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Plano de Pormenor das Antas Relatório - Câmara Municipal do Porto

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herança <strong>do</strong>s velhos caminhos vicinais, aparecem formas e escalas diversas <strong>de</strong> habitaçãoe industria, mais ou menos recentes, que progressivamente se foram aqui instalan<strong>do</strong>.2.1.3. Projectos e <strong>Plano</strong>sSó em 1932, o Prof. Ezequiel <strong>de</strong> Campos, no ”Prólogo ao <strong>Plano</strong> da Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>”, serefere à área <strong>de</strong> Campanhã, alertan<strong>do</strong> para os inúmeros problemas que já então selevantavam, nomeadamente quanto à precarieda<strong>de</strong> e congestionamento <strong>das</strong> suasprincipais vias, como as ruas <strong>do</strong> Freixo e <strong>de</strong> São Roque da Lameira, e a <strong>de</strong>sorganizaçãofuncional, agrava<strong>do</strong>s por um relevo difícil. Na continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste trabalho, em 1952,Antão <strong>de</strong> Almeida Garrett com o “<strong>Plano</strong> Regula<strong>do</strong>r”, propõe, no que diz respeito à área emquestão, o prolongamento da Av. Fernão <strong>de</strong> Magalhães até à Circunvalação e preconiza aindividualização da zona industrial <strong>de</strong> Campanhã e Contumil (facean<strong>do</strong> a linha <strong>de</strong>caminho <strong>de</strong> ferro) e da zona resi<strong>de</strong>ncial <strong>das</strong> <strong>Antas</strong>. Quanto aos planos sucessivos(Auzelle em 1964, P.G.U. em 1987), <strong>de</strong> uma forma geral mais não fazem, nesta áreaespecífica, que dar seguimento a projectos <strong>do</strong>s seus antecessores.Já com o actual PDM, se <strong>de</strong>staca a finalização da VCI e o seu prolongamento para sulatravés da construção da Ponte <strong>do</strong> Freixo, bem como a construção da nova ponteFerroviária sobre rio Douro. Ten<strong>do</strong>, sobretu<strong>do</strong> os primeiros, forte impacto pela re<strong>de</strong>finição<strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> transportes da zona oriental da cida<strong>de</strong>, já queapresentam problemas <strong>de</strong> saturação, à semelhança <strong>do</strong>s da ponte da Arrábida e áreascircundantes, ao colectarem tráfego <strong>de</strong> longo curso com o gera<strong>do</strong> pelas zonas urbanas esuburbanas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, Gaia e Gon<strong>do</strong>mar.Tem por isso o actual <strong>Plano</strong> Director <strong>Municipal</strong>, da<strong>do</strong> especial atenção à Zona Oriental,quer aos novos nós que articulam a VCI com a área em questão (Nó <strong>de</strong> Contumil e Nó <strong>de</strong>S. Roque da Lameira), quer ao vulgarmente <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> Vale <strong>de</strong> Campanhã, que englobaas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento E, F e G, cujo <strong>Plano</strong> Estruturante e <strong>de</strong> <strong>Pormenor</strong> é aprova<strong>do</strong>em 1992 pela Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Procura-se, <strong>de</strong>sta forma, compensar uma falta<strong>de</strong> investimento público e, por consequência, também priva<strong>do</strong>, <strong>de</strong> que esta parte <strong>de</strong>cida<strong>de</strong> tem si<strong>do</strong> alvo a qual <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há alguns anos tem si<strong>do</strong> inclusive apontada como afutura entrada principal da Cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong>-se neste <strong>Plano</strong> e segun<strong>do</strong> o PDM, “ofuturo Parque Oriental na envolvência <strong>do</strong>s rios Tinto e Torto, que futuramenteestabelecerá a ligação da Cida<strong>de</strong> ao previsto Parque da Área Metropolitana <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>”.2.1.4. A Área Envolvente ao Estádio <strong>das</strong> <strong>Antas</strong> - Caracterização e Diagnóstico daSituação Actual2.1.4.1. Estádio <strong>das</strong> <strong>Antas</strong>Surge em 1933 a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> construção <strong>do</strong> Estádio <strong>do</strong> Futebol Clube <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> emsubstituição <strong>do</strong> anterior campo na Rua da Constituição. Não chegan<strong>do</strong> os 48.000 m2 <strong>de</strong>14-04-2008C:\Backup\Disco D\PPA\revisão 4.4.2002\Peças Escritas\Relatório 4.4.2002.<strong>do</strong>c6


cota baixa para a cota alta, da Rua <strong>de</strong> S. Roque da Lameira para o Bairro da LitografiaNacional, através da Rua <strong>de</strong> Rodrigo Álvares, on<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> blocos <strong>de</strong> habitaçãorecente (anos 80) rompe com a escala, quer <strong>do</strong> próprio Bairro, quer da Travessa <strong>do</strong>Monte da Costa, on<strong>de</strong> também recentemente algumas intervenções semelhantes serealizaram.2.1.4.4. Rua São Roque da Lameira:troço entre Rua Central da Corujeira e Rua da Fonte VelhaAntiga via <strong>de</strong> penetração na Cida<strong>de</strong>, apresenta um tráfego intenso, diferentes morfologiase contrastes arquitectónicos. La<strong>do</strong> a la<strong>do</strong>, surgem-nos muros altos e largos portões queace<strong>de</strong>m a quintas e palacetes, habitações <strong>do</strong> século XIX com <strong>do</strong>is ou três pisos eintervenções / substituições recentes, <strong>do</strong>s anos 70 e 80 <strong>de</strong> fraca qualida<strong>de</strong> arquitectónica,na gran<strong>de</strong> maioria <strong>do</strong>s casos. A juntar a esta situação <strong>de</strong> clara falta <strong>de</strong> legibilida<strong>de</strong> eestabilida<strong>de</strong>, verifica-se que a recente passagem <strong>do</strong> último troco da VCI, vem tornar aindamais susceptível uma situação já <strong>de</strong> si precária. O significativo número <strong>de</strong> funções que seconcentram, sobretu<strong>do</strong> no Largo <strong>do</strong> Mata<strong>do</strong>uro, liga<strong>das</strong> sobretu<strong>do</strong> a activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>consumo diário e não diário (cafés, restaurantes e serviços administrativos), garantealguma vitalida<strong>de</strong> a este troço da rua, à qual, a nosso ver, não será igualmente alheia aproximida<strong>de</strong> da Praça da Corujeira. Depois <strong>de</strong> albergar as funções <strong>de</strong> Feira/Merca<strong>do</strong> (<strong>de</strong>ga<strong>do</strong>), esta Praça é actualmente um importante núcleo social e comercial da freguesia, eum espaço público com características únicas. Papel <strong>de</strong> crucial importância po<strong>de</strong>ráigualmente ter, no futuro, o espaço <strong>de</strong>sactiva<strong>do</strong> <strong>do</strong> Mata<strong>do</strong>uro, que se prevê venha a serconverti<strong>do</strong> num espaço cultural.2.1.4.5. Área Sul <strong>de</strong> ContumilÉ também inequivocamente uma área on<strong>de</strong> as vias <strong>de</strong> traça<strong>do</strong> sinuoso, adaptan<strong>do</strong>-se àtopografia, lhe conferem uma fisionomia marcadamente rural, mas que no entanto écontrariada a Sul com os blocos <strong>de</strong> habitação social possivelmente <strong>do</strong>s anos 60 / 70, quevêm romper a escala <strong>de</strong>ste aglomera<strong>do</strong>. É um ponto que se caracteriza por um isolamentocrescente em relação à envolvente: <strong>de</strong>pois da construção <strong>do</strong> caminho <strong>de</strong> ferro e daCircunvalação, a construção <strong>do</strong> Estádio e da VCI vem acentuar mais ainda esseisolamento.2.2. Estrutura da proprieda<strong>de</strong>Relativamente à estrutura da proprieda<strong>de</strong>, verifica-se que na área <strong>de</strong> intervenção <strong>do</strong><strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Pormenor</strong>, aquela que vai ser sujeita a um processo <strong>de</strong> reparcelamento,complementa<strong>do</strong> com um sistema <strong>de</strong> compensações, em 14 proprietários, três <strong>de</strong>les <strong>de</strong>têm74% da área.14-04-2008C:\Backup\Disco D\PPA\revisão 4.4.2002\Peças Escritas\Relatório 4.4.2002.<strong>do</strong>c8


Os três gran<strong>de</strong>s proprietários são, por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za, o Futebol Clube <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, com16,1 ha (51% da área), a JOMAR, com 4,82 ha (15%) e a Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,com 2,51 ha (8%).A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> é, ainda, proprietária <strong>de</strong> algumas parcelas na área <strong>de</strong>intervenção <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> urbanístico, mas que não estão incluí<strong>das</strong> no <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Pormenor</strong>. Aserem consi<strong>de</strong>ra<strong>das</strong> estas a C.M.P. seria o segun<strong>do</strong> maior proprietário, a seguir aoF.C.<strong>Porto</strong>.2.3. Enquadramento no PDM – Avaliação da Edificabilida<strong>de</strong>O <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Pormenor</strong> é compatível com o PDM <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, conforme se verifica pelaanálise <strong>do</strong> extracto da Planta Síntese <strong>das</strong> Normas Provisórias (Desenho 004).A referida Planta Síntese classifica a totalida<strong>de</strong> da área <strong>de</strong> intervenção <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>de</strong><strong>Pormenor</strong> como Área Mista <strong>de</strong> Densida<strong>de</strong> 2.Para estas áreas, o PDM atribui a cada prédio uma edificabilida<strong>de</strong> baseada num índice <strong>de</strong>2,1 m2/m2 aplicável à área <strong>do</strong> prédio situada numa faixa <strong>de</strong> 30m <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> aolongo <strong>das</strong> vias habilitantes e <strong>de</strong> 1,05 m2/m2,aplicável à restante área.Foi com base neste critério que se <strong>de</strong>finiu a edificabilida<strong>de</strong> total <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Pormenor</strong>, aedificabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada prédio situa<strong>do</strong> na área <strong>de</strong> intervenção, o reparcelamento e adistribuição perequativa <strong>do</strong>s custos e benefícios da execução <strong>do</strong> <strong>Plano</strong>, conformeexplicita<strong>do</strong> em pormenor no ponto 4.1.2.4. Levantamento urbanísticoFoi realiza<strong>do</strong> um levantamento urbanístico às zonas mais sensíveis da área <strong>de</strong>intervenção, seja por estarem na fronteira com as zonas envolventes, por serem objectoda abertura <strong>de</strong> novas vias ou correcção <strong>do</strong>s traça<strong>do</strong>s <strong>das</strong> vias existentes ou <strong>de</strong>intervenções mais pesa<strong>das</strong> que envolvam alteração <strong>do</strong>s usos actuais com <strong>de</strong>molição <strong>do</strong>teci<strong>do</strong> edifica<strong>do</strong>. Com esta meto<strong>do</strong>logia, evitou-se uma recolha <strong>de</strong> informaçãogeneralizada, incluin<strong>do</strong> zonas consolida<strong>das</strong> nas quais não iria processar-se qualquerintervenção <strong>de</strong> transformação que justificasse essa recolha , o que permitiu reduzir oprazo <strong>de</strong> execução.O levantamento abrangeu as seguintes variáveis:- tipologia <strong>do</strong> lote e <strong>do</strong> edifício- nº <strong>de</strong> pisos <strong>do</strong> edifício- usos- nº <strong>de</strong> fogos ou unida<strong>de</strong>s comerciais- estatuto <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>14-04-2008C:\Backup\Disco D\PPA\revisão 4.4.2002\Peças Escritas\Relatório 4.4.2002.<strong>do</strong>c9


- esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> conservação <strong>do</strong> edifício- data <strong>de</strong> construção <strong>do</strong> edifício- interesse arquitectónico.Para cada lote i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> no levantamento foi feita uma ficha que inclui fotografia <strong>do</strong>edifício.As fichas <strong>do</strong> levantamento apresentam-se em anexo.Ten<strong>do</strong> em conta a forma como foi feito o levantamento, abrangen<strong>do</strong> áreas <strong>de</strong>limita<strong>das</strong>sem ligação entre si e não constituin<strong>do</strong> um to<strong>do</strong> significativo, não faz senti<strong>do</strong> apresentaruma análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s na sua totalida<strong>de</strong>.3. Proposta3.1. ObjectivosTen<strong>do</strong> em conta as directivas expressas pela C.M. <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, os diversos interesses emjogo e a análise da situação no terreno, foram <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s como objectivos a atingir pelo<strong>Plano</strong>, os seguintes:• Implantar o novo estádio, ten<strong>do</strong> em conta as valências urbanas <strong>de</strong>ste novo tipo <strong>de</strong>equipamento, a pressão que vai gerar sobre os acessos e o estacionamentoautomóvel, o impacto visual <strong>do</strong> gran<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> construção, mas, acima <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>,que o processo <strong>de</strong> renovação que essa implantação origina contribua para “coser” asmalhas urbanas envolventes através <strong>do</strong>s novos espaços públicos a criar e da novaestrutura viária;• Localizar na zona <strong>das</strong> <strong>Antas</strong> <strong>do</strong>is outros equipamentos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>atracção, um pavilhão multiusos e uma superfície comercial <strong>de</strong> média dimensão, quecontribuam para acentuar a sua centralida<strong>de</strong>;• Estruturar uma nova área urbana <strong>de</strong> usos mistos – residência, comércio e serviços –que será conseguida através da reconversão <strong>do</strong>s terrenos hoje ocupa<strong>do</strong>s pelasinstalações <strong>do</strong> F.C.P. e <strong>de</strong> outros terrenos e edifícios <strong>de</strong>socupa<strong>do</strong>s;• Estabelecer uma estrutura <strong>de</strong> espaços públicos diversifica<strong>do</strong>s, centrada no novoestádio, que assegure novas ligações urbanas com os bairros envolventes,nomeadamente Contumil, S. Roque da Lameira e <strong>Antas</strong>, rompen<strong>do</strong> com a barreira daVCI;• Estruturar uma nova re<strong>de</strong> <strong>de</strong> espaços e corre<strong>do</strong>res ver<strong>de</strong>s, que façam a ligação entrea estrutura ver<strong>de</strong> existente e um conjunto <strong>de</strong> novas zonas e percursos ver<strong>de</strong>s a criar;14-04-2008C:\Backup\Disco D\PPA\revisão 4.4.2002\Peças Escritas\Relatório 4.4.2002.<strong>do</strong>c10


• Melhorar a acessibilida<strong>de</strong> e a circulação na Área <strong>de</strong> Intervenção, em especial narelação da re<strong>de</strong> local com a re<strong>de</strong> primária da cida<strong>de</strong>, aproveitan<strong>do</strong> a re<strong>de</strong> viária a criarna A.I. para melhorar a ligação entre zonas <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> urbano da cida<strong>de</strong>, queactualmente sofrem <strong>de</strong> importantes <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s;3.2. Descrição da proposta3.2.1. Conceito urbanoA obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> manter em funcionamento o actual estádio até à abertura <strong>do</strong> novo,evitan<strong>do</strong> uma interrupção na utilização da infraestrutura <strong>de</strong>sportiva, implica que esteúltimo seja construí<strong>do</strong> num outro local, reaproveitan<strong>do</strong> os actuais terrenos <strong>de</strong>sportivospara outros fins.A construção <strong>do</strong> novo estádio é, consequentemente, uma gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>, que não<strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>sperdiçada e na qual a Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> aposta fortemente pararenovar e requalificar urbanisticamente uma parcela muito importante da cida<strong>de</strong>,aproveitan<strong>do</strong> para atenuar o efeito <strong>de</strong> barreira da VCI e da linha <strong>de</strong> caminho <strong>de</strong> ferro,abrin<strong>do</strong> ligações urbanas mais fortes aos bairros envolventes <strong>das</strong> <strong>Antas</strong>, crian<strong>do</strong>condições para a localização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s gera<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> emprego, serviços àcomunida<strong>de</strong> e um volume <strong>de</strong> população resi<strong>de</strong>nte que, ao exigir um conjunto <strong>de</strong>equipamentos complementares, acentua a centralida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta zona.Para além da construção <strong>do</strong> novo estádio prevê-se, como principais intervenções, aconstrução <strong>de</strong> um pavilhão multiusos (a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> à realização <strong>de</strong> provas <strong>das</strong> váriasmodalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sportivas <strong>de</strong> recinto coberto, <strong>de</strong> concertos e outro tipo <strong>de</strong> espectáculos,congressos, etc….), a Nascente da linha <strong>de</strong> caminho <strong>de</strong> ferro e fronteiro ao novo estádio,nos terrenos <strong>do</strong> antigo mata<strong>do</strong>uro, que embora fora da área <strong>de</strong> intervenção <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>de</strong><strong>Pormenor</strong> foi proposto no Estu<strong>do</strong> Urbanístico <strong>de</strong> Enquadramento e a relocalização daestação <strong>do</strong> metro ligeiro entre aqueles <strong>do</strong>is gran<strong>de</strong>s equipamentos (estádio e multiusos),constituin<strong>do</strong> um interface <strong>de</strong> transportes que contribuirá para uma melhoria nofuncionamento <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> transportes e no nível <strong>de</strong> serviço.Este conjunto <strong>de</strong> infraestruturas, associa<strong>do</strong> à construção <strong>de</strong> um centro comercial junto <strong>do</strong>novo estádio, vai criar um efeito dinamiza<strong>do</strong>r sobre a zona, contribuin<strong>do</strong> fortemente paraa sua transformação e requalificação em benefício <strong>de</strong> toda a zona oriental da cida<strong>de</strong>.Em termos <strong>de</strong> estruturação urbanística o <strong>Plano</strong> assenta em três sistemas principais:a) Uma nova alameda que liga a Av. Fernão Magalhães à rotunda <strong>do</strong> Vale <strong>de</strong> Cartes e,sucessivamente, à nova via estruturante <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Contumil, cruzan<strong>do</strong> a VCI noactual Nó <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Abastece<strong>do</strong>r a remo<strong>de</strong>lar;14-04-2008C:\Backup\Disco D\PPA\revisão 4.4.2002\Peças Escritas\Relatório 4.4.2002.<strong>do</strong>c11


) Uma nova rua que liga a zona <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> da Praça <strong>das</strong> Flores, a sul, ao Bairro <strong>de</strong>Contumil, a norte, cruzan<strong>do</strong> <strong>de</strong>sniveladamente a nova alameda e a VCI, no primeirocaso, em viaduto urbano com articulação <strong>de</strong> percursos através <strong>de</strong> esca<strong>das</strong> e, nosegun<strong>do</strong> caso, em passagem inferior ao viaduto existente, ao longo <strong>do</strong> novo parqueurbano que se esten<strong>de</strong>rá por baixo da VCI, até à via a consolidar no extremo norte <strong>do</strong>mesmo.c) Um anel urbano em volta <strong>do</strong> novo estádio que inclui troços <strong>de</strong> túnel ro<strong>do</strong>viário e quepermite separar os acessos aos parques <strong>de</strong> estacionamento a instalar noembasamento <strong>do</strong> estádio, <strong>do</strong>s movimentos <strong>de</strong> entrada e saída da cida<strong>de</strong> e <strong>do</strong>smovimentos pe<strong>do</strong>nais mais importantes. Procurou--se, por isso, ancorar este anel omais possível nas malhas existentes e projecta<strong>das</strong>, incluin<strong>do</strong> um rua-ponte sobre aVCI, facilitan<strong>do</strong> assim, quer a acessibilida<strong>de</strong> à zona <strong>do</strong> estádio, quer a continuida<strong>de</strong><strong>de</strong> espaço público inter-bairros essencial ao equilíbrio <strong>das</strong> comunida<strong>de</strong>s urbanas.Estes três sistemas, em conjunto com os <strong>do</strong>is parques urbanos propostos (ampliação <strong>do</strong>Pq. <strong>de</strong> S. Roque e espaço envolvente <strong>do</strong> viaduto da VCI), <strong>de</strong>verão assim ser prioritáriosna qualificação <strong>do</strong> espaço público e <strong>das</strong> infraestruturas, sem o que, as intervenções <strong>do</strong>spriva<strong>do</strong>s carecerão <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>.Por outro la<strong>do</strong>, propõem-se regras para estas intervenções.Na sua parte mais larga, com um perfil <strong>de</strong> 70 m, entre a Av. Fernão <strong>de</strong> Magalhães e onovo estádio, a Alameda <strong>das</strong> <strong>Antas</strong> estrutura uma nova zona resi<strong>de</strong>ncial nos terrenos a<strong>de</strong>ixar livres pelo actual estádio. Esta zona, on<strong>de</strong> se localizarão também comércio,serviços e novas activida<strong>de</strong>s, é rematada a Norte por um parque urbano (ocupan<strong>do</strong> osterrenos da Qta. <strong>do</strong> Salgueiro e outros) que constitui uma cortina ver<strong>de</strong> entre ela e a VCI.Para além da relação tradicional edifício/rua, propõe-se um segun<strong>do</strong> nível <strong>de</strong> percursope<strong>do</strong>nal que liga, à mesma cota, a zona da igreja ao viaduto urbano referi<strong>do</strong>anteriormente. Ao longo <strong>de</strong>stes percursos, usufrui-se da transparência para o interior <strong>do</strong>squarteirões e para o parque urbano mais a norte. Os gran<strong>de</strong>s espaços liberta<strong>do</strong>s nointerior <strong>do</strong>s quarteirões serão espaços con<strong>do</strong>miniais com activida<strong>de</strong>s liga<strong>das</strong> ao lazer e ao<strong>de</strong>sporto.Entre a rua envolvente <strong>do</strong> estádio e a actual Rua Protectora <strong>do</strong>s Animais, propõe-se aimplantação <strong>de</strong> edifícios <strong>de</strong> uso misto perpendicularmente à rua. Esta implantaçãopermite tirar parti<strong>do</strong> <strong>das</strong> características <strong>do</strong> terreno, articulan<strong>do</strong> diferenças <strong>de</strong> cotaapreciáveis e libertan<strong>do</strong> também espaços con<strong>do</strong>miniais à cota média entre as referi<strong>das</strong>ruas. Esta volumetria permitirá criar uma fachada contínua para a rua envolvente <strong>do</strong>estádio, on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong>rão instalar activida<strong>de</strong>s terciárias, o que contribuirá para avitalida<strong>de</strong> urbana da zona periférica ao estádio.14-04-2008C:\Backup\Disco D\PPA\revisão 4.4.2002\Peças Escritas\Relatório 4.4.2002.<strong>do</strong>c12


De referir que foi estabelecida como cota máxima <strong>do</strong>s edifícios a construir no âmbito<strong>de</strong>ste <strong>Plano</strong>, a cota 160 que correspon<strong>de</strong> à cota superior <strong>do</strong> corpo principal da Igreja <strong>das</strong><strong>Antas</strong>, com excepção <strong>do</strong> edifício da parcela 5.1. Esta estratégia permite aumentar a área<strong>de</strong> construção nas zonas mais a Poente manten<strong>do</strong> a unida<strong>de</strong> volumétrica <strong>do</strong> conjunto eatinge a sua expressão máxima num edifício singular com cerca <strong>de</strong> 16 pisos localiza<strong>do</strong>junto ao cunhal Sul da plataforma <strong>do</strong> estádio, que se preten<strong>de</strong> venha a constituir ummarco importante à escala <strong>do</strong> território, particularmente para quem circula na VCI ou apartir <strong>do</strong> Vale <strong>de</strong> Cartes.No que diz respeito à <strong>do</strong>tação <strong>de</strong> equipamentos, para além da evi<strong>de</strong>nte importância daconstrução <strong>do</strong> novo estádio e <strong>do</strong> novo pavilhão multiusos, propõem-se a localização <strong>de</strong>um equipamento escolar no extremo Norte <strong>do</strong> actual estádio e <strong>de</strong> um equipamento <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> no troço inicial da Alameda <strong>das</strong> <strong>Antas</strong>.Estão previstos 1100 lugares <strong>de</strong> estacionamento nas caves <strong>do</strong> estádio, 2500 lugares nascaves da área comercial localizada imediatamente a Norte <strong>do</strong> estádio e 1000 lugares nointerface <strong>de</strong> transportes anexo à futura estação <strong>de</strong> metropolitano.Principais números <strong>do</strong> empreendimento:Habitação - 2750 fogos / 8250 habitantesComércio e Serviços - 62000 m2 / 5000 postos <strong>de</strong> trabalhoEquipamentos - Estádio: 55000 m2Escola: 3000 m2Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>: 600 m2Parques Urbanos - <strong>Antas</strong>: 10 haEstacionamento - Público: 4600 lugaresPriva<strong>do</strong>: 4500 a 6000 lugaresNota: Os valores <strong>do</strong> número <strong>de</strong> fogos, habitantes, áreas comerciais, postos <strong>de</strong> trabalho eestacionamentos são indicativos.Para além <strong>do</strong>s equipamentos e espaços ver<strong>de</strong>s referi<strong>do</strong>s, estão ainda previstos fora daárea <strong>de</strong> intervenção <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Pormenor</strong>, mas no âmbito <strong>do</strong> Estu<strong>do</strong> Urbanístico <strong>de</strong>Enquadramento, um Pavilhão Multiusos, com 10.000 m2, e a ampliação <strong>do</strong> Parque <strong>de</strong> S.Roque que aumentará a área <strong>de</strong>ste equipamento para 2.5 ha.3.2.2. Estrutura Ver<strong>de</strong>3.2.2.1. ConceitoOs conceitos e opções toma<strong>das</strong> na concepção da estrutura ver<strong>de</strong> <strong>do</strong> projecto <strong>de</strong> espaçopúblico da Cida<strong>de</strong> <strong>das</strong> <strong>Antas</strong> baseiam-se na i<strong>de</strong>ntificação e <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> tipologias <strong>de</strong>espaços exteriores, <strong>das</strong> quais se <strong>de</strong>stacam a arborização viária, alameda, praças,14-04-2008C:\Backup\Disco D\PPA\revisão 4.4.2002\Peças Escritas\Relatório 4.4.2002.<strong>do</strong>c13


parques e jardins, encara<strong>do</strong>s como espaços <strong>de</strong> recreio e estadia e ainda espaços <strong>de</strong>protecção e enquadramento <strong>do</strong> sistema viário.3.2.2.2. EstruturaA proposta <strong>de</strong> intervenção assenta na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> uma estrutura constituída pelaAlameda <strong>das</strong> <strong>Antas</strong>, que se <strong>de</strong>senvolve no prolongamento da Av. <strong>do</strong>s Combatentes,caracterizada por uma faixa central permeável e que culmina na Praça <strong>do</strong> Estádio,polarizada lateralmente pela proposta <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> <strong>do</strong>is Parques com dimensãosignificativa à escala da cida<strong>de</strong> – o Parque <strong>das</strong> <strong>Antas</strong> e a ampliação <strong>do</strong> Parque <strong>de</strong> S.Roque, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se fundamental nesta estrutura, a ligação entre este <strong>do</strong>is espaços.Salienta-se ainda a importância <strong>do</strong> estabelecimento <strong>de</strong> fortes vínculos da estrutura ver<strong>de</strong>com o resto da cida<strong>de</strong>, <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista físico, visual e funcional, nomeadamente o seuprolongamento a sul para a Campanhã, e para norte na direcção <strong>de</strong> Contumil.3.2.2.3. AlamedaCaracteriza-se por um espaço central com 32 m <strong>de</strong> largura que se organiza por umasequência <strong>de</strong> planos, cujas <strong>de</strong>formações geram espaços viáveis como espaços <strong>de</strong>permanência e <strong>de</strong> estar, permitin<strong>do</strong> lateralmente, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> periférico, a existência <strong>de</strong>zonas <strong>de</strong> circulação e movimento, separan<strong>do</strong> claramente estas distintas formas <strong>de</strong>apropriação <strong>do</strong>s espaços.Os passeios laterais são <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> uma faixa <strong>de</strong> estacionamento, a qual se encontraseparada da circulação pe<strong>do</strong>nal por um sistema <strong>de</strong> sebes <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a proporcionarmaiores níveis <strong>de</strong> conforto.A arborização <strong>do</strong>s passeios laterais e da faixa central é efectuada com espéciescaducifólias, em alinhamentos múltiplos, evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> o vazio interior, <strong>de</strong> naturezapermeável.3.2.2.4. Parque <strong>das</strong> <strong>Antas</strong>Implantan<strong>do</strong>-se numa situação <strong>de</strong> talvegue, cujo sistema <strong>de</strong> drenagem natural já foialtera<strong>do</strong> pela construção da VCI, este Parque apresenta uma área total <strong>de</strong>aproximadamente 10 hectares, integran<strong>do</strong> como pré-existências a mata e estruturas daQuinta <strong>do</strong> Salgueiro, que constituem valores culturais e patrimoniais a conservar e arecuperar, bem como a mata <strong>de</strong> protecção no limite norte <strong>do</strong> parque, a manter ereestruturar.O Parque estrutura-se através <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> muros e socalcos, que vencem os<strong>de</strong>sníveis existentes e permite a construção <strong>de</strong> plataformas sustentáveis, passíveis <strong>de</strong>múltiplas utilizações e ocupações. Esta estrutura constitui também uma referência culturale patrimonial relativamente ao mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> construção e forma <strong>de</strong> apropriação <strong>das</strong> encostas<strong>do</strong> Douro, e uma referência imediata na imagem da cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.Nos planos gera<strong>do</strong>s pelo socalcar <strong>das</strong> encosta é proposta a instalação <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong>equipamentos <strong>de</strong>sportivos, como campos <strong>de</strong> ténis ou campos poli<strong>de</strong>sportivos, preven<strong>do</strong>-14-04-2008C:\Backup\Disco D\PPA\revisão 4.4.2002\Peças Escritas\Relatório 4.4.2002.<strong>do</strong>c14


se ainda uma área para <strong>de</strong>sportos alternativos, utilizan<strong>do</strong> o espaço útil entre pilares sob aVCI.As restantes áreas, com maiores superfícies, são ocupa<strong>das</strong> por pra<strong>do</strong>s rega<strong>do</strong>s,polifuncionais, permitin<strong>do</strong> uma utilização livre e múltipla por parte <strong>do</strong>s utentes <strong>do</strong> Parque.Na zona <strong>do</strong> Parque, a sul da Rua <strong>de</strong> Contumil, está prevista a instalação <strong>de</strong>equipamentos <strong>de</strong>sportivos, como minigolf, e estruturas relaciona<strong>das</strong> com oaproveitamento lúdico da linha <strong>de</strong> água, a qual atravessa to<strong>do</strong> o parque, em sucessivasque<strong>das</strong> <strong>de</strong> água, nos <strong>de</strong>sníveis gera<strong>do</strong>s pelos diversos socalcos.Sen<strong>do</strong> o parque atravessa<strong>do</strong> transversalmente pela Rua <strong>de</strong> Contumil, estão previstos <strong>do</strong>isatravessamentos pe<strong>do</strong>nais suspensos, um entre as zonas norte e sul <strong>do</strong> parque, sob aVCI, o outro entre a Quinta <strong>do</strong> Salgueiro e a área comercial.3.2.2.5. Ampliação <strong>do</strong> Parque <strong>de</strong> S. RoqueEmbora fora da área <strong>de</strong> intervenção <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Pormenor</strong>, refere-se aqui, pela suaimportância na estrutura ver<strong>de</strong> da zona, a ampliação <strong>do</strong> Parque <strong>de</strong> S. Roque, proposta noEstu<strong>do</strong> Urbanístico <strong>de</strong> Enquadramento.O Parque <strong>de</strong> S. Roque caracteriza-se por uma sucessão <strong>de</strong> plataformas a níveisdiferentes, originan<strong>do</strong> diversos espaços <strong>de</strong> tipologias distintas e varia<strong>das</strong>. A proposta <strong>de</strong>ampliação <strong>de</strong>ste Parque consiste na sua extensão para nascente, proporcionan<strong>do</strong> o<strong>de</strong>sfrutar <strong>das</strong> vistas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> que se vislumbram sobre as encostas <strong>do</strong>Douro, nas suas cotas mais eleva<strong>das</strong>.Assim, são propostas duas situações <strong>de</strong> mira<strong>do</strong>uro a cotas distintas, a mais baixa comoprolongamento para nascente <strong>do</strong> belve<strong>de</strong>re <strong>de</strong> S. Roque; a segunda, localizada a cotassuperiores <strong>de</strong>senvolve-se num plano suavemente inclina<strong>do</strong>, com um percurso pe<strong>do</strong>nalsuspenso que permite a ligação às cotas inferiores. A zona posterior <strong>de</strong>ste plano éocupada com uma área <strong>de</strong> meren<strong>das</strong>, separa<strong>das</strong> por sebes compartimentan<strong>do</strong> o espaço,as quais introduzin<strong>do</strong> a dimensão <strong>de</strong> verticalida<strong>de</strong>, acentuam a perspectiva, distancian<strong>do</strong>o horizonte.A proposta contempla a construção <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> água, numa situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressãonatural existente, permitin<strong>do</strong> criar uma zona <strong>de</strong> suaves <strong>de</strong>clives, como zona <strong>de</strong>contemplação e estadia ao longo <strong>das</strong> margens.A estrutura <strong>do</strong>s percursos que atravessam o parque para norte e nascente, possibilitamnovas ligações pe<strong>do</strong>nais, entre a zona <strong>de</strong> S. Roque da Lameira e a zona <strong>das</strong> <strong>Antas</strong>, atéao Parque <strong>das</strong> <strong>Antas</strong>, bem como percursos pe<strong>do</strong>nais complementares até a PraçaVelasquez.3.2.3. Re<strong>de</strong> viária3.2.3.1. Caracterização <strong>do</strong> Conceito e da Área <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>A área objecto <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> urbanístico abrange toda a zona compreendida entre a VCI, anorte, e a Av. Fernão <strong>de</strong> Magalhães, a sul, sen<strong>do</strong> estes os eixos fundamentais que, <strong>do</strong>14-04-2008C:\Backup\Disco D\PPA\revisão 4.4.2002\Peças Escritas\Relatório 4.4.2002.<strong>do</strong>c15


ponto <strong>de</strong> vista funcional, condicionam a acessibilida<strong>de</strong> motorizada à área e vieram<strong>de</strong>terminar a solução proposta no estu<strong>do</strong> urbanístico e no <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Pormenor</strong>, ten<strong>do</strong> estatambém em consi<strong>de</strong>ração os <strong>de</strong>si<strong>de</strong>ratos expressos no <strong>Plano</strong> Director <strong>Municipal</strong> quantoàs ligações urbanas principais a disponibilizar.Para além <strong>do</strong> aspecto conceptual subjacente à solução proposta, a mesma foigran<strong>de</strong>mente condicionada pela topografia <strong>do</strong> terreno e pelos condicionamentos <strong>de</strong>fronteira com as áreas envolventes.Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a importância <strong>de</strong> que se reveste a oferta <strong>de</strong> boas condições <strong>de</strong>acessibilida<strong>de</strong> ao empreendimento a levar a efeito, seja ao novo estádio <strong>do</strong> Futebol Clube<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e ao Pavilhão Multiusos, seja às novas áreas comerciais e habitacionais a criar,foi <strong>de</strong>terminante na solução proposta a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> criar uma articulação privilegiada entrea re<strong>de</strong> viária interna e as principais vias da envolvente próxima, nomeadamente, pelacriação <strong>de</strong> alternativas <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> diversifica<strong>das</strong>, quer à malha mais <strong>de</strong>nsamenteurbana na direcção <strong>do</strong> centro, na Avenida Fernão <strong>de</strong> Magalhães, à VCI no nó <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong>Abastece<strong>do</strong>r remo<strong>de</strong>la<strong>do</strong> e crian<strong>do</strong> alternativas a norte pela articulação <strong>de</strong>ste ponto coma Via Nor<strong>de</strong>ste, consequentemente com a Circunvalação e com as auto-estra<strong>das</strong> <strong>de</strong> VilaReal e Braga, <strong>de</strong>scomprimin<strong>do</strong> a pressão sobre a VCI.Ao nível da Av. Fernão <strong>de</strong> Magalhães, a solução teve em conta a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><strong>de</strong>s<strong>do</strong>brar os movimentos <strong>de</strong> acesso <strong>de</strong>sta Avenida à VCI no actual nó, eliminan<strong>do</strong> osconstrangimentos <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> existentes, por eliminação <strong>do</strong>s movimentos <strong>de</strong> volta àesquerda.3.2.3.2. Solução PropostaA solução viária que se propõe é constituída por um eixo fundamental estruturante, quearticula a Av. Fernão <strong>de</strong> Magalhães com a VCI e se prolonga na via nor<strong>de</strong>ste, que serve are<strong>de</strong> local <strong>de</strong> acesso às áreas habitacionais e comerciais e ao novo estádio,<strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong>-se o acesso a este último em anel <strong>de</strong> circulação <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> único, que oenvolve e que intercepta o eixo estruturante.Este anel assegura o acesso <strong>das</strong> diversas direcções <strong>de</strong> e para as áreas <strong>de</strong>estacionamento instala<strong>das</strong> no estádio.A sobreposição <strong>de</strong> funções no novo eixo a criar foi evitada consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a sua funçãosupra local, propon<strong>do</strong>-se, para o efeito, que a ligação no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> saída da cida<strong>de</strong> paraacesso à VCI e à via nor<strong>de</strong>ste, para quem circula na Av. Fernão <strong>de</strong> Magalhães, seja feitaatravés <strong>de</strong> um túnel ro<strong>do</strong>viário que a articula directamente com o nó <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>abastece<strong>do</strong>r, remo<strong>de</strong>la<strong>do</strong>, permitin<strong>do</strong> tornar in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte a acessibilida<strong>de</strong> própria <strong>do</strong>empreendimento, que se faz <strong>de</strong> nível, <strong>do</strong>s movimentos directos interzonas urbanas.No senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> garantir a articulação com a VCI propõe-se a remo<strong>de</strong>lação <strong>do</strong> nó<strong>de</strong>snivela<strong>do</strong> <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> abastece<strong>do</strong>r <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a garantir a acessibilida<strong>de</strong> em qualquer<strong>das</strong> direcções e com o sistema pré-existente a norte, sen<strong>do</strong> a solução caracterizada pelacriação <strong>de</strong> uma rotunda <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> raio (60m) sob a VCI, a ser semaforizada, da<strong>do</strong> oscondicionamentos que a topografia <strong>do</strong> terreno e <strong>do</strong> próprio traça<strong>do</strong> da VCI introduzem na14-04-2008C:\Backup\Disco D\PPA\revisão 4.4.2002\Peças Escritas\Relatório 4.4.2002.<strong>do</strong>c16


solução, nomeadamente, pela conflitualida<strong>de</strong> por entrecruzamento que se gera em alguns<strong>do</strong>s acessos.É <strong>de</strong> referir que foi preocupação fundamental criar condições <strong>de</strong> acumulaçãomaximiza<strong>das</strong> para os acessos que se fazem a partir da VCI e internalizar nas soluçõespropostas um funcionamento coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong> <strong>do</strong>s principais movimentos internos à zona, comespecial relevo ao nível da rotunda, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a não provocar acumulações no seu interiorimpeditivas <strong>de</strong> um funcionamento eficaz. Foi igualmente preocupação da proposta, quenos nós cria<strong>do</strong>s o número <strong>de</strong> fases permiti<strong>das</strong> não exce<strong>de</strong>sse as duas.14-04-2008C:\Backup\Disco D\PPA\revisão 4.4.2002\Peças Escritas\Relatório 4.4.2002.<strong>do</strong>c17


4. Execução <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> e operacionalização4.1. Reparcelamento <strong>do</strong> solo urbanoO <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Pormenor</strong> <strong>de</strong>fine o reparcelamento <strong>do</strong> solo urbano, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com oD.L.380/99 <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Setembro, <strong>de</strong> forma a ajustar a configuração e o aproveitamento <strong>do</strong>sterrenos para construção às disposições <strong>do</strong> plano e a distribuir equitativamente, entre osproprietários, os benefícios e os encargos resultantes da sua execução.O regime legal que enquadra a intervenção urbana em que se constitui o <strong>Plano</strong> <strong>de</strong><strong>Pormenor</strong>, é o Regulamento <strong>das</strong> Normas Provisórias que substituem o PDM, actualmentesuspenso, com vista à sua revisão.As Normas Provisórias atribuem a cada prédio situa<strong>do</strong> no território concelhio, “umacapacida<strong>de</strong> edificatória <strong>de</strong> referência, que <strong>de</strong>ve servir como parâmetro base para aa<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> mecanismos perequitativos que corrijam <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong>zonamento”.Para além <strong>de</strong>sta capacida<strong>de</strong> edificatória que se baseia num índice <strong>de</strong> construção bruto<strong>de</strong> 0,84 aplica<strong>do</strong> através <strong>de</strong> uma fórmula que tem em conta a área total <strong>do</strong> prédio e a áreasituada numa faixa <strong>de</strong> 30m a partir <strong>das</strong> vias públicas habilitantes 1 , as Normasestabelecem índices diferencia<strong>do</strong>s para as diferentes categorias <strong>de</strong> espaços <strong>do</strong>zonamento <strong>do</strong> PDM.No caso concreto <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Pormenor</strong> <strong>das</strong> <strong>Antas</strong>, toda a zona abrangida é Área Mista<strong>de</strong> Densida<strong>de</strong> 2 e a edificabilida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> cada prédio é a correspon<strong>de</strong>nte à áreabruta <strong>de</strong> construção ( Abc ) calculada <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a fórmula, parâmetros e <strong>de</strong>finiçõesseguintes:Abc = Ae x Icb + ( At – Ae ) x Icb x 0,5em que:Icb = 2,10 m2/m2;At - área total <strong>do</strong> prédio medida em projecção zenital e expressa em metros quadra<strong>do</strong>s(m2);Ae - área <strong>do</strong> prédio contida no polígono <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> pela extrema confrontante com viapública habilitante, pela perpendiculares a esta nos seus pontos extremos e pela paralelatraçada a 30m <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>, expressa em metros quadra<strong>do</strong>s (m2);A aplicação da fórmula <strong>de</strong> cálculo acima referida a cada uma <strong>das</strong> parcelas incluí<strong>das</strong> noslimites <strong>do</strong> P.P., consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> as vias habilitantes indica<strong>das</strong> pela Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong><strong>Porto</strong>, resultou num direito <strong>de</strong> edificabilida<strong>de</strong> para cada um <strong>do</strong>s proprietários, expresso1 Via pública habilitante (<strong>do</strong> prédio)Via pública a manter como tal, pavimentada, que serve directamente o prédio e que está dimensionada ou a serdimensionada <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> estruturação <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> urbano da cida<strong>de</strong>, excepto os casos <strong>das</strong> autoestra<strong>das</strong>e vias-rápi<strong>das</strong>, indica<strong>das</strong> na Planta <strong>de</strong> Síntese, e respectivos acessos imediatos. (Normas Provisórias <strong>do</strong><strong>Porto</strong> – Regulamento)14-04-2008C:\Backup\Disco D\PPA\revisão 4.4.2002\Peças Escritas\Relatório 4.4.2002.<strong>do</strong>c18


em área <strong>de</strong> pavimento, conforme consta no quadro “Direitos <strong>de</strong> edificabilida<strong>de</strong>” (verpagina seguinte).Na planta “Ca<strong>das</strong>tro e Demolições” – <strong>de</strong>senho nº 003 estão indica<strong>do</strong>s o ca<strong>das</strong>tro e as viashabilitantes na área <strong>de</strong> intervenção <strong>do</strong> plano, elementos que permitiram calcular aedificabilida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> cada prédio.14-04-2008C:\Backup\Disco D\PPA\revisão 4.4.2002\Peças Escritas\Relatório 4.4.2002.<strong>do</strong>c19


Quadro - Direitos <strong>de</strong> edificabilida<strong>de</strong>Parcela Área ( At ) Ae At - Ae Abc Abc corrigida (1)Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>14.1 3 467 3 467 3 640 2 73014.2 1 614 1 529 85 3 300 2 47515 15 028 3 533 11 495 19 489 14 61723 16 453 1 900 14 553 19 271 14 45332B 1 225 1 063 162 2 402 1 802L7 454 429 25 49 695Total 38 241 45 030 36 772Futebol Clube <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>4 159 677 7 203 152 474 179 326 131 418L1 1 173 875 298 2 150 1 613L13 799 799 1 678 1 258Total 161 649 179 052 134 289Outros1 46 723 3 259 43 464 52 481 39 3613 1 848 1 848 1 940 1 4557 650 650 683 51212.1 12 095 12 095 12 700 9 52512.2 2 885 2 885 3 029 2 27213.1 6 044 6 044 6 346 4 76013.2 11 677 5 661 6 016 18 205 13 65416 3 217 474 2 743 3 876 2 90728 9 703 3 616 6 087 13 985 10 48929 4 531 3 904 627 8 857 6 64330 10 872 1 318 9 554 12 800 9 60031 1 320 1 107 213 2 548 1 91132 2 078 1 848 230 4 122 3 092Sub-total 113 643 141 572 106 18132A 1 306 1 261 45 2 695 2 02233 604 564 40 1 226 92034 2 083 2 005 78 4 292 3 21935 88 88 185 13936 162 162 340 25537 3 769 3 769 3 957 2 96838 3 242 3 242 3 404 2 553Sub-total 11 254 16 101 12 076(1) Abc corrigida – ver pagina 20 e 2114-04-2008C:\Backup\Disco D\PPA\revisão 4.4.2002\Peças Escritas\Relatório 4.4.2002.<strong>do</strong>c20


Parcela Área ( At ) Ae At - Ae AbcAv. Fernão <strong>de</strong> MagalhãesL2a 556 420 136 1 025L2b 540 404 136 991L3 555 427 128 1 031L4 586 477 109 1 116L5 585 513 72 1 153L6 455 425 30 924L8 432 408 24 882L9 447 423 24 914L10 442 423 19 908L11 366 353 13 755L12 422 405 17 868Sub-total 5 386 10 567 10 567TOTAL 330 173 396 321 299 885Na elaboração <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Pormenor</strong> respeitou-se, inicialmente, a edificabilida<strong>de</strong>permitida para o conjunto <strong>do</strong>s prédios da área <strong>de</strong> intervenção, chegan<strong>do</strong>-se a um valorfinal <strong>de</strong> edificabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> praticamente igual ao que as Normas atribuem aoconjunto <strong>do</strong>s prédios (com uma diferença <strong>de</strong> 0,3%).Na revisão <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> terminada em Abril <strong>de</strong> 2002, por indicação da C.M.P. aedificabilida<strong>de</strong> foi reduzida, chegan<strong>do</strong>-se a um valor final <strong>de</strong> 381 106 m2, o quecorrespon<strong>de</strong> a uma diferença <strong>de</strong> 3.8 % relativamente à edificabilida<strong>de</strong> permitida.O somatório <strong>do</strong>s direitos <strong>de</strong> edificabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s diferentes proprietários com prédios nazona, aplican<strong>do</strong> os critérios <strong>das</strong> Normas Provisórias é <strong>de</strong> 396.321 m2, sen<strong>do</strong> a área bruta<strong>de</strong> construção <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Pormenor</strong> <strong>de</strong> 381 106 m2. Este último valor sofrerá,necessariamente, ligeiros ajustamentos na fase <strong>de</strong> loteamento e na fase <strong>de</strong> projecto <strong>do</strong>sedifícios.O quadro “Edificabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> plano” regista a edificabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada malha e <strong>de</strong> cadaparcela <strong>do</strong> <strong>Plano</strong>.14-04-2008C:\Backup\Disco D\PPA\revisão 4.4.2002\Peças Escritas\Relatório 4.4.2002.<strong>do</strong>c21


Edificabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> planoMALHA PARCELA AREA BRUTA TOTAL TOTAL DA MALHAHABITAÇÃOCOM/SERV1 1.1 6 408 1 345 7 7531.2 8 384 1 599 9 9831.3 8 598 1 911 10 5091.4 2 918 272 3 190 31 4352 2.1 101 220 2 292 103 512 103 5123 3.117 3993 06740 331 40 3313.217 4002 4654 4.1 40 613 40 6134.2 22 888 6 278 29 166 69 7795 5.1 16 056 18 953 35 0095.2 1 812 1 8125.3 3 466 3 466 40 2886 6.1 4 232 384 4 6166.2 6 197 450 6 6476.3 3 986 446 4 4326.4 6 138 169 6 3076.5 5 005 1 054 6 0596.6 5 302 5 302 33 3637 7.1 8 600 5 132 13 732 13 7328 8.1 4 455 870 5 3258.2 1 995 711 2 7068.3 1 995 729 2 7248.4 3 990 1 578 5 5688.5 7 693 2 402 10 0958.6 10 963 399 11 3628.7 1 231 1 231 39 0119 9.1 4 782 757 5 5399.2 2 990 1 126 4 116 9 655TOTAL 381 106A concretização <strong>do</strong> princípio <strong>de</strong> perequação compensatória, previsto no DL 380/99 <strong>de</strong> 22<strong>de</strong> Setembro, baseia-se na aplicação <strong>de</strong> um índice médio <strong>de</strong> utilização (o constante <strong>do</strong>artigo 15º <strong>das</strong> Normas Provisórias <strong>do</strong> PDM ) e na repartição <strong>do</strong>s custos <strong>de</strong> urbanização.Dada a urgência em concluir a construção <strong>do</strong> novo estádio e toda a re<strong>de</strong> <strong>de</strong>infraestruturas necessárias à sua entrada em funcionamento, a tempo <strong>do</strong> EURO 2004,consi<strong>de</strong>rou-se vantajoso que a condução <strong>do</strong> processo, na primeira fase, fosse feita poruma só entida<strong>de</strong>, no caso a C.M. <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> ou em quem esta <strong>de</strong>legar. Esta entida<strong>de</strong> seráresponsável pelo financiamento e construção <strong>das</strong> infraestruturas gerais o que permitiráobter ganhos significativos em custos e garantir, mais facilmente, a conclusão da obra noprazo estabeleci<strong>do</strong>.Com este processo <strong>de</strong> gestão da operação os proprietários receberão o seu direito <strong>de</strong>construção em parcelas ou lotes <strong>de</strong> terreno já infraestrutura<strong>do</strong>, pagan<strong>do</strong> à autarquia os14-04-2008C:\Backup\Disco D\PPA\revisão 4.4.2002\Peças Escritas\Relatório 4.4.2002.<strong>do</strong>c22


custos <strong>de</strong> urbanização, através da cedência <strong>de</strong> direitos <strong>de</strong> edificabilida<strong>de</strong> expressos emm2 <strong>de</strong> superfície <strong>de</strong> pavimento o que originou uma correcção da área <strong>de</strong> construção aatribuir, em função da valorização que a construção <strong>das</strong> infraestruturas confere aos seusterrenos.Para <strong>de</strong>terminar o factor <strong>de</strong> correcção foi estima<strong>do</strong> o custo total <strong>das</strong> infraestruturasnecessárias à realização <strong>do</strong> <strong>Plano</strong>, o que permitiu <strong>de</strong>terminar um custo <strong>de</strong> infraestruturaspor m2 <strong>de</strong> construção ( da or<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s 16.620$/m2).Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong> um valor <strong>de</strong> venda <strong>de</strong> 60 c/m2 <strong>de</strong> área infraestruturada para construção,obtém-se um valor <strong>de</strong> 27,7% para o custo <strong>das</strong> infraestruturas.Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que parte <strong>das</strong> infraestruturas a construir serve uma área mais vasta, não foiimputada a totalida<strong>de</strong> daquele valor aos prédios situa<strong>do</strong>s na área <strong>de</strong> intervenção <strong>do</strong> <strong>Plano</strong><strong>de</strong> <strong>Pormenor</strong>, mas sim um valor <strong>de</strong> 25%.Assim, o direito <strong>de</strong> edificabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s proprietários <strong>de</strong> terrenos não infraestrutura<strong>do</strong>s foiafecta<strong>do</strong> <strong>de</strong> um factor <strong>de</strong> correcção <strong>de</strong> 0,75.Neste pressuposto foram <strong>de</strong>limita<strong>das</strong> duas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> execução, integran<strong>do</strong>respectivamente os prédios situa<strong>do</strong>s em zonas a infraestruturar e em zonas jáinfraestrutura<strong>das</strong>, cujo direito <strong>de</strong> edificabilida<strong>de</strong> foi, em consequência, afecta<strong>do</strong> ou nãopelo referi<strong>do</strong> factor <strong>de</strong> correcção.O quadro “DIREITOS DE EDIFICABILIDADE”, da página 17, já reflecte esta correcção(vi<strong>de</strong> coluna 6), nos casos em que a mesma foi aplicada.Na atribuição <strong>das</strong> parcelas seguiram-se os seguintes critérios, limita<strong>do</strong>s à disponibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> parcelas com dimensão a<strong>de</strong>quada ao direito <strong>de</strong> edificabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada proprietário:- reduzir ao mínimo a subdivisão <strong>das</strong> malhas em parcelas e lotes, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> aosproprietários a máxima liberda<strong>de</strong> para lotear <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as suas conveniências;- atribuir os direitos <strong>de</strong> edificação, quan<strong>do</strong> possível, na parcela original <strong>de</strong> cadaproprietário.O quadro “Atribuição <strong>do</strong>s direitos <strong>de</strong> edificação” regista, para cada prédio, o direito <strong>de</strong>edificação e a parcela ou parcelas a atribuir a cada proprietário para satisfazer essedireito.Por várias razões, nomeadamente os reduzi<strong>do</strong>s direitos <strong>de</strong> edificabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algunsproprietários, a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> não subdividir to<strong>das</strong> as parcelas até à menor expressão, olote, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> algum grau <strong>de</strong> flexibilida<strong>de</strong> aos proprietários nessa operação e, finalmente,a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir lotes <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os direitos edificatórios, registam-sealgumas diferenças, para mais ou para menos, entre o valor atribuí<strong>do</strong> e o direitoedificatório <strong>de</strong> cada proprietário.Por outro la<strong>do</strong>, pelas mesmas razões aponta<strong>das</strong> atrás e, também, por já <strong>de</strong>correremnegociações entre a Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e alguns proprietários com vista àaquisição ou permuta <strong>de</strong> terrenos, não foi atribuída área <strong>de</strong> construção a algunsproprietários (Quadro “Proprietários não incluí<strong>do</strong>s”). Os direitos <strong>de</strong> edificabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stesproprietários totalizam 24 411 m2.14-04-2008C:\Backup\Disco D\PPA\revisão 4.4.2002\Peças Escritas\Relatório 4.4.2002.<strong>do</strong>c23


9.2 4 116 38 2 553TOTAL 108 261 L2 a L6 e L8 a L12 10 567TOTAL 27 05314-04-2008C:\Backup\Disco D\PPA\revisão 4.4.2002\Peças Escritas\Relatório 4.4.2002.<strong>do</strong>c25


Apresenta-se <strong>de</strong> seguida um resumo <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s quantitativos referentes aoreparcelamento:1. Edificabilida<strong>de</strong> total <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> ...............................................................381 106 m22. Direitos <strong>de</strong> edificabilida<strong>de</strong> - Total..........................................................396 321 m23. Direitos <strong>de</strong> edificabilida<strong>de</strong> corrigi<strong>do</strong>s - .................................................299 885 m2 24. Direitos <strong>de</strong> edificabilida<strong>de</strong> para pagamento <strong>de</strong> infraestruturas Total (2 –3)96 436 m25. Direitos atribuí<strong>do</strong>s................................................................................272 979 m26. Proprietários não incluí<strong>do</strong>s (Direitos <strong>de</strong> edificabilida<strong>de</strong>)...........................27 053 m27. Área edificável a gerir pela C.M.P.........................................................108 261 m2(para custear as infraestruturas e in<strong>de</strong>mnizar os proprietários não incluí<strong>do</strong>s)2 Nos lotes com frente para a Av. Fernão <strong>de</strong> Magalhães não foi feita a correcção <strong>de</strong> edificabilida<strong>de</strong>, da<strong>do</strong> já existireminfraestruturas.14-04-2008C:\Backup\Disco D\PPA\revisão 4.4.2002\Peças Escritas\Relatório 4.4.2002.<strong>do</strong>c26


Bibliografia utilizada- O Espaço Urbano <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, condições naturais e <strong>de</strong>senvolvimento – J.M. Pereira <strong>de</strong> Oliveira, Instituto <strong>de</strong>Alta Cultura, Coimbra, 1973- <strong>Porto</strong>, percursos nos espaços e memórias – H. Marques, J.A. Rio Fernan<strong>de</strong>s, Luís P. Martins, Ed.Afrontamento, <strong>Porto</strong>, 1990- Descrição Topográfica e História da Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> – Rebelo da CostaCâmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>:- Campanhã, estu<strong>do</strong>s monográficos – Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Campanhã, 1990- <strong>Plano</strong> Regula<strong>do</strong>r da Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, <strong>Porto</strong> 1952- <strong>Porto</strong>, Projecto Cida<strong>de</strong> Nova. Ratificação <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> Director <strong>Municipal</strong>, <strong>Porto</strong> 199314-04-2008C:\Backup\Disco D\PPA\revisão 4.4.2002\Peças Escritas\Relatório 4.4.2002.<strong>do</strong>c27

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