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cursos de licenciatura: possíveis caminhos para ressignificar na ...

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aquilo, por que dissemos aquela expressão e não esta, enfim, po<strong>de</strong>mos observar e, ao<br />

mesmo tempo, avaliar, a<strong>na</strong>lisar o que fazemos, pensamos, sentimos. Desse processo<br />

<strong>de</strong> observação, po<strong>de</strong>mos abstrair aprendizagens, razões, justificativas <strong>para</strong> as ações<br />

<strong>de</strong>senvolvidas, <strong>para</strong> as atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>adas, <strong>para</strong> os gestos realizados, <strong>para</strong> as<br />

expressões anunciadas. Também po<strong>de</strong>mos compreen<strong>de</strong>r o que não foi dito, o que ficou<br />

subjacente ao cotidiano das relações construídas.<br />

O ato <strong>de</strong> observar sistematicamente a ação docente, em nossos <strong>caminhos</strong> <strong>de</strong><br />

busca pela ressignificação do processo <strong>de</strong> avaliação <strong>na</strong> Área <strong>de</strong> Práticas <strong>de</strong> Ensino e<br />

Estágios, assume uma perspectiva intencio<strong>na</strong>l, transformadora, já que não se trata <strong>de</strong><br />

qualquer ato <strong>de</strong> observação, mas sim <strong>de</strong> um ato sobre um <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do objeto <strong>de</strong><br />

estudo, no caso, a própria prática docente. Assim como Carr e Kemmis (1988), acredito<br />

que não po<strong>de</strong>mos observar a nossa ação, a nossa prática <strong>de</strong> qualquer jeito, como se<br />

um simples olhar pu<strong>de</strong>sse traduzir os significados construídos no contexto concreto <strong>de</strong><br />

vivência da prática pedagógica.<br />

A observação a que me refiro pressupõe, <strong>de</strong>ssa forma, o entendimento <strong>de</strong> que<br />

somos seres históricos, em permanente construção, somos seres do mundo, no mundo,<br />

<strong>para</strong> o mundo. Observar o que o estudante-estagiário <strong>de</strong>senvolve, constrói, no contexto<br />

da sala <strong>de</strong> aula, requer, portanto, a compreensão <strong>de</strong> que cada um, <strong>na</strong>s condições<br />

possíveis, com outros sujeitos dialógicos, produz diferentes saberes, transforma-se e<br />

transforma realida<strong>de</strong>s. Concordo com Benincá et al. (1998, p.133) quando afirmam que<br />

“a observação, concebida como elemento metodológico, difere da observação cotidia<strong>na</strong><br />

porque é intencio<strong>na</strong>da, ou seja, selecio<strong>na</strong> tema e objeto <strong>para</strong> observar”.<br />

b) Registro escrito da prática<br />

Documentar, registrar, escrever as observações realizadas também é outra<br />

atitu<strong>de</strong> necessária <strong>para</strong> a ressignificação do processo <strong>de</strong> avaliação. À medida que<br />

registramos a nossa ação e a ação observada, que a transformamos em documento<br />

não significa que a constituiremos ape<strong>na</strong>s em arquivos. Entendo que a documentação,<br />

o registro da nossa prática e da prática observada se tor<strong>na</strong>m necessários pelo fato <strong>de</strong>

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