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sistemas de culturas em plantio direto adaptados à pequena - UFSM

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Nos <strong>de</strong>mais tratamentos também foram verificadas perdas <strong>de</strong> solo, porém<br />

<strong>em</strong> valores equivalentes a 0,5% do ocorrido no tratamento SDES. Dessa maneira,<br />

po<strong>de</strong>r-se-ia inferir que a camada <strong>de</strong> solo <strong>de</strong> 0,0 – 0,05 m no SDES correspon<strong>de</strong>ria <strong>à</strong><br />

camada <strong>de</strong> aproximadamente 0,15 – 0,20 m nos <strong>de</strong>mais tratamentos; porém, os<br />

resultados da Tabela 2 mostram que, a partir <strong>de</strong> 0,10 m <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>, não<br />

ocorreu diferença <strong>de</strong> valores <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e porosida<strong>de</strong> do solo entre os<br />

tratamentos, sugerindo que outro fator atuou na superfície do solo e promoveu as<br />

alterações apresentadas na Tabela 3. O efeito do impacto das gotas <strong>de</strong> chuva, que<br />

provoca o selamento superficial dos poros do solo, po<strong>de</strong> ter proporcionado tais<br />

alterações na <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e porosida<strong>de</strong> do solo. O selamento superficial do solo é um<br />

fenômeno que ocorre <strong>em</strong> uma camada muito <strong>de</strong>lgada, <strong>de</strong> poucos milímetros, porém,<br />

com efeitos significativos nessas proprieda<strong>de</strong>s (Silva & Kato, 1997; McIntyre, 1958;<br />

Brandão et al., 2003). A formação da crosta superficial ocorre logo após o início da<br />

chuva, e persiste até que a crosta seja revolvida, o que acontece nas operações <strong>de</strong><br />

preparo do solo ou nas capinas manuais para controle <strong>de</strong> ervas invasoras, utilizando<br />

enxadas. Nos <strong>de</strong>mais tratamentos, com cobertura do solo por plantas e resíduos<br />

vegetais durante praticamente todo o ano, o processo <strong>de</strong> selamento superficial não<br />

ocorre e o sist<strong>em</strong>a radicular das plantas atua no sentido <strong>de</strong> promover um incr<strong>em</strong>ento<br />

na formação <strong>de</strong> poros biológicos, com reflexo positivo na porosida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do<br />

solo.<br />

Frye et. al. (1982), avaliando o efeito da erosão hídrica <strong>em</strong> algumas<br />

proprieda<strong>de</strong>s físicas <strong>de</strong> dois solos americanos, também encontraram maiores<br />

valores <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do solo on<strong>de</strong> houve erosão, <strong>em</strong> comparação com o mesmo<br />

solo, porém não erodido. O resultado foi atribuído ao efeito do impacto <strong>direto</strong> das<br />

gotas <strong>de</strong> chuva no solo e ao escoamento superficial da água. Solo <strong>de</strong>scoberto e<br />

preparado convencionalmente no sentido da <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> é consi<strong>de</strong>rada a pior<br />

situação a que um solo po<strong>de</strong> ser submetido, com a inevitável e freqüente ocorrência<br />

<strong>de</strong> erosão hídrica e a conseqüente <strong>de</strong>gradação <strong>de</strong> suas proprieda<strong>de</strong>s.<br />

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