Eleir Mundim Bortoleto [mestrado] - LFS - USP
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Apresentação do Trabalho de Mestrado<br />
Modelamento Numérico-<br />
Computacional das<br />
Transformações de Fase nos<br />
Tratamentos Térmicos de Aços<br />
Aluno: <strong>Eleir</strong> <strong>Mundim</strong> <strong>Bortoleto</strong><br />
Orientador: Prof. Dr. Roberto Martins de Souza<br />
Laboratório de Fenômenos de Superfície - <strong>LFS</strong>/POLI-<strong>USP</strong><br />
São Paulo<br />
23 de Julho de 2010
Sumário<br />
1.Introdução<br />
2.Revisão Bibliográfica<br />
3.Objetivos<br />
4.Materiais e Métodos<br />
4.1 Modelamento Computacional por Elementos Finitos<br />
4.2 Ensaio em Laboratório para Validação Experimental<br />
5.Resultados e Discussão<br />
5.1 Resultados da Proposta 1<br />
5.1 Resultados da Proposta 2<br />
6. Conclusões<br />
7. Sugestões para Trabalhos Futuros<br />
2/55
1 - Introdução<br />
• Tratamentos Térmicos<br />
– Processo crítico na fabricação de aços de elevada<br />
resistência<br />
– Relevância fundamental<br />
– Obtenção dos os arranjos microestruturais desejados<br />
• Vantagens:<br />
– Obtenção de melhores propriedades mecânicas<br />
– Comportamento durante utilização<br />
– Aumento de vida útil e resistência ao desgaste<br />
• Cuidados:<br />
– Resfriamento controlado<br />
– Quebras, trincas, retrabalhos, distorções, descartes<br />
3/55
Questão Energética:<br />
1 - Introdução<br />
– Elevado consumo de energia (aquecimento e resfriamento de<br />
toneladas de material)<br />
– Estimativa: Economia de 1,51 trilhões de KJ/ano (US$ 7 milhões)<br />
• Adoção de medidas de otimização (Hardin e Beckermann, 2005)<br />
• Uso de softwares de simulação<br />
Microestruturas<br />
– Desejável combinação/disposição específica entre diferentes<br />
fases e outros microconstituintes<br />
– Expansões volumétricas do material associadas às<br />
transformações de fase<br />
– Distorções e Tensões residuais térmicas e de transformação<br />
de fase (Ebert, 1978)<br />
4/55
• 1 – Aços<br />
2 – Revisão Bibliográfica<br />
– Ligas de ferro com até 2,1 % de carbono, podendo conter<br />
outros elementos de liga tais como Cr, Mn, Si, Mo, V, Nb,<br />
W, Ti, Ni<br />
– Alterações macro e microscópicas do material determinam<br />
propriedades mecânicas<br />
– As variações na microestrutura do material provêm da<br />
formação, alteração da quantidade, tamanho, forma e<br />
distribuição dos microconstituintes ou fases presentes<br />
(Tschiptschin et al., 1988).<br />
5/55
2 – Revisão Bibliográfica<br />
• 2 – Diagramas de Transformação<br />
• Diagrama de equilíbrio<br />
– Transformações muito lentas<br />
– Divergências em relação aos<br />
processos industriais<br />
Diagrama de fase Fe-C: indica as transformações de fase<br />
que ocorrem em condições de equilíbrio<br />
– Para transformações em condições<br />
realísticas (fora do equilíbrio):<br />
• Diagrama TTT<br />
• Diagrama CRC<br />
*Adaptado de Chiaverini ,1986<br />
6/55
2 – Revisão Bibliográfica<br />
• 3 – Tratamentos Térmicos - Têmpera<br />
Diferentes taxas de resfriamento resultam em transformações da<br />
austenita em diferentes fases<br />
Superficie<br />
Centro<br />
Resfriamento lento: Várias fases podem ser formadas<br />
dependendo da taxa de resfriamento e da curva de<br />
transformação\do material. A formação de martensita fica<br />
limitada aos\pontos mais próximos à superfície.<br />
Resfriamento rápido: a maior taxa de resfriamento faz<br />
com que a transformação martensítica aconteça para<br />
quase toda peça<br />
Adaptado de American Society for Metals(1990)<br />
7/55
2 – Revisão Bibliográfica<br />
• 4 – Transformações de Fases nos Aços<br />
grossa<br />
fina<br />
Micrografias: Ralls et al. ,1976 e Bhadeshia, 2001<br />
8/55
2 – Revisão Bibliográfica<br />
Estrutura Cristalina dos Aços<br />
• Austenita: solução sólida intersticial (do carbono e dos elementos de liga) em ferro<br />
gama.<br />
• Ferrita: solução sólida intersticial em ferro alfa.<br />
• Cementita: carboneto de ferro (Fe 3 C).<br />
• Perlita: Misto de Ferrita e Cementita.<br />
• Martensita: Solução sólida super saturada de carbono em ferro alfa.<br />
Estrutura cristalina cúbica de face centrada (CFC).<br />
Fonte: GOZZI, 2005.<br />
Estrutura cristalina cúbica de corpo centrada (CCC).<br />
Fonte: GOZZI, 2005.<br />
9/55
2 – Revisão Bibliográfica<br />
• Transformações Difusionais (Difusão dos elementos<br />
de liga)<br />
– Transformação Ferrítica<br />
– Transformação Perlítica<br />
– Transformação Bainítica<br />
• Transformação Adifusional<br />
– Transformação Martensítica<br />
Adaptado de Callister (2002).<br />
10/55
2 – Revisão Bibliográfica<br />
Transformação Martensítica<br />
ferro<br />
carbono<br />
Átomos de carbono são menores que átomos de<br />
Ferro<br />
Distorção do reticulado cristalino<br />
Ocorre expansão no volume ocupado pelo material<br />
(aproximadamente 4%), em parte provocada pela<br />
presença do átomo de carbono deslocado na<br />
estrutura.<br />
Evolução da estrutura cristalina durante a transformação<br />
martensítica<br />
Fonte: Callister, 2002<br />
11/55
2 – Revisão Bibliográfica<br />
Efeito da microestrutura na geração de tensões e deformações<br />
Expansão volumétrica devida às transformações de fase<br />
Transformação<br />
Mudança de Volume<br />
(Equação Genérica)<br />
Mudança de Volume<br />
(Aço SAE 4140)<br />
Perlita esferoidizada → Austenita -4,64 + 2,21x(%C) -3,756%<br />
Austenita → Martensita 4,64 - 0,53x(%C) 4,428%<br />
Perlita esferoidizada → Martensita 1,68.(%C) 0,672%<br />
Austenita → Bainita inferior 4,64 - 1,43x(%C) 4,068%<br />
Perlita esferoidizada → Bainita inferior 0,78x(%C) 0,312%<br />
Austenita → Bainita superior 4,64 -2,21x(%C) 3,756%<br />
Perlita esferoidizada → Bainita superior 0 0%<br />
Adaptado de Gozzi (2005) e Totten e Howes (1997)<br />
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2 – Revisão Bibliográfica<br />
• 5 - Modelos Matemáticos<br />
– Modelo Johnson-Mehl-Avrami-Kolmogorov (JMAK)<br />
Expressão descreve:<br />
•Transformações Difusionais<br />
Fração de transformação<br />
Nucleação<br />
Crescimento<br />
Logaritmo do tempo de aquecimento<br />
•Sólido se transforma de uma<br />
fase para outra a uma<br />
temperatura constante.<br />
•Cinética de cristalização<br />
•Pode ser aplicada<br />
genericamente para outras<br />
fases em outros materiais,<br />
como uma taxa ou velocidade<br />
para reações químicas<br />
(AVRAMI, 1939).<br />
13/55
2 – Revisão Bibliográfica<br />
• 5 - Modelos Matemáticos<br />
– Koinstinen-Marburger, 1959<br />
• Transformações Adifusionais<br />
• Relação obtida empiricamente<br />
• Cálculo da Fração volumétrica de martensita<br />
• Implementação em Softwares acadêmicos e comerciais<br />
14/55
2 – Revisão Bibliográfica<br />
O Problema Termo-Mecânico-Microestrutural Acoplado<br />
Adaptado de Inoue, 2004<br />
Risso et al. (2004)<br />
Huiping et al. (2007)<br />
Sjöström (1985)<br />
– Interações podem ser desacopladas matematicamente,<br />
gerando problemas independentes (Pacheco et al., 2001)<br />
15/55
2 – Revisão Bibliográfica<br />
Aplicações, Abordagens e Implementações<br />
• Equações acopladas Vs. Equações desacopladas<br />
– Ganghoffer et al. (1994), Fletcher (1981)<br />
– Pacheco et al., 2001, Silva et al. (2001)<br />
• Abordagem estritamente Térmica<br />
– Reyes et al. (2007)<br />
• Abordagem Termo-mecânica<br />
– Canale et al. (2005), Inoue e Tanaka (1975),<br />
Woodard et al. (1999) e outros<br />
Fonte: WOODARD et. Al, 1999<br />
• Abordagem Termo-mecânico-metalúrgica<br />
– Roux e Billardon (2007), Risso et al. (2004), e outros.<br />
16/55
2 – Revisão Bibliográfica<br />
Aplicações, Abordagens e Implementações<br />
Cálculo analítico das frações volumétricas<br />
Teixeira, 2002<br />
Leblond et al., 1989<br />
Pacheco et al., 2001<br />
Denis et al., 1992<br />
Sobreposição de curvas de resfriamento e<br />
transformação<br />
Lauro e Sarmiento, 2002<br />
Hardin e Beckermann, 2005<br />
17/55
2 – Revisão Bibliográfica<br />
• Tensões Residuais<br />
•Gradientes térmicos levam a tensões residuais<br />
•Quando se considera a transformação de fase, a<br />
superfície pode ficar sob tração e o centro sob<br />
compressão<br />
Fonte: Ebert,1978<br />
18/55
2 – Revisão Bibliográfica<br />
• Tensões Residuais<br />
•Inoue e Tanaka (1975)<br />
•Cilindro<br />
•0,43% de carbono<br />
•Comparação entre<br />
•valores analíticos<br />
•valores experimentais<br />
Distribuição de tensão residual em geometria cilíndrica.<br />
Fonte: Inoue e Tanaka (1975)<br />
19/55
3 – Objetivos<br />
• Propor um novo modelo numérico computacional para análise<br />
do problema termo-mecânico-microestrutural no tratamento<br />
térmico de aços que:<br />
– Simule a geração de tensões residuais, térmicas e de transformação<br />
de fase, nos processos de têmpera.<br />
– Reúna as principais vantagens dos diferentes modelos e formulações<br />
já propostos na literatura para o estudo dos tratamentos térmicos<br />
(unificação das diferentes abordagens)<br />
• Validar experimentalmente o modelo proposto<br />
– Ensaios de temperabilidade Jominy modificados e instrumentados<br />
– Resultados: Temperatura, Dureza, Frações Volumétricas, Distorção<br />
Geométrica<br />
20/55
4 – Materiais e Métodos<br />
• Proposição de 2 Abordagens Numéricas<br />
– Previsão das frações volumétricas (fases transformadas)<br />
– Estimativa dos valores de Dureza Vickers<br />
– Calores Latentes<br />
térmicas<br />
– Tensões<br />
transformação de fase<br />
– Distorções Geométricas<br />
– Propriedades mecânicas (em função da microestrutura)<br />
• Validação Experimental<br />
– Ensaio Jominy Modificado e Instrumentado<br />
• Frações volumétricas, Temperaturas<br />
• Medição de Dureza Vickers, Distorções<br />
21/55
4 – Materiais e Métodos<br />
• Propriedades do Aço SAE 4140<br />
Trzaska e Dobrzanski, 2004<br />
α=22,3 µm/(m°C) M s =410°C B s =532°C TF=7 s<br />
ρ=7800 kg/cm 3 M f =300°C P s =650°C TB=10 s<br />
ν=0,3 F s =710°C A f =200°C TP=100 s<br />
Composição Química<br />
C 0,40<br />
Si 0,20<br />
Mn 0,85<br />
P 0,02<br />
S 0,02<br />
Cr 1,05<br />
Mo 0,30<br />
Atkins , 1980<br />
A composição química do aço SAE 4140 foi utilizada para:<br />
•Calcular os valores de temperatura de início e fim das transformações segundo o modelo<br />
de Trzaska e Dobrzanski, 2004<br />
•Alimentar as expressões de cálculo de dureza (Maynier et al., 1978)<br />
22/55
4 – Materiais e Métodos<br />
• Propriedades físicas em função da temperatura<br />
Fonte: Melander (1985) apud Pacheco et al. (2007)<br />
23/55
4 – Materiais e Métodos<br />
Propriedades de cada microconstituinte formado a partir da austenita.<br />
Frações<br />
Volumétricas<br />
Regra das<br />
Misturas<br />
Propriedades<br />
do<br />
Aço<br />
Adaptado de Bhadeshia, 2002<br />
24/55
4 – Materiais e Métodos<br />
Gozzi (2005) e Totten e Howes (1997)<br />
Transformação de Fase<br />
Expansão Volumétrica<br />
Expansão Volumétrica para<br />
o aço SAE 4140(%)<br />
Austenita → Martensita 4,64 - 0,53.(%C) 4,428<br />
Austenita → Bainita inferior 4,64 - 1,43.(%C) 4,068<br />
Austenita → Bainita superior 4,64 - 2,21.(%C) 3,756<br />
Austenita → Perlita 4,64 - 2,21.(%C) 3,756<br />
Austenita → Ferrita - 3,756<br />
Construção do modelo:<br />
•O diagrama CRC do aço SAE 4140 foi<br />
utilizado em conjunto com as expressões<br />
de Trzaska e Dobrzanski, 2004<br />
• As informações obtidas a partir desse<br />
diagrama foram confrontadas com as<br />
propriedades provenientes das equações de<br />
Trzaska e Dobrzanski, 2004<br />
•os valores foram utilizados com<br />
parâmetros de entrada das sub-rotinas<br />
FORTRAN<br />
Adaptado de ASM, 1977<br />
25/55
4 – Materiais e Métodos<br />
Proposta 1 - Modelos Simplificados<br />
•Efeito de cada transformação no campo de tensões<br />
•Não são calculadas as frações transformadas<br />
26/55
4 – Materiais e Métodos<br />
Geometria e Condições de Contorno<br />
Imposição da<br />
variação de<br />
temperatura<br />
para essas<br />
faces<br />
Geometria:<br />
Pacheco et al. (2001)<br />
Cilindro de aço SAE 4140 Φ=4,5 cm<br />
L=18 cm)<br />
Malha Axissimétrica – ¼ do cilindro<br />
27/55
4 – Materiais e Métodos<br />
• Discretização de curva CRC<br />
Proposta 2<br />
28/55
4 – Materiais e Métodos<br />
Entrada de Dados<br />
Geometria<br />
Condições de Contorno<br />
Propriedades do Material<br />
Condições Iniciais<br />
Abaqus<br />
Proposta 2<br />
SDVINI<br />
Atribui valores iniciais às variáveis<br />
de estado<br />
As Variáveis de estado foram criadas para receber os valores calculdos pelas<br />
demais sub-rotinas<br />
UMATHT<br />
Estima o calor latente liberado<br />
ou absorvido relativo às mudanças<br />
de fase da microestrutura<br />
UVARM<br />
Sobreposição das curvas de<br />
resfriamento ao diagrama CRC<br />
Atualiza os valores de condutividade térmica e calor específico de acordo<br />
com as frações volumétricas dos microconstituintes e temperatura<br />
Atualiza os valores de energia interna em função dos calores latentes das<br />
transformações<br />
Define expressão para o fluxo de calor<br />
Identifica a região correspondente ao diagrama de transformação<br />
Interpola o cálculo das frações volumétricas de cada fase<br />
É integrada às demais sub-rotinas pela sub-rotina USDFLD<br />
Método de interpolação para o cálculo<br />
das frações volumétricas<br />
Taxa média de resfriamento<br />
UHARD<br />
Atualliza as propriedades mecânicas<br />
em função da composição da microestrutura,<br />
através da combinação entre as<br />
propriedades de cada microconstituinte<br />
UEXPAN<br />
Calcula a Expansão Volumétrica<br />
devido à mudança de fase<br />
Cálculo de deformações e tensões<br />
29/55
4 – Materiais e Métodos<br />
Malha – Proposta 2<br />
Norma ASTM A255<br />
Esta geometria também será utilizada para validação experimental<br />
30/55
4 – Materiais e Métodos<br />
Proposta 2<br />
Comparativo entre tempos de processamento para cada condição de geometria simulada<br />
Tempo de processamento (min)<br />
Axissimétrico 3-D sem furo 3-D com furo<br />
Modelo<br />
(4 elementos/mm 2 ) (0,3 elementos/mm 2 ) (0,35 elementos/mm 2 )<br />
Térmico 6 13 13,5<br />
Termo-mecânico 12,5 27 29<br />
Termo-mecânico-microestrutural 750 1890 1915<br />
• Necessidade de furos para<br />
aquisição da variação de<br />
temperaturas no processo real<br />
• Perdas por convecção no furo<br />
desprezíveis (efeitos locais)<br />
• Malha axissimétrica<br />
31/55
Condições de Contorno<br />
4 – Materiais e Métodos<br />
Proposta 2<br />
Temperatura (°C)<br />
1000<br />
900<br />
800<br />
700<br />
600<br />
500<br />
400<br />
300<br />
200<br />
100<br />
0<br />
Resfriamento rápido<br />
Resfriamento moderado<br />
0 100 200 300 400 500 600 700 800<br />
Tempo (segundos)<br />
• Toma-se como hipótese que os materiais tratados termicamente partem de<br />
um estado inicial livre de tensões e deformações.<br />
32/55
4 – Materiais e Métodos<br />
Ensaio em Laboratório<br />
•Corpos de prova com geometria<br />
padronizada são resfriados por umas<br />
das extremidades.<br />
•Posteriormente, realizam-se medições<br />
de dureza na direção axial<br />
Fonte: Chiaverini (1986)<br />
Norma ASTM A-255<br />
33/55
4 – Materiais e Métodos<br />
Ensaio em Laboratório<br />
Usinagem:<br />
•Processo de eletroerosão com<br />
capilares de latão (1mm)<br />
Pontos de Amostragem<br />
• 2 Condições de Resfriamento<br />
•Vazão 1 = 215 ml/seg (Norma)<br />
•Vazão 2 = 150 ml/seg<br />
34/55
4 – Materiais e Métodos<br />
Ensaio em Laboratório<br />
• Problemas com formação de óxido no interior dos furos<br />
Necessidade:<br />
Novos pontos de amostragem na superfície da peça<br />
Pontos Amostrados<br />
Ensaio Condição de Base Topo Lateral Inferior Lateral Superior Aproveitamento<br />
1 Resfriamento Severo (interior) X X - - Sim<br />
2 Severo - X X X Sim<br />
3 Severo - X X X Descartado<br />
4 Moderado - X X X Sim<br />
5 Moderado - X X X Sim<br />
35/55
4 – Materiais e Métodos<br />
Ensaio em Laboratório<br />
• Após o tratamento térmico:<br />
• Avaliação das distorções geométricas<br />
• Usinagem de trilha para medição de dureza para remoção de camada<br />
descarbonetada<br />
• Medição de durezas superficiais (Vickers 30 kgf)<br />
• Cortes Transversais em 3 posições<br />
• Medições de durezas ao longo do raio<br />
(Vickers 30 kgf)<br />
• Análise metalográfica<br />
• Contagem de fração volumétrica<br />
• Norma ASTM E-562<br />
• Software LisPix<br />
36/55
5 – Resultados e Discussão<br />
Variação de Temperatura (Proposta 1)<br />
centro<br />
Modelo 1a –<br />
Transformação<br />
Parcial em martensita<br />
superfície<br />
Modelo 1b –<br />
Transformação total<br />
em martensita<br />
Modelo 2 – Inclusão<br />
da transformação<br />
perlítica<br />
Modelo 3 - formação<br />
de perlita é<br />
irrelevante<br />
37/55
5 – Resultados e Discussão<br />
Variação de Temperatura<br />
Tensões radiais<br />
Fonte: Ebert,1978<br />
38/55
5 – Resultados e Discussão<br />
Tensões axiais<br />
Fonte: Ebert,1978<br />
39/55
Resultados de tensões:<br />
-ao longo do raio do cilindro na posição central em relação ao seu<br />
comprimento, ao fim da têmpera<br />
Modelo 1a<br />
5 – Resultados e Discussão<br />
Modelo 1b<br />
Modelo 2 Modelo 3<br />
40/55
• Modelo 1a:<br />
5 – Resultados e Discussão<br />
– Componentes radial e axial são compressivos na superfície e estão<br />
sob tração no núcleo no modelo 1a (deformação plástica)<br />
– Expansão volumétrica na superfície devida à transformação<br />
martensítica produz compressão no centro do cilindro (Hardin e<br />
Beckermann, 2005)<br />
• Modelos 1b, 2 e 3<br />
– Configuração oposta do campo de tensões quando comparados ao<br />
modelo 1a,<br />
– Mais áreas com tensão compressivas (devido às formações de bainita<br />
e ferrita)<br />
– Tensões positivas na superfície, menores que modelo 1a<br />
• Área com tensão compressiva torna-se, eventualmente,<br />
sujeita à tensão trativa, dependendo da transformação de fase<br />
ocorre na material (Ebert, 1979)<br />
41/55
5 – Resultados e Discussão<br />
Proposta 2<br />
Temperaturas Amostradas durante a Têmpera<br />
Aquecimento devido<br />
às transformações<br />
de fase<br />
Resfriamento rápido (215 ml/seg)<br />
Resfriamento lento (150 ml/seg)<br />
Efeito da liberação de calor durante transformações de fase<br />
42/55
5 – Resultados e Discussão<br />
Proposta 2<br />
Comparativo entre Temperaturas Amostradas e Calculadas<br />
Resfriamento rápido (215 ml/seg)<br />
Resfriamento lento (150 ml/seg)<br />
•Variações semelhantes<br />
•Correta representação do fenômeno de condução de calor no material<br />
•Utilização do campo de temperaturas modelado para o cálculo das demais variáveis<br />
de interesse do problema<br />
43/55
5 – Resultados e Discussão<br />
Proposta 2<br />
Distorções e Alterações Dimensionais<br />
Resfriamento rápido (215 ml/seg)<br />
Resfriamento lento (150 ml/seg)<br />
•Máxima distorção coincide nas 3 situações<br />
•Efeitos da oxidação limitam conclusões<br />
(espessura da camada de óxido)<br />
Fonte:<br />
Ramanathan e Foley (2001)<br />
44/55
5 – Resultados e Discussão<br />
Proposta 2<br />
Cálculo das Frações Volumétricas dos Microconstituintes<br />
Decomposição da austenita<br />
Base<br />
Metade da altura<br />
1/10 da altura<br />
45/55
5 – Resultados e Discussão<br />
Proposta 2<br />
Cálculo das Frações Volumétricas dos Microconstituintes<br />
Ferrita<br />
Base (L=4 mm) 0 0 0 100%<br />
Meio (L=50 mm) 5% 95-98 % - 0<br />
Topo (L= 100 mm) 10-15% 85-90 % - 0<br />
Perlita<br />
Experimento<br />
Bainita<br />
Simulação<br />
Martensita<br />
Austenita<br />
Retida<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Ferrita<br />
Base (L=4 mm) 0,70% 0 5-8 % 85-90 %<br />
Meio (L=50 mm) 2% 90-92 % 0 5%<br />
Topo (L= 100 mm) 12-15 % 85-90 % 0-2 % 3-4 %<br />
Perlita<br />
Bainita<br />
Martensita<br />
Austenita<br />
Retida<br />
6-7 %<br />
0,5-0,7 %<br />
0,5-0,6 %<br />
46/55
Ferrita + Perlita<br />
5 – Resultados e Discussão<br />
Análise Microestrutural<br />
Ferrita + Perlita<br />
Martensita<br />
47/55
5 – Resultados e Discussão<br />
Dureza Vickers<br />
Resfriamento rápido (215 ml/seg)<br />
Resfriamento lento (150 ml/seg)<br />
Em ambas as comparações, a região em que há maior diferenças entre os valores de<br />
dureza calculados e os medidos coincide com a região de transição entre a formação de<br />
bainita e a formação de perlita + ferrita<br />
48/55
5 – Resultados e Discussão<br />
Dureza Vickers<br />
• Variação de dureza ao longo do<br />
raio em 6 seções transversais<br />
• 3 posições da altura em relação à<br />
base<br />
• Nota-se que na quase totalidade<br />
dos pontos, há equivalência entre<br />
as curvas (consideradas as barras<br />
de incerteza das medições).<br />
• Tomando-se as médias das<br />
durezas ao longo do raio, há nova<br />
equivalência entre os resultados,<br />
• Equivalência em relação a<br />
Ramanathan e. Foley (2001).<br />
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5 – Resultados e Discussão<br />
Tensão Residual<br />
Fonte: Inoue e Tanaka (1975)<br />
Tensões residuais ao longo do raio para a seção transversal<br />
equivalente à face inferior do corpo de prova (h=0 mm)<br />
Tensões residuais ao longo do raio para a seção<br />
transversal equivalente à metade da altura do<br />
corpo de prova (h=50 mm)<br />
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6 – Conclusões<br />
• Em relação à implementação e análise de elementos finitos da Proposta 1:<br />
– explica e reproduz fenômenos observados durante o processo de têmpera<br />
– resultados numéricos indicam que a formação de martensita está sempre<br />
relacionada a tensões compressivas (Ebert, 1978)<br />
• Incorporação de outras transformações de fase aos modelos<br />
– campos de tensão diferentes dos campos gerados pelas simulações que<br />
consideram unicamente a transformação martensítica<br />
• Os resultados dos modelos concordam, de forma qualitativa, com os<br />
trabalhos de Pacheco et al. (2001a), Camarão (1998) e Hardin e Beckermann<br />
(2005)<br />
– campos de tensões<br />
– tensões originadas por cada uma das diferentes mudanças de fase<br />
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6 – Conclusões<br />
• Em relação à implementação da Proposta 2:<br />
– A análise e o cálculo das expansões volumétricas e das tensões residuais<br />
geradas pelas transformações de fase mostraram-se eficientes, corrigindo a<br />
formulação do software de Elementos Finitos quando da consideração das<br />
transformações de fases nos aços.<br />
– Quando se considera o efeito das tensões residuais térmicas e de<br />
transformação de fase, ao final do processo de tratamento térmico, uma<br />
proveta Jominy fica sob tensões trativas no núcleo e compressivas na<br />
superfície.<br />
– Resultados são semelhantes aos medidos em ensaio experimental, de forma<br />
que houve aderência significativa entre os resultados simulados e<br />
experimentais, diferentemente dos modelos da Proposta 1 e, inclusive, em<br />
relação a modelos da literatura limitados à transformações isotérmicas.<br />
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6 – Conclusões<br />
– A previsão dos níveis de dureza do material teve boa aderência em relação<br />
aos valores medidos experimentalmente, o que mostra a eficiência no uso das<br />
relações de Maynier et al. (1978).<br />
– A avaliação experimental das distorções geométricas não se mostrou<br />
equivalente a medições experimentais de outros pesquisadores (Ramanathan<br />
e Foley (2001)) nem mostrou equivalência em relação aos cálculos numéricos.<br />
Entretanto, houve, para todos esses casos, correlação dos valores de máxima<br />
deformação da peça.<br />
– O cálculo das frações volumétricas transformadas mostrou-se consistente e<br />
equivalente aos valores obtidos por microscopia quantitativa, dentro dos limites<br />
das incertezas de medição.<br />
– Comparativamente, a Proposta 2, que aborda todas as relações relevantes do<br />
problema termo-mecânico-microestrutural, mostrou-se superior à Proposta 1,<br />
de abordagem simplificada. Isso evidencia a importância do acoplamento entre<br />
os diversos fenômenos presentes nos processos de tratamento térmico e a<br />
necessidade de uma abordagem que considere esses efeitos.<br />
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7 – Sugestões para Trabalhos Futuros<br />
• Avaliação da Aplicabilidade do Modelo no estudo da têmpera<br />
em outros materiais<br />
• Ensaio Jominy com aquecimento em Forno de atmosfera<br />
controlada (redução do efeito de oxidação)<br />
• Determinação experimental da quantidade de bainita<br />
transformada e de austenita retida<br />
– Difratometria<br />
– Uso de ferritoscópio<br />
• Medição dos níveis reais de tensão residual após o ensaio<br />
Jominy<br />
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FIM<br />
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Slides Auxiliares<br />
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2 – Revisão Bibliográfica<br />
• 2 – Diagramas de Transformação<br />
Curvas de transformação isotérmica<br />
*Adaptado de Reed-Hill, 1982<br />
Curvas de resfriamento contínuo<br />
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2 – Revisão Bibliográfica<br />
Efeito da temperatura na geração de tensões e deformações<br />
Definição do coeficiente de expansão térmica<br />
(Lei de Hooke)<br />
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Efeito das tensões e deformações na variação da temperatura<br />
• Carregamentos externos, tensões internas ou deformações podem gerar<br />
calor devido à movimentação de discordâncias do material.<br />
• Geralmente desprezível frente a outras fontes de geração de calor.<br />
• Risso et al. (2004)<br />
2 – Revisão Bibliográfica<br />
– parcela de calor gerado por trabalho mecânico têmpera, (redução de temperatura em<br />
500°C) induz a variação de temperatura inferior a 1°C.<br />
• Huiping et al. (2007)<br />
– No caso de deformações inelásticas, a geração de calor pode atingir níveis altos<br />
– Nos processos de têmpera, geração de calor é pequena e variação de temperatura é da<br />
ordem de 2 a 3% (calor gerado pela deformação é pequeno e tem pouca influência na<br />
variação de temperatura da peça temperada).<br />
• Sjöström (1985)<br />
– calor gerado pelo trabalho mecânico na têmpera representa menos de 1% de toda a<br />
geração de calor e da taxa de variação de temperatura, correspondendo a uma variação<br />
de aproximadamente 2 °C na temperatura.<br />
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2 – Revisão Bibliográfica<br />
Efeito da Temperatura na alteração da microestrutura<br />
A imposição de mudanças de temperatura no<br />
material pode implicar em alterações das<br />
fases e microestrutura<br />
Adaptado de Teixeira (2002)<br />
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2 – Revisão Bibliográfica<br />
Efeito da microestrutura na variação de temperatura<br />
Com Calor Latente<br />
Sem Calor Latente<br />
Às mudanças de fase estão<br />
associadas reações químicas<br />
que absorvem ou liberam calor<br />
para ocorrerem<br />
Fonte: WOODARD et. Al, 1999<br />
Tempo (seg) Transformação Calor Latente associado(J/m 3 )<br />
austenita→ferrita 5,95 x 10 8<br />
austenita→bainita 5,12 x 10 8<br />
austenita→perlita 5,26 x 10 8<br />
austenita→martensita 3,14 x 10 8<br />
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Efeito de tensões e deformações na alteração da microestrutura<br />
• Influência de tensões sobre as alterações microestruturais<br />
– Ex: transformação perlítica é reduzido quando o material está sob tensões trativas e aumentado<br />
quando sob tensões compressivas.<br />
• Antunes e Antunes (2007)<br />
2 – Revisão Bibliográfica<br />
– durante a deformação plástica em temperaturas abaixo da ambiente, além do deslizamento de<br />
discordâncias na austenita, pode ocorrer, simultaneamente, maclas de deformação e transformações<br />
de fase do tipo austenita-martensita.<br />
• A Plasticidade induzida por transformação de fase (do inglês “Transformation<br />
Induced Plasticity” - TRIP)<br />
– É a deformação plástica anômala observada quando transformações metalúrgicas ocorrem sob uma<br />
tensão externa muito menor que o limite de escoamento (PACHECO et al., 2003).<br />
• Camarão (1998), em estudo de têmpera em cilindros de aço, não considera a<br />
plasticidade induzida por transformação.<br />
• Bokota e Iskierka (1998), ainda que considerem as transformações austenitamartensita,<br />
austenita-perlita e austenita-bainita, também não consideram a<br />
plasticidade induzida por transformação.<br />
• Este trabalho não irá tratar sobre os fenômenos de plasticidade induzida por<br />
transformação<br />
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2 – Revisão Bibliográfica<br />
Propriedades físicas em função da temperatura e da fase microestrutural<br />
• Modelamento de Curvas de Transformação<br />
Risso et al. 2004<br />
Propriedades são função:<br />
Temperatura<br />
<br />
Composição<br />
microestrutural<br />
Aproximação de curvas TTT<br />
Mapa de microestruturas<br />
Regra da misturas<br />
Propriedades em função da<br />
temperatura e do tempo<br />
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2 – Revisão Bibliográfica<br />
• Modelamento de Curvas de Transformação<br />
Trzaska e Dobrzanski, 2004<br />
Redes neurais<br />
Tempos e temperaturas das transformações nos aços<br />
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Estimativa de Dureza Vickers<br />
Lei das misturas<br />
2 – Revisão Bibliográfica<br />
Fórmulas desenvolvidas empiricamente por Maynier et al. (1978)<br />
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