Conceitos e princÃpios para o ensino da LÃngua ... - Comunidades
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De acordo com Dubois (1993, p. 261),<br />
A fala c uma função não instintiva, mas adquiri<strong>da</strong>, uma função<br />
de cultura. Sc o indivíduo fala, comunica sua experiência, suas<br />
ideias, suas emoções, ele deve esta facul<strong>da</strong>de ao fato de ter nascido<br />
no seio de uma socie<strong>da</strong>de. Eliminemos a socie<strong>da</strong>de, e o homem<br />
terá to<strong>da</strong>s as possibili<strong>da</strong>des de an<strong>da</strong>r; ele jamais aprenderá a<br />
falar. [...] A fala é um ato individual de vontade e inteligência.<br />
Saiba mais<br />
Psicofísico: correlação entre os fenómenos<br />
mentais e corporais.<br />
Linguística: estudo científico <strong>da</strong> linguagem.<br />
Em geral, define-se a linguística como a ciência<br />
<strong>da</strong> linguagem ou como estudo científico <strong>da</strong><br />
linguagem (SAUSSURE, 1949).<br />
Assim, Dubois confere que<br />
a fala é um ato de vontade e inteligência<br />
no qual se distinguem<br />
as combinações pelas quais o falante<br />
realiza o código <strong>da</strong> língua,<br />
com o objetivo de exprimir seu<br />
pensamento pessoal e o mecanismo<br />
psicofísico que lhe permite<br />
exteriorizar essas combinações.<br />
Variações linguísticas<br />
Os inúmeros atos de fala que se verificam numa comuni<strong>da</strong>de são,<br />
indubitavelmente, variados. Pode-se afirmar que nenhuma língua se<br />
apresenta como enti<strong>da</strong>de homogénea; ela é representa<strong>da</strong> por um conjunto<br />
de varie<strong>da</strong>des, que são, segundo Marote e Ferro, na obra Diddtica<br />
<strong>da</strong> Língua Portuguesa (1994):<br />
a) varie<strong>da</strong>des espaciais ou dialetos geográficos. Ex: o dialeto gaúcho,<br />
carioca, <strong>para</strong>naense, etc.<br />
b) varie<strong>da</strong>des de classe social ou dialetos sociais. Ex: a língua especial<br />
dos médicos, dos diferentes tipos de gíria, etc.<br />
c) varie<strong>da</strong>des de grupos de i<strong>da</strong>des ou dialetos etários. Ex: a linguagem<br />
infantil, dos jovens, etc.<br />
d) varie<strong>da</strong>des de sexo ou dialetos masculino e feminino. Ex: a linguagem<br />
específica <strong>da</strong>s mulheres, etc.<br />
e) as variações de gerações ou varie<strong>da</strong>des diacrônicas. Ex: o português<br />
arcaico, etc.<br />
De acordo com Brito (1989, p. 106), na escola é preciso salientar as<br />
varie<strong>da</strong>des linguísticas, pois a sociolinguística argumenta que "nenhuma