Conceitos e princÃpios para o ensino da LÃngua ... - Comunidades
Conceitos e princÃpios para o ensino da LÃngua ... - Comunidades
Conceitos e princÃpios para o ensino da LÃngua ... - Comunidades
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
De modo geral, ca<strong>da</strong> país tem sua língua. É o que se chama língua<br />
comum ou nacional. Assim, na França, fala-se francês e, no Japão, japonês.<br />
Há, porém, países com mais de uma língua nacional - a Suíça, por<br />
exemplo, tem três línguas nacionais. Por outro lado, uma língua pode<br />
ser comum a mais de um país — é o caso do Português, língua nacional<br />
de Portugal e do Brasil.<br />
De acordo com Terra (2002, p. 13),<br />
o caráter social <strong>da</strong> língua é facilmente percebido quando levamos<br />
em conta que ela existe antes mesmo de nós nascermos:<br />
ca<strong>da</strong> um de nós já encontra a língua forma<strong>da</strong> e em funcionamento,<br />
pronta <strong>para</strong> ser usa<strong>da</strong>. E mesmo quando deixarmos de<br />
existir, a língua subsistirá independente de nós.<br />
Dessa forma, observa-se que a língua é exterior aos indivíduos e, por<br />
isso, não pode ser cria<strong>da</strong> ou modifica<strong>da</strong> por apenas um deles. Ela só existe<br />
em decorrência de uma espécie de "contrato coletivo" que se estabeleceu<br />
entre as pessoas e ao qual todos aderiram. Segundo Barthes (1999, p. 10):<br />
Como instituição social, ela [a língua] não é absolutamente<br />
um ato, escapa a qualquer premeditação; é a parte social <strong>da</strong><br />
linguagem; o indivíduo não pode, sozinho, nem criá-la nem<br />
modificá-la. Trata-se essencialmente de um contrato coletivo<br />
ao qual temos de submeter-nos em bloco se quisermos comunicar;<br />
além disso, este produto social é autónomo, à maneira<br />
de um jogo com suas regras, pois só se pode manejá-lo depois<br />
de uma aprendizagem.<br />
Nesse sentido, a língua é uma instituição social de caráter abstrato.<br />
E instituição porque é uma estrutura decorrente <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de comunicação,<br />
com um conjunto de convenções necessárias <strong>para</strong> permitir<br />
o exercício <strong>da</strong> facul<strong>da</strong>de <strong>da</strong> linguagem aos indivíduos; é social porque,<br />
sendo exterior aos falantes, pertence à comuni<strong>da</strong>de linguística como<br />
um todo; é abstraía porque só se realiza por meio <strong>da</strong> fala.<br />
Fala<br />
Como visto, a língua é um bem público, ou seja, pertence a to<strong>da</strong><br />
comuni<strong>da</strong>de de falantes, que pode utilizá-la como meio de comunicação.<br />
A utilização que ca<strong>da</strong> indivíduo faz <strong>da</strong> língua, a fala, por outro<br />
lado, possui um caráter privado, pertencendo exclusivamente a ca<strong>da</strong><br />
indivíduo que a utiliza. E o aspecto individual <strong>da</strong> linguagem humana.