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sistemas de culturas em plantio direto adaptados à pequena - UFSM

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A porosida<strong>de</strong> total e a macroporosida<strong>de</strong> do solo, até 0,10 m <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>,<br />

apresentaram estreita relação entre si. A resistência do solo ao penetrômetro<br />

evi<strong>de</strong>nciou uma camada <strong>de</strong> maior resistência na superfície (até 0,03 m) do<br />

tratamento SDES, e o NFO apresentou os maiores valores nas profundida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

0,16 e 0,18 m. Menores taxas <strong>de</strong> infiltração <strong>de</strong> água no solo foram verificadas, ao<br />

longo <strong>de</strong> todos os t<strong>em</strong>pos avaliados (5, 10, 15, 20, 30, 60, 90 e 120 min), nos<br />

tratamentos SDES e CNA, enquanto os <strong>de</strong>mais mantiveram-se constant<strong>em</strong>ente<br />

acima <strong>de</strong>stes e s<strong>em</strong>elhantes entre si. O sist<strong>em</strong>a <strong>plantio</strong> <strong>direto</strong> com uso <strong>de</strong> plantas <strong>de</strong><br />

cobertura do solo, após 16 anos <strong>de</strong> utilização, mostrou-se eficiente <strong>em</strong> manter<br />

atributos físicos, como a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e porosida<strong>de</strong> do solo <strong>em</strong> condições favoráveis<br />

ao <strong>de</strong>senvolvimento vegetal, ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que melhorou outros atributos,<br />

como a taxa <strong>de</strong> infiltração <strong>de</strong> água, <strong>em</strong> comparação com a condição inicial <strong>de</strong> campo<br />

nativo. Com relação a produção <strong>de</strong> grãos <strong>de</strong> milho, o sist<strong>em</strong>a <strong>plantio</strong> <strong>direto</strong> com<br />

utilização <strong>de</strong> adubos ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong> verão e inverno proporcionou maiores rendimentos<br />

do que o sist<strong>em</strong>a que utiliza pousio invernal. O cultivo do solo a partir <strong>de</strong> um campo<br />

nativo <strong>de</strong>terminou perdas no conteúdo <strong>de</strong> carbono orgânico, porém este foi possível<br />

<strong>de</strong> ser recuperado com a utilização <strong>de</strong> <strong>plantio</strong> <strong>direto</strong> com elevado aporte <strong>de</strong> resíduos<br />

vegetais ricos <strong>em</strong> carbono e nitrogênio, como ocorreu no tratamento AZEV. A<br />

manutenção da superfície do solo exposta aos agentes erosivos provocou perdas<br />

significativas no conteúdo <strong>de</strong> carbono e nitrogênio total. O sist<strong>em</strong>a <strong>plantio</strong> <strong>direto</strong> com<br />

utilização <strong>de</strong> adubos ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong> verão (mucuna) e <strong>de</strong> inverno (azevém+ervilhaca)<br />

promoveu incr<strong>em</strong>entos no estoque <strong>de</strong> carbono orgânico total do solo na camada<br />

superficial, <strong>de</strong> 0,0 – 0,05 m, <strong>em</strong> relação a seu estoque inicial. Contudo, na camada<br />

<strong>de</strong> 0,0 – 0,20 m <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>, nenhum sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>culturas</strong> avaliado alcançou os<br />

valores encontrados no tratamento referência, no caso, o campo nativo. Os<br />

resultados referentes <strong>à</strong> conservação do solo e da água foram surpreen<strong>de</strong>ntes. A<br />

manutenção da superfície do solo exposta <strong>à</strong>s condições climáticas e <strong>à</strong> ação erosiva<br />

da chuva, por 16 anos, <strong>de</strong>terminou a perda progressiva <strong>de</strong> uma camada <strong>de</strong> solo <strong>de</strong><br />

aproximadamente 1 cm <strong>de</strong> espessura por ano, equivalente a aproximadamente 150 t<br />

ha -1 ano -1 <strong>de</strong> solo. O sist<strong>em</strong>a <strong>plantio</strong> <strong>direto</strong> promoveu, <strong>em</strong> alguns anos, perdas <strong>de</strong><br />

água menores do que as verificadas <strong>em</strong> campo nativo. Em comparação com as<br />

perdas verificadas <strong>em</strong> solo permanent<strong>em</strong>ente <strong>de</strong>scoberto, a redução das perdas <strong>de</strong><br />

solo pelo sist<strong>em</strong>a <strong>plantio</strong> <strong>direto</strong> chegou a 99,9%. O <strong>plantio</strong> <strong>direto</strong> foi mais eficiente<br />

<strong>em</strong> reduzir as perdas <strong>de</strong> solo do que as perdas <strong>de</strong> água das áreas com <strong>sist<strong>em</strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>culturas</strong>. As maiores precipitações e as chuvas mais erosivas ocorreram nos meses<br />

<strong>de</strong> outubro a março, coincidindo com o período <strong>de</strong>stinado <strong>à</strong> implantação e a colheita<br />

<strong>de</strong> grãos das <strong>culturas</strong> <strong>de</strong> verão, para as condições <strong>de</strong> Santa Maria, RS.<br />

Palavras-chave: <strong>plantio</strong> <strong>direto</strong>, rotação <strong>de</strong> <strong>culturas</strong>, adubos ver<strong>de</strong>s, conservação do<br />

solo, qualida<strong>de</strong> do solo.

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