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Comportamentos (des)adaptados - Escola Superior de Educação ...

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momento em que o skill comportamental se torna funcional<br />

para o aluno, aquele fará parte do seu repertório<br />

comportamental (Vincent, et al., 2002).<br />

Perante tais afirmações, tendo em consi<strong>de</strong>ração uma<br />

criança com <strong>de</strong>ficiência mental, todo este processo<br />

ganha maior sentido. Pois, a aprendizagem e execução<br />

<strong>de</strong> skills sociais apropriados, dar-lhe-á uma conduta<br />

social a<strong>de</strong>quada, permitindo a sua integração <strong>de</strong> forma<br />

mais eficaz e produtiva no ambiente social envolvente.<br />

Assim, quando a criança com <strong>de</strong>ficiência mental não é<br />

capaz <strong>de</strong> adquirir e/ou executar o skill <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada,<br />

a intervenção <strong>de</strong>verá surgir nesse sentido. Esta<br />

terá como principal finalida<strong>de</strong> o ensino e o reforço <strong>de</strong><br />

condutas sociais a<strong>de</strong>quadas tendo em conta os défices da<br />

criança.<br />

Em suma, perante o quadro teórico apresentado, surge a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lembrar que a intervenção educativa tem<br />

um papel fundamental no apoio à criança com <strong>de</strong>ficiência<br />

mental. Pois, esta não se vê abraços apenas com dificulda<strong><strong>de</strong>s</strong><br />

no seu funcionamento intelectual, mas<br />

fundamentalmente na sua inteligência social e prática,<br />

acarretando-lhe graves dificulda<strong><strong>de</strong>s</strong> pessoais e sociais,<br />

conduzindo, assim, à manifestação <strong>de</strong> comportamentos<br />

<strong><strong>de</strong>s</strong><strong>adaptados</strong> perante as exigências ambientais.<br />

Conclusão<br />

O percurso estabelecido ao longo do presente artigo foi<br />

no sentido <strong>de</strong> aprofundar o conhecimento sobre as<br />

implicações das limitações no funcionamento da criança<br />

com <strong>de</strong>ficiência mental e a sua relação com a a<strong>de</strong>quação<br />

comportamental.<br />

Com vista à consecução <strong><strong>de</strong>s</strong>ta investigação, recorreu-se à<br />

literatura mais actual, procurando, simultaneamente, conferir<br />

um carácter pertinente ao presente estudo, a partir das<br />

mo<strong>de</strong>rnas conceptualizações sobre a <strong>de</strong>ficiência mental.<br />

Deste modo, presentemente, o atraso mental <strong>de</strong>fine-se<br />

como uma incapacida<strong>de</strong> caracterizada por limitações<br />

significativas no funcionamento intelectual e no comportamento<br />

adaptativo expresso nas capacida<strong><strong>de</strong>s</strong> conceptuais,<br />

práticas e sociais (aadm, 2002). Sendo assim,<br />

aquele não resulta unicamente <strong>de</strong> limitações no funcionamento<br />

intelectual, mas, fundamentalmente, <strong>de</strong> incapacida<strong><strong>de</strong>s</strong><br />

ao nível do comportamento adaptativo,<br />

mormente no domínio da in<strong>de</strong>pendência pessoal e da<br />

responsabilida<strong>de</strong> social.<br />

Tal como foi mencionado, este facto conduziu a novas<br />

perspectivas e a mudanças <strong>de</strong> paradigma (Verdugo, 2001).<br />

Assim, perante a importância atribuída ao comportamento<br />

adaptativo, importou proce<strong>de</strong>r a uma análise mais aprofundada<br />

sobre as suas componentes, para que se pu<strong><strong>de</strong>s</strong>se<br />

compreen<strong>de</strong>r melhor as suas implicações no comportamento<br />

adoptado pela criança, em contexto social.<br />

Deste modo, investigou-se a implicação do <strong><strong>de</strong>s</strong>envolvimento<br />

cognitivo, afectivo e social na manifestação <strong>de</strong><br />

comportamentos (<strong><strong>de</strong>s</strong>)<strong>adaptados</strong> por parte da criança<br />

portadora <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência mental. As conclusões retiradas<br />

do presente estudo alu<strong>de</strong>m para a influência das limitações<br />

existentes nesses domínios no <strong><strong>de</strong>s</strong>ajustamento<br />

comportamental, pressupondo, assim, conflitos <strong>de</strong> vária<br />

or<strong>de</strong>m.<br />

Neste sentido, foi premente referir que a manifestação<br />

<strong>de</strong> enviesamentos cognitivos surge a partir da ocorrência<br />

<strong>de</strong> obstáculos no processamento <strong>de</strong> informação,<br />

repercutindo-se em visões antagónicas e julgamentos<br />

erróneos. Relativamente aos domínios afectivo e social,<br />

verificou-se que as dificulda<strong><strong>de</strong>s</strong> na aquisição e/ou execução<br />

<strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado skill, dificultam, por um lado, o<br />

reconhecimento da sua dimensão pessoal, enquanto ser<br />

com características próprias, e, por outro lado, a adopção<br />

<strong>de</strong> comportamentos socialmente aceites. Toda esta<br />

panóplia <strong>de</strong> elementos conduz a comportamentos <strong><strong>de</strong>s</strong>ajustados,<br />

dificultando a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negociação<br />

em contexto ecológico.<br />

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