em relação <strong>ao</strong> grupo controle, mesmo após um período <strong>de</strong> 6 meses <strong>de</strong><br />

arquivamento. Concluiu-se que os <strong>tempo</strong>s <strong>de</strong> <strong>leitura</strong> <strong>da</strong> <strong>radiografia</strong> no negatoscópio<br />

não interferem na <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento e no contraste <strong>da</strong> <strong>imagem</strong><br />

radiográfica, mesmo após um período <strong>de</strong> seis meses <strong>de</strong> arquivamento <strong>da</strong>s<br />

películas.<br />

Palavras-chave: Controle <strong>de</strong> <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>, Radiografia <strong>de</strong>ntária, Processamento<br />

químico, Densitomeria


ABSTRACT<br />

The aim of this study was to evaluate objectively the quality of the image consi<strong>de</strong>ring<br />

the observation time after un<strong>de</strong>rfixation of 5 seconds immediately after the X-ray<br />

processing e after 6 months. Were radiographed130 radiologic Insight periapical films<br />

with a plate of lead and an aluminum penetrometer in a stan<strong>da</strong>rdized way. After, the<br />

films were divi<strong>de</strong>d into 13 groups, accordingly to the time the would remain away<br />

from the fixating solution after the un<strong>de</strong>rfixation of 5 seconds: without staying away<br />

from the fixating solution (control group), 40, 50, 60, 70, 80, 90, 100, 110, 120, 130,<br />

140 and 150 seconds away from the fixating solution. After that, the films were<br />

processed in the manual time/temperature method. In the experimental groups, after<br />

intermediate wash, the films were immersed in the fixating solution, and after the<br />

initial time of 5 seconds removed away from the fixating solution and observed un<strong>de</strong>r<br />

the light of a stan<strong>da</strong>rd viewbox. After the observation time, the films were put again in<br />

the fixating solution to complete the fixating process. With the help of a digital<br />

<strong>de</strong>nsitometer, the base <strong>de</strong>nsity and fog were measured and, for contrast calculus, the<br />

<strong>de</strong>nsity of the first and the last steps of the penetrometer. The measurements were<br />

ma<strong>de</strong> immediately after and 6 months after the radiographic shots. The variation on<br />

the values of base <strong>de</strong>nsity and fog and radiographic contrast among the groups was<br />

evaluated throughout the adjustment of a linear regression mo<strong>de</strong>l. The intensity of<br />

the linear association among the groups was evaluated by Pearson’s correlation<br />

coefficient. A significance level of 0.05 was adopted. The base <strong>de</strong>nsity and fog<br />

values, as long as the radiographic contrast in the x-rays of the experimental groups<br />

were not significantly different when compared to the control group even after 6<br />

months. It can be conclu<strong>de</strong>d that the reading times of the radiographies in a stan<strong>da</strong>rd<br />

viewbox do not interfere in the base <strong>de</strong>nsity and fog neither in the contrast of the<br />

radiographic image even after a difference of six months between the readings.<br />

Keywords: Quality control; Dental Radiography; Chemical process; Densitometry.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES<br />

Fotografia 1 – Caixa <strong>de</strong> filmes Insight utilizados no presente<br />

trabalho.................................................................................................................. 40<br />

Fotografia 2 – Posicionamento do aparelho <strong>de</strong> Raio x a uma distância <strong>de</strong> 30 cm<br />

para a exposição do conjunto penetômetro <strong>de</strong> alumínio, placa <strong>de</strong> chumbo e<br />

filme radiográfico.................................................................................................... 41<br />

Fotografia 3 – Penetrômetro e placa <strong>de</strong> chumbo posicionados sobre o filme<br />

radiográfico para exposição................................................................................... 42<br />

Fotografia 4 – Câmara escura portátil opaca utiliza<strong>da</strong> no presente<br />

trabalho.................................................................................................................. 43<br />

Fotografia 5 – Densitômetro digital MRA on<strong>de</strong> foram realiza<strong>da</strong>s as<br />

mensurações <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>.................................................................................. 43<br />

Fotografia 6 – Radiografia sendo exposta à luz do negatoscópio com<br />

máscara............................................................................................................................ 45<br />

Gráfico 1 - Média <strong>de</strong> <strong>de</strong>svio padrão dos valores <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e<br />

velamento............................................................................................................... 49<br />

Gráfico 2 – Média dos valores do contraste........................................................... 50<br />

Gráfico 3 – Média dos valores <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento após seis meses<br />

<strong>de</strong> arquivamento..................................................................................................... 52<br />

Gráfico 4 - Média dos valores <strong>de</strong> contraste após seis meses <strong>de</strong><br />

arquivamento.......................................................................................................... 54


LISTA DE TABELAS<br />

Tabela 1 - Principais estatísticas <strong>de</strong>scritivas <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento..... 48<br />

Tabela 2 - Principais estatísticas <strong>de</strong>scritivas do contraste.................................... 50<br />

Tabela 3 - Principais estatísticas <strong>de</strong>scritivas <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento<br />

após seis meses <strong>de</strong> arquivamento......................................................................... 51<br />

Tabela 4 - Principais estatísticas <strong>de</strong>scritivas do contraste radiográfico após seis<br />

meses <strong>de</strong> arquivamento......................................................................................... 53


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS<br />

cm - Centímetro<br />

DEN – Departamento <strong>de</strong> Energia Nuclear<br />

kVp – Quilovoltagem pico<br />

mA - Miliamperagem<br />

mm - Milímetro<br />

ml - Mililitro<br />

UFPE- Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco


LISTA DE SÍMBOLOS<br />

= - igual a<br />

ºC – Gruas Celsius<br />

% - Percentual<br />

® - Marca Registra<strong>da</strong>


SUMÁRIO<br />

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 17<br />

2. REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................... 20<br />

2.1. FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFCA.......................................................... 21<br />

2.2. QUALIDADE DA IMAGEM RADIOGRÁFICA......................................................... 21<br />

2.2.1. Niti<strong>de</strong>z................................................................................................................. 23<br />

2.2.2. Distorção............................................................................................................ 23<br />

2.2.3. Densi<strong>da</strong><strong>de</strong>........................................................................................................... 24<br />

2.2.4. Contraste............................................................................................................ 25<br />

2.3. CONTROLE RADIOGRÁFICO............................................................................... 28<br />

2.4. FATORES DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA................................. 30<br />

2.5. FATOR PROCESSAMENTO.................................................................................. 31<br />

2.5.1. Revelação........................................................................................................... 32<br />

2.5.2. Lavagem Intermediária...................................................................................... 33<br />

2.5.3. Fixação............................................................................................................... 33<br />

2.5.4. Lavagem final..................................................................................................... 35<br />

2.5.5. Secagem............................................................................................................. 35<br />

2.5.6. Métodos <strong>de</strong> Processamento ............................................................................ 36<br />

2.5.6.1. Visual................................................................................................................ 36<br />

2.5.6.2. Temperatura/<strong>tempo</strong>.......................................................................................... 37<br />

3. PROPOSIÇÃO.......................................................................................................... 38<br />

3.1. OBJETIVO GERAL................................................................................................. 39<br />

3.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................................. 39<br />

4. MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................ 40<br />

4.1. UNIVERSO E AMOSTRA....................................................................................... 41<br />

4.2. COLETA DE DADOS.............................................................................................. 42<br />

4.2.1. Seleção do Tempo <strong>de</strong> Exposição..................................................................... 42<br />

4.2.2. Exposição dos Grupos Estu<strong>da</strong>dos.................................................................. 45<br />

4.2.3. Processamento Radiográfico........................................................................... 45<br />

4.2.4. Mensuração <strong>da</strong>s Densi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e Cálculo do Contraste................................... 46<br />

4.3. ANÁLISE DE DADOS............................................................................................. 46<br />

5. RESULTADOS.......................................................................................................... 48


6. DISCUSSÃO............................................................................................................. 56<br />

7. CONCLUSÃO............................................................................................................ 62<br />

REFERÊNCIAS............................................................................................................. 64<br />

ANEXOS....................................................................................................................... 71<br />

ANEXO A - Autorização do Departamento <strong>de</strong> Energia Nuclear (DEN-UFPE).............. 72<br />

ANEXO B - Autorização <strong>da</strong> Clínica <strong>de</strong> Radiologia Odontológica II (UFPB).................. 73


\ÇàÜÉwâ†ûÉ


1 INTRODUÇÃO<br />

No campo <strong>da</strong> Odontologia, o exame complementar que mostra maior<br />

relevância <strong>de</strong>vido sua ampla utilização, é o radiográfico (WHAITES, 2003). O<br />

diagnóstico radiográfico tem atuado complementando e solucionando dúvi<strong>da</strong>s do<br />

diagnóstico que freqüentemente aparecem durante o exame clínico, permitindo <strong>ao</strong><br />

profissional um planejamento seguro do seu tratamento, além <strong>de</strong> sua utilização na<br />

proservação e documentação <strong>de</strong> um modo geral (KREICH; QUEIROZ; SLONIAK,,<br />

2002). Sua importância resume-se não apenas no diagnóstico <strong>da</strong>s patologias, como<br />

também <strong>da</strong>s anomalias, além <strong>de</strong> confirmar integri<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos tecidos duros <strong>da</strong><br />

cavi<strong>da</strong><strong>de</strong> bucal, sendo, muitas vezes, o único meio <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar alguma alteração<br />

presente (GASPARINI et al., 1992). Mas para isso, a técnica <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong>stas<br />

<strong>radiografia</strong>s necessita seguir uma rigorosa seqüência <strong>de</strong> etapas que se inicia com<br />

uma correta exposição e finaliza-se com uma secagem final como última fase do<br />

processamento radiográfico (CAPELOZZA, ALVARES, 1990).<br />

O feixe <strong>de</strong> raios X, <strong>ao</strong> incidir sobre a película radiográfica, sensibiliza os<br />

cristais <strong>de</strong> prata que compõem a emulsão do filme tornando-os mais sensíveis à<br />

ação dos agentes redutores <strong>da</strong> solução reveladora. Esses cristais, ionizados pelos<br />

raios X, passam a constituir a <strong>imagem</strong> latente –invisível- que se transformará em<br />

real –visível- após a revelação no processamento radiográfico (CASTELO,<br />

TAVANO, LOPES, 1983; WHAITES, 2003 TAVANO, 2004).<br />

Processamento é, portanto, o termo geral usado para <strong>de</strong>screver a<br />

seqüência <strong>de</strong> eventos requeridos para converter esta <strong>imagem</strong> latente, conti<strong>da</strong> na<br />

emulsão sensibiliza<strong>da</strong> do filme, em uma <strong>imagem</strong> radiográfica real e permanente<br />

(WHAITES, 2003), ou seja, o processamento radiográfico consiste em um<br />

tratamento químico sofrido pelo filme (FREITAS, 2004) possibilitando a<br />

permanência <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> na película para que se realize uma a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong><br />

interpretação (GRECO et al., 2006).<br />

É importante que o processamento radiográfico seja realizado sob<br />

condições controla<strong>da</strong>s e padroniza<strong>da</strong>s, com atenção redobra<strong>da</strong> <strong>ao</strong>s <strong>de</strong>talhes<br />

(WHAITES, 2003). Entretanto, mesmo sendo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância na<br />

<strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> uma <strong>radiografia</strong> <strong>de</strong> boa <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>, o processamento radiográfico


tem sido negligenciado por muitos profissionais que buscam uma redução no <strong>tempo</strong><br />

<strong>de</strong> trabalho, causando assim uma redução na <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> que po<strong>de</strong><br />

interferir na sua interpretação (KAUGARS, BROGA E COLLETT, 1985; GRECO et<br />

al., 2006). A<strong>de</strong>mais, po<strong>de</strong> levar o profissional <strong>de</strong> Odontologia a obter nova<br />

<strong>radiografia</strong>, resultando em exposição <strong>de</strong>snecessária do paciente (GOREN et al.,<br />

2000).<br />

Existem áreas <strong>da</strong> Odontologia como Cirurgia e Endodontia que<br />

necessitam fazer a <strong>leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>radiografia</strong>s em negatoscópio com maior brevi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Por este motivo, negligenciam muitas <strong>da</strong>s etapas do correto processamento<br />

radiográfico <strong>de</strong>srespeitando, sobretudo o processo <strong>de</strong> fixação. Vários estudos têm<br />

sido realizados acerca do processamento radiográfico (PASQUALINI, VAVASSORI,<br />

2000; PAULA, FENYO-PEREIRA, 2001; YAKOUMAKIS, 2001; BELTRAME, 2003;<br />

MEZADRI, 2003; GASPARINI et al, 2005; LEMKE, TAVANO, MEZADRI, 2006), do<br />

<strong>tempo</strong> <strong>de</strong> revelação (PONTUAL, SILVEIRA, 2002), <strong>da</strong> lavagem final, (GRECO et al,<br />

2006), <strong>da</strong> secagem (DAMIAN, 2005), <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e contraste radiográfico<br />

(WHITE, YOON, 2000; BERNSTEIN, 2003; DEZOTTI, 2003; DAMIAN, 2008) e <strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento (SYRIOPOULUS, 2001; GEIST et al., 2003; COSTA et<br />

al., 2005).<br />

Contudo, na literatura há apenas o trabalho realizado por Araújo (2008),<br />

no qual verificou que a interrupção do processo <strong>de</strong> fixação após 5 segundos <strong>de</strong><br />

fixação, com <strong>leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>radiografia</strong>s por 30 segundos em negatoscópio, não interfere<br />

na <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> radiográfica.<br />

Portanto, foi objetivo no presente estudo, avaliar a <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong><br />

radiográfica <strong>quanto</strong> <strong>ao</strong> <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> <strong>leitura</strong> <strong>da</strong> <strong>radiografia</strong> em negatoscópio após<br />

interrupção <strong>da</strong> fixação, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> seis meses <strong>de</strong> arquivamentos <strong>de</strong>stas películas


exä|áûÉ wt _|àxÜtàâÜt


2 REVISÃO DA LITERATURA<br />

2.1 FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA<br />

De acordo com Freitas (2004) e Tavano (2004), a <strong>radiografia</strong> é o registro<br />

<strong>de</strong> uma <strong>imagem</strong> pela radiação X, que passa através <strong>de</strong> um objeto e chega a uma<br />

película radiográfica. Quando um feixe <strong>de</strong> raios X parte do aparelho, ele interage<br />

com o objeto e, <strong>de</strong>sta maneira, terá sua intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> reduzi<strong>da</strong>, pois o feixe é<br />

atenuado <strong>de</strong>vido sua absorção e espalhamento. Para que a informação relaciona<strong>da</strong><br />

com a estrutura e a composição do objeto, que está sendo conduzi<strong>da</strong> pelo feixe,<br />

seja aproveita<strong>da</strong>, necessita-se <strong>de</strong> um receptor <strong>de</strong> imagens, que no caso <strong>da</strong><br />

radiologia convencional é o filme radiográfico.<br />

Atualmente, os filmes possuem uma padronização em sua fabricação:<br />

consistem em uma base <strong>de</strong> poliéster e em ambos os lados uma emulsão <strong>de</strong><br />

gelatina que contém os cristais <strong>de</strong> prata - brometo e io<strong>de</strong>to <strong>de</strong> prata (DEZOTTI,<br />

2003). Estes serão sensibilizados pelo feixe <strong>de</strong> raios X e se tornarão mais sensíveis<br />

a ação do revelador, constituindo <strong>de</strong>sta forma, a <strong>imagem</strong> latente, que após o<br />

processamento químico <strong>da</strong> película se transforma em <strong>imagem</strong> radiográfica visível<br />

(CASTELO, TAVANO, LOPES, 1983; WHAITES, 2003 TAVANO, 2004).<br />

Vale salientar que os corpos que não apresentam resistência à passagem<br />

dos raios X, radiograficamente, apresentam-se como uma <strong>imagem</strong> radiolúci<strong>da</strong><br />

(escura), e para os que apresentam esta resistência, as imagens são radiopacas<br />

(claras) (TAVANO, 2004).<br />

2.2 QUALIDADE DA IMAGEM RADIOGRÁFICA<br />

A <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> radiográfica é um importante fator que limita a<br />

confiabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> interpretação radiográfica, sendo assim, para aquisição <strong>de</strong><br />

<strong>radiografia</strong>s com bom padrão <strong>de</strong> <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>, é fun<strong>da</strong>mental que haja um


monitoramento regular em to<strong>da</strong>s as etapas do processamento químico <strong>da</strong>s<br />

<strong>radiografia</strong>s (PAVAN, TAVANO, 2000). Zenóbio e Silva (2003) afirmaram que a falta<br />

<strong>de</strong> <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> radiográfica po<strong>de</strong> resultar em diagnósticos incorretos,<br />

repetições <strong>de</strong> exames, aumento <strong>da</strong> dose <strong>de</strong> radiação no paciente, e custos<br />

adicionais.<br />

Para a obtenção <strong>de</strong> uma <strong>radiografia</strong> com uma <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>imagem</strong><br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> boa, os seguintes procedimentos durante o processamento <strong>de</strong>vem ser<br />

seguidos: Observação do prazo <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s soluções processadoras para que<br />

as mesmas não sejam utiliza<strong>da</strong>s venci<strong>da</strong>s; tabela temperatura/<strong>tempo</strong> manti<strong>da</strong> nas<br />

proximi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do local do processamento; instruções do fabricante <strong>de</strong>vem sempre<br />

ser segui<strong>da</strong>s fielmente e câmara escura que ,quando portátil, <strong>de</strong>ve ser manti<strong>da</strong><br />

afasta<strong>da</strong> <strong>da</strong> luminosi<strong>da</strong><strong>de</strong> e do calor e <strong>de</strong> preferência <strong>de</strong>ve ser confecciona<strong>da</strong> em<br />

material opaco. Esta <strong>de</strong>ve ser sempre limpa e inspeciona<strong>da</strong> a fim <strong>de</strong> evitar qualquer<br />

possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> luz (TAVANO, 2000; YACOVENCO, 2001).<br />

Uma <strong>imagem</strong> radiográfica <strong>de</strong> boa <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong>ve apresentar os requisitos<br />

<strong>de</strong> máximo <strong>de</strong> niti<strong>de</strong>z, mínimo <strong>de</strong> distorção, <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> e contraste a<strong>de</strong>quados<br />

(LANGLAND; LANGLAIS, 2002; DEZOTTI, 2003; GASPARINI et al., 2005).<br />

Yakoumakis et al (2001) avaliou a <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> e o<br />

processamento radiográfico. As imagens radiográficas foram obti<strong>da</strong>s em 108<br />

consultórios odontológicos na Grécia, e os aspectos investigados foram analisados<br />

subjetivamente e objetivamente. Os <strong>da</strong>dos consistiram <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

óticas que foram utiliza<strong>da</strong>s para obter o contraste radiográfico, escores <strong>da</strong><br />

<strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>imagem</strong> e o processamento do filme. Foi observado processamento<br />

ina<strong>de</strong>quado na maioria dos consultórios avaliados o que resulta em <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />

<strong>de</strong>ficiente <strong>da</strong> <strong>imagem</strong>, e, em alguns casos, os autores evi<strong>de</strong>nciaram que o<br />

profissional aumentou a dose <strong>de</strong> radiação para compensar o <strong>tempo</strong> <strong>de</strong><br />

processamento.<br />

Price (1986) avaliou o efeito <strong>da</strong> <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> do feixe <strong>de</strong> raios X e <strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> óptica na <strong>imagem</strong> em <strong>radiografia</strong>s <strong>de</strong>ntárias. Para isso, foram obti<strong>da</strong>s<br />

<strong>radiografia</strong>s <strong>de</strong> um fragmento <strong>de</strong> mandíbula humana e <strong>de</strong> uma placa <strong>de</strong> alumínio<br />

com círculos com diferentes profundi<strong>da</strong><strong>de</strong>s utlizando filmes radiográficos <strong>de</strong><br />

sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do grupo D. Foram obti<strong>da</strong>s sete <strong>radiografia</strong>s para ca<strong>da</strong> grupo,<br />

variando apenas os fatores <strong>de</strong> exposição estu<strong>da</strong>dos (90 kVp com 3,5 mm; 90kvp


com 2,5mm; 70kvp com 2,5mm; 70kvp com 1,5mm e 50kvp com 1,5mm). Para o<br />

estudo objetivo, foram mensura<strong>da</strong>s por meio <strong>de</strong> um foto<strong>de</strong>nsitômetro, os valores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> do círculo <strong>de</strong> maior e <strong>de</strong> menor profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> e então calculado o<br />

contraste através <strong>da</strong> seguinte fórmula: C = D 2 – D 1<br />

½ (D 2 + D 1 )<br />

Para o estudo subjetivo, vinte observadores selecionaram as <strong>radiografia</strong>s com<br />

melhor feixe <strong>de</strong> <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> e <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Além disso, i<strong>de</strong>ntificaram o número <strong>de</strong><br />

áreas circulares <strong>de</strong> pequenas diferenças <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s em zonas <strong>de</strong> alta e baixa<br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. As <strong>radiografia</strong>s <strong>de</strong> 70 kvp com 2,5mm <strong>de</strong> alumínio foram as <strong>de</strong> melhor<br />

<strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> e a tendência <strong>de</strong> aumento do contraste com a diminuição do feixe <strong>de</strong> raios<br />

X foi evi<strong>de</strong>nte. A i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>s diferenças <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s em zonas <strong>de</strong> alta e<br />

baixa <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s foi pouco afeta<strong>da</strong> pela <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> do feixe <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> faixa<br />

explora<strong>da</strong>. Diante dos resultados, concluiu-se que baixo feixe <strong>de</strong> energia <strong>de</strong>ve ser<br />

evitado <strong>de</strong>vido à reduzi<strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> emulsão.<br />

2.2.1 Niti<strong>de</strong>z<br />

A <strong>de</strong>finição <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> ou niti<strong>de</strong>z é compreendi<strong>da</strong> pela capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />

observar <strong>de</strong>talhes presentes em uma <strong>radiografia</strong> com maior <strong>de</strong>finição, ou seja,<br />

conseguir diferenciar estruturas anatômicas com facili<strong>da</strong><strong>de</strong> (LANGLAND;<br />

LANGLAIS, 2002; LASCALA; MOSCA, 2006).<br />

2.2.2 Distorção<br />

Distorção <strong>da</strong> forma <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> radiográfica é um aumento ou ampliação<br />

<strong>de</strong>siguais <strong>de</strong> diferentes partes do mesmo objeto (LANGLAND; LANGLAIS, 2002;<br />

LASCALA; MOSCA, 2006).


2.2.3 Densi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

A <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> é o grau <strong>de</strong> escurecimento obtido por um filme radiográfico<br />

após o seu processamento (TAVANO, 2004). Ela <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

radiação que atinge uma área específica do filme e <strong>da</strong> massa resultante <strong>de</strong> prata<br />

metálica por uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> área. Os haletos <strong>de</strong> prata <strong>da</strong> emulsão, sensibilizados pela<br />

radiação, são modificados pelos agentes reveladores em partículas <strong>de</strong> prata<br />

metálica, que aparecem negras <strong>de</strong>vido a seu estado finalmente dividido<br />

(LANGLAND; LANGLAIS, 2002). Quanto mais o filme é exposto <strong>ao</strong>s raios X, mais<br />

escuro ele se torna após o seu processamento e, portanto, mais <strong>de</strong>nso ficará<br />

(TAVANO, 2004).<br />

A <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> radiográfica é medi<strong>da</strong> por um instrumento chamado<br />

<strong>de</strong>nsitômetro, que indica a relação entre a intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> do feixe <strong>de</strong> luz <strong>de</strong> um<br />

negatoscópio quando ele atinge um lado <strong>de</strong> uma <strong>da</strong><strong>da</strong> área <strong>de</strong> uma <strong>radiografia</strong>,<br />

compara<strong>da</strong> com a luz transmiti<strong>da</strong> através <strong>da</strong> <strong>radiografia</strong>. O <strong>de</strong>talhe visível <strong>de</strong> uma<br />

<strong>imagem</strong> radiográfica não é viável sem a <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Nas <strong>radiografia</strong>s <strong>de</strong>ntárias <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> correta, o cirurgião-<strong>de</strong>ntista <strong>de</strong>veria ser capaz <strong>de</strong> enxergar o discreto<br />

contorno dos tecidos moles nos espaços edêntulos ou na distal dos molares<br />

quando as <strong>radiografia</strong>s são examina<strong>da</strong>s <strong>de</strong> maneira habitual (LANGLAND;<br />

LANGLAIS, 2002).<br />

A <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento representa a <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> óptica inerente <strong>ao</strong><br />

filme radiográfico oferecido pelo fabricante, sendo que estudos continuados <strong>de</strong>vem<br />

ser realizados, associando-se diferentes filmes e respectivas <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e<br />

velamento, visando o controle <strong>de</strong> <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> em Radiologia Odontológica (COSTA et<br />

al., 2005).<br />

Segundo Whaites (2003) a <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base velamento <strong>de</strong>ve ser menor do<br />

que 0,2 para os filmes a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente armazenados. Para White; Pharoah (2004)<br />

os valores típicos <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base velamento são <strong>de</strong> 0,2 a 0,3 para os filmes<br />

radiográficos intra-bucais. A faixa <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento limite<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> pela ISO 3665 é <strong>de</strong> 0,35 para filme <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> E/F<br />

(INTERNACIONAL.ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION, 1996).


Ludlow, Platin, Mol (2001), compararam os filmes Ultraspeed, Ektaspeed<br />

Plus e Insight, todos <strong>da</strong> Ko<strong>da</strong>k, com o objetivo <strong>de</strong> avaliar sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos filmes,<br />

contraste e comportamento frente à <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção dos líquidos <strong>de</strong> processamento por<br />

meios <strong>da</strong> construção <strong>de</strong> curvas características. Os três tipos filmes foram expostos<br />

<strong>de</strong> modo padronizado e processados pelo método automático. Dentre outros<br />

resultados, constataram o valor <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base velamento <strong>de</strong> 0,22 para o filme<br />

Insight, consi<strong>de</strong>rado por estes autores elevado.<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> comparar as proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s sensitométricas dos filmes<br />

Insight e Ektaspeed Plus, SYRIOPOULUS et al (2001) construíram as curvas<br />

características para o processamento manual e automático <strong>de</strong> ambos os filmes. As<br />

<strong>radiografia</strong>s foram analisa<strong>da</strong>s por sete cirurgiões-<strong>de</strong>ntistas que verificaram a<br />

extensão <strong>de</strong> uma lima endodôntica no canal radicular para avaliar a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

diagnóstico <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> filme. A <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base velamento para o filme Insight foi 0,24<br />

para o processamento manual e 0,25 para o automático. O filme Ektaspspeed Plus<br />

apresentou <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento <strong>de</strong> 0,23 e 0,26,no processamento manual<br />

e automático, respectivamente. Não houve diferença significante na capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

diagnóstico dos dois filmes.<br />

Geist et al. (2003) compararam as características sensitométricas dos<br />

filmes Ultra-speed, Flow EV-57 e Insight quando expostos a diferentes níveis <strong>de</strong><br />

radiação e processados em uma solução para processadora automática e quatro<br />

soluções para processamento manual. Ao final, concluíram que diferentes<br />

condições <strong>de</strong> processamento po<strong>de</strong>m causar aumento nos valores <strong>da</strong>s <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

base e velamento dos filmes radiográficos.<br />

Costa et al (2005) compararam as <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s base e velamento obti<strong>da</strong>s<br />

<strong>de</strong> filmes radiográficos em diferentes condições <strong>de</strong> processamento. Foram utilizados<br />

quatro tipo <strong>de</strong> filmes radiográficos: Ultra-speed; D; E e Insight (Eastman Ko<strong>da</strong>k<br />

Company, Rochester, E.U.A.) e todos os filmes, sem exposição, foram processados<br />

automaticamente utilizando-se o equipamento AT2000 com veloci<strong>da</strong><strong>de</strong>s normal e<br />

endospeed. Os autores concluíram que a utilização do sub-processamento<br />

(Endospeed) causa redução <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento para os filmes D, E e<br />

Insight e que o filme Ultra-speed é o único que apresenta estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

base e velamento neste método. A maior <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento obti<strong>da</strong> na<br />

veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> normal pertenceu <strong>ao</strong> filme Ko<strong>da</strong>k Insight (0,39), havendo similari<strong>da</strong><strong>de</strong>


para os <strong>de</strong>mais, já no sub-processamento, a maior <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento<br />

obti<strong>da</strong> foi encontra<strong>da</strong> para os filmes Ko<strong>da</strong>k Ultra-speed e Ko<strong>da</strong>k Insight, com valores<br />

idênticos <strong>de</strong> 0,03. O filme Ko<strong>da</strong>k D apresentou valor igual a 0,01 e o valor igual a<br />

zero foi alcança<strong>da</strong> pelo filme Ko<strong>da</strong>k E. Estes <strong>da</strong>dos comprovam o fato <strong>de</strong> que a falta<br />

<strong>de</strong> <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> ação encontrado no sub-processamento causam maiores alterações<br />

nas <strong>leitura</strong>s <strong>de</strong> filmes mais sensíveis como no caso do filme Ko<strong>da</strong>k Insight, que<br />

acaba por não alcançar a sua <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento máxima. Assim, na<br />

utilização <strong>de</strong> veloci<strong>da</strong><strong>de</strong>s diferentes <strong>de</strong> processamento, <strong>quanto</strong> mais sensível for o<br />

filme, mais drástica será a sua resposta em valores <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento.<br />

2.2.4 Contraste<br />

O contraste radiográfico é a diferença entre os diversos graus do cinza,<br />

entre o preto e o branco do filme radiográfico, ou seja, ele consiste na diferença<br />

entre as <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s radiográficas <strong>da</strong>s diferentes regiões <strong>de</strong> uma <strong>radiografia</strong>. A<br />

<strong>radiografia</strong> com áreas muito claras e muito escuras é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> <strong>de</strong> alto contraste,<br />

en<strong>quanto</strong> que aquela que apresenta um maior número dos intermediários do cinza<br />

é <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> <strong>de</strong> baixo contraste. O contraste é então <strong>de</strong>terminado pela forma <strong>da</strong><br />

curva característica, e <strong>quanto</strong> maior for sua inclinação, maior será o contraste<br />

(TAVANO, ESTEVAM, 1998; FREITAS, 2000;).<br />

A curva característica, também <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> <strong>de</strong> curva sensitométrica, é<br />

obti<strong>da</strong> a partir <strong>de</strong> um gráfico que relaciona as diferentes <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> um filme e<br />

as exposições necessárias para produzí-las (DEZOTTI, 2003). Em um manual<br />

publicado pela EASTMAN KODAK COMPANY (1974) foi <strong>de</strong>scrito que para a<br />

confecção <strong>de</strong> uma curva característica faz-se necessária a aplicação <strong>de</strong> uma série<br />

<strong>de</strong> exposições à luz ou a raios X em um filme que, após o processamento, permitirá<br />

a obtenção <strong>da</strong>s <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s óticas. Os valores <strong>de</strong>stas <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>vem ser<br />

transferidos para um gráfico no eixo <strong>da</strong>s or<strong>de</strong>na<strong>da</strong>s (eixo Y), en<strong>quanto</strong> que os<br />

valores <strong>de</strong> exposição, no eixo <strong>da</strong>s abcissas (eixo X).<br />

White, Yoon (2000) avaliaram filmes radiográficos do grupo E <strong>de</strong><br />

sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> (Flow e Ektaspeed Plus) <strong>quanto</strong> às proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s sensitométricas:


sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, contraste e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> em <strong>de</strong>tectar cáries proximais. Foram<br />

radiografados 80 pré-molares e molares. Os filmes foram expostos e processados<br />

segundo as especificações <strong>da</strong> ADA. Os resultados <strong>de</strong>sta pesquisa <strong>de</strong>monstraram<br />

que ambos os filmes exce<strong>de</strong>ram as especificações <strong>da</strong> ADA. A sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> para o<br />

Ektaspeed Plus foi <strong>de</strong> 50,6 e para o Flow 48,3. Os valores <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e<br />

velamento foram <strong>de</strong> 0,24 e 0,19, respectivamente. Quanto <strong>ao</strong> contraste o filme Flow<br />

obteve um resultado <strong>de</strong> 1,88 e o Ektaspeed <strong>de</strong> 1,75, valores bem acima <strong>de</strong> 1,5<br />

requerido pela ADA.<br />

Dezotti (2003) realizou um estudo com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> comparar a<br />

sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e o contraste do filme Insight com Ultra-speed, variando as soluções<br />

processadoras e condições <strong>de</strong> processamento. Os resultados obtidos para a<br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento do filme Insight foram: o maior valor <strong>de</strong> 0,10 quando<br />

processado com solução Ko<strong>da</strong>k a 25ºC e 30ºC, e o menor valor <strong>de</strong> 0,05 quando<br />

processador com solução Silib. Após a análise dos <strong>da</strong>dos, foi possível concluir que<br />

o filme Insight apresentou-se estável sob as varia<strong>da</strong>s condições impostas, além <strong>de</strong><br />

mostrar excelentes proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s sensitométricas. Seu contraste manteve-se <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> um padrão aceitável e os seus valores <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento foram<br />

mais elevados quando comparado <strong>ao</strong> filme Ultra-speed.<br />

Damian et al (2008), em seu estudo, avaliaram se alterações <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

e contraste em <strong>radiografia</strong>s causa<strong>da</strong>s pela <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>s soluções processadoras<br />

po<strong>de</strong>m ser visualmente i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s. Para isso, diariamente, dois filmes eram<br />

expostos: em um <strong>de</strong>les, uma escala <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alumínio <strong>de</strong> oito <strong>de</strong>graus, que<br />

variavam <strong>de</strong> 2 a 16 mm <strong>de</strong> espessura, em incrementos <strong>de</strong> 2mm, e no outro, um<br />

phanton. Ao total, foram radiografados em 60 filmes periapicais (Insight <strong>da</strong> Ko<strong>da</strong>k) e<br />

processados em uma câmara escura portátil com soluções processadoras em<br />

progressiva <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção durante 30 dias. Nos filmes <strong>da</strong> escala <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> avaliouse<br />

objetivamente a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> contraste e <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>, en<strong>quanto</strong> que nos filmes do<br />

phanton avaliou-se subjetivamente esta per<strong>da</strong>. Foi constatado, que para uma per<strong>da</strong><br />

objetiva significativa do contraste e <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>, as <strong>radiografia</strong>s do phanton eram<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s impróprias para avaliação visual.<br />

Bernstein et al (2003) compararam as proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s sensitométricas e a<br />

<strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> dos filmes Insight e Ultra-speed, após serem processa<strong>da</strong>s<br />

quimicamente com soluções rápi<strong>da</strong>s. Além disso, também foram analisados os


efeitos <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>, contraste e sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do filme na <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong>.<br />

Um phanton e uma escala <strong>de</strong> aumínio foram radiografados com exposições<br />

suficientes para atingir <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> médias próximas <strong>de</strong> 1,5, 2,0 e 3,0 para ambos os<br />

tipos <strong>de</strong> filmes. Após o processamento em câmara escura foi realiza<strong>da</strong> uma análise<br />

subjetiva <strong>da</strong>s <strong>radiografia</strong>s por cinco endodontistas em áreas específicas como<br />

espaço pericementário, canais radiculares obturados, junção amelocementária e<br />

crista óssea alveolar. Os dois tipos <strong>de</strong> filme estu<strong>da</strong>dos não apresentaram<br />

diferenças significativas quando analisados nas mesmas condições <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

porém as imagens com altas <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s foram preferi<strong>da</strong>s.Os autores concluíram<br />

que o filme Insight, mesmo sendo processado com soluções rápi<strong>da</strong>s, garante uma<br />

boa <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> quando submetidos a uma menor exposição <strong>de</strong> raios X.<br />

2.3 CONTROLE RADIOGRÁFICO<br />

Denomina-se controle <strong>de</strong> <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> radiográfica to<strong>da</strong> a preocupação que<br />

existe em torno <strong>da</strong>s exposições radiográficas, processamento radiográfico, proteção<br />

<strong>ao</strong> paciente e ganho <strong>de</strong> <strong>tempo</strong> na obtenção <strong>da</strong> <strong>radiografia</strong>. Tal controle po<strong>de</strong> ser<br />

justificado em qualquer parte na execução do exame radiográfico. A realização do<br />

controle <strong>de</strong> <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> resulta em menor <strong>tempo</strong> no atendimento <strong>ao</strong>s pacientes e,<br />

conseqüentemente, redução nos custos dos exames por evitar repetições<br />

<strong>de</strong>snecessárias. Quanto à <strong>imagem</strong> radiográfica, os profissionais po<strong>de</strong>m obtê-la<br />

avaliando continuamente se os filmes estão sendo expostos e processados<br />

corretamente (BRÜCKER, TAVANO, COSTA, 1992).<br />

Para avaliar os fatores relacionados <strong>ao</strong> controle <strong>de</strong> <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> radiográfica<br />

e orientar os profissionais, normas nacionais e internacionais <strong>de</strong> radioproteção<br />

surgiram com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> minimizar os possíveis efeitos nocivos <strong>da</strong> radiação X<br />

e, por meio <strong>de</strong> leis, regulamentos e diretrizes, têm indicado a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

programas <strong>de</strong> garantia <strong>de</strong> <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>. Nesse contexto, em 1º <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1998 foi<br />

aprova<strong>da</strong> <strong>da</strong> Portaria 453 do Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> (BRASIL, 1998).<br />

No que se refere <strong>ao</strong> processamento radiográfico, Paula e Fenyo-Pereira<br />

(2001) analisaram o conhecimento <strong>de</strong> cirurgiões-<strong>de</strong>ntistas sobre o programa <strong>de</strong>


<strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> proposto pelas Secretarias Estaduais <strong>de</strong> Vigilância Sanitária, além <strong>de</strong><br />

verificar qual tipo <strong>de</strong> filme e <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> exposição eram mais empregados. Para isso,<br />

uma cartela com quatro séries <strong>de</strong> seis <strong>radiografia</strong>s foi confecciona<strong>da</strong>, on<strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />

uma foi revela<strong>da</strong> por 0,5min; 1min; 1,5min; 2min; 2,5min e 3min, on<strong>de</strong> a solução<br />

apresentava-se com 27,5ºC, para avaliação pelos entrevistados. A <strong>radiografia</strong> <strong>de</strong> 2<br />

min foi consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> como “padrão-ouro”. Dos 1.146 entrevistados, 73,4%<br />

escolheram a <strong>radiografia</strong> “padrão-ouro” como a <strong>de</strong> melhor <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>; 62,4%<br />

utilizavam o filme <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> E; apenas 8,7% empregam o <strong>tempo</strong> indicado <strong>de</strong><br />

revelação, o que resulta em 91,3% <strong>de</strong> obtenção <strong>radiografia</strong>s sub-revela<strong>da</strong>s; e<br />

13,7% utilizam 0,4 segundos, conforme recomen<strong>da</strong>ção do fabricante na exposição<br />

dos filmes.<br />

Mezadri (2003) avaliou os parâmetros utilizados no Programa <strong>de</strong> Garantia<br />

<strong>de</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> em Radiologia Odontológica e verificou que 78,6% dos profissionais<br />

não seguiam as regras que norteiam o correto processamento radiográfico.<br />

Pasqualini e Vavassori (2000) que verificaram o controle <strong>da</strong> <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong><br />

radiográfica em consultórios odontológicos em Joinville-SC e observaram<br />

<strong>de</strong>ficiências em 86,7% <strong>da</strong>s <strong>radiografia</strong>s, que se apresentaram mancha<strong>da</strong>s, risca<strong>da</strong>s<br />

ou claras.<br />

Pontual et al (2005), realizaram um estudo cujo objetivo foi analisar a<br />

<strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> <strong>de</strong> <strong>radiografia</strong>s periapicais e interproximais realiza<strong>da</strong>s por<br />

alunos <strong>de</strong> Clínica Integra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Odontologia <strong>de</strong> Pernambuco-Brasil.<br />

Foram seleciona<strong>da</strong>s aleatoriamente 572 <strong>radiografia</strong>s proce<strong>de</strong>ntes do arquivo dos<br />

pacientes atendidos por alunos do 9º semestre. Elas foram analisa<strong>da</strong>s por dois<br />

observadores, e <strong>de</strong>stas, 75% apresentavam falhas. As falhas associa<strong>da</strong>s à técnica<br />

radiográfica representaram 58% do total <strong>de</strong> erros, sendo a maior prevalência o<br />

alongamento <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> (35,7%) e o enquadramento <strong>da</strong>s <strong>radiografia</strong>s (35%). Os<br />

erros que mais ocorreram durante o processamento foram imagens "amarela<strong>da</strong>s"<br />

(33%), e <strong>radiografia</strong>s arranha<strong>da</strong>s (23%).<br />

França (2008) avaliou a <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong>s imagens <strong>de</strong> <strong>radiografia</strong>s<br />

periapicais em pacientes atendidos pelos alunos na clínica <strong>de</strong> Endodontia do curso<br />

<strong>de</strong> Odontologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba. Foram avalia<strong>da</strong>s 427<br />

<strong>radiografia</strong>s por um especialista em Radiologia Odontológica. Do total <strong>de</strong><br />

<strong>radiografia</strong>s, 349 (81,73%) apresentaram falhas <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> erros cometidos


durante a técnica e/ou processamento, sendo 16,9 % <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> erros <strong>de</strong><br />

técnica, 30,6% <strong>de</strong> erros <strong>de</strong> processamento, 3,7% apresentavam erros <strong>da</strong> fase<br />

in<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>, e 48,7% <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> erros cometidos em mais <strong>de</strong> uma fase <strong>de</strong><br />

obtenção. Os erros <strong>de</strong> técnica mais comuns foram: distorção por angulação vertical<br />

insuficiente (35,4%), enquadramento por posicionamento incorreto do filme (19,7%)<br />

e posicionamento do picote (19,7%). Radiografias com manchas marrons (49,9%) e<br />

<strong>radiografia</strong>s arranha<strong>da</strong>s (25,0%) foram falhas <strong>de</strong> processamento mais freqüentes,<br />

sendo a <strong>imagem</strong> clara (95,0%) mais freqüente que a escura (5%) para fase<br />

in<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>.<br />

2.4 FATORES DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA<br />

Segundo Pontual e Silveira (2002), a <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> radiográfica<br />

está liga<strong>da</strong> a vários fatores, <strong>de</strong>ntre os quais, fatores relacionados com a execução<br />

<strong>da</strong> técnica, ou seja, posicionamento do filme, do paciente e direcionamento do feixe<br />

<strong>de</strong> raios X. Fatores relacionados <strong>ao</strong> aparelho <strong>de</strong> raios X, (<strong>tempo</strong> <strong>de</strong> exposição,<br />

quilivoltagem e miliamperagem), filme (sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e armazenamento) e<br />

processamento (<strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong>s soluções, comportamento frente à métodos <strong>de</strong><br />

processamento, <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção e exaustão). Diante <strong>de</strong> tantos fatores e <strong>de</strong> suas<br />

variáveis, ou seja, o inter-relacionamento <strong>de</strong>sses fatores, o profissional <strong>de</strong>verá ter<br />

conhecimento para que possa fazer uso correto do exame radiográfico no<br />

diagnóstico <strong>da</strong>s lesões do complexo maxilo-mandibular.<br />

Os fatores primários <strong>de</strong> controle <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> são: a miliamperagem e o<br />

<strong>tempo</strong> <strong>de</strong> exposição, on<strong>de</strong> o escurecimento <strong>da</strong> <strong>radiografia</strong> varia diretamente com<br />

estes fatores; com a quilovoltagem, que é caracteriza<strong>da</strong> pelo po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> penetração<br />

dos raios X e com a distância foco-filme, on<strong>de</strong> <strong>quanto</strong> menor a distância entre a<br />

área focal e o filme, mais raios X irão atingir o filme e, portanto, maior será a<br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> (LANGLAND; LANGLAIS, 2002).<br />

Existem, também, fatores secundários que controlam a <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>, tais<br />

como as condições <strong>de</strong> processamento, tipo <strong>de</strong> filme, on<strong>de</strong> os <strong>de</strong> alta sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>


equerem menos dose <strong>de</strong> radiação para provocar uma mu<strong>da</strong>nça na <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

comparável à dos filmes menos sensíveis. (LANGLAND; LANGLAIS, 2002).<br />

O contraste radiográfico <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do contraste do filme, <strong>da</strong>s condições do<br />

processamento radiográfico (LASCALA; MOSCA, 2006; WHAITES, 2003) e do<br />

objeto a ser radiografado. O filme irá respon<strong>de</strong>r às diferentes exposições que<br />

recebe <strong>de</strong>pois que o feixe <strong>de</strong> raios X passa pelo paciente. Outro fator importante,<br />

no contraste, é o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> penetração do feixe <strong>de</strong> radiação, diretamente<br />

relacionado com a quilovoltagem. O “véu” ou “fog” refere-se a uma <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

in<strong>de</strong>seja<strong>da</strong> causa<strong>da</strong> pela radiação secundária e/ou pelo velamento po<strong>de</strong>ndo ser<br />

<strong>de</strong>corrente do vazamento <strong>de</strong> luz ou luz <strong>de</strong> segurança excessiva na câmara escura<br />

(WHAITES, 2003).<br />

2.5 FATOR PROCESSAMENTO<br />

Processamento é o termo geral usado para <strong>de</strong>screver a seqüência <strong>de</strong><br />

eventos requeridos para converter a <strong>imagem</strong> latente, conti<strong>da</strong> na emulsão<br />

sensibiliza<strong>da</strong> do filme, em uma <strong>imagem</strong> radiográfica visível e permanente<br />

(WHAITES, 2003). O processamento radiográfico baseia-se na imersão do filme<br />

radiográfico em soluções processadoras, seguindo-se a seguinte seqüência:<br />

revelação, lavagem intermediária, fixação e lavagem final para o processamento<br />

manual e, revelação, fixação e lavagem final para o processamento automático.<br />

Após, em ambos os tipos <strong>de</strong> processamento, o filme radiográfico é submetido à<br />

secagem (FREITAS, 2000; LANGLAND; LANGLAIS, 2002; WHAITES, 2003;<br />

LASCALA; MOSCA, 2006).<br />

O conhecimento <strong>da</strong>s reações fun<strong>da</strong>mentais e estágios envolvidos no<br />

processamento radiográfico é fun<strong>da</strong>mental para um resultado final que proporcione<br />

informações suficientes permitindo uma boa interpretação radiográfica (FREITAS,<br />

2000). É crucial que este procedimento seja realizado sob condições controla<strong>da</strong>s e<br />

padroniza<strong>da</strong>s com atenção cui<strong>da</strong>dosa <strong>ao</strong>s <strong>de</strong>talhes, pois um processamento<br />

realizado sem as <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>s precauções po<strong>de</strong> resultar em altas doses <strong>de</strong> radiação


para o paciente e redução do padrão <strong>de</strong> <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> (CAPELOZZA,<br />

ALVARES, 1990; GOREN et al, 2000; YAKOUMAKS, 2001; WHAITES, 2003,).<br />

No estudo <strong>de</strong> Tavano e Dezotti (2000), foram avaliados filmes Ektaspeed<br />

e Ultraspeed, processados com soluções Ko<strong>da</strong>k em diferentes concentrações<br />

(pronto uso, diluído1:1 e diluído 1:3). Foi constatado que to<strong>da</strong>s as concentrações<br />

estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s apresentam proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s sensitométricas a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s, sendo indica<strong>da</strong>s<br />

para a clínica diária. Quanto <strong>ao</strong>s filmes radiográficos, existe uma diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>les<br />

no mercado com o propósito <strong>de</strong> fornecer imagens com maior grau <strong>de</strong> niti<strong>de</strong>z e <strong>de</strong><br />

se obtê-las com maior brevi<strong>da</strong><strong>de</strong> e menor dose <strong>de</strong> raios X. Diante disso, vários<br />

trabalhos vêm sendo realizados comparando tipos <strong>de</strong> filmes e segundo Ludlow,<br />

Abreu e Mol (2001); Nair, Nair (2001); Casanova (2002) verificaram que o filme<br />

Insight ® é eficaz em manter uma boa <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong>, mesmo com uma<br />

redução <strong>da</strong> dose <strong>de</strong> radiação emiti<strong>da</strong>, além <strong>de</strong> ser menos susceptível a <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção<br />

dos líquidos processadores.<br />

Beltrame et al. (2003), analisaram o controle <strong>de</strong> <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> dos cirurgiões<strong>de</strong>ntistas<br />

<strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana (BA) relativo <strong>ao</strong> processamento radiográfico.<br />

Participaram do estudo 100 profissionais, que respon<strong>de</strong>ram a um questionário e<br />

processaram, como <strong>de</strong> costume, uma <strong>radiografia</strong> padrão. Os resultados<br />

<strong>de</strong>monstraram que em apenas 8% dos casos as <strong>radiografia</strong>s apresentavam-se bem<br />

processa<strong>da</strong>s, que os profissionais ten<strong>de</strong>m a empregar <strong>tempo</strong>s <strong>de</strong> revelação mais<br />

curtos que os recomen<strong>da</strong>dos pelo fabricante e que o método visual ain<strong>da</strong> é o mais<br />

utilizado.<br />

Gasparini et al. (2005) verificaram as condições <strong>de</strong> processamento<br />

radiográfico nos consultórios odontológicos do município <strong>de</strong> Balneário do Sul,<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong> do estado <strong>de</strong> Santa Catarina. Utilizaram 20 filmes radiográficos do tipo<br />

Insight, com finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar o processamento radiográfico nos consultórios<br />

odontológicos. Foram expostos padroniza<strong>da</strong>mente em um fantoma feito com o lado<br />

direito <strong>de</strong> uma mandíbula macera<strong>da</strong>, revesti<strong>da</strong> <strong>de</strong> acrílico para simular os tecidos<br />

moles do paciente. Após a <strong>leitura</strong> <strong>da</strong>s <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s ópticas na área <strong>de</strong> chumbo,<br />

alumínio e exposição direta e análise estatística, constatou-se que nenhuma<br />

<strong>radiografia</strong> apresentou velamento, mas que to<strong>da</strong>s se apresentavam sub-revela<strong>da</strong>s.<br />

O estudo realizado por Lemke, Tavano, Mezadri (2006), com metodologia<br />

bastante semelhante <strong>ao</strong> estudo supracitado, tinha como propósito verificar as


condições <strong>de</strong> exposições e processamento <strong>de</strong> filmes radiográficos em consultórios<br />

odontológicos. Os resultados permitiram concluir que a maioria dos profissionais<br />

avaliados estavam realizando <strong>radiografia</strong>s superexpostas (56%) e subprocessa<strong>da</strong>s<br />

(54%). O fato <strong>de</strong>las se apresentarem subprocessa<strong>da</strong>s indica a tentativa <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quálas<br />

<strong>ao</strong> <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> exposição excessivo para a obtenção <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> radiográfica.<br />

2.5.1 Revelação<br />

A função <strong>da</strong> solução reveladora é reduzir os cristais <strong>de</strong> brometo <strong>de</strong> prata<br />

sensibilizados pelos raios X em prata metálica, convertendo a <strong>imagem</strong> latente em<br />

<strong>imagem</strong> visível. Possui como componentes básicos: solventes, agentes<br />

reveladores, ativadores, conservadores e restringentes (LASCALA; MOSCA, 2006;<br />

TAVANO, 2004).<br />

Pontual e Silveira (2002) avaliaram subjetivamente a influência <strong>da</strong><br />

sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos filmes radiográficos periapicais e o <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> revelação na<br />

<strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> radiográfica. Foram utilizados os filmes Ko<strong>da</strong>k Ektaspeed<br />

Plus do grupo E, Agfa-Gevaert do grupo D/E e o filme Ko<strong>da</strong>k Insight do grupo E/F,<br />

on<strong>de</strong> após a <strong>de</strong>terminação do <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> exposição a<strong>de</strong>quado para ca<strong>da</strong> tipo <strong>de</strong><br />

filme, estes foram expostos. Os filmes foram processados a uma temperatura <strong>de</strong><br />

25ºC pelos <strong>tempo</strong>s <strong>de</strong> revelação <strong>de</strong> 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5; 4,0; 4,5; 5,0; 5,5<br />

e 6,0 minutos. Após avaliação por nove observadores, constatou-se que o filme<br />

Ektaspeed (40%) seguido do Agfa (33%) foram os que apresentaram os melhores<br />

resultados; sendo o Ektaspeed (50%) preferido pelos clínicos. Quanto <strong>ao</strong> <strong>tempo</strong> <strong>de</strong><br />

revelação, o filme Agfa revelado com 2 minutos foi o <strong>de</strong> escolha pelos<br />

examinadores.


2.5.2 Lavagem Intermediária<br />

Segundo Langland e Langlais (2002), a lavagem intermediária ocorre<br />

quando o filme é lavado em água para remover os resíduos <strong>da</strong> solução reveladora,<br />

sendo recomen<strong>da</strong><strong>da</strong> a imersão do filme em água por 30 segundos.<br />

2.5.3 Fixação<br />

Depois que a película é revela<strong>da</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente, os cristais halogenato<br />

<strong>de</strong> prata <strong>da</strong> emulsão do filme radiográfico, expostos à radiação X, se convertem em<br />

prata metálica. A fixação tem o objetivo <strong>de</strong> eliminar os cristais <strong>de</strong> brometo <strong>de</strong> prata<br />

residuais, que não foram revelados, para a película não sofrer escurecimento com o<br />

<strong>tempo</strong> <strong>de</strong>vido à exposição à luz. Seus componentes básicos são agente fixador,<br />

solvente, agente conservador, agente endurecedor e acidificante (LASCALA;<br />

MOSCA, 2006).<br />

O <strong>tempo</strong> total <strong>da</strong> permanência do filme no fixador é o dobro do seu<br />

clareamento, ou seja, <strong>da</strong> remoção <strong>de</strong> sua aparência leitosa tornando-se<br />

transparente e em condições <strong>de</strong> interpretação, perfazendo um período <strong>de</strong> 2 a 4<br />

minutos, <strong>de</strong> acordo com o fabricante, ou segundo Langland, Langlais (2002);<br />

Tavano (2004) e Whaites (2003), 8 a 10 minutos. Após 2 minutos no fixador, as<br />

<strong>radiografia</strong>s po<strong>de</strong>m ser “interpreta<strong>da</strong>s molha<strong>da</strong>s“, em situações <strong>de</strong> emergência,<br />

mas <strong>de</strong>verão retornar a solução fixadora até completar a fixação (LANGLAND,<br />

LANGLAIS, 2002; TAVANO, 2004; WHAITES, 2003).<br />

Nos casos dos filmes que forem ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente fixados, eles po<strong>de</strong>m<br />

se apresentar a emulsão residual com uma coloração ver<strong>de</strong>-amarela<strong>da</strong> ou leitosa e<br />

com o <strong>tempo</strong>, essas películas po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>scolorir, tornando-se marrons (WHAITES,<br />

2003).<br />

Araújo (2008) avaliou a influência <strong>da</strong> interrupção do processo <strong>de</strong> fixação<br />

na <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento e no contraste radiográfico. Foram radiografados<br />

um penetrômetro <strong>de</strong> alumínio e uma placa <strong>de</strong> chumbo em 72 filmes radiográficos


periapicais. Após, os filmes foram divididos em 8 grupos, <strong>de</strong> acordo com os <strong>tempo</strong>s<br />

<strong>de</strong> imersão inicial no fixador: sem interrupção (grupo controle), 05, 10, 20, 30, 40,<br />

50 e 60 segundos. Posteriormente, os filmes foram processados pelo método<br />

manual temperatura/<strong>tempo</strong>. Nos grupos experimentais, após a lavagem<br />

intermediária, os filmes foram imersos no fixador e, <strong>da</strong>do o <strong>tempo</strong> inicial <strong>de</strong> imersão,<br />

foram removidos do fixador e postos contra a luz <strong>de</strong> um negatoscópio durante um<br />

<strong>tempo</strong> <strong>de</strong> 30 segundos e, novamente imersos no fixador para completar o processo<br />

<strong>de</strong> fixação. As <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s imagens do primeiro e do último <strong>de</strong>grau do<br />

penetrômetro, para cálculo do contraste e, <strong>da</strong> lâmina <strong>de</strong> chumbo, para mensuração<br />

<strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento, foram mensura<strong>da</strong>s por meio <strong>de</strong> um <strong>de</strong>nsitômetro.<br />

Não houve diferença significativa entre os grupos em relação <strong>ao</strong> contraste e<br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento. Concluiu-se que a interrupção do processo <strong>de</strong><br />

fixação, nas condições estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s, não interfere na <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento e<br />

no contraste <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> radiográfica, não sendo necessário esperar o <strong>tempo</strong> <strong>de</strong><br />

clareamento para a interrupção do processo <strong>de</strong> fixação.<br />

2.5.4 Lavagem Final<br />

Após o término <strong>da</strong> fixação, o filme <strong>de</strong>ve ser imerso na água para a<br />

realização <strong>da</strong> lavagem final, com o objetivo <strong>de</strong> remover substâncias químicas<br />

residuais do revelador e sais <strong>de</strong> prata (LANGLAND; LANGLAIS, 2002). Segundo<br />

<strong>da</strong>dos encontrados na literatura, este processo po<strong>de</strong> durar 5 minutos em água<br />

corrente (TAVANO, 2004), 10 minutos (LASCALA E MOSCA, 2006), 15 minutos<br />

(LANGLAND E LANGLAIS, 2002), <strong>de</strong> 10 a 20 minutos (WHAITES, 2003) ou 20<br />

minutos (FREITAS, 2000).<br />

Greco et al. (2006) verificaram a influência <strong>da</strong> lavagem final na <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />

<strong>da</strong> <strong>imagem</strong> radiográfica, além <strong>de</strong> avaliar o efeito causado pela ausência <strong>de</strong>ste<br />

procedimento. Foram utiliza<strong>da</strong>s 15 <strong>radiografia</strong>s dividi<strong>da</strong>s em três grupos, conforme<br />

o <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> permanência na lavagem final: sem lavagem, dois e cinco minutos <strong>de</strong><br />

lavagem final. As imagens foram avalia<strong>da</strong>s após o processamento, reavalia<strong>da</strong>s<br />

após três meses e quatro anos. Constatou-se que as imagens não se alteraram


imediatamente após o processamento, entretanto, após 3 meses, o grupo que não<br />

ocorreu lavagem final apresentou manchas amarela<strong>da</strong>s, e após 4 anos, o grupo <strong>de</strong><br />

lavagem em 2 minutos. Concluiu-se que, para obter <strong>radiografia</strong>s <strong>de</strong> boa <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />

<strong>de</strong> <strong>imagem</strong> e estas permaneçam com suas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s para o radiodiagnóstico,<br />

recomen<strong>da</strong>-se a lavagem final com o <strong>tempo</strong> mínimo <strong>de</strong> cinco minutos.<br />

2.5.5 Secagem<br />

Ao término <strong>da</strong> lavagem final, ca<strong>da</strong> <strong>radiografia</strong> <strong>de</strong>ve passar por um<br />

processo <strong>de</strong> secagem em um ambiente livre <strong>de</strong> poeira (WHAITES, 2003). Após<br />

estarem secas, as <strong>radiografia</strong>s <strong>de</strong>vem ser retira<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s colgaduras com cui<strong>da</strong>do<br />

para não <strong>da</strong>nificar e monta<strong>da</strong>s para avaliação (LANGLAND;LANGLAIS, 2002).<br />

Damian (2005) com seu estudo, avaliou a ação do álcool etílico, nas<br />

concentrações <strong>de</strong> 46ºGL, 70ºGL e 92ºGL, como agente acelerador <strong>da</strong> secagem <strong>de</strong><br />

<strong>radiografia</strong>s <strong>de</strong>ntárias, a fim <strong>de</strong> abreviar o <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> processamento.<br />

Adicionalmente, foi verificado se esse produto po<strong>de</strong>ria causar alterações na<br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>, nas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s sensitométricas e na <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong>stas <strong>radiografia</strong>s<br />

após um curto período <strong>de</strong> arquivamento. Para tanto, foram utilizados os filmes<br />

radiográficos intra-orais <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> D (Dspeed), E (E-speed) e E/F (Insight) <strong>da</strong><br />

Ko<strong>da</strong>k, divididos em grupos <strong>de</strong> acordo com o uso e a concentração <strong>da</strong> substância<br />

alcoólica. Todos os filmes foram processados manualmente pelo método<br />

temperatura/<strong>tempo</strong> em câmara escura portátil para simular condições clínicas. As<br />

<strong>radiografia</strong>s foram submeti<strong>da</strong>s às analises <strong>de</strong>nsitométrica e clínica subjetiva, além<br />

<strong>da</strong> construção <strong>de</strong> curvas características para a obtenção do contraste e <strong>da</strong><br />

sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, nos períodos correspon<strong>de</strong>ntes a um e seis meses após a realização<br />

do experimento, simulando condições <strong>de</strong> arquivo. Os resultados comprovaram que<br />

o uso do álcool etílico acelerou a secagem <strong>da</strong>s <strong>radiografia</strong>s in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do<br />

tipo <strong>de</strong> filme, contudo, os valores <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>, contraste e sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> foram<br />

alterados quando foi utilizado o álcool 70ºGL e o álcool 92ºGL, sendo que este<br />

último também foi capaz <strong>de</strong> alterar a <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> visual <strong>da</strong>s imagens após um curto<br />

período <strong>de</strong> arquivamento.


2.5.6 Métodos <strong>de</strong> Processamento<br />

São dois os tipos <strong>de</strong> processamentos radiográficos existentes: o manual,<br />

e o automático. O manual consiste na revelação; lavagem intermediária por 20<br />

segundos; fixação com <strong>tempo</strong> máximo <strong>de</strong> 10 minutos, lavagem final por 20 minutos<br />

em água corrente e secagem (LANGLAND, LANGLAIS, 2002). São dois os tipos <strong>de</strong><br />

processamento manual: o visual e o temperatura/ <strong>tempo</strong>.<br />

2.5.6.1 Visual<br />

Apesar <strong>de</strong> ser um método amplamente empregado pelos cirurgiões<strong>de</strong>ntistas,<br />

tem como <strong>de</strong>svantagem a falta <strong>de</strong> padronização dos resultados e o<br />

sucesso resultante <strong>da</strong> acui<strong>da</strong><strong>de</strong> visual do operador, do tipo <strong>de</strong> filtro e <strong>da</strong> distância<br />

<strong>da</strong> lanterna <strong>de</strong> segurança em relação <strong>ao</strong>s tanques <strong>de</strong> processamento (TAVANO,<br />

2004).<br />

2.5.6.2 Temperatura/<strong>tempo</strong><br />

No método temperatura/<strong>tempo</strong> é necessário que se tenha o controle <strong>da</strong><br />

temperatura <strong>da</strong>s soluções processadoras a fim <strong>de</strong> que os filmes radiográficos sejam<br />

imersos nestas no <strong>tempo</strong> <strong>de</strong>terminado para a temperatura medi<strong>da</strong>. Este método<br />

apresenta excelentes resultados, padronização <strong>da</strong>s <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s radiográficas e<br />

melhoria na <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong>s mesmas (TAVANO, 2004).<br />

A portaria 453 <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1998 <strong>da</strong> Secretaria <strong>de</strong> Vigilância<br />

Sanitária do Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, recomen<strong>da</strong> a realização do método<br />

temperatura/<strong>tempo</strong> em câmara escura portátil opaca (BRASIL, 1998).


cÜÉÑÉá|†ûÉ


3 PROPOSIÇÃO<br />

3.1 OBJETIVO GERAL<br />

Foi objetivo neste trabalho, avaliar a <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> <strong>quanto</strong> <strong>ao</strong><br />

<strong>tempo</strong> <strong>de</strong> observação <strong>da</strong> <strong>radiografia</strong> após fixação inicial <strong>de</strong> 5 segundos,<br />

imediatamente após o processamento radiográfico e com seis meses <strong>de</strong><br />

arquivamento <strong>da</strong>s películas.<br />

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS<br />

• Verificar se os <strong>tempo</strong>s 40, 50, 60, 70, 80, 90, 100, 110, 120, 130, 140 e 150<br />

segundos <strong>de</strong> <strong>leitura</strong> <strong>da</strong> <strong>radiografia</strong> em negatoscópio, seguido <strong>da</strong> fixação inicial por 5<br />

segundos, interferem na <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento e, no contraste radiográfico,<br />

após processamento radiográfico.<br />

• Verificar se os <strong>tempo</strong>s <strong>de</strong>, 40, 50, 60, 70, 80, 90, 100, 110, 120, 130, 140 e<br />

150 segundos <strong>da</strong> <strong>leitura</strong> <strong>da</strong> <strong>radiografia</strong> em negatoscópio, seguido <strong>da</strong> fixação inicial<br />

por 5 segundos, interferem na <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento e, no contraste<br />

radiográfico, após seis meses <strong>de</strong> arquivamento.


`tàxÜ|t|á x Å°àÉwÉá


4 MATERIAIS E MÉTODO<br />

Utilizou-se uma abor<strong>da</strong>gem indutiva, com procedimento comparativo e<br />

estatístico, com técnica <strong>de</strong> pesquisa experimental por observação direta<br />

(LAKATOS, MARCONI, 1991).<br />

4.1 UNIVERSO E AMOSTRA<br />

O universo foi constituído por 01 caixa <strong>de</strong> filmes periapicais Insight,<br />

sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> E/F, tamanho 2 (Eastman Ko<strong>da</strong>k Company, Rochester, USA) <strong>de</strong>ntro<br />

do prazo <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> (Fotografia 1) e a amostra, composta <strong>de</strong> 130 filmes escolhidos<br />

aleatoriamente que foram processados pelo método manual temperatura/<strong>tempo</strong>.<br />

Fotografia 1 – Caixa <strong>de</strong> filmes Insight utiliza<strong>da</strong> no presente trabalho


4.2 COLETA DE DADOS<br />

4.2.1 Seleção do <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> exposição<br />

A exposição dos filmes foi realiza<strong>da</strong> utilizando o aparelho <strong>de</strong> raios X<br />

Odontológico 70X com filtração total equivalente a 2,5 mm <strong>de</strong> alumínio (Dabi<br />

Atlante, São Paulo, Brasil) operando a 70kVp e 8mA. Para tais exposições, utilizouse<br />

um dispositivo padronizador afim <strong>de</strong> que permitisse uma incidência<br />

perpendicular do feixe <strong>de</strong> raios X tanto <strong>ao</strong> filme <strong>quanto</strong> <strong>ao</strong>s objetos a serem<br />

radiografados, e além <strong>de</strong> manter uma constância na distância foco-filme <strong>de</strong> 30 cm,<br />

compatível com a clínica (Fotografia 2).<br />

Fotografia 2 – Posicionamento do aparelho <strong>de</strong> raios X a uma distância foco-filme <strong>de</strong><br />

30 cm para a exposição do conjunto penetômetro <strong>de</strong> alumínio, placa <strong>de</strong> chumbo e<br />

filme radiográfico.<br />

Proce<strong>de</strong>u-se uma seleção para se verificar o <strong>tempo</strong> apropriado <strong>de</strong><br />

exposição dos filmes radiográficos. Para isso, uma escala <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>


alumínio <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong>graus, sendo ca<strong>da</strong> <strong>de</strong>grau com incrementos <strong>de</strong> 2mm <strong>de</strong><br />

espessura foi radiografa<strong>da</strong> nos <strong>tempo</strong>s <strong>de</strong> 0,2; 0,3; 0,4; 0,5; 0,6; 0,7; 0,8; 0,9 e 1<br />

segundo (Fotografia 3).<br />

Fotografia 3 - Penetrômetro e placa <strong>de</strong> chumbo posicionados sobre o filme<br />

radiográfico para exposição.<br />

Ao término <strong>da</strong> exposição <strong>da</strong>s películas, o processamento radiográfico se<br />

<strong>de</strong>u <strong>de</strong> forma manual pelo método temperatura/<strong>tempo</strong>, individualmente, em uma<br />

câmara escura portátil totalmente opaca (Del Grandi, São Paulo, Brasil) (Fotografia<br />

4), utilizando soluções pronto uso (Ko<strong>da</strong>k, Eastman, Rochester, EUA), cronômetro e<br />

termômetro <strong>de</strong> imersão. A temperatura <strong>da</strong>s soluções no momento do<br />

processamento foi <strong>de</strong> 25 ºC e o <strong>tempo</strong> selecionado para <strong>de</strong> imersão <strong>da</strong>s películas<br />

no revelador foi <strong>de</strong> 3 minutos. Os <strong>tempo</strong>s foram escolhidos foram baseados na<br />

tabela forneci<strong>da</strong> pelo fabricante do filme.


Fotografia 4 - Câmara escura portátil opaca utiliza<strong>da</strong> no presente trabalho.<br />

A secagem <strong>da</strong>s <strong>radiografia</strong>s se proce<strong>de</strong>u <strong>ao</strong> ar livre e o grau <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> correspon<strong>de</strong>nte <strong>ao</strong> quinto <strong>de</strong>grau <strong>da</strong> escala radiografa<strong>da</strong> foi<br />

mensurado por meio <strong>de</strong> um <strong>de</strong>nsitômetro (MRA, São Paulo, Brasil)(Fotografia 5). O<br />

<strong>tempo</strong> selecionado foi aquele em que a <strong>radiografia</strong> obteve a <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong><br />

do quinto <strong>de</strong>grau <strong>da</strong> escala mais próxima <strong>de</strong> 1 e isto foi verificado no <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> 0,7<br />

segundos.<br />

Fotografia 5 – Densitômetro digital MRA on<strong>de</strong> foram realiza<strong>da</strong>s as mensurações <strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>.


4.2.2 Exposição dos grupos estu<strong>da</strong>dos<br />

Após seleção do <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> exposição <strong>de</strong> 0,7 segundos, o penetrômetro<br />

<strong>de</strong> alumínio e uma placa <strong>de</strong> chumbo foram radiografados em 130 filmes, nas<br />

mesmas condições padroniza<strong>da</strong>s <strong>de</strong>scritas anteriormente. Após, as películas<br />

radiográficas foram, aleatoriamente e igualmente, dividi<strong>da</strong>s em grupos <strong>de</strong> acordo<br />

com o <strong>tempo</strong> em que permaneceriam fora <strong>da</strong> solução fixadora após a subfixação <strong>de</strong><br />

5 segundos: sem permanência fora <strong>da</strong> solução fixadora (grupo controle), 40, 50, 60,<br />

70, 80, 90, 100, 110, 120, 130, 140 e 150 segundos fora do fixador. Sendo assim,<br />

foram avaliados um total <strong>de</strong> 13 grupos, sendo 12 <strong>de</strong>les grupos experimentais e 1<br />

constituindo o grupo controle. foi utiliza<strong>da</strong> uma subfixação <strong>de</strong> 5 segundos basea<strong>da</strong><br />

nos resultados do estudo <strong>de</strong> araujo (2008), no qual verificou que a interrupção no<br />

processo <strong>de</strong> fixação, mesmo neste <strong>tempo</strong>, não interfere na <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e<br />

velamento nem no contraste <strong>da</strong> <strong>radiografia</strong>.<br />

4.2.3 Processamento Radiográfico<br />

Para o processamento radiográfico, foi utiliza<strong>da</strong> uma câmara escura<br />

portátil totalmente opaca (Del Grandi, São Paulo, Brasil) Os filmes foram<br />

processados, individualmente, pelo método manual temperatura/<strong>tempo</strong>,<br />

utilizando soluções pronto uso (Ko<strong>da</strong>k, Eastman, Rochester, EUA) dispostas em<br />

recipientes <strong>de</strong> 300 ml. As películas radiográficas do grupo controle foram<br />

processa<strong>da</strong>s sem interrupção no processo <strong>de</strong> fixação. Nos <strong>de</strong>mais grupos, após<br />

a lavagem intermediária, as películas foram imersas na solução fixadora e, <strong>da</strong>do


o <strong>tempo</strong> inicial <strong>de</strong> imersão <strong>de</strong> 5 segundos, foram removidos do fixador e postos<br />

contra a luz <strong>de</strong> um negatoscópio <strong>de</strong> 600 lux (Miolight, São Paulo, Brasil),<br />

perfazendo um <strong>tempo</strong> <strong>de</strong>: 40, 50, 60, 70, 80, 90, 100, 110, 120, 130, 140 e 150<br />

segundos fora do fixador. Posteriormente, os filmes foram novamente imersos no<br />

fixador a fim <strong>de</strong> completar o processo <strong>de</strong> fixação <strong>de</strong> 4 minutos.<br />

Vale salientar que, a ca<strong>da</strong> grupo processado foi realiza<strong>da</strong> a troca <strong>da</strong>s<br />

soluções utiliza<strong>da</strong>s por uma nova a fim <strong>de</strong> evitar exaustão <strong>da</strong>s mesmas para que<br />

fosse possível <strong>da</strong>r <strong>ao</strong>s grupos condições semelhantes <strong>de</strong> avaliação.<br />

Fotografia 6 – Radiografia sendo exposta à luz do negatoscópio com máscara.<br />

4.2.4 Mensuração <strong>da</strong>s <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e cálculo do contraste<br />

Após a obtenção <strong>da</strong>s imagens radiográficas e posteriormente a um<br />

período <strong>de</strong> seis meses, as <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s ópticas dos <strong>de</strong>graus <strong>de</strong> 2 e 20 mm e a<br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> base e velamento foram mensura<strong>da</strong>s por meio <strong>de</strong> um <strong>de</strong>nsitômetro<br />

digital (MRA, Brasil)<br />

De acordo com as <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s ópticas obti<strong>da</strong>s, calculou-se o contraste<br />

radiográfico para ca<strong>da</strong> filme, usando-se a fórmula:


C = D 2 – D 1<br />

½ (D 2 + D 1 )<br />

on<strong>de</strong>, D 2 correspondia a <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> área mais <strong>de</strong>nsa (<strong>de</strong>grau <strong>de</strong> 2mm) e D 1<br />

equivalia a <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> área menos <strong>de</strong>nsa (<strong>de</strong>grau <strong>de</strong> 20mm), <strong>de</strong> acordo com<br />

Price (1986).<br />

4.3. ANÁLISE DOS DADOS<br />

De posse dos valores do contraste e <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento <strong>da</strong>s<br />

<strong>radiografia</strong>s <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> grupo, estes foram tabulados no programa Microsoft Office<br />

Excel 2003 e submetidos à análise estatística com nível <strong>de</strong> significância 0,05<br />

utilizando os “softwares” Minitab 14 e Stata 9.2. Os <strong>da</strong>dos foram resumidos através<br />

<strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s usuais <strong>de</strong> locação e dispersão. A variação dos valores <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

base e velamento e do contraste radiográfico entre os grupos (i<strong>de</strong>ntificados <strong>de</strong><br />

acordo com o <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> <strong>leitura</strong> <strong>da</strong>s <strong>radiografia</strong>s no negatoscópio) foi avalia<strong>da</strong><br />

através do ajuste <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> regressão linear. A intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> associação<br />

linear entre esses grupos e a <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> ou o contraste foi avalia<strong>da</strong> pelo coeficiente<br />

<strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> Pearson.


exáâÄàtwÉá


5 RESULTADOS<br />

A tabela 1 apresenta as principais estatísticas <strong>de</strong>scritivas <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento logo após a obtenção <strong>da</strong>s <strong>radiografia</strong>s, <strong>de</strong> acordo com<br />

os grupos <strong>de</strong> <strong>radiografia</strong>s estu<strong>da</strong>dos, on<strong>de</strong> se avaliou a média do contraste <strong>da</strong>s<br />

<strong>radiografia</strong>s, o <strong>de</strong>svio padrão, o mínimo, a mediana e o máximo pela análise <strong>de</strong><br />

variância.<br />

Tabela 1. Principais estatísticas <strong>de</strong>scritivas <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento.<br />

Tempo N Média DP Mínimo Mediana Máximo<br />

0 10 0,28 0,01 0,25 0,28 0,29<br />

40 10 0,27 0,01 0,26 0,27 0,28<br />

50 10 0,28 0,01 0,27 0,28 0,29<br />

60 10 0,28 0,01 0,27 0,28 0,29<br />

70 10 0,28 0,01 0,28 0,28 0,29<br />

80 10 0,29 0,01 0,27 0,29 0,31<br />

90 10 0,27 0,01 0,25 0,27 0,29<br />

100 10 0,27 0,01 0,25 0,27 0,28<br />

110 10 0,28 0,01 0,27 0,28 0,29<br />

120 10 0,29 0,01 0,28 0,29 0,31<br />

130 10 0,28 0,01 0,27 0,28 0,29<br />

140 10 0,26 0,01 0,25 0,26 0,29<br />

150 10 0,28 0,01 0,26 0,28 0,30<br />

A análise <strong>de</strong> variância não revelou diferença estatisticamente significante<br />

entre as médias dos grupos <strong>de</strong> <strong>radiografia</strong>s estu<strong>da</strong>dos on<strong>de</strong> p= 0,273.<br />

O gráfico 1 <strong>de</strong>monstra a média e o <strong>de</strong>svio padrão dos valores <strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento, graficamente, <strong>de</strong> acordo com os grupos <strong>de</strong><br />

<strong>radiografia</strong>s estu<strong>da</strong>dos, comprovando que não houve diferença significativa em<br />

relação <strong>ao</strong> <strong>tempo</strong> <strong>da</strong> <strong>radiografia</strong> exposta à luz do negatoscópio logo após 5<br />

segundos <strong>de</strong> fixação.


0.30<br />

Densi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento<br />

0.25<br />

0.20<br />

0.15<br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> = 0.280 - 0.00003* <strong>tempo</strong>; r = -0.097 (p = 0.273)<br />

0.10<br />

0<br />

20<br />

40<br />

60<br />

80<br />

Tempo (s)<br />

100<br />

120<br />

140<br />

160<br />

Gráfico 1 - Média e <strong>de</strong>svio padrão dos valores <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento.<br />

A tabela 2 apresenta as principais estatísticas <strong>de</strong>scritivas <strong>da</strong> primeira<br />

mensuração do contraste em função do <strong>tempo</strong>, <strong>de</strong> acordo com os grupos <strong>de</strong><br />

<strong>radiografia</strong>s estu<strong>da</strong>dos. A análise <strong>de</strong> variância revelou um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> regressão<br />

linear <strong>ao</strong>s valores do contraste que não foi estatisticamente significante (p = 0,137),<br />

ou seja, não houve evidência para se rejeitar a hipótese <strong>de</strong> que os valores do<br />

contraste foram estáveis durante o intervalo <strong>de</strong> <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> observação.


Tabela 2 - Principais estatísticas <strong>de</strong>scritivas do contraste.<br />

Tempo (s) N Média DP Mínimo Mediana Máximo<br />

0 10 1.36 0.01 1.34 1.37 1.38<br />

40 10 1.35 0.03 1.28 1.35 1.38<br />

50 10 1.38 0.03 1.33 1.37 1.41<br />

60 10 1.36 0.03 1.33 1.35 1.41<br />

70 10 1.38 0.04 1.31 1.39 1.46<br />

80 10 1.36 0.02 1.32 1.36 1.38<br />

90 10 1.35 0.01 1.32 1.35 1.37<br />

100 10 1.35 0.01 1.33 1.35 1.37<br />

110 10 1.37 0.02 1.34 1.37 1.41<br />

120 10 1.37 0.02 1.33 1.36 1.40<br />

130 10 1.36 0.01 1.34 1.37 1.38<br />

140 10 1.38 0.03 1.32 1.37 1.43<br />

150 10 1.38 0.02 1.35 1.38 1.40<br />

O gráfico 2 ilustra a média e o <strong>de</strong>svio padrão dos valores do contraste, <strong>de</strong><br />

acordo com os grupos <strong>de</strong> <strong>radiografia</strong>s estu<strong>da</strong>dos, A inclinação <strong>da</strong> reta ajusta<strong>da</strong>,<br />

embora tenha sido positiva, não mostra evidência <strong>de</strong> variação significativa do<br />

contraste em relação <strong>ao</strong> <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> observação.<br />

1.5<br />

1.4<br />

Contraste<br />

1.3<br />

1.2<br />

contraste = 1.36 + 0.000075 *<strong>tempo</strong>; r = .131 (p = 0.137)<br />

1.1<br />

1.0<br />

0<br />

20<br />

40<br />

60<br />

80<br />

Tempo (s)<br />

100<br />

120<br />

140<br />

160<br />

Gráfico 2 – Média e <strong>de</strong>svio padrão dos valores do contraste.


A tabela 3 mostra as principais estatísticas <strong>de</strong>scritivas <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base velamento, <strong>de</strong> acordo com os grupos estu<strong>da</strong>dos, após os seis<br />

meses <strong>de</strong> arquivamento.<br />

Tabela 3 - Principais estatísticas <strong>de</strong>scritivas <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento após<br />

seis meses <strong>de</strong> arquivamento.<br />

Tempo N Média DP Mínimo Mediana Máximo<br />

0 10 0.28 0.007 0.27 0.28 0.29<br />

40 10 0.27 0.010 0.26 0.27 0.29<br />

50 10 0.27 0.017 0.26 0.27 0.31<br />

60 10 0.27 0.007 0.26 0.27 0.28<br />

70 10 0.27 0.010 0.26 0.27 0.29<br />

80 10 0.28 0.012 0.26 0.28 0.29<br />

90 10 0.28 0.010 0.27 0.28 0.30<br />

100 10 0.28 0.011 0.26 0.28 0.30<br />

110 10 0.27 0.015 0.25 0.28 0.30<br />

120 10 0.28 0.010 0.27 0.28 0.30<br />

130 10 0.29 0.011 0.27 0.29 0.30<br />

140 10 0.26 0.024 0.23 0.26 0.30<br />

150 10 0.28 0.012 0.26 0.28 0.29<br />

A análise <strong>de</strong> variância não <strong>de</strong>monstrou nenhuma evidência <strong>de</strong> variação<br />

significante entre as médias dos grupos <strong>de</strong> <strong>radiografia</strong>s estu<strong>da</strong>dos on<strong>de</strong> p= 0,414<br />

O gráfico 3 apresenta a média e o <strong>de</strong>svio padrão dos valores <strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento, relacionados <strong>ao</strong> grupos estu<strong>da</strong>dos <strong>da</strong>s <strong>radiografia</strong>s,<br />

comprovando que não houve diferença estatisticamente significante, mesmo após<br />

seis meses <strong>de</strong> arquivamento.


0.30<br />

Densi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento<br />

0.25<br />

0.20<br />

0.15<br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> = 0.274 + 0.00002* <strong>tempo</strong>; r = 0.072 (p = 0.414)<br />

0.10<br />

0<br />

20<br />

40<br />

60<br />

80<br />

Tempo (s)<br />

100<br />

120<br />

140<br />

160<br />

Gráfico 3 – Média e <strong>de</strong>svio padrão dos valores <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento após<br />

seis meses <strong>de</strong> arquivamento.<br />

A tabela 4 apresenta as principais estatísticas <strong>de</strong>scritivas <strong>da</strong> segun<strong>da</strong><br />

mensuração do contraste radiográfico em relação <strong>ao</strong>s grupos estu<strong>da</strong>dos após seis<br />

meses <strong>de</strong> arquivamento. A análise <strong>de</strong> variância não revelou diferença significativa<br />

entre as médias dos grupos em relação <strong>ao</strong> <strong>tempo</strong> (p=0,262).


Tabela 4 - Principais estatísticas <strong>de</strong>scritivas do contraste radiográfico após seis<br />

meses <strong>de</strong> arquivamento.<br />

Tempo N Média DP Mínimo Mediana Máximo<br />

0 10 1.37 0.01 1.35 1.37 1.39<br />

40 10 1.35 0.01 1.33 1.35 1.38<br />

50 10 1.37 0.03 1.33 1.37 1.41<br />

60 10 1.36 0.03 1.33 1.35 1.41<br />

70 10 1.39 0.04 1.32 1.39 1.47<br />

80 10 1.36 0.02 1.31 1.36 1.39<br />

90 10 1.35 0.01 1.32 1.35 1.37<br />

100 10 1.34 0.02 1.31 1.34 1.35<br />

110 10 1.37 0.02 1.34 1.36 1.41<br />

120 10 1.36 0.02 1.34 1.36 1.40<br />

130 10 1.35 0.01 1.33 1.35 1.37<br />

140 10 1.37 0.04 1.30 1.37 1.42<br />

150 10 1.36 0.02 1.33 1.36 1.40<br />

O gráfico 4 <strong>de</strong>monstra a média e o <strong>de</strong>svio padrão dos valores obtidos para<br />

o contraste radiográfico <strong>de</strong> acordo com os grupos <strong>de</strong> <strong>radiografia</strong>s estu<strong>da</strong>dos após<br />

seis meses <strong>de</strong> arquivamento. Neste caso, a inclinação <strong>da</strong> reta ajusta<strong>da</strong>, embora<br />

tenha sido negativa, não foi significativa, ou seja, não houve evidência para se<br />

rejeitar a hipótese <strong>de</strong> que os valores <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> mensuração do contraste foram<br />

estáveis durante o intervalo <strong>de</strong> <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> observação.


1.5<br />

1.4<br />

1.3<br />

Contraste<br />

1.2<br />

1.1<br />

contraste = 1.37 - 0.000062* <strong>tempo</strong>; r = - 0.099 (p = 0.262)<br />

1.0<br />

0.9<br />

0.8<br />

0<br />

20<br />

40<br />

60<br />

80<br />

Tempo (s)<br />

100<br />

120<br />

140<br />

160<br />

Gráfico 4 - Média dos valores <strong>de</strong> contraste após seis meses <strong>de</strong> arquivamento


W|ávâááûÉ


6 DISCUSSÃO<br />

A <strong>imagem</strong> radiográfica na Odontologia tem se revelado um fun<strong>da</strong>mental<br />

exame auxiliar para o correto diagnóstico e planejamento do tratamento <strong>de</strong>ntário<br />

(KREICH ET AL, 2002). Sendo muitas vezes, a única forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar algum tipo<br />

<strong>de</strong> alteração existente (GASPARINI, et al., 1992). No entanto, segundo Clasen<br />

(2003), é importante ressaltar que a <strong>radiografia</strong> apresenta como limitação, o fato<br />

<strong>de</strong>la fornecer uma <strong>imagem</strong> bidimensional <strong>de</strong> uma estrutura tridimensional. Desta<br />

forma, a <strong>radiografia</strong> <strong>de</strong>ntária <strong>de</strong>ve apresentar uma boa <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>imagem</strong>, com<br />

máximo <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe, contraste e <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> médios e não <strong>de</strong>vem apresentar<br />

distorção (LANGLAND; LANGLAIS, 2002; DEZOTTI, 2003; GASPARINI et al.,<br />

2005; PONTUAL et al., 2005).<br />

Para a obtenção <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> radiográfica <strong>de</strong> boa <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>, é necessário<br />

que to<strong>da</strong>s as etapas sejam rigorosamente segui<strong>da</strong>s, pois esta <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> tanto <strong>da</strong><br />

técnica como <strong>de</strong> requisitos inerentes <strong>ao</strong> processamento radiográfico (CAPELOZZA,<br />

ALVARES, 1990; TAVANO, 2000; YACOVENCO, 2001). Além disso, o<br />

cumprimento <strong>de</strong>talhado <strong>da</strong> seqüência dos procedimentos visa à proteção do<br />

paciente, do profissional e <strong>da</strong>s pessoas auxiliares (PAVAN, TAVANO, 2000;<br />

GASPARINI 2005).<br />

Apesar do processamento radiográfico ser consi<strong>de</strong>rado uma etapa <strong>de</strong><br />

fácil execução, é responsável por um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> falhas radiográficas<br />

(GASPARINI et al., 1992; PONTUAL et al., 2005). Os erros <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>sta<br />

etapa, além <strong>de</strong> serem os mais freqüentes, são também os mais fáceis <strong>de</strong> serem<br />

evitados (FRANÇA, 2008). De acordo com Zenóbio e Silva (2003) e Goren et al.<br />

(2000), as falhas radiográficas po<strong>de</strong>m resultar em diagnósticos incorretos,<br />

repetições <strong>de</strong> exames, custos adicionais, <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> <strong>tempo</strong> e aumento <strong>da</strong> dose<br />

<strong>de</strong> radiação ionizante no paciente. Registra-se então a importância <strong>de</strong> se realizar<br />

um controle <strong>de</strong> <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> a fim <strong>de</strong> evitar essas falhas (BRÜCKER, TAVANO,<br />

COSTA, 1992) e consequentemente, repetições <strong>de</strong>snecessárias (BELTRAME et al.,<br />

2003; LANGLAND, LANGLAIS, 2002).<br />

Segundo Kaugars, Broga e Collett (1985), muitos profissionais não<br />

<strong>de</strong>ixam o filme imerso na solução fixadora durante o <strong>tempo</strong> recomen<strong>da</strong>do pelo


fabricante. Salienta-se ain<strong>da</strong>, que muitos profissionais, por força <strong>de</strong> execução, são<br />

levados a interrupção do processo <strong>de</strong> fixação para visualização prévia <strong>da</strong><br />

<strong>radiografia</strong> e, em segui<strong>da</strong>, <strong>de</strong>volvê-la <strong>ao</strong> recipiente <strong>da</strong> solução fixadora. Várias<br />

pesquisas foram <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s com o objetivo <strong>de</strong> avaliar os tipos <strong>de</strong> filmes<br />

radiográficos (GEIST, BRAND, 2001. LUDLOW, ABREU E MOL, 2001; LUDLOW,<br />

PLATIN, MOL, 2001; NAIR, NAIR, 2001; SYRIOPOULUS et al., 2001; CASANOVA,<br />

2002), os tipos <strong>de</strong> soluções processadoras (TAVANO, DEZOTTI, 2000), as formas<br />

<strong>de</strong> processamento radiográfico (PASQUALINI, VAVASSORI, 2000; PAULA,<br />

FENYO-PEREIRA, 2001; YAKOUMAKIS, 2001; BELTRAME, 2003; MEZADRI,<br />

2003; GASPARINI et al., 2005; LEMKE, TAVANO, MEZADRI, 2006), a temperatura<br />

<strong>de</strong> revelação (PONTUAL, SILVEIRA, 2002; LANGLAND, LANGLAIS, 2002,<br />

WHAITES, 2003; TAVANO, 2004 WHITE, PHAROAH, 2004), a lavagem final,<br />

(GRECO et al, 2006), a secagem (DAMIAN, 2005), a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e o contraste<br />

radiográfico (WHITE, YOON, 2000; DEZOTTI, 2003; BERSTEIN, 2003) e a<br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento (SYRIOPOULUS, 2001; GEIST et al., 2003; COSTA et<br />

al., 2005) influenciando a <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> <strong>da</strong>s <strong>radiografia</strong>s. Contudo, em<br />

relação à influência <strong>de</strong> fixação na <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> radiográfica, encontrou-se somente o<br />

trabalho <strong>de</strong> Araujo (2008), no qual verificou que não houve influência dos <strong>tempo</strong>s<br />

<strong>de</strong> interrupção por 30 segundos <strong>da</strong> fixação após imersão inicial <strong>da</strong> película durante<br />

5,10, 20, 30, 40, 50 e 60 segundos.<br />

Uma gran<strong>de</strong> varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> filmes radiográficos têm surgido no mercado.<br />

Alguns estudos compararam tipos <strong>de</strong> filmes radiográficos, afirmaram que o filme<br />

Insight ® é eficaz em manter uma boa <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong>, mesmo com uma<br />

redução <strong>da</strong> dose <strong>de</strong> radiação emiti<strong>da</strong>, além <strong>de</strong> ser menos susceptível a <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção<br />

dos líquidos processadores (LUDLOW, ABREU E MOL, 2001; NAIR, NAIR, 2001;<br />

CASANOVA, 2002 ). Este filme foi lançado pela Ko<strong>da</strong>k no ano <strong>de</strong> 2000 e possui<br />

sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> E/F <strong>de</strong> acordo com as condições <strong>de</strong> processamento (GEIST, BRAND,<br />

2001; LUDLOW, PLATIN, MOL, 2001 e SYRIOPOULUS et al., 2001). Portanto,<br />

neste trabalho, utilizou-se o filme Insight ® , frente às <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>s supracita<strong>da</strong>s, já<br />

que a dose <strong>de</strong> radiação po<strong>de</strong> ser reduzi<strong>da</strong> sem prejuízos à <strong>imagem</strong> forma<strong>da</strong>,<br />

aumentando sobremaneira a proteção para o paciente e para o profissional, sendo<br />

<strong>de</strong>sta forma, indicado para a clínica diária.


Segundo Tavano e Dezotti (2000), as soluções <strong>da</strong> Ko<strong>da</strong>k nas três<br />

concentrações (pronto uso, diluído1:1 e diluído 1:3) apresentam proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

sensitométricas a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s, sendo indica<strong>da</strong> para a clínica diária. Diante disto, com<br />

a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> simular situação <strong>de</strong> processamentos radiográficos nos consultórios<br />

odontológicos, as soluções processadoras usa<strong>da</strong>s nesta pesquisa foram as<br />

soluções pronto uso (Ko<strong>da</strong>k, Eastman, Rochester, EUA).<br />

O processamento <strong>da</strong>s <strong>radiografia</strong>s <strong>de</strong>ve ser realizado em ambientes<br />

<strong>de</strong>nominados câmaras escuras e estas po<strong>de</strong>m ser do tipo: portátil, quarto, ou<br />

labirinto (FREITAS, 2004; TAVANO, 2004). Neste estudo, optou-se por utilizar<br />

câmara escura portátil também com o propósito <strong>de</strong> simular uma condição clínica, já<br />

que este tipo é o mais encontrado nos consultórios odontológicos. O material <strong>de</strong><br />

confecção <strong>da</strong> câmara escura usa<strong>da</strong> era fibra <strong>de</strong> vidro totalmente opaco, como<br />

recomen<strong>da</strong> a Portaria 453 <strong>da</strong> Secretaria <strong>de</strong> Vigilância Sanitária do Ministério <strong>da</strong><br />

Saú<strong>de</strong>, para impedir a entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> luz e conseqüentemente o velamento do filme<br />

en<strong>quanto</strong> este estiver sendo processado (BRASIL, 1998).<br />

Dentre os métodos <strong>de</strong> processamento radiográficos, Tavano (2004) e<br />

Freitas (2000) afirmaram que o manual visual é o mais empregado entre os<br />

cirurgiões-<strong>de</strong>ntistas, porém este não possibilita padronização dos resultados, pois<br />

está intimamente relacionado com a acui<strong>da</strong><strong>de</strong> visual do operador. Isto foi<br />

comprovado pelos estudos <strong>de</strong> Paula e Fenyo-Pereira (2001), Yakoumakis et al<br />

(2001), Beltrame et al. (2003), Gasparini et al. (2005) e Lemke, Tavano, Mezadri<br />

(2006) os quais mostraram que este método tinha sido o mais usado pelos<br />

<strong>de</strong>ntistas e as <strong>radiografia</strong>s apresentavam-se sub-processa<strong>da</strong>s. Já o método<br />

temperatura/<strong>tempo</strong> exibe excelentes resultados, padronização e melhor <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />

<strong>da</strong>s imagens (TAVANO, 2004), além <strong>de</strong> ser o método recomen<strong>da</strong>do pela Portaria<br />

453 <strong>da</strong> Secretaria <strong>de</strong> Vigilância Sanitária (BRASIL, 1998). Portanto, este método foi<br />

escolhido para ser utilizado neste estudo e para tal, empregou-se a tabela <strong>de</strong><br />

processamento forneci<strong>da</strong> pelo fabricante do filme usado neste trabalho.<br />

É interessante que sejam obe<strong>de</strong>ci<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as recomen<strong>da</strong>ções do<br />

fabricante em relação <strong>ao</strong> <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> imersão <strong>da</strong>s películas nas soluções<br />

processadoras (LASCALA e MOSCA, 2006). Existem controvérsias entre autores<br />

sobre o <strong>tempo</strong> a<strong>de</strong>quado em que a película radiográfica <strong>de</strong>veria ser manti<strong>da</strong> imersa<br />

em solução fixadora. Para Langland, Langlais (2002), Whaites (2003) e Tavano


(2004), este <strong>tempo</strong> <strong>de</strong>ve correspon<strong>de</strong>r <strong>ao</strong> dobro do seu clareamento, quando a<br />

aquela aparência leitosa torna-se transparente que se dá por volta <strong>de</strong> 8 a 10<br />

minutos. Já <strong>de</strong> acordo com o fabricante do filme radiográfico, recomen<strong>da</strong>-se um<br />

banho <strong>de</strong> 2 a 4 minutos no fixador. Os mesmos autores afirmaram que, nos casos<br />

<strong>de</strong> emergências, após 2 minutos imersos na solução fixadora, as <strong>radiografia</strong>s já<br />

po<strong>de</strong>m ser interpreta<strong>da</strong>s molha<strong>da</strong>s <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que retornem <strong>de</strong>pois <strong>ao</strong> fixador a fim <strong>de</strong><br />

completarem a completa fixação.<br />

Ao tipo <strong>de</strong> análise feita por meio <strong>de</strong> suas <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, <strong>de</strong>nomina-se<br />

análise objetiva (DAMIAN, 2001). A <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento é representa<strong>da</strong><br />

pela <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> óptica inerente <strong>ao</strong> filme radiográfico oferecido pelo fabricante<br />

(COSTA et al., 2005). No presente estudo, os valores <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e<br />

velamento variaram <strong>de</strong> 0,25 a 0,31, valores maiores que o encontrado por, Ludlow,<br />

Platin, Mol (2001), Syrioupoulus (2001) e Dezotti (2003), po<strong>de</strong>ndo ser explicado<br />

pelos filmes terem sido processados sob diferentes condições. Porém, encontra-se<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> faixa dos valores consi<strong>de</strong>rados para as <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s base e velamento <strong>de</strong><br />

filmes radiográficos intra-bucais (White; Pharoah, 2004) e <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> faixa limite<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> pela ISO 3665 (máximo <strong>de</strong> 0,35) para filme <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> E/F<br />

(INTERNACIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION, 1996).<br />

O contraste radiográfico representa a diferença existente entre os<br />

diversos graus do preto, branco e cinza do filme radiográfico, ou seja, ele consiste<br />

na diferença entre as <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s radiográficas <strong>da</strong>s diferentes regiões <strong>de</strong> uma<br />

<strong>radiografia</strong> (TAVANO, ESTEVAM, 1998; FREITAS, 2000;). No presente estudo, o<br />

cálculo do contraste radiográfico <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> filme seguiu a metodologia <strong>de</strong> Price<br />

(1986).<br />

Ain<strong>da</strong> com relação <strong>ao</strong> contraste radiográfico, no presente estudo os<br />

valores variaram <strong>de</strong> 1,28 à 1,47. White, Yoon (2000) avaliando filmes <strong>de</strong><br />

sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> E (Flow e Ektaspeed Plus), processados segundo as especificações<br />

<strong>da</strong> ADA, encontraram valores do contraste <strong>de</strong> 1,88 e 1,75, os quais são valores<br />

maiores que os requeridos pela ADA <strong>de</strong> 1,5. No presente estudo, o valor médio do<br />

contraste foi <strong>de</strong> 1,36, abaixo do valor estabelecido pela ADA, porém mais próximo<br />

<strong>de</strong>sse valor.<br />

Araújo (2008) verificou que mesmo a interrupção do processo <strong>de</strong> fixação<br />

após 5 segundos <strong>de</strong> imersão, com <strong>leitura</strong> <strong>da</strong> <strong>radiografia</strong> por 30 segundos em


negatoscópio, não interferiu objetivamente na <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> radiográfica.<br />

Destarte, no presente estudo, utilizando metodologia semelhante <strong>ao</strong> trabalho <strong>de</strong><br />

Araújo (2008), avaliou-se objetivamente a influência dos <strong>tempo</strong>s <strong>de</strong> <strong>leitura</strong> no<br />

negatoscópio, <strong>da</strong> <strong>radiografia</strong>, a partir <strong>de</strong> 40 segundos, após fixação inicial <strong>de</strong> 5<br />

segundos. A<strong>de</strong>mais, investigou-se a influência <strong>de</strong>sses fatores após um período <strong>de</strong><br />

seis meses <strong>de</strong> arquivamento <strong>da</strong>s <strong>radiografia</strong>s. Não houve influência dos <strong>tempo</strong>s <strong>de</strong><br />

<strong>leitura</strong> <strong>da</strong> <strong>radiografia</strong> no negatoscópio após fixação inicial <strong>de</strong> 5 segundos, mesmo<br />

após um <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> arquivamento <strong>de</strong> seis meses, uma vez que a <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e<br />

velamento e o contraste radiográfico <strong>da</strong>s <strong>radiografia</strong>s dos grupos experimentais não<br />

variaram <strong>de</strong> forma significativa em relação <strong>ao</strong> grupo controle.<br />

Estes resultados sugerem a existência <strong>de</strong> dois fatores: o primeiro seria<br />

que a permanência <strong>da</strong> solução fixadora na película radiográfica durante o período<br />

<strong>de</strong> <strong>leitura</strong> no negatoscópio, permitindo a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> ação do hipossulfito <strong>de</strong><br />

sódio na remoção dos cristais <strong>de</strong> prata; o segundo fator seria a importância do<br />

processo <strong>de</strong> fixação ser completado, mesmo após fixação inicial <strong>de</strong> 5 segundos e<br />

remoção <strong>da</strong> película radiográfica <strong>da</strong> solução fixadora durante um período <strong>de</strong> até<br />

150 segundos.<br />

Desta forma, po<strong>de</strong>-se afirmar que os profissionais que <strong>de</strong>sejam realizar a<br />

interpretação <strong>da</strong> <strong>radiografia</strong>, mesmo antes do processo <strong>de</strong> fixação ser completado,<br />

sem trazer prejuízo à <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> radiográfica, po<strong>de</strong>m fazer, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a<br />

película não seja lava<strong>da</strong> antes <strong>da</strong> observação, que esta observação seja <strong>de</strong> até 2,5<br />

minutos e que após a <strong>leitura</strong> <strong>da</strong> <strong>radiografia</strong>, esta retorne <strong>ao</strong> fixador para completar a<br />

fixação.


VÉÇvÄâáûÉ


7 CONCLUSÃO<br />

Dentro <strong>da</strong>s condições experimentais utiliza<strong>da</strong>s neste estudo, concluiu-se<br />

que:<br />

• Os <strong>tempo</strong>s <strong>de</strong> <strong>leitura</strong> <strong>da</strong> <strong>radiografia</strong> no negatoscópio não interferem na<br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento e no contraste <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> radiográfica, imediatamente<br />

a sua obtenção.<br />

• Os <strong>tempo</strong>s <strong>de</strong> <strong>leitura</strong> não interferem na <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> base e velamento e no<br />

contraste <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> radiográfica após seis meses <strong>de</strong> arquivamento <strong>da</strong>s películas.


exyxÜ£Çv|tá


REFERÊNCIAS<br />

ARAUJO, A.M.M. Análise objetiva <strong>da</strong> <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> radiográfica <strong>quanto</strong><br />

à interrupção do processo <strong>de</strong> fixação. Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso<br />

(Graduação em Odontologia) – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba, João Pessoa,<br />

2008, 67p.<br />

BELTRAME, M. et al. Análise do Processamento Radiográfico nos Consultórios <strong>de</strong><br />

Feira <strong>de</strong> Santana – BA. Rev Facul Odont. v. 8, n.1, p. 50-4. 2003.<br />

BERNSTEIN, D. I. et al. Perceived quality of radiographic images after rapid<br />

processing of D- and F-speed direct-exposure intr<strong>ao</strong>ral x-ray films. Oral Surg. Oral<br />

Med. Oral Pathol. Oral Radiol. Endod., 96 p.486-91. 2003.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Vigilância Sanitária. Diretrizes <strong>de</strong><br />

Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico e Odontológico. Portaria Nº 453,<br />

<strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> junho <strong>de</strong>1998.<br />

BRÜCKER M. R., TAVANO,O.; COSTA,N. P. Análise do comportamento <strong>da</strong>s<br />

soluções RPXOmat <strong>da</strong> Ko<strong>da</strong>k através do método sensitométrico. Odonto Cienc, v.<br />

7, n. 13, p. 37-52, jan. 1992.<br />

CASANOVA , M. L.S. Análise comparativa <strong>da</strong>s variações dos <strong>tempo</strong>s , <strong>de</strong><br />

exposição , tipos <strong>de</strong> processamento e do efeito <strong>da</strong> <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>s soluções<br />

processadoras na <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> radiográfica. Piracicaba, 2002, 153p.<br />

Dissertação (Mestrado)- Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Odontologia <strong>de</strong> Piracicaba, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Estadual <strong>de</strong> Campinas.<br />

CASTELO, M. P. G.; TAVANO, O.; LOPES, E. S. Comparação sensitomátrica <strong>de</strong><br />

um revelador rápido (Rayonal) com um revelador convencional (Ko<strong>da</strong>k) para filmes<br />

radiográficos periapicais. Estomat Cult, v.13, n.1, p.12-19, 1983.<br />

CAPELOZZA, A. L. A.; ALVARES, L. C. Estudo Comparativo entre os Filmes<br />

Radiográficos Dentais AGFA-GEVAERT, Ko<strong>da</strong>k Ultra-Speed e Ko<strong>da</strong>k Ektaspeed,<br />

Processados na Solução Sillib. Rev Odont USP, v.4, n.2, p.92-96, abr./jun., 1990.<br />

CLASEN, A.J. Avaliação “in vitro” <strong>da</strong> mensuração do comprimento do <strong>de</strong>nte<br />

com cinco mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> localizadores apicais eletrônicos. Bauru, 2003.<br />

Dissertação (Mestrado em Endodontia). Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Odontologia <strong>de</strong> Bauru.<br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São paulo.


COSTA, C. et al. Estudo <strong>da</strong>s Densi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Base e Velamento Obti<strong>da</strong>s <strong>de</strong> Filmes<br />

Radiográficos em Diferentes Condições <strong>de</strong> Processamento. Cienc Odontol Bras,<br />

v.8, n.1, p.90-6, jan/mar. 2005.<br />

DAMIAN, M.F. Efeito <strong>de</strong> um banho <strong>de</strong> álcool do <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> secagem <strong>de</strong><br />

raiografias e suas conseqüências no arquivamento. Piracicaba, 2001.<br />

Dissertação (Mestrado). Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> odontologia <strong>de</strong> Piracicaba. Universi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

estadual <strong>de</strong> Campinas.<br />

DAMIAN, M. F. Avaliação do <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> secagem e <strong>da</strong> <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>radiografia</strong>s submeti<strong>da</strong>s a banho em álcool etílico em diferentes<br />

concentrações. Piracicaba, 2005. Tese (Doutorado). Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Odontologia <strong>de</strong><br />

Piracicaba. Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas.<br />

DAMIAN, M. F. et al. Avaliação visual como um programa <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />

em Radiologia Odontológica. Rev. Odonto Ciênc, v. 23, n.3, p.268-272. 2008.<br />

DEZOTTI, M.S.G. Avaliação <strong>de</strong> filmes radiográficos periapicais em diferentes<br />

condições <strong>de</strong> processamento pelo método sensitométrico, digital e<br />

morfométrico. Bauru, 2003, 124 p. Tese (Doutorado) - Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Odontologia<br />

<strong>de</strong> Bauru, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo.<br />

DEZOTTI, M.S.G. Avaliação <strong>da</strong> Densi<strong>da</strong><strong>de</strong> Ótica e <strong>da</strong>s Densi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Radiográficas, utilizando Filmes Radiográficos Agfa Dentus M2 “Comfort”<br />

processados em três soluções <strong>de</strong> processamento em diferentes<br />

temperaturas. Bauru, 2000 Dissertação (Mestrado) - Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Odontologia <strong>de</strong><br />

Bauru, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo.<br />

EASTMAN KODAK COMPANY. Sensitometric properties of x-ray films. Rochester,<br />

New York, p. 3-18, 1974.<br />

FRANÇA, K.P. A <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> radiográfica na clínica <strong>de</strong> Endodontia <strong>da</strong><br />

UFPB. Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso (Graduação em Odontologia) –<br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba, João Pessoa, 2008, 62p.<br />

FREITAS, L <strong>de</strong>. Fatores na produção <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> radiográfica. In: FREITAS, A.;<br />

ROSA, J. E.; SOUZA, I. F. Radiologia Odontológica, 6 ed., São Paulo: Artes<br />

Médicas, 2004.


GASPARINI, D. et al. Análise <strong>de</strong> erros radiográficos cometidos por alunos <strong>da</strong><br />

Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Odontologia <strong>de</strong> Piracicaba, no período <strong>de</strong> 1975 a1988. Rev Odonto<br />

USP, v.6, n.3/4, p.107-114, jul-<strong>de</strong>z.1992.<br />

GASPARINI A.L. et al. Verificação <strong>da</strong>s Condições do Processamento Radiográfico<br />

em Consultórios Odontológicos. RGO, v.53, n.3, p.217-9. 2005.<br />

GEIST, J.R; BRAND, J.W. Sensitometris comparison of speed group E and F <strong>de</strong>ntal<br />

radiographic films. Dentomxilofac Radiolog., v.30, n.3, p.147-52, May.2001.<br />

GEIST, J.R.; BRAND, J.W.; PINK, F.E. The effect of automated nonroller processing<br />

on the sensitometric characteristics of 3 intr<strong>ao</strong>ral film types. Oral Surg Oral Med<br />

Oral Pathol Oral Radiol Endod, v.96, n.1, p102-111. 2003.<br />

GOREN, A. D. et al., Up<strong>da</strong>ted quality assurance self-assessment exercise in<br />

intr<strong>ao</strong>ral and panoramic radiography. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol<br />

Endod, v. 89, n. 3, Mar. 2000.<br />

GRECO, A. C. et al. Efeito <strong>da</strong> diminuição do <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> lavagem final ou sua<br />

ausência na <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> radiográfica. Rev <strong>da</strong> ABRO. v. 7, n. 1, jan./jun.,<br />

2006.<br />

INERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. International<br />

Stan<strong>da</strong>rd ISO 3665. Photography – Intr<strong>ao</strong>ral <strong>de</strong>ntal radiographic film -<br />

Specification. 2 ed.Geneve. ISO, 1996.<br />

KAUGARS, G.E.; BROGA, D.W.; COLLETT, W.K. Dental radiologic survey of<br />

Virginia and Flori<strong>da</strong>. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod, v. 60, n.<br />

2, p.225-9, Aug. 1985.<br />

KREICH, E. M.;QUERIOZ, M.G.S.; SLONIAK, M.C. Control of quality in periapical<br />

radiographies form <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntistry course in UEPG. PUBLICATIO UEPG- Biological<br />

and Health Sciences, v.8,n.1, p. 33-45. 2002.<br />

LAKATOS, E. M.; MARCON, M. A. Fun<strong>da</strong>mentos <strong>de</strong> metodologia científica. 3 ed.<br />

São Paulo: Atlas, 1991.<br />

LANGLAND, O. E.; LANGLAIS, R. P. Princípios <strong>de</strong> Diagnóstico por Imagem em<br />

Odontologia. São Paulo: Santos, 2002.


LASCALA, C.A.; MOSCA, R.C. Filmes e Processamento Radiográfico. In: Panella J.<br />

Radiologia Odontológica e Imaginologia, 1 ed., Rio <strong>de</strong> Janeiro: Guanabara<br />

Koogan, 2006.<br />

LEMKE, F.; TAVANO. O.; MEZADRI. A.C. Verificação <strong>da</strong> exposição e<br />

processamento <strong>de</strong> filmes radiográficos em consultórios odontológicos. RPG, v.13,<br />

n.2, p 175-80. 2006.<br />

LUDLOW, J.B.;ABREU JR, M.;, MOL ,A. Performance of e nem F-speed film caries<br />

<strong>de</strong>tection. Dentomaxilofac. Radiol. v.30, n.2, p. 110-113, Mar. 2001.<br />

LUDLOW, J.B., PLATIN, E..; MOL, A. Characteristic of Ko<strong>da</strong>k Insight an F-speed<br />

intr<strong>ao</strong>ral film. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod., v.91, n. 1,<br />

p.120-9, jan. 2001.<br />

MEZADRI, A.C. Avaliação dos parâmetros utilizados no Programa <strong>de</strong> Garantia<br />

<strong>de</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> em radiologia odontológica . Piracicaba, 2003. Tese (Doutorado) -<br />

Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Odontologia <strong>de</strong> Piracicaba. Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas.<br />

NAIR, M.K.; NAIR, M.P. An vitro evaluation of Ko<strong>da</strong>k Insight and Ektaspeed Plus<br />

Film with a COMS <strong>de</strong>tector for proximal caries: ROC analysis. Caries Res., v. 35,<br />

n.5 , p.354-9, Sept/Oct. 2001.<br />

PASQUALINI, F.C.; VAVASSORI, M.A. Controle <strong>da</strong> <strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> <strong>imagem</strong><br />

radiográfica em consultórios odontológicos na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Joinville – SC.<br />

Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso (Graduação em Odontologia) - Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Odontologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Vale do Itajaí, Itajaí,2000.<br />

PAULA, M.V.Q.; FENYO-PEREIRA, M. Controle <strong>de</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> em Radiografias<br />

Periapicais – Padrões <strong>de</strong> Exposição e Revelação. Rev APCD, v.55, n.5, p. 355-60.<br />

2001.<br />

PAVAN, A. J.; TAVANO, O Avaliação <strong>da</strong> solução Ko<strong>da</strong>k no que se refere as<br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s óticas analisa<strong>da</strong>s pelo foto<strong>de</strong>nsitômetro MRAe pelo sistema digital<br />

Digora, no filme DF -58. Rev FOB, v. 8, n. 1/2 , p. 51-57, jan/jun. 2000.<br />

PONTUAL, M.L.A.; SILVEIRA, M.M.F. Avaliação subjetiva <strong>da</strong> <strong>imagem</strong> radiográfica<br />

<strong>quanto</strong> <strong>ao</strong>s tipos <strong>de</strong> filmes periapicais e <strong>tempo</strong> <strong>de</strong> revelação. Odontologia Clín-<br />

Científ, v.1, n.1, p.29-33. 2002.


PONTUAL, M.L. et al. Errores en <strong>radiografia</strong>s intrabucales realiza<strong>da</strong>s en la Facultad<br />

<strong>de</strong> Odontología <strong>de</strong> Pernambuco-Brasil. Acta Odontologica Venezolana, v.43, n.1,<br />

p 19-<strong>24.</strong> 2005<br />

PRICE, C. The effects of bean quality and optical <strong>de</strong>nsity on image quality in <strong>de</strong>ntal<br />

radiography. Oral Surg Oral Med Oral Pathol, v. 62, n. 5, p. 580-588, 1986.<br />

SILVA, P. G.; TAVANO, O. Avaliação as solução Ko<strong>da</strong>k para Raios X <strong>de</strong>ntal através<br />

do método sensitométrico. Estomat Cult, v. 13, n. 2, p. 56-62, jul./<strong>de</strong>z., 1983.<br />

SYRIOPOULUS, K. et al. Sensitometric and clinical evaluation of a news F-speed<br />

<strong>de</strong>ntal X-ray film. Dentomaxilofac. Radiolog., v.30, n.1, p.40-4, jan. 2001.<br />

TAVANO, O. ESTEVAM ,E. A <strong>imagem</strong> radiográfica. In: ALVARES, L.C., TAVANO,<br />

O. Curso <strong>de</strong> radiologia em odontologia. 4 ed, p. 17-43, São Paulo: Santos, 1998.<br />

TAVANO, O. O Máximo <strong>de</strong> Segurança e Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> na Obtenção <strong>de</strong> Radiografias<br />

Odontológicas com um Equipamento <strong>de</strong> 70 kV. Rev <strong>da</strong> ABRO, v.1, n.1, p. 35-40,<br />

jan./abr., 2000.<br />

TAVANO, O.;DEZITTI M.S.G. Filmes radiográficos Ektaspeed e Ultraspeed,<br />

processados em soluções Ko<strong>da</strong>k em diferentes concentrações. Rev ABRO, v. 1,<br />

n.3, p.7-15, set/<strong>de</strong>z. 2000.<br />

TAVANO, O. Filmes e Processamento Radiográfico. In: FREITAS, A.; ROSA, J. E.;<br />

SOUZA, I. F. Radiologia Odontológica, 6 ed., São Paulo: Artes Médicas, 2004.<br />

WHAITES, E. Princípios <strong>da</strong> Radiologia Odontológica. 3ed., São Paulo: Artmed.<br />

2003.<br />

WHITE, S. C.; PHAROAH, M. J. Oral Radiology Principles and Interpretation. 5<br />

ed., Saint Louis: Elsevier, 2004.<br />

WHITE, S.C.; YOON, D.C. Comparison of sensitometric and diagnostic performance<br />

of two filmes. Comp. Cont. Educ. Dent, v.21 n.6, p.530-9, Jun. 2000.<br />

YAKOUMAKIS, E.N. et al . Image quality assessment and radiantion doses in<br />

intr<strong>ao</strong>ral radiography. Oral Surg Med Oral Pathol oral Radiol Endod, Saint Louis,<br />

v. 91, n. 3, p. 362-368, Mar. 2001.


ZENÓBIO, M.A.F.; SILVA, T.A. Proteção radiológica em clínicas radiológicas. Rev<br />

<strong>da</strong> ABRO, v.4, n.1,p.35-9. 2003.


TÇxåÉá


ANEXO A - Autorização do Departamento <strong>de</strong> Energia Nuclear (DEN-UFPE).


ANEXO B - Autorização <strong>da</strong> Clínica <strong>de</strong> Radiologia Odontológica II (UFPB)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!