DESCOBRIR O CENTRO HISTÓRICO DO PORTO 1 Igreja São Francisco 2 Palácio da Bolsa 3 Merca<strong>do</strong> Ferreira Borges 4 Igreja S. Bento 5 Antiga Cadeia da Relação 6 Igreja Misericórdia 7 Torre Clérigos8 Igreja S. Lourenço9 Sé 10 Paço Episcopal 11 Igreja de Santa Clara 12 Muralha Fernandina 13 Ponte Luiz I O CHP corresponde ao antigo perímetro da cidade intra-muros <strong>do</strong> séc. XIV, ten<strong>do</strong>-se desenvolvi<strong>do</strong> em torno de <strong>do</strong>is núcleos originais – o povoa<strong>do</strong> fortifica<strong>do</strong> no cimo <strong>do</strong> Morro da Penaventosa) e a zona ribeirinha -, junto à importante passagem fluvial da antiga estrada que ligava Olisipo (Lisboa) a BracaraAugusta (Braga). No alto da Penaventosa (arqueo-sítio da R. D. Hugo, 5) foram identifica<strong>do</strong>s vestígios <strong>do</strong> antigo castro da Idade <strong>do</strong> Ferro, porventura ocupa<strong>do</strong> desde o Bronze Final, bem como estruturas e materiais da povoação na época romana (a antiga Cale), <strong>do</strong>s perío<strong>do</strong>s alti-medieval (Portucale), e medieval (Portus), testemunhan<strong>do</strong> uma ocupação contínua desta zona desde há mais de 2500 anos. Vestígios destas épocas têm si<strong>do</strong> encontra<strong>do</strong>s em vários pontos <strong>do</strong> Centro Histórico, com particular incidência na zona ribeirinha, junto ao leito <strong>do</strong> Rio da Vila, arqueo-sítio da Casa <strong>do</strong> Infante, confirman<strong>do</strong> a expressão territorial deste núcleo central de uma região mais alargada. A elevação de Portucale a bispa<strong>do</strong>, em fins <strong>do</strong> séc. VI d.C. durante a monarquia sueva, dá nota da importância geoestratégica que o aglomera<strong>do</strong> tinha já adquiri<strong>do</strong> no plano político, dan<strong>do</strong> origem ao nome <strong>do</strong> Conda<strong>do</strong> e depois <strong>do</strong> próprio país, Portugal. Fotografia Aérea <strong>do</strong> centro histórico <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> 5 4 2 1 3 14 6 7 15 8 10 9 13 11 12 A Idade Média marcou a forma urbana <strong>do</strong> CH, com os seus arruamentos e equipamentos – como o conjunto da Sé Catedral, os mosteiros de S. Domingos e S. Francisco, a Alfândega Régia e Casa da Moeda, a Praça da Ribeira, entre outros –, mas há permanências da época romana em alinhamentos como o da Rua <strong>do</strong>s Merca<strong>do</strong>res / Bainharia / Rua Escura, o eixo viário de ligação <strong>do</strong> antigo “portus” à cota alta. Registo da cidade marcada pelo comércio fluvial e marítimo, aberta ao mun<strong>do</strong>, nesta área encontram-se ainda várias <strong>casa</strong>s torres de abasta<strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>res, bem como preciosos exemplares de arquitecturas vernaculares (popular), sen<strong>do</strong> ainda visíveis algumas edificações com andares sobrada<strong>do</strong>s (superiores) em madeira e tijolo sobre o piso térreo em pedra. Com a expansão urbana da época moderna e a consolidação <strong>do</strong> papel da cidade no desenvolvimento <strong>do</strong> país, no CH são construí<strong>do</strong>s importantes equipamentos religiosos e administrativos, de que resulta, um notável conjunto monumental que o tempo preservou e que agora, mercê da classificação desta zona como Património Cultural da Humanidade, toda a Cidade se orgulha. A sua espessura histórica, traduzida em arquitecturas de diferentes épocas ( Românico, Gótico, Renascentista, Barroco e Neoclássico) e tipologias, o enquadramento paisagístico – em anfiteatro aberto ao rio – são imagem única no mun<strong>do</strong>, marcada pelo recorte <strong>do</strong>s espaços, pela cor <strong>do</strong>s materiais e pela sua maior atracção : a sua população. Acha<strong>do</strong>s Arqueológicos Azulejos de relevo Acha<strong>do</strong>s Arqueológicos 14 Casa <strong>do</strong> Infante ( Arquivo Histórico) Fotografia Panorâmica 15 Praça da Ribeira Arranjo gráfico: Raquel Car<strong>do</strong>so, arq. est.