Primeiro Plano “Valorizamos a comunicação social” “We value the media” A revista África <strong>Today</strong> completa 100 edições. Para assinalar o número redondo, nada melhor que uma entrevista de fundo à principal responsável pelas folhas que agora agarramos. Cláudia Cardoso, licenciada em Direito, é a directora da publicação e, nas páginas seguintes, fala-nos de tudo: jornalismo, Angola, o papel da mulher na sociedade, as novas plataformas digitais e…do pai, fonte de inspiração, agora e sempre. Formou-se em Direito, mas acabou por singrar no jornalismo, apresentando ao mundo, desde 2005, a revista África <strong>Today</strong>, a qual dirige há mais de oito anos. É do conhecimento público que seguiu as pegadas do seu pai, Albérico Cardoso, fundador da revista África Hoje e de outras publicações ligadas à Lusofonia. De que forma a figura paterna influenciou o seu percurso profissional O meu pai foi um humanista na verdadeira acepção da palavra. Um homem que pensava e agia em função do seu semelhante. Tinha sempre uma palavra de apreço e incentivo. Era um comunicador nato, e a sua capacidade de entender o ser humano e os movimentos políticos, desde os tempos da luta pela libertação nacional, aos tempos da afirmação da soberania em especial dos países africanos de língua portuguesa, deu-lhe uma visão ampla. Foi um homem que viveu intensamente, permitindo-nos a nós, filhas, beber da sua sabedoria e participar do seu raio de acção em prol da comunidade de língua portuguesa pelo que, naturalmente, moldei a minha personalidade à sua semelhança, acabando por seguir as suas pisadas. Tal como o meu pai, licenciei-me em Direito e, desde cedo, abracei as mesmas causas. Com o seu desaparecimento, tornou-se para mim inevitável dar continuidade aos seus projectos editoriais. África <strong>Today</strong>: Sente que, de alguma forma, a sua profissão e o seu trabalho são importantes para a sociedade De que forma Cláudia Cardoso: Compreendendo que a comunicação social é uma poderosa ferramenta de aproximação das pessoas, partilha de valores e acções, é notório que somos um veículo respeitado. O nosso trabalho como editores persistentes permite a valorização dos sujeitos activos da sociedade, dos homens e mulheres com iniciativa, quer sejam dirigentes políticos, agentes culturais, económicos ou desportivos. Valorizamos, ainda, a própria comunicação social. The <strong>Africa</strong> <strong>Today</strong> magazine completes 100 editions. To point out the round number, nothing better than a deep interview to the main responsible by the pages that we are now grabbing. Cláudia Cardoso, graduated in Law, is the Director of the publication and, on the following pages, tells us about everything: journalism, Angola, the role of the Woman in the society, the new digital platforms and… her father, source of inspiration, now and forever. “(...) participamos em momentos históricos da Nação Angolana (...) we participate in historical moments of the Angolan Nation You have graduated in Law, but ended up succeeding in journalism, presenting to the world, since 2005, the <strong>Africa</strong> <strong>Today</strong> magazine, which you have led for over eight years. It is public knowledge that you have followed your father’s footsteps, Albérico Cardoso, the founder of the <strong>Africa</strong> Hoje magazine and of other publications related to Lusophony. How did the father figure influence your professional career My father was a humanist in the truest sense of the word. A man who thought and acted on behalf of his fellow. He always had a word of appreciation and encouragement. He was a born communicator, and his ability to understand the human being and the political movements, since the days of the struggle for the national liberation, to the days of the assertion of the sovereignty especially of the Portuguese-speaking <strong>Africa</strong>n countries, gave him a wide view. He was a man who lived intensely, enabling us, his daughters, to drink from his wisdom and to participate in his radius of action in favor of the Portuguese-speaking community so that, naturally, I molded my personality to his similarity, ending up following his footsteps. Just like my father, I graduated in Law and early on, I embraced the same causes. With his disappearance, it became inevitable for me to continue his publishing projects. África <strong>Today</strong>: Do you feel that, somehow, your profession and your work are important to the society In which way Cláudia Cardoso: Understanding that the media is a powerful tool in bringing people together, sharing values and actions, it is clear that we are a respected vehicle. Our work as persistent editors enables the appreciation of the active participants of the society, men and women with initiative, whether they are political leaders or cultural or economic agents. We also value the media itself. O que representa ser directora de uma publicação em Angola, um dos países emergentes em África e no Mundo Sinto muito orgulho no meu país. Angola conquistou a paz faz What represents to be the Director of a publication in Angola, one of the emerging countries in <strong>Africa</strong> and in the World I feel a great pride in my country. It’s been 11 years now since 12 áfrica today nº100/101 2013
Forefront “Não existe um leitor típico da África <strong>Today</strong>. Somos transversais There is not a typical reader of <strong>Africa</strong> <strong>Today</strong>. We are transversal Cláudia Cardoso nº100/101 2013 áfrica today Entrevista 13 feita por by Redacção África <strong>Today</strong> Fotos Photos PEDRO SOARES
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