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Agrievolution: como
se transforma a agri
Federico Corradini, Director de Coordenação Industrial da CNH e presidente do Cema
(European Committee of Agricultural Machinery Manufacturers Associations) revelou-nos os
segredos da agricultura e da sua mecanização na Europa, indagando o presente e lançando
um olhar sobre o futuro deste sector
Imaginemo-nos a sobrevoar
toda a Europa - do alto
do nosso avião veremos
27 Estados onde 172
milhões de hectares são
agrícolas: aproximadamente
40% de todo o território.
«Se pudéssemos avistálas
a todas, contaríamos
14,2 milhões de empresas
a operar no sector da
agricultura, das quais a
maior parte é de pequenas
dimensões – especifica
Federico Corradini –
Teríamos a panorâmica de
um sector que todos os
anos emprega 12,7 milhões
de pessoas. Veríamos
actividades que criam valor
e que têm uma estreita
ligação com a indústria
alimentar: de facto, na
Europa, 70% das matériasprimas
utilizadas são de
produção interna».
O valor da produção
da agricultura no Velho
Continente em 2005
foi de 327 mil milhões
de euros. Este valor
permaneceu estável em
2006, enquanto que em
2007 atingiu os 351 mil
milhões. «Uma bela cifra,
não – comenta Corradini
– Isto significa que, em
geral, os agricultores são
extremamente importantes
para a criação de valor. E
estes números poderiam
aumentar, dada a
perspectiva de crescimento
da procura».
E esta profissão está
efectivamente a tornarse
cada vez mais rica e
complexa. «Antes de mais,
naturalmente, o agricultor
ocupa-se em produzir
recursos alimentares
ou não (se pensarmos
nos biocombustíveis)
de óptima qualidade -
explica o presidente do
Cema - Mas hoje as suas
responsabilidades são mais
abrangentes: respeitando
as linhas directrizes da
política agrícola da União
Europeia, deve ocupar-
-se também da protecção
do meio ambiente, da
conservação das florestas
e das tradições rurais, da
protecção da fauna local.
Em suma, a profissão do
agricultor enriquece-se
constantemente com novos
objectivos».
De notável importância
é também a difusão de
máquinas agrícolas. Na
Europa, em 2006, estavam
em funcionamento
9.300.200. «Muitas destas,
no entanto, são antigas,
se não mesmo obsoletas
- esclarece Corradini - e
isto implica alguns riscos
em termos de segurança
e poluição. A procura
de novos tractores está,
assim, a aumentar, dada a
necessidade de substituir
as velhas máquinas, mas
também porque nasceram
novos tipos de tecnologias,
especialmente nos sectores-
-nicho».
E a mecanização do
trabalho tem uma dupla
vantagem: permite aos
pequenos produtores
atingir elevados níveis de
qualidade e aumentar os
lucros e permite às grandes
empresas agrícolas reduzir
os custos de produção
e, assim, disputar a
concorrência baseada no
preço. «Está, assim, previsto
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