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TELECEL . COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998


Evolução Natural<br />

Criámos raízes profundas na sociedade portuguesa,<br />

crescemos em harmonia com o mercado, diversificámos<br />

os nossos serviços de acordo com a procura dos Clientes.<br />

Desenvolvemo-nos expandindo a nossa oferta.<br />

Tornámo-nos fortes.<br />

Num trabalho contínuo que evolui naturalmente.<br />

Num desafio constante perante o qual respondemos<br />

com a alma da nossa Empresa e a força das nossas<br />

convicções porque evoluir é o destino de todas<br />

as formas orgânicas.


Principais Indicadores Telecel<br />

RECEITAS OPERACIONAIS TOTAIS<br />

CASH FLOW OPERACIONAL<br />

140<br />

50<br />

120<br />

121,6<br />

606,54<br />

40<br />

41,0 204,51<br />

Milhões de contos /<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

7,5 37,41<br />

16,6 82,80<br />

32,4 161,61<br />

58,8<br />

293,29<br />

87,7<br />

437,45<br />

Milhões de contos /<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

(1,8)<br />

(8,98)<br />

1,5<br />

7,48<br />

8,2<br />

40,90<br />

19,6<br />

97,76<br />

30,4<br />

151,63<br />

-10 1993 1994 1995 1996 1997 1998<br />

1993 1994 1995 1996 1997 1998<br />

RESULTADO LÍQUIDO<br />

20<br />

19,4<br />

96,77<br />

15<br />

13,3<br />

66,34<br />

Milhões de contos /<br />

10<br />

5<br />

0<br />

-5<br />

-10<br />

(5,0) (24,94) (2,8) (13,97)<br />

2,4 11,97<br />

36,41<br />

1993 1994 1995 1996 1997 1998<br />

7,3<br />

• A informação financeira apresentada em Euros é baseada na taxa fixa de conversão de 200,482 escudos para 1 euro (ver capítulo 4.1 Nota à informação financeira apresentada em Euros).


NÚMERO DE CLIENTES<br />

1.500<br />

1.200<br />

1.371<br />

900<br />

745<br />

600<br />

Milhares<br />

300<br />

0<br />

39<br />

89<br />

177<br />

331<br />

1993 1994 1995 1996 1997 1998<br />

INVESTIMENTO ANUAL EM ACTIVOS FIXOS<br />

30<br />

27,6<br />

137,67<br />

NÚMERO DE COLABORADORES<br />

Milhões de contos /<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

6,7<br />

33,42<br />

8,5<br />

42,40<br />

11,3<br />

56,36<br />

14,8<br />

73,82<br />

19,1<br />

95,27<br />

1.500<br />

1.200<br />

900<br />

600<br />

300<br />

0<br />

264<br />

343<br />

472<br />

667<br />

878<br />

1.223<br />

1993 1994 1995 1996 1997 1998<br />

1993 1994 1995 1996 1997 1998<br />

• A informação financeira apresentada em Euros é baseada na taxa fixa de conversão de 200,482 escudos para 1 euro (ver capítulo 4.1 Nota à informação financeira apresentada em Euros).


Mensagem do Presidente 11<br />

1. Principais Acontecimentos<br />

01 1998 na Telecel 14<br />

02 Crescimento do Mercado 16<br />

03 Crescimento da Telecel 16<br />

04 Rentabilidade da Telecel 17<br />

05 Enquadramento Regulamentar 18<br />

06 Quadros Resumo 19<br />

07 A Telecel na Bolsa 21<br />

08 Órgãos Sociais 24<br />

2. Relatório de Actividade<br />

01 A Estratégia da Empresa 27<br />

02 O Mercado de Telecomunicações Móveis Celulares no Contexto Europeu 28<br />

03 O Mercado Celular em Portugal 29<br />

04 Os Clientes Telecel e o Serviço Oferecido 31<br />

05 Integração do Serviço de Paging 40<br />

06 Sistemas de Informação 41<br />

07 Questões do Euro e Ano 2000 41<br />

08 Recursos Humanos 42<br />

09 Análise das Contas da Empresa 44<br />

10 Política de Investimentos 48<br />

11 Política de Financiamento 49<br />

12 Política de Distribuição de Resultados 50<br />

13 Perspectivas para 1999 50<br />

14 Considerações Finais 51<br />

15 Agradecimentos 51<br />

Índice<br />

3. Relatórios e Certificação Legal<br />

01 Relatório de Actividade do Conselho Geral - 1998 55<br />

02 Participação dos Órgãos de Administração e Fiscalização no Capital 56<br />

03 Extracto da Acta da Reunião do Conselho Geral da Telecel 58<br />

04 Certificação Legal de Contas e Relatório do Auditor Externo 58<br />

4. Demonstrações Financeiras<br />

01 Nota à Informação Financeira Apresentada em Euros 63<br />

02 Balanço do Exercício Findo em 31 de Dezembro de 1998 64<br />

03 Demonstração dos Resultados do Exercício Findo em 31 de Dezembro de 1998 68<br />

04 Demonstração dos Resultados por Funções do Exercício Findo em 31 de Dezembro de 1998 70<br />

05 Demonstração dos Fluxos de Caixa do Exercício Findo em 31 de Dezembro de 1998 72<br />

5. Anexo às Demonstrações Financeiras<br />

01 Anexo ao Balanço, à Demonstração dos Resultados e à Demonstração dos Resultados<br />

por Funções do Exercício Findo em 31 de Dezembro de 1998 77<br />

02 Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa do Exercício Findo em 31 de Dezembro de 1998 99<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 ÍNDICE<br />

pág 7


Mensagem do Presidente<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998<br />

Mensagem<br />

do Presidente


Mensagem do Presidente<br />

O ano de 1998 caracterizou-se por um crescimento extraordinário do mercado<br />

celular que poucos antecipariam.<br />

A taxa de penetração da telefonia móvel em Portugal, face à população<br />

total, ultrapassou no final do ano os 30%, o que representa não só a duplicação<br />

da taxa, já de si elevada, alcançada no final de 1997, mas também<br />

um recorde em termos de taxa incremental, que se situou em cerca de<br />

15%. Aos 1,5 milhões de Clientes existentes no mercado no final de 1997,<br />

juntaram-se mais de 1,5 milhões de novos Clientes em 1998.<br />

Com esta taxa de penetração superior a 30%, Portugal, apesar de ter um<br />

PIB per capita de apenas 70% da média europeia, situa-se entre os países<br />

da Europa com mais elevada taxa de penetração, à frente, nomeadamente,<br />

da Alemanha, da França, do Reino Unido e da Espanha.<br />

Ainda mais significativo, é o peso superior a 30% das receitas celulares no<br />

mercado total de serviços de Telecomunicações, cujo valor é de cerca de<br />

700 milhões de contos (3.492 milhões de euros) em 1998. Ou seja, face<br />

ao PIB, as receitas celulares já representam, em Portugal, um rácio superior<br />

a 1%, o mais elevado da Europa.<br />

Este desenvolvimento do mercado celular reflecte a grande dinâmica, inovação<br />

e competitividade nele praticadas pelos operadores e em particular<br />

pela Telecel que, ao estabelecer a concorrência no mercado, se revelou<br />

como o principal motor do seu desenvolvimento.<br />

Tendo alcançado uma quota, em termos de receitas de serviços, superior<br />

a 50% de um mercado já tão desenvolvido e ainda mais dividido com<br />

a entrada de um terceiro operador em Setembro de 1998, a Telecel tem<br />

como seu principal desafio continuar a crescer duma forma significativa<br />

e rentável no futuro.<br />

A estratégia da Telecel passa, assim, por explorar todo o potencial ainda<br />

existente no mercado celular e também por oferecer novas soluções que<br />

satisfaçam um número crescente de necessidades de comunicação dos<br />

seus Clientes. A taxa de penetração do celular poderá alcançar, dentro<br />

de cinco anos, 60% a 70% e o peso dos serviços baseados em telecomunicações<br />

cellular/wireless, no total das receitas de comunicações, poderá<br />

vir a atingir os 50%.<br />

Novas aplicações serão desenvolvidas utilizando a tecnologia cellular/<br />

/wireless, sendo de antecipar, desde já na segunda geração com o GSM<br />

(Global System for Mobile Communications) e, principalmente, dentro de<br />

três a cinco anos com a terceira geração (UMTS - Universal Mobile Telecommunications<br />

System), um acréscimo das potencialidades desta tecnologia<br />

para prestar novos serviços, em particular na área da transmissão<br />

de dados, acesso à Internet e transmissão de imagens.<br />

Não deverá, no entanto, a Telecel ficar restringida à utilização de apenas<br />

um tipo de tecnologia de rede no acesso ao Cliente final. O fundamental<br />

é antecipar e perceber quais as necessidades dos vários segmentos de<br />

mercado cuja satisfação por eles é valorizada e fazê-lo de uma forma<br />

competitiva, utilizando a tecnologia mais adequada e tendo em conta as<br />

principais competências e vantagens diferenciadoras da Empresa.<br />

Com uma facturação superior a 120 milhões de contos (599 milhões de<br />

euros), com lucros a aproximarem-se dos 20 milhões de contos (100 milhões<br />

de euros), com um número de Clientes superior a 1,3 milhões e com<br />

uma capitalização bolsista de cerca de 750 milhões de contos (3.741 milhões<br />

de euros) no final do ano, a Telecel consolidou em 1998 a sua posição<br />

como uma das maiores e mais prestigiadas empresas portuguesas.<br />

Não será demais realçar o facto de uma empresa surgida na última década<br />

ter alcançado uma posição de topo no mercado empresarial português,<br />

posicionando-se no quarto lugar das empresas com maior capitalização<br />

bolsista na Bolsa de Valores de Lisboa. Tal deve-se, naturalmente,<br />

ao grande crescimento verificado no mercado celular, mas também ao<br />

esforço desenvolvido e capacidades demonstradas por todos os Colaboradores<br />

da nossa Empresa, assim como ao estímulo e apoio dado pelos<br />

nossos Accionistas.<br />

Procuraremos fazer da Telecel, em 1999 e nos anos futuros, uma Empresa<br />

ainda melhor para benefício dos nossos Accionistas, dos nossos Clientes,<br />

dos nossos Colaboradores e da sociedade em geral.<br />

António Carrapatoso<br />

pág 11<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 MENSAGEM DO PRESIDENTE


1. Principais Acontecimentos<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998<br />

Principais<br />

Acontecimentos


1998 na TELECEL<br />

JANEIRO 98<br />

FEVEREIRO 98<br />

MARÇO 98<br />

Lançamento do<br />

serviço CardioVida<br />

Redução de tarifas<br />

das chamadas<br />

originadas noutras<br />

redes para<br />

a rede Telecel<br />

Redução das tarifas<br />

internacionais e do<br />

preço das chamadas<br />

nacionais no horário<br />

profissional<br />

Lançamento<br />

do serviço<br />

Reuters Telecel<br />

Lançamento dos<br />

serviços<br />

TeleAssistência<br />

Expresso e<br />

TeleAssistência<br />

Vitamina<br />

JUNHO 98<br />

Início da<br />

operação GSM<br />

na faixa dos<br />

1800 MHz<br />

Início do<br />

serviço de<br />

Difusão Celular<br />

Lançamento<br />

do cartão DUPLO<br />

- 2 números,<br />

1 cartão<br />

Lançamento<br />

do Clube Viva<br />

Telecel<br />

(programa<br />

de fidelização<br />

para todos os<br />

Clientes)<br />

AGOSTO 98<br />

Acordo de<br />

com o operador de<br />

satélites Iridium<br />

SETEMBRO 98<br />

Lançamento do<br />

serviço<br />

“Despertar Com...”<br />

Certificação de<br />

Qualidade (ISO 9002)<br />

do Serviço de<br />

Apoio a Clientes<br />

da Telecel<br />

NOVEMBRO 98<br />

Lançamento<br />

de rede própria<br />

Telecel com<br />

introdução de<br />

equipamento<br />

micro-ondas<br />

Lançamento<br />

da InfoFactura<br />

Electrónica e Loja<br />

Electrónica<br />

Vitamina recebe<br />

prémio internacional<br />

de melhor produto<br />

pré-pago destinado a<br />

segmentos específicos<br />

de Clientes<br />

Lançamento<br />

do Cartão SIM<br />

- maior facilidade<br />

de acesso aos<br />

Serviços Telecel


ABRIL 98<br />

Início da<br />

comercialização de<br />

telefones<br />

Introdução da<br />

taxação ao<br />

segundo nas<br />

chamadas nacionais<br />

dos Planos Regulares<br />

de Tarifas<br />

MAIO 98<br />

Lançamento<br />

do serviço Expo ’98<br />

para celulares<br />

Telecel e<br />

Telechamada<br />

Telecel com<br />

qualidade de voz<br />

comparável à da rede<br />

fixa (tecnologia<br />

)<br />

JULHO 98<br />

Distribuição de<br />

dividendos aos<br />

Accionistas referentes<br />

ao exercício de 1997<br />

(300 escudos / 1,5 euros<br />

por acção)<br />

Lançamento<br />

dos Planos Tarifários<br />

Pack Total<br />

e Pack Privado<br />

Telecel atinge<br />

1 milhão de Clientes<br />

OUTUBRO 98<br />

Lançamento<br />

do serviço<br />

Correio@Telecel<br />

Lançamento<br />

do Plano<br />

de Preços IntraRede<br />

para o segmento<br />

empresarial<br />

Alargamento<br />

para 4 meses do<br />

prazo máximo<br />

entre carregamentos<br />

Vitamina e redução<br />

generalizada<br />

de tarifas<br />

Doação à UNICEF<br />

das receitas das<br />

chamadas realizadas<br />

no dia de Natal de<br />

1997 entre Clientes<br />

da rede Telecel<br />

DEZEMBRO 98<br />

Lançamento<br />

da Vitamina Light<br />

e do Cartão<br />

Vitamina Light<br />

Inauguração<br />

do Centro<br />

de Atendimento<br />

a Clientes do Porto<br />

Fusão com<br />

a Telechamada<br />

- integração do<br />

serviço de<br />

na Telecel<br />

Acordos<br />

de com<br />

96 operadores em<br />

55 países dos 5<br />

continentes


02<br />

Crescimento do Mercado<br />

Durante o ano de 1998 assistiu-se a um crescimento no número<br />

de Clientes de telefonia móvel nunca antes registado. Aos 1,5<br />

milhões de Clientes existentes no início do ano, juntaram-se<br />

mais de 1,5 milhões de novos Clientes, o que representa mais<br />

de 3 milhões de Clientes no mercado total no final do ano.<br />

É, sem dúvida, significativo que num país com cerca de 10 milhões<br />

de habitantes e com um PIB per capita inferior à média<br />

europeia, se verifique uma taxa de penetração de 30% face<br />

à população total, largamente superior à taxa média europeia.<br />

A taxa de penetração da telefonia móvel em Portugal no final<br />

de 1998 é, assim, superior à registada, nomeadamente, no<br />

Reino Unido, em França, na Alemanha e em Espanha.<br />

A entrada, em Setembro de 1998, de um terceiro operador de<br />

telecomunicações celulares em Portugal, que vinha realizando<br />

desde o início de Julho campanhas promocionais para angariação<br />

de Clientes, veio reforçar o já elevado nível de competitividade<br />

verificado no mercado nacional.<br />

O segmento de mercado de consumo esteve na base da maior<br />

parte do crescimento verificado no mercado total. A redução<br />

nos preços dos telefones móveis e das tarifas, a diminuição do<br />

encargo mínimo necessário para manter o serviço e o estímulo<br />

da forte concorrência do mercado, foram as principais razões<br />

que justificaram a angariação de mais de um milhão de novos<br />

Clientes neste segmento de consumo.<br />

03<br />

Crescimento da Telecel<br />

A Telecel viu o número de Clientes crescer cerca de 84% em<br />

1998, tendo a Empresa atingido no final do ano 1.370.566 Clientes.<br />

Com o total das receitas operacionais a alcançar os 121,6 milhões<br />

de contos (606,54 milhões de euros) e as receitas de<br />

serviços os 108,4 milhões de contos (540,70 milhões de euros),<br />

verificou-se um acréscimo de 38,8% e 37,6%, respectivamente,<br />

em relação a 1997. Tal como se previa, o aumento das receitas<br />

de serviços foi inferior ao aumento do número médio de Clientes<br />

devido a vários factores: a inferior utilização do serviço por<br />

parte dos novos Clientes (cuja grande maioria provém do<br />

segmento de mercado de consumo) em relação aos Clientes<br />

já existentes; o aumento significativo do peso das chamadas<br />

móvel-móvel, de custo mais reduzido; e as reduções significativas<br />

de tarifas verificadas durante 1998. Como resultado, a receita<br />

média mensal por Cliente, de 12.194 escudos (60,82 euros) em<br />

1997, passou para 8.535 escudos (42,57 euros) em 1998.<br />

A taxa média de crescimento anual da Telecel, entre 1993<br />

e 1998, foi de 104% em termos do número de Clientes e de 83%<br />

em termos das receitas de serviços.<br />

Este grande crescimento exige um permanente esforço de reorganização<br />

e reestruturação da Empresa, por forma a responder<br />

adequadamente às crescentes necessidades dos nossos Clientes,<br />

prestando-lhes um serviço de elevada qualidade, aposta estratégica<br />

da Empresa.<br />

Em 1998 juntaram-se 345 novos Colaboradores à Empresa,<br />

dos quais 116 provenientes da Telechamada, havendo no final<br />

do ano um total de 1.223 Colaboradores. Grande parte deste<br />

pág 16


aumento teve lugar na área do Serviço de Apoio a Clientes,<br />

por forma a responder às necessidades da nossa crescente<br />

base de Clientes.<br />

Na rede de telecomunicações da Telecel assistiu-se igualmente<br />

a um crescimento apreciável, dados os fortes investimentos<br />

realizados pela Empresa, que se traduzem numa cobertura<br />

cada vez mais alargada do mercado, tanto em termos populacionais<br />

como geográficos.<br />

O investimento total em 1998 atingiu os 27,6 milhões de contos<br />

(137,67 milhões de euros), um crescimento de 44,5% face<br />

aos 19,1 milhões de contos (95,27 milhões de euros) registados<br />

em 1997, tendo cerca de 75% sido investidos na rede de<br />

telecomunicações. Este aumento do nível de investimento<br />

reflecte o esforço e a determinação da Empresa em oferecer<br />

aos seus Clientes um serviço sempre regido pelos mais altos<br />

padrões de qualidade, num período de grande crescimento.<br />

04<br />

Rentabilidade da Telecel<br />

A Telecel registou em 1998 resultados antes de impostos de<br />

28,8 milhões de contos (143,65 milhões de euros) e depois de<br />

impostos de 19,4 milhões de contos (96,77 milhões de euros),<br />

demonstrando um crescimento apreciável de 38,0% e 45,7%,<br />

respectivamente, em relação a 1997.<br />

O cash flow operacional (EBITDA) foi de 41,0 milhões de contos<br />

(204,51 milhões de euros) em 1998, um crescimento de 34,5%<br />

relativamente a 1997, representando agora cerca de 39,8%<br />

das receitas de serviços ajustadas (receitas de serviços de telecomunicações<br />

deduzidas dos custos de interligação do tráfego<br />

de entrada). A evolução desta margem é normalmente prejudicada<br />

em períodos de grande crescimento da base de Clientes,<br />

em virtude do custo associado à aquisição de um significativo<br />

número de Clientes ser bastante elevado (a Telecel contabiliza<br />

como custo do exercício a grande maioria dos custos de aquisição<br />

dos novos Clientes), sendo as receitas associadas a estes<br />

custos realizadas num período de tempo futuro bastante mais<br />

alargado.<br />

A fusão da Telecel com a sua participada Telechamada, concretizada<br />

em Dezembro de 1998, afectou negativamente o<br />

valor do cash flow operacional da Empresa. Este atingiu os<br />

41,8 milhões de contos (208,50 milhões de euros), não considerando<br />

a Telechamada, ou seja, 41,0% do total das receitas de<br />

serviços de telecomunicações ajustadas, o que representa um<br />

aumento relativamente aos 40,4% alcançados em 1997.<br />

A Telecel tem vindo a registar, nos últimos anos, elevados crescimentos<br />

nos seus resultados, dado o aumento do seu nível de<br />

actividade e a preocupação constante na procura duma cada<br />

vez maior eficiência.<br />

pág 17<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 1 PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS


05<br />

Enquadramento Regulamentar<br />

Na sequência da atribuição em 1997 da licença ao terceiro<br />

operador de telecomunicações móveis, a 18 de Março de 1998,<br />

por despacho de S.E. a Secretária de Estado da Habitação e<br />

Comunicações, foram atribuídos à Telecel 30 canais na faixa<br />

dos 1800 MHz, tendo-se procedido ao respectivo averbamento<br />

da Licença.<br />

A 24 de Junho foi celebrado um acordo entre a Telecel e a<br />

Portugal Telecom, na sequência do qual foram acordados,<br />

para 1998, os tarifários aplicáveis à interligação de serviços<br />

e aos circuitos alugados, os quais entraram em vigor, com<br />

efeitos rectroactivos, a 1 de Janeiro de 1998 e a 1 de Fevereiro<br />

de 1998, respectivamente.<br />

Em Setembro, em virtude das novas exigências impostas pelo<br />

crescimento e liberalização do Sector, o ICP (Instituto das Comunicações<br />

de Portugal) lançou uma consulta pública sobre o<br />

Plano Nacional de Numeração, à qual a Telecel respondeu com<br />

o envio de comentários, tendo manifestado oportunamente<br />

a sua opinião.<br />

Ao abrigo do Decreto Lei nº 381-A/97, de 31 de Dezembro,<br />

que regula o regime de acesso à actividade dos operadores de<br />

redes públicas de telecomunicações e dos prestadores de serviços<br />

de telecomunicações de uso público, a 13 de Fevereiro<br />

a Telecel solicitou ao ICP a atribuição de uma licença para<br />

o estabelecimento da sua própria rede de telecomunicações,<br />

a qual veio a ser atribuída por decisão do Conselho de Administração<br />

do ICP a 1 de Outubro de 1998.<br />

Esta licença irá permitir à Telecel construir a sua própria rede,<br />

o que já está a acontecer em 1999, criando, desta forma, uma<br />

alternativa ao fornecimento em regime de monopólio que até<br />

então se verificava por parte da Portugal Telecom.<br />

Com vista à transposição da Directiva nº 97/66/CE, do Parlamento<br />

Europeu e do Conselho, de 15 de Dezembro, foi publicada<br />

a 28 de Outubro a Lei nº 69/98, que regula o tratamento<br />

dos dados pessoais e a protecção da privacidade no Sector das<br />

Telecomunicações. A observação desta lei não apresenta dificuldades<br />

especiais para a Telecel, visto já anteriormente se<br />

encontrar a proceder da forma que nela veio a ser prevista.<br />

Na sequência das negociações desenvolvidas entre a Telecel<br />

e a Portugal Telecom foi assinado, em 22 de Dezembro, o<br />

Contrato de Aluguer de Rede de Circuitos com Configuração<br />

Estável, o qual, para efeitos de duração do período contratual,<br />

se considera ter início em Janeiro de 1995, mantendo-se em<br />

vigor até 31 de Dezembro de 1999.<br />

pág 18


06<br />

Quadros Resumo<br />

Valores em milhões de contos 1998 1997 1996 1995 1994 1993<br />

RECEITAS OPERACIONAIS<br />

Prestação de serviços 108,4 78,8 52,6 28,6 13,8 5,2<br />

Vendas de mercadorias 13,3 8,9 6,2 3,8 2,7 2,3<br />

Total das receitas operacionais 121,6 87,7 58,8 32,4 16,6 7,5<br />

CUSTOS OPERACIONAIS<br />

Custos de interligação 17,7 13,3 11,7 7,7 4,9 2,4<br />

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas 26,5 18,3 8,0 4,1 2,7 2,1<br />

Despesas gerais, comerciais e administrativas 25,8 17,3 12,2 7,9 5,1 3,2<br />

Custos com o pessoal 7,6 4,8 3,8 2,6 1,8 1,2<br />

Amortizações de imobilizado corpóreo e incorpóreo 12,5 9,0 6,2 4,2 2,8 1,7<br />

Provisões 3,1 3,6 3,4 1,8 0,6 0,3<br />

Total dos custos operacionais 93,2 66,2 45,5 28,4 17,8 11,0<br />

Resultados operacionais 28,4 21,5 13,4 4,0 (1,3) (3,5)<br />

Cash flow operacional 41,0 30,4 19,6 8,2 1,5 (1,8)<br />

Cash flow operacional / Receitas de serviços ajustadas * 39,8% 40,4% 39,3% 30,4% 11,9% (36,9%)<br />

Outras receitas / (custos) 0,4 (0,6) (1,8) (1,6) (1,6) (1,4)<br />

Resultados antes de impostos 28,8 20,9 11,6 2,4 (2,8) (5,0)<br />

Imposto sobre o rendimento do exercício 9,4 7,6 4,3 0,0 0,0 0,0<br />

Resultado líquido do exercício 19,4 13,3 7,3 2,4 (2,8) (5,0)<br />

* Receitas dos serviços de telecomunicações deduzidas dos custos de interligação do tráfego de entrada.<br />

1998 1997 1996 1995 1994 1993<br />

Número total de Clientes no final do ano 1.370.566 745.252 331.388 177.360 88.568 39.235<br />

Número de novos Clientes 625.314 413.864 154.028 88.792 49.333 31.469<br />

Investimento anual em activos fixos (milhões de contos) 27,6 19,1 14,8 11,3 8,5 6,7<br />

Investimento acumulado em activos fixos (milhões de contos) * 102,9 72,7 53,6 38,9 27,5 19,0<br />

Receita média mensal por Cliente (escudos) 8.535 12.194 17.233 17.935 18.029 18.511<br />

Taxa anual de desactivação 19,7% 18,8% 17,6% 16,7% 17,0% -<br />

* Inclui 2,5 milhões de contos de investimento realizado pela Telechamada até 31 de Dezembro de 1997;<br />

Em 1998, todos os valores e rácios apresentados incluem a Telechamada, com excepção do número total de Clientes no final do ano, número de novos Clientes e taxa anual de desactivação que<br />

se referem somente a Clientes Telecel.<br />

pág 19<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 1 PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS


Valores em milhões de euros 1998 1997 1996 1995 1994 1993<br />

RECEITAS OPERACIONAIS<br />

Prestação de serviços 540,70 393,05 262,37 142,66 68,83 25,94<br />

Vendas de mercadorias 66,34 44,39 30,93 18,95 13,47 11,47<br />

Total das receitas operacionais 606,54 437,45 293,29 161,61 82,80 37,41<br />

CUSTOS OPERACIONAIS<br />

Custos de interligação 88,29 66,34 58,36 38,41 24,44 11,97<br />

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas 132,18 91,28 39,90 20,45 13,47 10,47<br />

Despesas gerais, comerciais e administrativas 128,69 86,29 60,85 39,41 25,44 15,96<br />

Custos com o pessoal 37,91 23,94 18,95 12,97 8,98 5,99<br />

Amortizações de imobilizado corpóreo e incorpóreo 62,35 44,89 30,93 20,95 13,97 8,48<br />

Provisões 15,46 17,96 16,96 8,98 2,99 1,50<br />

Total dos custos operacionais 464,88 330,20 226,95 141,66 88,79 54,87<br />

Resultados operacionais 141,66 107,24 66,84 19,95 (6,48) (17,46)<br />

Cash flow operacional 204,51 151,63 97,76 40,90 7,48 (8,98)<br />

Cash flow operacional / Receitas de serviços ajustadas * 39,8% 40,4% 39,3% 30,4% 11,9% (36,9%)<br />

Outras receitas / (custos) 2,00 (2,99) (8,98) (7,98) (7,98) (6,98)<br />

Resultados antes de impostos 143,65 104,25 57,86 11,97 (13,97) (24,94)<br />

Imposto sobre o rendimento do exercício 46,89 37,91 21,45 0,0 0,0 0,0<br />

Resultado líquido do exercício 96,77 66,34 36,41 11,97 (13,97) (24,94)<br />

* Receitas de serviços de telecomunicações deduzidas dos custos de interligação do tráfego de entrada.<br />

1998 1997 1996 1995 1994 1993<br />

Número total de Clientes no final do ano 1.370.566 745.252 331.388 177.360 88.568 39.235<br />

Número de novos Clientes 625.314 413.864 154.028 88.792 49.333 31.469<br />

Investimento anual em activos fixos (milhões de euros) 137,67 95,27 73,82 56,36 42,40 33,42<br />

Investimento acumulado em activos fixos (milhões de euros) * 513,26 363,63 267,36 194,03 137,17 94,77<br />

Receita média mensal por Cliente (euros) 42,57 60,82 85,96 89,46 89,93 92,33<br />

Taxa anual de desactivação 19,7% 18,8% 17,6% 16,7% 17,0% -<br />

* Inclui 12,47 milhões de euros de investimento realizado pela Telechamada até 31 de Dezembro de 1997;<br />

• Em 1998, todos os valores e rácios apresentados incluem a Telechamada, com excepção do número total de Clientes no final do ano, número de novos Clientes e taxa anual de desactivação que<br />

se referem somente a Clientes Telecel;<br />

• A informação financeira apresentada em Euros é baseada na taxa fixa de conversão de 200,482 escudos para 1 euro (ver capítulo 4.1 Nota à informação financeira apresentada em Euros).<br />

pág 20


07<br />

A Telecel na Bolsa<br />

O capital social da Telecel, representado por 21,5 milhões de<br />

acções com valor nominal de 1.000 escudos (4,99 euros),<br />

é detido em 50,9% pela empresa AirTouch Europe B.V., encontrando-se<br />

os restantes 49,1% dispersos na Bolsa de Valores<br />

de Lisboa.<br />

Durante o ano de 1998 assistiu-se a uma valorização de 78%<br />

da cotação das acções da Telecel, o que compara com uma<br />

valorização de 27% do índice BVL 30. No final do ano de 1998,<br />

a Telecel era a quarta empresa com maior capitalização bolsista<br />

(750 milhões de contos, equivalente a 3.741 milhões de<br />

euros) cotada na Bolsa de Valores de Lisboa.<br />

pág 21<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 1 PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS


OPV<br />

31 Dez 97 31 Dez 98<br />

%∆ desde %∆ %∆<br />

9 Dez 96<br />

OPV 1997 1998<br />

Cotação Telecel (esc) 7.950 19.610 34.900 339% 98% 78%<br />

Cotação Telecel (eur) 39,65 97,81 174,08<br />

Capitalização Bolsista (m.cts)* 171 422 750 339% 98% 78%<br />

Capitalização Bolsista (m.eur)* 852,94 2.104,93 3.740,98<br />

BVL 30 2.106 3.781 4.795 128% 75% 27%<br />

• * m.cts - milhões de contos; m.eur - milhões de euros;<br />

• A informação financeira apresentada em Euros é baseada na taxa fixa de conversão de 200,482 para 1 euro (ver capítulo 4.1 Nota à informação financeira apresentada em Euros).<br />

pág 22


Cotação das Acções da Telecel<br />

31 Mar 30 Jun 30 Set 31 Dez<br />

Valorização Valorização Valorização Valorização<br />

1.º Trimestre 2.º Trimestre 3.º Trimestre 4.º Trimestre<br />

Telecel BVL 30 Telecel BVL 30 Telecel BVL 30 Telecel BVL 30<br />

1996<br />

esc 9.900<br />

eur 49,38<br />

25% * 3% *<br />

1997<br />

esc 13.750 14.600 14.600 19.610<br />

eur 68,58 72,82 72,82 97,81<br />

39% 19% 6% 22% 0% 14% 34% 5%<br />

1998<br />

esc 29.400 32.800 22.149 34.900<br />

eur 146,65 163,61 110,48 174,08<br />

50% 46% 12% -4% -32% -26% 58% 22%<br />

• * Valorização no período entre 09 de Dezembro de 1996 e 31 de Dezembro de 1996;<br />

• A informação financeira apresentada em Euros é baseada na taxa fixa de conversão de 200,482 para 1 euro (ver capítulo 4.1 Nota à informação financeira apresentada em Euros).<br />

pág 23<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 1 PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS


08<br />

Órgãos Sociais<br />

À data de 31 de Dezembro de 1998 os Órgãos Sociais da Telecel<br />

apresentavam a seguinte constituição:<br />

CONSELHO GERAL<br />

AirTouch - representada por<br />

Vernon Hugh Lloyd Tyerman (Presidente)<br />

Adriana Nugter<br />

Diogo Alves Dinis Vaz Guedes<br />

Jeffrey David Clark<br />

Roberto Artur da Luz Carneiro<br />

Thomas Edward Krebs<br />

Tomas Isaksson<br />

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL<br />

Carlos Manuel Chorão Tavares Aguiar (Presidente)<br />

Cristina Maria Arroja Minoya Perez do Amaral Frazão (Secretário)<br />

Susana Paula Almeida Guerra Mendes (Secretário)<br />

REVISOR OFICIAL DE CONTAS<br />

Amável Calhau, Ribeiro da Cunha e Associados,<br />

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representada por<br />

José Maria Ribeiro da Cunha<br />

DIRECÇÃO<br />

António Rui de Lacerda Carrapatoso (Presidente)<br />

António Vaz Branco<br />

António Manuel da Costa Coimbra<br />

Ian Thomas Johnson<br />

Nuno J. F. S. Oliveira Silvério Marques<br />

pág 24


2.<br />

2. Relatório de Actividade<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998<br />

Relatório<br />

de Actividade


01<br />

A Estratégia da Empresa<br />

Em 1998 a Empresa continuou a desenvolver a sua actividade<br />

baseada na estratégia, consolidada em anos anteriores, de<br />

manter uma oferta competitiva para o mercado de comunicações<br />

móveis celulares, de modo a cativar e manter os Clientes<br />

mais valiosos de cada segmento.<br />

A Telecel manteve a diferenciação através de uma oferta<br />

assente numa rede de comunicações celulares de cobertura<br />

alargada e de elevada qualidade, num Serviço de Apoio a<br />

Clientes de excelência e na constante liderança e inovação em<br />

Marketing.<br />

O ano de 1998 foi também marcado pela consolidação dos<br />

activos da Empresa e das competências internas, por forma a<br />

constituir as bases que permitirão à Empresa estar preparada<br />

para tirar o melhor partido das oportunidades que irão surgir<br />

no decorrer do processo de liberalização, nomeadamente em<br />

áreas adjacentes ao seu negócio actual.<br />

Durante 1998 foi reforçada a imagem de marca da Telecel e<br />

dos serviços disponibilizados. A Empresa encontra-se entre as<br />

maiores, mais rentáveis e prestigiadas empresas portuguesas,<br />

sendo reconhecida a sua orientação para o Cliente, a sua inovação,<br />

o seu profissionalismo e a ética com que actua no mercado.<br />

A alargada base de Clientes que a Telecel já angariou é outro<br />

dos seus mais importantes activos.<br />

As competências da Telecel, nas áreas de Marketing, Canais<br />

de Distribuição, Tecnologia e Sistemas de Informação, aumentaram<br />

durante o ano de 1998, o que permitirá à Empresa continuar<br />

a exercer e, mesmo, alargar o âmbito das suas actividades<br />

no mercado das Telecomunicações de forma competitiva.<br />

A Telecel está, assim, bem posicionada para alcançar os seus<br />

principais objectivos: a realização pessoal e profissional dos<br />

seus Colaboradores e a satisfação dos seus Accionistas, maximizando<br />

o valor da Empresa, através da satisfação das necessidades<br />

de comunicação dos seus Clientes.<br />

pág 27<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 2 RELATÓRIO DE ACTIVIDADE


02<br />

O Mercado de Telecomunicações Móveis<br />

Celulares no Contexto Europeu<br />

Em 1998 continuou-se a assistir a um crescimento acelerado<br />

do número de utilizadores de telefonia celular na Europa.<br />

A taxa de crescimento na Europa, em 1998, estima-se em 67%,<br />

sendo superior à taxa de 56% verificada em 1997.<br />

Tal como em 1997, a Finlândia mantém a liderança do movimento,<br />

sendo o primeiro país do mundo onde a taxa de penetração<br />

da telefonia celular (cerca de 60% no final de 1998)<br />

ultrapassou a da telefonia fixa.<br />

Portugal, que em 1997 tinha já apresentado uma performance<br />

impressionante, destacou-se ainda mais durante 1998. De referir<br />

que o peso das receitas do serviço celular no PIB, em 1998,<br />

terá sido superior a 1%, demonstrando que Portugal é o país<br />

que apresenta a maior taxa de desenvolvimento do serviço de<br />

telefonia móvel relativamente aos nossos parceiros europeus.<br />

1998 foi também um ano em que se assistiu ao lançamento de<br />

vários novos operadores, o que levou ao aumento do ambiente<br />

competitivo na Europa.<br />

Em termos tecnológicos, consolidou-se ainda mais o standard<br />

GSM, tendo sido o ano marcado pela introdução em muitos<br />

operadores da banda de frequências GSM1800 e da tecnologia<br />

EFR (Enhanced Full Rate) que permite aumentar a qualidade<br />

da comunicação, no que respeita à clareza de voz, para níveis<br />

que se aproximam da rede fixa.<br />

* Países da União Europeia (excepto Luxemburgo), Noruega e Suíça.<br />

pág 28


* Países da União Europeia (excepto Luxemburgo), Noruega e Suíça.<br />

03<br />

O Mercado Celular em Portugal<br />

Mais uma vez, o ano de 1998 viu superadas as mais optimistas<br />

expectativas quanto ao crescimento do número de Clientes,<br />

mesmo tendo em conta o crescimento esperado do Sector<br />

devido ao aumento da concorrência provocado pelo lançamento<br />

de um novo operador de telecomunicações celulares.<br />

Tal como se verificou em anos anteriores, a taxa de penetração<br />

e, consequentemente, o número de Clientes, voltaram<br />

a mais do que duplicar em 1998, apesar de Portugal já apresentar,<br />

como se referiu, uma das taxas de penetração mais<br />

elevadas da Europa.<br />

Assim, no final do ano e de acordo com o ICP, o número de<br />

Clientes em Portugal situou-se em cerca de 3,075 milhões.<br />

pág 29<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 2 RELATÓRIO DE ACTIVIDADE


Os segmentos de consumo, caracterizados por uma mais baixa<br />

utilização e em que a adesão a este tipo de serviços é determinada<br />

por razões de ordem pessoal e não profissional, foram,<br />

como no ano anterior, os principais responsáveis pelo forte<br />

crescimento verificado. Nesse sentido, poder-se-à afirmar que<br />

o mercado em 1998 foi de novo dominado pelos produtos de<br />

serviço pré-pagos, como a família de produtos Vitamina, sobre<br />

os quais assentaram as principais campanhas promocionais e<br />

que representaram a maioria das novas activações do serviço.<br />

Estima-se que o peso dos produtos de serviço pré-pago no<br />

mercado português tenha sido superior a 75% no final do ano<br />

de 1998.<br />

A elevada competitividade, característica deste mercado e<br />

ainda mais acentuada em 1998 com a entrada de um novo<br />

operador de comunicações celulares, centrou-se em três principais<br />

vectores: (1) várias alterações de tarifas ao longo do<br />

ano, (2) lançamento de novos produtos e serviços e (3) campanhas<br />

promocionais permanentes conducentes a uma manutenção<br />

dos valores relativos à subsidiação de equipamento<br />

terminal e ofertas de serviço já praticadas no ano anterior.<br />

pág 30


04<br />

Os Clientes Telecel e o Serviço Oferecido<br />

EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS INDICADORES<br />

Fruto do forte desenvolvimento do mercado, a Telecel atingiu,<br />

uma vez mais, um recorde em 1998 no que respeita ao número<br />

de novos Clientes, adicionando à sua base 625.314 Clientes,<br />

o que corresponde a um aumento de 51,1% em relação ao<br />

número de activações líquidas do ano anterior. Assim, durante<br />

o ano de 1998, a base de Clientes da Telecel aumentou em<br />

83,9%, sendo o número de Clientes no final do ano de 1.370.566.<br />

A família de produtos Vitamina, caracterizados pela ausência<br />

de assinatura mensal associada ao pré-pagamento do serviço<br />

e especialmente orientados para os segmentos de consumo,<br />

foi responsável pela maioria das novas activações de Clientes<br />

Telecel. No final de 1998, os Clientes do serviço Vitamina representavam<br />

já cerca de 70% do total da base de Clientes da<br />

Empresa.<br />

Como consequência, o mix de Clientes profissional/pessoal alterou-se<br />

uma vez mais em 1998, constituindo de novo o principal<br />

factor para a redução observada na receita média por<br />

Cliente.<br />

pág 31<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 2 RELATÓRIO DE ACTIVIDADE


• ARPU = (total das receitas de serviço) / (número médio de Clientes no ano /12);<br />

• * ARPU do serviço celular. Considerando as receitas de serviço Telechamada, o ARPU ascenderia a 8.535 escudos (42,57 euros);<br />

• A informação financeira apresentada em Euros é baseada na taxa fixa de conversão de 200,482 escudos para 1 euro (ver capítulo 4.1 Nota à informação financeira apresentada em Euros).<br />

Igualmente relevantes para a redução deste indicador, foram<br />

as reduções de tarifas verificadas em 1998 e o aumento do peso<br />

das chamadas entre telemóveis da rede Telecel. A utilização,<br />

i.e., o número médio de minutos facturados por Cliente sofreu<br />

uma redução de cerca de 11%, devida à alteração do mix de<br />

Clientes, tendo contudo havido uma elasticidade positiva quando<br />

analisado cada plano de tarifas. O efeito conjugado dos quatro<br />

factores que influenciam as receitas médias por Cliente - (1)<br />

redução de tarifas, (2) variação da utilização, (3) alteração do<br />

perfil de tráfego e (4) alteração do mix de Clientes - provocou<br />

uma redução da receita média por minuto para 60 escudos<br />

(0,30 euros), representando um decréscimo de 21% em relação<br />

ao ano anterior.<br />

Identificados os motivos da evolução verificada, é importante<br />

constatar que o valor da receita média por Cliente da Telecel<br />

continua acima da média observada em Portugal.<br />

Numa indústria onde a dimensão é muito importante, dadas<br />

as economias de escala associadas e a orientação permanente<br />

da Empresa para a redução dos custos por Cliente, sendo as<br />

políticas comerciais e de Marketing adaptadas ao valor de<br />

cada segmento de mercado, conseguiu-se, apesar da redução<br />

do ARPU, a manutenção da margem do cash flow operacional<br />

sobre as receitas de serviços ajustadas. Assim, os custos de<br />

aquisição, por cada novo Cliente angariado (calculados como<br />

as despesas de publicidade, comissões aos canais de distribuição,<br />

custo do pacote de boas vindas com cartão SIM (Subscriber<br />

Identity Module) e margem na venda de telefones celulares)<br />

apresentaram uma ligeira redução comparativamente<br />

ao ano anterior. Excluindo o efeito Telechamada, o rácio do<br />

total dos custos operacionais deduzido das amortizações e<br />

receitas de equipamento, por Cliente, registou uma redução<br />

de 30,9%, superior à redução do ARPU.<br />

pág 32


• CCPU = (total dos custos operacionais deduzido das amortizações e receitas de equipamento) / (número médio de Clientes no ano/12);<br />

• * CCPU do serviço celular. Considerando os custos da Telechamada, o CCPU ascenderia a 5.309 escudos (26,48 euros);<br />

• A informação financeira apresentada em Euros é baseada na taxa fixa de conversão de 200,482 escudos para 1 euro (ver capítulo 4.1 Nota à informação financeira apresentada em Euros).<br />

A evolução da taxa de desactivação foi satisfatória, tendo em<br />

conta a maior representatividade dos segmentos de consumo<br />

na base de Clientes da Empresa que, a exemplo do verificado<br />

noutros mercados, contribuiria para um agravamento mais pronunciado<br />

deste indicador - o que não se verificou em 1998 fruto<br />

das acções de fidelização de Clientes realizadas pela Empresa.<br />

• Taxa de Desactivação = (desactivações - reactivações)/(número médio de Clientes).<br />

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS<br />

REDE TELECEL<br />

Em 1998 assistiu-se a um acréscimo significativo do número de<br />

estações de base (antenas) instaladas, de modo a corresponder<br />

ao forte crescimento no número de Clientes. Foram usadas<br />

novas técnicas de rádio, micro estações de base e equipamento<br />

de banda 1800MHz, para aumentar a capacidade de uma forma<br />

eficiente em termos de custos. Por exemplo, as micro estações<br />

de base, que podem ser instaladas muito mais rapidamente<br />

que as estações de base tradicionais, requerem apenas 29%<br />

pág 33<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 2 RELATÓRIO DE ACTIVIDADE


do investimento necessário para estas. As novas técnicas permitiram<br />

igualmente melhorar a qualidade da rede bem como<br />

o volume de tráfego. A qualidade da voz (som) foi melhorada<br />

ainda mais com a instalação do codificador de voz GSM<br />

Enhanced Full Rate.<br />

Em 1998 assistiu-se igualmente à introdução de equipamento<br />

próprio de micro-ondas na rede de transmissão, o que permitiu<br />

reduzir a dependência da Telecel dos serviços dos circuitos<br />

alugados à Portugal Telecom. Foram igualmente introduzidas<br />

estações de base e equipamento de rede da Lucent Technologies.<br />

Em conjunto com o actual fornecedor de infraestruturas<br />

Ericsson, a Telecel conta com o apoio de duas das empresas<br />

líderes a nível mundial no campo das telecomunicações.<br />

SERVIÇO DE APOIO A CLIENTES<br />

Em consequência do projecto de reengenharia de processos<br />

concluído em 1997, 1998 foi o ano em que se obteve a certificação<br />

de qualidade do Serviço de Apoio a Clientes de acordo<br />

com a norma ISO 9002. Este certificado, atribuído pela APCER<br />

(Associação Portuguesa de Certificação), vem comprovar a<br />

existência de uma metodologia de qualidade no Serviço de<br />

Apoio a Clientes da Telecel, sendo o primeiro centro de<br />

atendimento de um operador de telecomunicações móveis a<br />

obter esta certificação em Portugal. A Telecel é, também, o<br />

único operador que aderiu a todos os cinco centros de arbitragem<br />

de conflitos de consumo, sendo o balanço muito positivo,<br />

pois a maior parte das situações têm sido solucionadas na<br />

fase de conciliação e todas as sentenças foram favoráveis à<br />

Telecel.<br />

Fruto de todo o trabalho desenvolvido numa óptica de qualidade<br />

total foi possível fazer face, com qualidade, ao crescimento<br />

acentuado do número de Clientes, apesar das dificuldades sentidas<br />

no recrutamento de novos Colaboradores pela escassez<br />

de recursos humanos qualificados na zona de Lisboa, nomeadamente<br />

devido à realização da Expo'98.<br />

Diversificando geograficamente o atendimento a Clientes, foi<br />

inaugurado em Dezembro de 1998 o Centro de Atendimento<br />

do Porto, com uma capacidade para 200 assistentes, o que<br />

veio reforçar significativamente a capacidade de atendimento<br />

deste serviço. Assim, foi possível chegar ao final do ano com<br />

um nível de serviço elevado e adequado às expectativas dos<br />

Clientes que, aliado à qualidade do atendimento e às ferramentas<br />

informáticas de gestão, coloca a Empresa numa posição<br />

de referência no atendimento a Clientes em termos nacionais<br />

e europeus.<br />

COMUNICAÇÃO<br />

A notoriedade e imagem de marca da Empresa foram reforçadas<br />

através de uma comunicação multifacetada, baseada em<br />

campanhas de publicidade institucionais, promocionais e de<br />

produto, complementadas por acções below the line orientadas<br />

por segmento de mercado.<br />

Na área dos patrocínios manteve-se a aposta no futebol, através<br />

do patrocínio aos três maiores clubes da liga portuguesa,<br />

bem como nos desportos motorizados, nomeadamente no<br />

todo-o-terreno, entre outros.<br />

Os estudos de mercado efectuados pela Empresa permitem<br />

concluir que a marca Telecel mantém a percepção de marca<br />

líder nas telecomunicações móveis celulares em todos os aspectos<br />

relevantes.<br />

PRODUTOS E SERVIÇOS<br />

A inovação no lançamento de novos produtos e serviços com<br />

valor reconhecido pelos Clientes foi, uma vez mais, uma constante<br />

em 1998. Deste modo, a Empresa manteve a sua imagem<br />

de líder em inovação, desenvolvendo produtos e serviços<br />

ajustados às necessidades de cada segmento de mercado e de<br />

interesse reconhecido pelos nossos Clientes.<br />

Para os Clientes dos Planos Regulares de Tarifas foi alargado<br />

o número de países nos quais é possível utilizar o serviço<br />

Telecel, tendo sido igualmente alargada a utilização da rede<br />

Telecel aos Clientes dos operadores desses países. Assim, no<br />

final de 1998, a Empresa detinha acordos de roaming estabelecidos<br />

com 96 operadores de 55 países dos 5 continentes.<br />

pág 34


SERVIÇOS CELULARES<br />

MÊS DESIGNAÇÃO DESCRIÇÃO<br />

Janeiro CARDIOVIDA Permite detectar precocemente situações de problemas cardíacos, através da possibilidade de realização de um electrocardiograma<br />

completo usando um pequeno aparelho portátil, o CardioMóvel, e do seu envio para a Central CardioVida onde<br />

será analisado por uma equipa permanente de cardiologistas que indicarão as medidas a tomar em caso de perigo.<br />

Fevereiro CARTÃO VITAMINA T O Cartão Vitamina T disponibiliza todas as funcionalidades associadas à Vitamina T, constituindo uma oferta comercial interessante<br />

para quem já possui um equipamento compatível e apenas pretende usufruir do serviço.<br />

Março TELEASSISTÊNCIA EXPRESSO Permite a recolha de equipamentos avariados e a entrega simultânea de um equipamento de empréstimo. A Telecel procede<br />

à recolha do telefone, no local indicado, num prazo máximo de 48 horas. Quando o equipamento se encontrar reparado,<br />

a Telecel efectua a sua entrega e a recolha do equipamento de empréstimo no local pretendido.<br />

TELEASSISTÊNCIA VITAMINA Permite a recolha de equipamentos avariados no local que o Cliente indicar e a Telecel efectua a sua devolução quando este<br />

se encontrar reparado.<br />

REUTERS TELECEL Permite aceder a informações sobre instrumentos financeiros negociados em todo o mundo. Basta compôr no teclado do telefone<br />

celular uma mensagem escrita com o código da informação a consultar e enviá-la para o número 1510; a resposta é recebida<br />

poucos segundos mais tarde, também sob a forma de uma mensagem escrita. O serviço permite ainda definir alarmes<br />

sobre determinados títulos ou programar o envio regular de informações em determinados dias e horas.<br />

Maio 1598 – A INFORMAÇÃO Este serviço funcionou unicamente entre 22 de Maio e 30 de Setembro de 1998, tendo permitido obter informação variada<br />

SOBRE A EXPO’98 e actualizada sobre os principais acontecimentos da Grande Exposição de Lisboa, nomeadamente programas, pavilhões,<br />

preços dos bilhetes, meios de transporte para chegar ao local da Exposição e parques de estacionamento. A informação foi<br />

actualizada diariamente e esteve disponível em três idiomas: português, espanhol e inglês.<br />

Junho DIFUSÃO CELULAR Este serviço permite aos Clientes da Telecel receber no seu telefone celular, automaticamente e sem qualquer pedido ou subscrição,<br />

informações em formato de texto que estejam a ser difundidas pela rede. Esta tecnologia permite receber informações<br />

sobre temas específicos em diferentes canais, bem como informação de âmbito local, que pode variar segundo a zona onde o<br />

utilizador se encontra. O conteúdo da informação recebida depende não só da área em que é recebida, mas também do canal<br />

seleccionado.<br />

TELECARREGAMENTO AUTOMÁTICO O Serviço de TeleCarregamento Automático para Vitaminas possibilita a realização de telecarregamentos automáticos<br />

PERIÓDICO PARA VITAMINAS periódicos, em diversos montantes e para qualquer tipo de Vitamina, sendo o débito efectuado posteriormente na conta regular<br />

da Empresa.<br />

DUPLO – 2 NÚMEROS, 1 CARTÃO Um único cartão com dois números, um para utilização privada outro para utilização profissional. É possível escolher, para<br />

cada número, os serviços suplementares e planos tarifários mais adequados. Facturação separada e reencaminhamentos gratuitos<br />

entre os dois números DUPLO, associados a bónus em cada uma das subscrições.<br />

VITAMINA DE ALUGUER A Vitamina de Aluguer oferece todas as funcionalidades associadas à família Vitamina para o segmento de aluguer, possuindo<br />

um tarifário e condições contratuais específicas, onde o Cliente usufrui de um determinado montante disponível passível de ser<br />

reforçado e cujo pagamento é preferencialmente efectuado através de cartão de crédito. É disponibilizada em determinadas<br />

lojas Telecel, com particular incidência nas dos aeroportos.<br />

Julho 1515 – A ASSISTÊNCIA NA TELECEL Disponibilização de novas facilidades tais como: transporte em ambulância, envio de peças de substituição para veículos,<br />

alargamento do âmbito das informações prestadas de forma a abranger feiras e congressos, informações médico-sanitárias<br />

e reservas de viaturas de aluguer, entre outros.<br />

ASSISTÊNCIA EXPRESSO PREMIER Este serviço está disponível em duas modalidades: Assistência Expresso Premier Regular e Assistência Expresso Premier –<br />

Contrato de Manutenção. Consistem ambos na recolha gratuita do equipamento avariado e entrega simultânea de um equipamento<br />

de empréstimo. Se o Cliente optar por um contrato de manutenção fica dispensado dos custos de reparação.<br />

Setembro 1780 - DESPERTAR COM… Permite acordar de forma diferente todos os dias. O Telecel de cada um dos Clientes passou a poder proporcionar um despertar<br />

ao som das notícias do dia, da previsão meteorológica, da voz da estrela favorita ou, ainda, com sons, sotaques ou uma<br />

mensagem gravada pelo próprio.<br />

pág 35<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 2 RELATÓRIO DE ACTIVIDADE


MÊS DESIGNAÇÃO DESCRIÇÃO<br />

Outubro CORREIO@TELECEL O Serviço Correio@Telecel permite receber e enviar correio electrónico para qualquer parte do mundo, directamente<br />

a partir de um telefone celular, através de mensagens escritas. Cada Cliente dispõe de um endereço de correio electrónico<br />

correspondente ao seu número de telefone no domínio sms.telecel.pt (por exemplo: 09319876543@sms.telecel.pt).<br />

Novembro INFOFACTURA ELECTRÓNICA Permite aos Clientes visualizarem a informação da sua factura do Serviço Telecel na página da Internet da Telecel, bem como<br />

a impressão desses dados, pesquisas por data, valor, duração e destino das chamadas, permitindo ter uma noção sobre os seus<br />

padrões de consumo. O Cliente tem ainda a possibilidade de descarregar os dados da sua factura e trabalhá-los em qualquer<br />

folha de cálculo ou base de dados do mercado, bem como desenvolver aplicações próprias mais ao encontro das suas necessidades<br />

específicas.<br />

LOJA ELECTRÓNICA TELECEL Esta funcionalidade da página da Telecel permite aos Clientes efectuarem as suas compras via Internet, disponibilizando<br />

os seus equipamentos e produtos, de um modo prático e simples. Os Clientes poderão fazer as suas compras em qualquer<br />

zona onde se encontrem da página, fazendo a sua escolha e introduzindo os seus produtos num saco de compras.<br />

CARTÃO SIMPLES O Cartão SIMPLES permite que os Serviços Telecel sejam apresentados no menu do equipamento, podendo ser seleccionados<br />

de forma intuitiva como qualquer outra opção do menu de origem do telefone do Cliente, dispensando a necessidade<br />

de memorizar códigos, números ou saber os formatos de cada uma das mensagens a enviar.<br />

CRÉDITO AUTOMÁTICO PARA O Serviço de Crédito Automático para Serviços Regulares possibilita às empresas um controlo eficaz dos custos das comuni-<br />

SERVIÇOS REGULARES cações daqueles Colaboradores, a quem foram concedidos telefones celulares associados a um dos Planos Regulares de<br />

Tarifas, atribuindo-lhes um determinado montante de crédito mensal.<br />

VITAMINA LIGHT A Vitamina Light possui todas as características associadas à família Vitamina mas disponibiliza um tarifário simplificado, caracterizado<br />

por uma tarifa única para qualquer rede nacional, a qualquer hora e em qualquer dia, com facturação ao segundo<br />

(1 segundo = 1 escudo) após o primeiro minuto e um único montante de telecarregamento.<br />

CARTÃO VITAMINA LIGHT O Cartão Vitamina Light disponibiliza todas as funcionalidades associadas à Vitamina Light, constituindo uma oferta comercial<br />

interessante para quem já possui equipamento compatível e apenas pretende usufruir do serviço.<br />

SERVIÇOS DE PAGING<br />

MÊS DESIGNAÇÃO DESCRIÇÃO<br />

Janeiro TELEGOLO Serviço informativo de futebol com informação referente a diversas competições, não só a nível de resultados dos jogos, mas<br />

também com notícias sobre novas contratações, lesões, listas de convocados, constituição das equipas, estatísticas dos jogos<br />

e do campeonato nacional, golos on-line, totobola, etc. Informações também relativas a taças europeias, selecções nacionais<br />

e acontecimentos internacionais de relevo.<br />

Março FLASH MAIL O Serviço Flash Mail permite a notificação no pager da chegada de mensagens de correio electrónico, através de um acordo<br />

realizado com a IP e com a Esotérica. Para utilizar este serviço, necessita apenas de ser simultaneamente Cliente de um serviço<br />

de Paging alfanumérico da Telecel e ser Cliente da IP ou da Esotérica.<br />

Março E-PAGER Serviço de recepção de mensagens de correio electrónico da Internet num pager alfanumérico. O Cliente fica com a possibilidade<br />

de receber mensagens de correio electrónico através da Internet directamente no pager, ficando desta forma ligado permanentemente<br />

à Internet através do pager.<br />

Maio EXPO’98 O Serviço Informativo Expo’98 disponibilizou informação sobre os principais acontecimentos da Exposição Internacional<br />

de Lisboa Expo’98, abrangendo a agenda diária, as curiosidades, os destaques do dia, bem como o preço dos bilhetes.<br />

pág 36


TARIFÁRIOS<br />

Em 1998 assistiu-se a uma redução significativa de tarifas, fruto<br />

da competitividade característica deste mercado, reforçada<br />

este ano com a entrada do novo operador, o que permitiu<br />

uma vez mais estimular a adesão de novos Clientes de menor<br />

poder de compra.<br />

Por outro lado, foram introduzidos novos planos tarifários -<br />

- Planos Pack e IntraRede - tendo em vista a apresentação de<br />

alternativas mais adequadas para determinados perfis de consumo<br />

e utilização dos segmentos de consumo e empresariais,<br />

respectivamente.<br />

De salientar que as reduções dos custos das comunicações<br />

para os Clientes e a introdução de novos planos tarifários, ajustados<br />

às necessidades de cada segmento, deram um contributo<br />

importante para os níveis de penetração atingidos em 1998.<br />

Note-se que o custo de manutenção do serviço celular foi reduzido<br />

para uma média mensal de 1.750 escudos, equivalente a<br />

8,73 euros (IVA incluído), no plano Vitamina Light, podendo o<br />

Cliente usufruir de comunicações por ele geradas nesse montante.<br />

pág 37<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 2 RELATÓRIO DE ACTIVIDADE


EVOLUÇÃO DOS PLANOS TARIFÁRIOS<br />

MÊS OCORRÊNCIA DESCRIÇÃO<br />

Fevereiro REDUÇÃO DE TARIFAS Redução das chamadas originadas na rede fixa nacional para a Rede Telecel.<br />

Março REDUÇÃO DE TARIFAS A Telecel reduz as tarifas internacionais para a UE (União Europeia) em cerca de 20% e entre 4% e 31% para os restantes<br />

INTERNACIONAIS países. Foi também reduzido o preço das chamadas nacionais no horário profissional.<br />

Abril TAXAÇÃO AO SEGUNDO A Telecel introduz a taxação ao segundo nas chamadas nacionais dos Planos Regulares de Tarifas.<br />

Junho PLANOS PACK A Telecel lança os planos Pack, constituídos por diferentes pacotes de minutos que são especialmente adequados para Clientes<br />

com uma utilização moderada ou reduzida do serviço celular: os planos Pack Total são adequados para uma utilização em<br />

qualquer horário e os Planos Pack Privado para uma utilização efectuada essencialmente fora do horário normal de trabalho.<br />

Estes planos sem assinatura mensal constituem uma alternativa aos planos pré-pagos Vitamina, uma vez que permitem que o<br />

Cliente usufrua de todos os serviços Telecel, sem interrupção por esgotamento de saldo disponível, com uma maior comodidade<br />

de pagamento.<br />

Julho PLANOS PACK A Telecel alarga o leque de opções nestes Planos (Pack Total 15 e Pack Privado 60) e promove alguns ajustes de tarifas aos<br />

já existentes.<br />

Outubro PLANO DE PREÇOS INTRAREDE A Telecel lança um novo plano de preços para o segmento empresarial, o IntraRede, reduz o acesso mensal de alguns planos<br />

e o preço das comunicações na generalidade dos planos.<br />

NOVOS PRAZOS DE Nas Vitaminas é aumentado de 3 para 4 meses o período máximo entre carregamentos, o que se traduz numa redução para<br />

CARREGAMENTO NOS 1.875 escudos ou 9,35 euros (IVA incluído) de consumo mínimo mensal, sendo este valor de 1.750 escudos (8,73 euros) na<br />

PLANOS VITAMINA Vitamina Light, como acima referido.<br />

PROGRAMA DE FIDELIZAÇÃO<br />

Em Julho de 1998, a empresa lançou o Clube Viva Telecel. Este<br />

programa, disponível para todos os Clientes, incluindo prépagos<br />

com identificação na Telecel, constitui uma inovação no<br />

mercado português de Telecomunicações e traduz-se numa<br />

ferramenta central da política de fidelização de Clientes da<br />

Empresa.<br />

Neste programa de fidelização são atribuídos pontos a todos<br />

os Clientes, com base no valor do seu consumo do serviço<br />

celular, pontos esses que podem ser posteriormente trocados<br />

por minutos de conversação gratuitos, por descontos muito<br />

significativos na compra de telefones celulares, incluindo modelos<br />

topo de gama, ou ainda por descontos em acessórios.<br />

A adesão dos Clientes aos benefícios do Clube Viva Telecel foi<br />

muito significativa, nomeadamente na vertente de actualização<br />

dos telefones celulares dos melhores Clientes para versões dual<br />

band.<br />

pág 38


CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO<br />

No ano de 1998 verificou-se uma adaptação constante da<br />

organização de vendas da Telecel ao mercado, baseada em<br />

Vendas Directas através de lojas próprias e equipas de vendas<br />

empresariais, Vendas Indirectas exclusivas - Agentes e Retalhistas,<br />

bem como os canais não exclusivos - Revendedores<br />

e Hipermercados.<br />

O desempenho destes canais acompanhou, na generalidade,<br />

a evolução do mercado, uma vez mais com maior incidência<br />

nos canais mais orientados para os segmentos de consumo.<br />

Nas Vendas Directas destaca-se a abertura de nove novas<br />

lojas em Braga, Viseu, Aeroporto de Lisboa, Aeroporto de<br />

Ponta Delgada, Portimão, Torres Vedras, Amadora, Funchal<br />

e Vila Nova de Gaia, totalizando trinta e três pontos de venda<br />

próprios em 31 de Dezembro de 1998, bem como a ampliação<br />

da equipa de vendas empresariais directas. Com a implementação<br />

destas medidas, a Telecel pretende reforçar a qualidade<br />

do apoio na venda e pós venda, tanto no segmento de particulares<br />

como de empresas.<br />

No final de 1998 existiam, nas Vendas Indirectas, trinta pontos<br />

de venda com imagem 100% Telecel, seis das quais nas estações<br />

do Metropolitano de Lisboa. O aumento do número de<br />

pontos de venda indirectos, com imagem 100% Telecel acompanhado<br />

dos programas de cooperação em curso, permite<br />

ampliar a capilaridade geográfica da rede de distribuição da<br />

Telecel e a sua presença junto da sua base de Clientes e mercados<br />

alvo.<br />

EQUIPAMENTO TERMINAL<br />

O ano de 1998 ficou marcado pela continuação da redução do<br />

preço de venda dos equipamentos terminais, a uma taxa inferior<br />

à registada em 1997. Por outro lado, a redução verificada<br />

no custo permitiu que os níveis de subsidiação registados não<br />

tivessem aumentado em 1998.<br />

pág 39<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 2 RELATÓRIO DE ACTIVIDADE


Na área de assistência técnica a equipamento terminal, na<br />

sequência do projecto de reengenharia do laboratório de reparações<br />

efectuado em 1997, iniciou-se o processo de certificação<br />

de acordo com a norma ISO 9002, tendo sido o respectivo<br />

processo submetido à APCER em Maio de 1998, esperando-se<br />

que a certificação seja atribuída durante o primeiro trimestre<br />

de 1999.<br />

A inovação nesta área foi também muito significativa com o lançamento<br />

dos programas TeleAssistência e Assistência Premier<br />

já acima referidos.<br />

Em 1998 manteve-se o alargamento do número de pontos de<br />

assistência de acordo com a expansão da rede de lojas próprias<br />

da Empresa.<br />

05<br />

Integração do Serviço de Paging<br />

Tendo em conta a evolução do mercado das Telecomunicações,<br />

em particular do paging e das comunicações celulares, a<br />

Telecel decidiu integrar a sua participada Telechamada -<br />

- Chamada de Pessoas, S.A., detida a 100%, que prestava<br />

o serviço de telecomunicações complementares móveis designado<br />

por Serviço de Chamada de Pessoas (Paging), gerindo<br />

e explorando as respectivas infraestruturas.<br />

A fusão das duas empresas insere-se num contexto de racionalidade<br />

económica, visando a obtenção de sinergias entre os<br />

dois negócios, permitindo a oferta de soluções integradas com<br />

vantagens acrescidas para os Clientes e a optimização de<br />

recursos, através do aproveitamento de estruturas comuns em<br />

diversas áreas, nomeadamente nas de suporte (administrativa,<br />

financeira, etc.).<br />

O know-how específico e as competências adquiridas pela<br />

Telechamada constituem contributos adicionais para o desenvolvimento<br />

do negócio da Telecel.<br />

A integração da Telechamada facilitará o alargamento e diversificação<br />

das actividades da Telecel, que actuará integradamente<br />

em ambos os mercados celular e de paging. Desta forma,<br />

será beneficiada a estratégia da Telecel, no sentido do<br />

enriquecimento do seu portfolio de serviços, de forma a permitir-lhe<br />

apresentar-se no mercado como um fornecedor de soluções<br />

de telecomunicações móveis integradas.<br />

A fórmula legal seguida para a integração foi a da fusão por<br />

incorporação. A escritura pública realizou-se em 18 de Dezembro<br />

e o pedido de registo da escritura de fusão deu entrada na<br />

Conservatória do Registo Comercial de Lisboa em 29 de<br />

Dezembro de 1998, reflectindo já as contas da Telecel de 1998<br />

a integração da Telechamada.<br />

É de salientar que, durante este exercício, se efectuou igualmente<br />

a fusão das duas outras empresas de Paging do Sector<br />

- a Telemensagem, que entretanto havia adquirido a base de<br />

Clientes da Finacom (Grupo Interfina), cuja licença havia sido<br />

cancelada pelo ICP, e a Contactel. A empresa resultante tem<br />

como Accionistas a Portugal Telecom e a Telefonica (Espanha).<br />

pág 40


06<br />

Sistemas de Informação<br />

A evolução da área de Sistemas de Informação em 1998 centrou-se<br />

em três vertentes principais: suporte ao crescimento<br />

da Empresa, definição da estratégia a seguir para suportar as<br />

acções que a Telecel venha a desencadear no âmbito da<br />

liberalização do mercado de Telecomunicações e preparação<br />

dos sistemas para a introdução do Euro e para o Ano 2000,<br />

sendo esta última vertente relatada em capítulos próprios,<br />

dada a sua relevância para o mercado.<br />

Relativamente à primeira vertente, efectuou-se a renovação ou<br />

a ampliação de alguns sistemas e desenvolveram-se soluções<br />

para suporte aos produtos e serviços lançados pela Telecel<br />

de onde se destacam, pelo seu carácter inovador, a InfoFactura<br />

Electrónica e a Loja Electrónica, ambos sediados no site<br />

Telecel na Internet. Adicionalmente, foram implementadas<br />

várias iniciativas de suporte ao esforço de redução do cash cost<br />

por Cliente.<br />

Na segunda vertente, iniciou-se a implementação de um sistema<br />

sofisticado de controlo e facturação do tráfego telefónico<br />

entre operadores de telecomunicações e desenvolveu-se um<br />

estudo detalhado das necessidades futuras, em termos de facturação<br />

e suporte a Clientes, num cenário de convergência.<br />

07<br />

Questões do Euro e Ano 2000<br />

ANO 2000<br />

A Telecel está decididamente envolvida na resolução atempada<br />

do problema da transição para o Ano 2000. Em Outubro<br />

de 1997 foi criado um grupo de trabalho a nível de toda a<br />

Empresa para garantir que todos os sistemas, equipamentos e<br />

produtos estarão de acordo com as especificações de 2000 no<br />

segundo trimestre de 1999; a Telecel conta dispender cerca de<br />

500 mil contos (2.494 mil euros) neste programa.<br />

O grupo de trabalho é composto por um Coordenador de Programa<br />

a tempo inteiro, um Supervisor de Projecto (Vice-Presidente<br />

para a Área Financeira), Directores de Projecto (de cada<br />

área funcional) e representantes de todos os Departamentos,<br />

de modo a garantir que a totalidade da Empresa atinja o objectivo<br />

atempada e simultaneamente.<br />

Este grupo de trabalho estabeleceu um plano de acção segundo<br />

o qual se: (1) desenvolveu e implementou actividades de<br />

consciencialização em todos os níveis da Empresa; (2) avaliou<br />

o impacto do problema em todos os nossos sistemas, equipamentos<br />

e produtos; (3) contactou os nossos fornecedores e<br />

prestadores de serviços com vista a determinar o impacto das<br />

acções tomadas e a tomar, para resolver os eventuais problemas<br />

causados pela transição para o Ano 2000 nos sistemas,<br />

equipamentos e produtos de que a Telecel depende.<br />

Actualmente, estamos a efectuar a renovação e teste de todos<br />

os nossos sistemas, equipamentos e produtos. Estamos igualmente<br />

a implementar planos de contingência que antecipam a<br />

possibilidade de alguns dos sistemas, equipamentos e produtos<br />

terem problemas relacionados com a transição para o Ano<br />

2000.<br />

pág 41<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 2 RELATÓRIO DE ACTIVIDADE


EURO<br />

Para preparar a Telecel para a introdução do Euro, foi criado<br />

um grupo de trabalho no início de 1998, com representantes<br />

de cada departamento e um Director de Projecto a tempo<br />

inteiro, sob a supervisão do Vice-Presidente da Área Financeira.<br />

A estratégia de conversão definida consiste em três fases:<br />

• 1.ª Fase (Novembro 1998): facturação da Telecel emitida<br />

totalmente em Escudos, com os totais apresentados igualmente<br />

em Euros, com base numa taxa de conversão aproximada.<br />

Esta fase teve como objectivo aumentar a percepção do<br />

Euro nos nossos Clientes.<br />

• 2.ª Fase (Fevereiro 1999): a Telecel está em condições de<br />

processar todas as transacções comerciais tanto em Escudos<br />

como em Euros. O Escudo continuará a ser a denominação<br />

funcional da Empresa até 2001.<br />

• 3.ª Fase (2001): a Telecel adoptará o Euro; a partir desse<br />

momento o Euro será a denominação funcional da Empresa.<br />

O custo estimado para as duas primeiras fases é de cerca de<br />

120 mil contos (599 mil euros), incluindo alterações de software,<br />

formação e campanhas de comunicação.<br />

08<br />

Recursos Humanos<br />

A evolução global do negócio e, em especial, o crescimento<br />

acentuado do número de Clientes, provocou um aumento<br />

significativo do total de efectivos em 1998, quando comparado<br />

com 1997. Este aumento resultou, não só, da intensa actividade<br />

de recrutamento para dar resposta às necessidades das<br />

diferentes áreas operacionais da Empresa, como também do<br />

impacto resultante do processo de integração da Telechamada<br />

na Telecel, na sequência da fusão realizada em Dezembro de<br />

1998. Assim, o número de efectivos no final de 1998 era de<br />

1.107, excluindo ex-efectivos da Telechamada, sendo o total<br />

de efectivos incluindo Telechamada de 1.223, o que representa<br />

um crescimento em relação a 1997 de 26,1% e 39,3%, respectivamente.<br />

1995 1996 1997 1998<br />

Total de Efectivos (sem Telechamada) 472 667 878 1.107<br />

Total de Efectivos 472 667 878 1.223<br />

pág 42


Para além do esforço desenvolvido em programas de acolhimento<br />

e integração de cerca de 400 novos Colaboradores que<br />

se juntaram à Empresa no ano de 1998, foi igualmente realizado<br />

um considerável investimento em formação profissional,<br />

que se situou em cerca de 380 mil contos (1.895 mil euros),<br />

abrangendo um total de 760 Colaboradores de todas as áreas<br />

funcionais da Empresa e tendo como objectivo o desenvolvimento<br />

contínuo de novas competências.<br />

Prosseguindo uma política de gestão de Recursos Humanos<br />

que visa a participação e a motivação das pessoas, foram realizadas,<br />

no primeiro trimestre de 1998, trinta sessões internas<br />

de apresentação e debate dos resultados do inquérito periódico<br />

aos Colaboradores, tendo sido identificado um plano de acções<br />

prioritárias, entre as quais se destaca a implementação do sistema<br />

de Gestão de Desempenho, que vigora a partir de Janeiro<br />

de 1999.<br />

Foi ainda implementada, no segundo trimestre de 1998, uma<br />

melhoria significativa do pacote de fringe benefits com a introdução<br />

de um Plano de Pensões de contribuição definida, que<br />

mereceu a adesão da grande maioria dos Colaboradores<br />

elegíveis. A introdução deste plano, pela sua concepção e flexibilidade,<br />

insere-se numa política de âmbito social que reflecte<br />

a atenção dispensada à melhoria das condições oferecidas aos<br />

Colaboradores, bem como a preocupação da Empresa face<br />

às tendências da evolução do sistema de segurança social.<br />

pág 43<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 2 RELATÓRIO DE ACTIVIDADE


09<br />

Análise das Contas da Empresa<br />

EVOLUÇÃO DAS RECEITAS<br />

O total das receitas operacionais atingiu em 1998 o valor de<br />

121,6 milhões de contos (606,54 milhões de euros), o que<br />

representa um crescimento de 38,8%, em relação aos 87,7<br />

milhões de contos (437,45 milhões de euros) registados em<br />

1997. Daquele valor, 108,4 milhões de contos (540,70 milhões<br />

de euros) respeitam a receitas com prestação de serviços e<br />

13,3 milhões de contos (66,34 milhões de euros) a receitas<br />

com vendas de equipamentos terminais e respectivos acessórios.<br />

Em relação a 1997 estes valores representam um crescimento<br />

de 37,6% e de 49,4%, respectivamente.<br />

A informação financeira apresentada em Euros é baseada na taxa fixa de conversão de 200,482 escudos para 1 euro (ver capítulo 4.1 Nota à informação financeira apresentada em Euros).<br />

EVOLUÇÃO DOS CUSTOS<br />

A evolução verificada nas Receitas de Serviços reflecte não só<br />

o crescimento da base de Clientes, que quase duplicou em 1998,<br />

mas também a redução de cerca de 30,0% da receita média de<br />

serviços por Cliente, conforme já analisado neste relatório.<br />

Quanto às Vendas de Equipamento Terminal, o crescimento<br />

verificado reflecte o aumento de 70% do número de unidades<br />

vendidas, mas com um preço médio inferior em relação a 1997.<br />

As despesas operacionais, que incluem todos os custos excepto<br />

os de financiamento e os extraordinários, totalizaram 93,2<br />

milhões de contos (464,88 milhões de euros) em 1998, o que<br />

representa um crescimento de 40,8% em relação aos 66,2 milhões<br />

de contos (330,20 milhões de euros) registados em 1997.<br />

Excluindo o efeito da integração da Telechamada, o total dos<br />

custos operacionais ascendeu a 91,0 milhões de contos (453,91<br />

milhões de euros).<br />

pág 44


A informação financeira apresentada em Euros é baseada na taxa fixa de conversão de 200,482 escudos para 1 euro (ver capítulo 4.1 Nota à informação financeira apresentada em Euros).<br />

Em termos das várias componentes das despesas operacionais,<br />

verificou-se a seguinte evolução:<br />

Os Custos de Interligação, que incluem o aluguer de circuitos<br />

e o acesso às redes de outros operadores de telecomunicações,<br />

totalizaram 17,7 milhões de contos (88,29 milhões de<br />

euros), um crescimento de 33,4% em relação a 1997. O peso<br />

em relação ao total das receitas operacionais passou de 15,1%,<br />

no ano anterior, para 14,5%, reflectindo assim não só as melhorias<br />

obtidas na Convenção de Preços negociada durante o<br />

ano, mas também os ganhos por economias de escala resultantes<br />

da maior utilização da Rede GSM. Em relação às receitas<br />

de serviços, o peso dos custos de interligação foi em 1998<br />

de 16,3%, o que compara com os 16,8% verificados em 1997.<br />

O Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas,<br />

que inclui não só o custo dos equipamentos vendidos, mas também<br />

os relacionados com o pacote de activação e o respectivo<br />

cartão SIM, totalizaram 26,5 milhões de contos (132,18 milhões<br />

de euros), representando um crescimento de 44,7% em<br />

relação aos 18,3 milhões de contos (91,28 milhões de euros)<br />

verificados em 1997. O número de telefones vendidos em 1998<br />

superou o número de Clientes (activações brutas) que se juntaram<br />

à rede Telecel durante o ano, tendo o peso desta rubrica no<br />

total das receitas operacionais aumentado dos 20,9% no ano<br />

anterior para 21,8%, o que reflecte o maior envolvimento da<br />

Empresa na comercialização de equipamentos.<br />

As Despesas Gerais, Comerciais e Administrativas foram de<br />

25,8 milhões de contos (128,69 milhões de euros), um crescimento<br />

de 49,7% em relação a 1997, tendo aumentado o seu peso<br />

em relação ao total das receitas operacionais de 19,7% para<br />

21,2%. Contribuíram para este aumento, nomeadamente, a<br />

integração de custos gerais da incorporada Telechamada e o<br />

crescimento das despesas com publicidade e promoção, serviços<br />

de consultoria e sistemas de informação, rendas e alugueres,<br />

manutenção e reparação da rede bem como as despesas com<br />

Colaboradores temporários.<br />

Os Custos com o Pessoal registaram um valor de 7,6 milhões<br />

de contos (37,91 milhões de euros), o que representou um crescimento<br />

de 57,8% em relação ao ano anterior, tendo o seu peso<br />

no total das receitas operacionais passado de 5,5% em 1997<br />

para 6,2% em 1998. Este crescimento resultou principalmente<br />

do aumento verificado no número de Colaboradores, do acréscimo<br />

do custo médio por Colaborador, da incorporação das<br />

despesas com pessoal da Telechamada e do forte investimento<br />

na formação profissional dos Colaboradores da Empresa.<br />

pág 45<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 2 RELATÓRIO DE ACTIVIDADE


RESULTADOS OBTIDOS<br />

As Amortizações e Depreciações totalizaram cerca de 12,5<br />

milhões de contos (62,35 milhões de euros), um crescimento<br />

de 39,6% em relação ao ano anterior que reflecte o contínuo<br />

esforço de investimento da Empresa no desenvolvimento das<br />

suas infraestruturas. O peso desta rubrica no total das receitas<br />

operacionais manteve-se estável nos 10,3%.<br />

O valor das Provisões constituídas em 1998 foi de 3,1 milhões<br />

de contos (15,46 milhões de euros), o que representa um decréscimo<br />

de 14,4% em relação ao valor constituído em 1997.<br />

Desta verba destaca-se a menor dotação anual para cobranças<br />

duvidosas, a qual representa um decréscimo no total das<br />

receitas operacionais de 2,6% em 1997 para 1,4% em 1998,<br />

reflectindo assim as melhorias introduzidas nesta área, nomeadamente<br />

com os produtos pré-pagos.<br />

O cash flow operacional (EBITDA) gerado em 1998 foi de 41,0<br />

milhões de contos (204,51 milhões de euros), o que representa<br />

um crescimento de 34,5% face aos 30,4 milhões de contos<br />

(151,63 milhões de euros) registados em 1997 e uma ligeira<br />

redução da margem em relação ao total das receitas de serviço<br />

ajustadas (receitas dos serviços de telecomunicações deduzidas<br />

dos custos de interligação do tráfego de entrada) de 40,4%<br />

em 1997, para 39,8% em 1998. Não considerando o efeito da<br />

integração da Telechamada, o cash flow operacional atingiu<br />

os 41,8 milhões de contos, equivalentes a 208,50 milhões de<br />

euros (representando 41,0% do total das receitas de serviços<br />

de telecomunicações ajustadas, um aumento relativamente<br />

aos 40,4% alcançados em 1997).<br />

• * Receitas dos serviços de telecomunicações deduzidas dos custos de interligação do tráfego de entrada;<br />

• A informação financeira apresentada em Euros é baseada na taxa fixa de conversão de 200,482 escudos para 1 euro (ver capítulo 4.1 Nota à informação financeira apresentada em Euros).<br />

Os Resultados não Operacionais (financeiros e extraordinários)<br />

foram positivos em 1998 e totalizaram 0,2 milhões de<br />

contos (1 milhão de euros), o que compara favoravelmente<br />

com os resultados negativos de 0,8 milhões de contos (3,99<br />

milhões de euros) verificados no ano anterior. Esta melhoria<br />

resulta principalmente do proveito relativo a impostos diferidos<br />

registado em 1998, no valor de cerca de 1,3 milhões de contos<br />

(6,48 milhões de euros).<br />

O Resultado antes de Impostos apurado em 1998, foi de 28,8<br />

milhões de contos (143,65 milhões de euros), um crescimento<br />

de 38,0% em relação aos 20,9 milhões de contos (104,25 milhões<br />

de euros) registados em 1997, o que representa uma margem<br />

em relação ao total das receitas operacionais de 23,7% em<br />

1998.<br />

pág 46


O Imposto Sobre o Rendimento calculado foi de 9,4 milhões de<br />

contos (46,89 milhões de euros), que compara com os 7,6 milhões<br />

de contos (37,91 milhões de euros) provisionados em<br />

1997, um crescimento de 24,5%, inferior, no entanto, ao crescimento<br />

dos resultados antes de impostos. A taxa efectiva de<br />

imposto foi assim reduzida de 36,3% para 32,7% em virtude,<br />

principalmente, do efeito fiscal do reporte dos prejuízos acumulados<br />

pela Telechamada nos anos de 1993 a 1997, do diferimento<br />

para exercícios posteriores de impostos calculados<br />

sobre as provisões da Empresa e da recuperação do ponto de<br />

vista fiscal de custos anteriormente incorridos e que só este<br />

ano se tornaram dedutíveis.<br />

O Resultado Líquido foi assim de 19,4 milhões de contos (96,77<br />

milhões de euros), equivalente a 901 escudos (4,49 euros) por<br />

acção, o que representa um crescimento de 45,7% em relação<br />

aos 13,3 milhões de contos (66,34 milhões de euros) registados<br />

em 1997 (618 escudos por acção ou 3,08 euros). Em termos<br />

de margem em relação ao total das receitas operacionais,<br />

verificou-se uma melhoria para 15,9% em relação aos 15,2%<br />

obtidos em 1997.<br />

• A informação financeira apresentada em euros é baseada na taxa fixa de conversão de 200,482 Escudos para 1 euro (ver capítulo 4.1 Nota à informação financeira apresentada em Euros).<br />

pág 47<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 2 RELATÓRIO DE ACTIVIDADE


10<br />

Politíca de Investimentos<br />

A Telecel manteve em 1998 um forte esforço de investimento,<br />

por forma a manter uma elevada qualidade no serviço prestado<br />

aos seus Clientes, nomeadamente reforçando a cobertura e a<br />

capacidade da sua rede celular.<br />

O investimento acumulado em activos fixos atingiu, no final do<br />

ano de 1998, 102,9 milhões de contos (513,26 milhões de euros),<br />

sendo o investimento anual de 1998 de 27,6 milhões de contos<br />

(137,67 milhões de euros), dos quais 20,5 milhões de contos<br />

(102,25 milhões de euros) foram aplicados no desenvolvimento<br />

da Rede. Relativamente a 1997, estes valores representam um<br />

crescimento de 44,4% e 44,2% respectivamente.<br />

• A informação financeira apresentada em Euros é baseada na taxa fixa de conversão de 200,482 escudos para 1 euro (ver capítulo 4.1 Nota à informação financeira apresentada em Euros).<br />

De notar que, para além do investimento de 1998 acima<br />

referido, a Telecel integrou no ano cerca de 2,5 milhões de<br />

contos (12,47 milhões de euros) de activos fixos adquiridos<br />

pela Telechamada até 31 de Dezembro de 1997.<br />

pág 48


11<br />

Política de Financiamento<br />

Em 31 de Dezembro de 1998 o Passivo Remunerado da Empresa<br />

era de 18,0 milhões de contos (89,78 milhões de euros),<br />

o que compara com os 13,8 milhões de contos (68,83 milhões<br />

de euros) que se verificavam em 31 de Dezembro de 1997. As<br />

necessidades acrescidas de financiamento em 1998 decorreram,<br />

essencialmente, da distribuição de dividendos aos<br />

Accionistas por parte da Empresa, do desembolso efectuado<br />

nos pagamentos por conta do IRC (Imposto sobre o Rendimento<br />

das Pessoas Colectivas) referente ao exercício de 1998<br />

e da forte política de investimentos mantida, por forma a<br />

prestar aos Clientes um serviço de elevada qualidade.<br />

Em 31 de Dezembro de 1998 o Passivo Remunerado era constituído<br />

por um empréstimo obrigacionista no valor de 2,5 milhões<br />

de contos (12,47 milhões de euros), duas emissões de<br />

Papel Comercial no valor global de 5,0 milhões de contos<br />

(24,94 milhões de euros) e 10,5 milhões de contos (52,37 milhões<br />

de euros) de financiamentos de curto prazo. De referir<br />

que, em Agosto de 1998, foram amortizados o empréstimo<br />

obrigacionista de 1995 no valor de 5,0 milhões de contos<br />

(24,94 milhões de euros) e a série B do empréstimo obrigacionista<br />

de 1994 no valor de 2,5 milhões de contos (12,47 milhões<br />

de euros). A série A do empréstimo obrigacionista de<br />

1994 será amortizada em Fevereiro de 1999.<br />

• A informação financeira apresentada em Euros é baseada na taxa fixa de conversão de 200,482 escudos para 1 euro (ver capítulo 4.1 Nota à informação financeira apresentada em Euros).<br />

pág 49<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 2 RELATÓRIO DE ACTIVIDADE


12<br />

Política de Distribuição de Resultados<br />

Tendo em conta o plano de actividades para 1999 e face à<br />

capacidade de endividamento da Empresa, a Direcção propõe<br />

que os resultados líquidos apurados em 1998, num total de<br />

19,4 milhões de contos (96,77 milhões de euros), sejam aplicados<br />

da seguinte forma:<br />

Reforço da reserva legal: 5% dos resultados líquidos, equivalente<br />

a 1,0 milhão de contos (4,99 milhões de euros);<br />

Distribuição de dividendos: 450 escudos (2,24 euros) por acção,<br />

equivalente a 9,7 milhões de contos (48,38 milhões de euros);<br />

Reservas livres: os restantes 8,7 milhões de contos (43,40 milhões<br />

de euros). A Direcção propõe igualmente a transferência<br />

da conta de resultados transitados para a conta de reservas<br />

livres do montante de 6,4 milhões de contos (31,92 milhões de<br />

euros).<br />

Esta proposta diz apenas respeito aos resultados de 1998 e irá,<br />

por isso, ser reconsiderada anualmente. Distribuições intercalares<br />

serão também consideradas, se as circunstâncias o justificarem.<br />

13<br />

Perspectivas para 1999<br />

Desde a entrada da Telecel no mercado, no final de 1992, este<br />

tem-se caracterizado por um elevado nível de competitividade,<br />

bem expresso na elevada taxa de penetração actualmente verificada<br />

em Portugal.<br />

Esse nível de competitividade poderá acentuar-se ainda mais<br />

durante 1999, em resultado, entre outros factores, do início de<br />

actividade de um terceiro operador no mercado em Setembro<br />

de 1998.<br />

Prevê-se que o número total de Clientes de serviço celular<br />

continue a crescer durante 1999, sendo mesmo possível que,<br />

no final do ano, Portugal se torne num dos primeiros países a<br />

nível mundial em que a taxa de penetração deste serviço ultrapassa<br />

a do serviço de telefonia fixa.<br />

Os operadores, e em particular a Telecel, continuarão, durante<br />

o ano de 1999, a apresentar serviços inovadores no mercado,<br />

o que também decorre da progressiva evolução tecnológica<br />

do standard GSM.<br />

Em 1999 a Telecel irá procurar, não só continuar a aumentar<br />

a sua base de Clientes, como expandir a oferta de serviços de<br />

telecomunicações para novas áreas, satisfazendo assim cada<br />

vez mais as necessidades de comunicação dos seus Clientes.<br />

Dadas as novas áreas de negócio em que a Empresa vai entrar<br />

e o reforço da cobertura e da qualidade da rede celular, prevê-se<br />

que o valor total do investimento em activos fixos em<br />

1999 venha a ser superior ao de 1998.<br />

Durante o ano de 1999 a Direcção da Empresa e todos os seus<br />

Colaboradores continuarão a dar o melhor do seu esforço, no<br />

sentido de se alcançar uma evolução positiva das receitas, do<br />

cash flow operacional e do resultado líquido da Empresa.<br />

pág 50


14<br />

Considerações Finais<br />

A Telecel é uma referência a nível internacional no negócio<br />

celular e uma das mais importantes a nível nacional no Sector<br />

das Telecomunicações, tendo sabido desenvolver as competências<br />

necessárias para se afirmar neste mercado. Em termos<br />

de receitas dos serviços prestados, é o segundo maior operador<br />

de telecomunicações e o primeiro operador móvel em Portugal.<br />

Encontra-se ainda entre as maiores, mais rentáveis e prestigiadas<br />

empresas portuguesas.<br />

A Empresa está bem preparada e posicionada para enfrentar<br />

os desafios e aproveitar as oportunidades que o Sector das Telecomunicações<br />

apresenta, estando apostada em continuar a<br />

ser um dos principais motores de desenvolvimento do mercado<br />

e a contribuir para o desenvolvimento económico da sociedade<br />

portuguesa.<br />

15<br />

Agradecimentos<br />

Tal como nos anos anteriores, a Telecel conseguiu mais uma<br />

vez alcançar em 1998 os ambiciosos objectivos propostos no<br />

seu plano. Estamos convictos que em 1999, apesar dos desafios<br />

a que temos de fazer face e das incertezas existentes,<br />

a Empresa continuará a evoluir favoravelmente. Terminamos<br />

agradecendo:<br />

Aos nossos Clientes, que são uma ajuda e estímulo permanente<br />

com as críticas e sugestões que nos apresentam e cujas<br />

expectativas procuramos sempre cumprir.<br />

Aos nossos Colaboradores, tudo o que já se alcançou é resultado<br />

directo do seu esforço; sem eles, a implementação, em<br />

tão curto espaço de tempo, de uma das mais dinâmicas empresas<br />

portuguesas com elevado nível de qualidade de serviços<br />

e com dimensão e rentabilidade significativas, não teria sido<br />

possível.<br />

Aos nossos Distribuidores e Fornecedores, que têm conseguido<br />

corresponder às nossas necessidades, participando assim na<br />

concretização do nosso ambicioso projecto.<br />

Aos nossos Accionistas, que sempre nos deram todo o apoio<br />

e orientação necessários e cuja confiança esperamos continuar<br />

a merecer.<br />

Às Entidades Públicas e Governamentais, que procuraram entender<br />

os nossos problemas e expectativas através do diálogo<br />

com a nossa Empresa.<br />

Por fim, uma palavra especial de agradecimento aos membros<br />

dos nossos órgãos sociais: Conselho Geral, Revisor Oficial de<br />

Contas e Mesa da Assembleia Geral.<br />

Lisboa, 25 de Fevereiro de 1999<br />

A DIRECÇÃO<br />

António Rui de Lacerda Carrapatoso (Presidente)<br />

António Vaz Branco<br />

António Manuel da Costa Coimbra<br />

Ian Thomas Johnson<br />

Nuno J. F. S. de Oliveira Silvério Marques<br />

pág 51<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 2 RELATÓRIO DE ACTIVIDADE


3.<br />

3. Relatórios e Certificação Legal<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998<br />

Relatórios<br />

e Certificação<br />

Legal


01<br />

Relatório de Actividade<br />

do Conselho Geral - 1998<br />

Exmos. Senhores Accionistas,<br />

Nos termos da Lei e dos Estatutos, o Conselho Geral realizou<br />

reuniões periódicas em 1998, com vista ao exercício do acompanhamento<br />

e fiscalização das actividades da Direcção e da<br />

Empresa em geral.<br />

Em Dezembro, o Conselho Geral reconduziu os membros<br />

da Direcção no cargo para o mandato de 1999 a 2001,<br />

manifestando o seu reconhecimento pelo excelente desempenho<br />

demonstrado pela Direcção na orientação e na gestão<br />

da Empresa, exprimindo o seu voto de louvor pela acção desenvolvida.<br />

Do mesmo modo, expressa a Mr. Francisco<br />

Riechmann, Ms. Barbara Riker, Mr. Edward Salas e Mr. Terry<br />

Kramer, o seu reconhecimento pelo valioso contributo prestado,<br />

enquanto membros do Conselho Geral, para o sucesso da<br />

Empresa. Aos novos membros, Ms. Adriana Nugter, Dr. Diogo<br />

Vaz Guedes, Eng. Roberto Carneiro, Mr. Thomas Krebs e Mr.<br />

Tomas Isaksson, o Conselho deseja as boas vindas, contando,<br />

desde já, com o seu imprescindível apoio para o bom desempenho<br />

das suas atribuições.<br />

No início do ano o Conselho aprovou o Orçamento e o Plano<br />

de Negócios para o ano de 1998, onde se enquadrou a actividade<br />

da Empresa neste exercício.<br />

Em Março, o Conselho aprovou o Relatório de Gestão e as<br />

Demonstrações Financeiras e respectivos anexos, relativos ao<br />

exercício de 1997, assim como o Relatório de Actividade do<br />

Conselho Geral a submeter à apreciação da Assembleia Geral,<br />

o qual foi aprovado por esta.<br />

Por proposta da Direcção, o Conselho aprovou o reforço do<br />

Orçamento de Investimentos para 1998 de forma a fazer face<br />

ao elevado crescimento da base de Clientes e do respectivo<br />

tráfego gerado.<br />

Em Dezembro, o Conselho aprovou o Orçamento e o Plano<br />

de Actividades para 1999.<br />

Uma vez aprovado pelo Conselho Geral o Relatório e Contas<br />

apresentado pela Direcção relativamente ao exercício de<br />

1998 e verificando-se no mesmo a existência de um resultado<br />

positivo de 19.374.227 contos (96.638.237 euros), subscreve-se<br />

a proposta da Direcção para que sejam distribuídos como dividendo<br />

450 escudos (2,24 euros) por acção.<br />

O Conselho congratula-se pelo facto da Empresa ter mantido<br />

em 1998 um elevado dinamismo, quer na expansão e consolidação<br />

das suas infraestruturas, quer no crescimento da base<br />

de Clientes e da qualidade dos seus serviços, o que permitiu<br />

que se alcançassem os objectivos que tinham sido fixados.<br />

Lisboa, 3 de Março 1999<br />

O Conselho Geral<br />

pág 55<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 3 RELATÓRIOS E CERTIFICAÇÃO LEGAL


02<br />

Participação dos Órgãos de Administração<br />

e Fiscalização no Capital<br />

Detidas em Adquiridas em Vendidas em Saldo em<br />

31.12.1997 1998 1998 31.12.1998<br />

CONSELHO GERAL Acções Obriga. Acções Obriga. Acções Obriga. Acções Obriga.<br />

MEMBROS<br />

AirTouch Europe B.V. 10.941.107 - - - - - 10.941.107 -<br />

Vernon H. L.Tyerman - - - - - - - -<br />

Adriana Nugter - - 1 - - - 1 -<br />

Diogo Alves Dinis Vaz Guedes - - 1 - - - 1 -<br />

Jeffrey David Clark 1 - - - - - 1 -<br />

Roberto Artur da Luz Carneiro - - 1 - - - 1 -<br />

Thomas Edward Krebs - - 1 - - - 1 -<br />

Tomas Isaksson - - 1 - - - 1 -<br />

Detidas em Adquiridas em Vendidas em Saldo em<br />

31.12.1997 1998 1998 31.12.1998<br />

DIRECÇÃO Acções Obriga. Acções Obriga. Acções Obriga. Acções Obriga.<br />

MEMBROS<br />

António Carrapatoso 880 - 11.600 - 11.480 - 1.000 -<br />

António Vaz Branco 600 - 4.000 - 4.200 - 400 -<br />

António Coimbra 600 - 5.000 - 5.200 - 400 -<br />

Ian Thomas Johnson - - - - - - - -<br />

Nuno Silvério Marques 600 - 4.000 - 4.200 - 400 -<br />

ANTÓNIO CARRAPATOSO<br />

Em 2 de Janeiro de 1997 foi-lhe atribuído o direito de adquirir<br />

à Telecel até 35.000 acções ao preço unitário de 7.950 escudos<br />

(39,65 euros) ao abrigo do Plano de Opções de Acções<br />

aprovado pela Comissão de Remuneração do Conselho Geral.<br />

Ao abrigo do referido Plano, adquiriu, a 7.950 escudos (39,65<br />

euros), 4.500 acções em 13 de Fevereiro de 1998, 4.500 acções<br />

em 17 de Fevereiro de 1998 e 2.600 acções em 21 de Abril de<br />

1998. Vendeu 600 acções em 4 de Fevereiro de 1998 a 25.605<br />

escudos (127,72 euros), 200 acções em 5 de Fevereiro de 1998<br />

a 25.699 escudos (128,19 euros), 80 acções em 6 de Fevereiro<br />

de 1998 a 25.339 escudos (126,39 euros), 4.000 acções em 13<br />

de Fevereiro de 1998 a 22.510 escudos (112,28 euros), 4.000<br />

acções em 17 de Fevereiro de 1998 a 24.325 escudos (121,33<br />

euros) e 2.600 acções em 21 de Abril de 1998 a 36.001 escudos<br />

(179,57 euros).<br />

pág 56


Em 15 de Dezembro de 1998 foi-lhe atribuído o direito de adquirir<br />

à Telecel até 4.200 acções ao preço unitário de 35.020<br />

escudos (174,68 euros).<br />

ANTÓNIO VAZ BRANCO<br />

Em 2 de Janeiro de 1997 foi-lhe atribuído o direito de adquirir<br />

à Telecel até 12.500 acções ao preço unitário de 7.950 escudos<br />

(39,65 euros) ao abrigo do Plano de Opções de Acções<br />

aprovado pela Comissão de Remuneração do Conselho Geral.<br />

Ao abrigo do referido Plano, adquiriu, a 7.950 escudos (39,65<br />

euros), 1.700 acções em 13 de Fevereiro de 1998, 1.700 acções<br />

em 17 de Fevereiro de 1998 e 600 acções em 21 de Abril de<br />

1998. Vendeu 1.500 acções em 13 de Fevereiro de 1998 a<br />

22.510 escudos (112,28 euros), 1.500 acções em 17 de<br />

Fevereiro de 1998 a 24.325 escudos (121,33 euros), 600<br />

acções em 21 de Abril de 1998 a 36.001 escudos (179,57<br />

euros) e 600 acções em 22 de Abril de 1998 a 37.001 escudos<br />

(184,56 euros).<br />

Em 15 de Dezembro de 1998 foi-lhe atribuído o direito de adquirir<br />

à Telecel até 1.700 acções ao preço unitário de 35.020<br />

escudos (174,68 euros).<br />

ANTÓNIO COIMBRA<br />

Em 2 de Janeiro de 1997 foi-lhe atribuído o direito de adquirir<br />

à Telecel até 15.000 acções ao preço unitário de 7.950 escudos<br />

(39,65 euros) ao abrigo do Plano de Opções de Acções<br />

aprovado pela Comissão de Remuneração do Conselho Geral.<br />

Ao abrigo do referido Plano, adquiriu, a 7.950 escudos (39,65<br />

euros), 1.700 acções em 13 de Fevereiro de 1998, 1.700 acções<br />

em 17 de Fevereiro de 1998 e 1.600 acções em 21 de Abril de<br />

1998. Vendeu 600 acções em 4 de Fevereiro de 1998 a 24.900<br />

escudos (124,20 euros), 1.500 acções em 13 de Fevereiro de<br />

1998 a 22.510 escudos (112,28 euros), 1.500 acções em 17 de<br />

Fevereiro de 1998 a 24.325 escudos (121,33 euros) e 1.600<br />

acções em 21 de Abril de 1998 a 36.001 escudos (179,57 euros).<br />

Em 15 de Dezembro de 1998 foi-lhe atribuído o direito de adquirir<br />

à Telecel até 2.000 acções ao preço unitário de 35.020<br />

escudos (174,68 euros).<br />

IAN THOMAS JOHNSON<br />

Substituiu Wayne James Ross em Novembro de 1998. Não<br />

detém quaisquer acções da Telecel e não está contemplado<br />

pelo Plano de Opções de Acções aprovado em 1998.<br />

NUNO SILVÉRIO MARQUES<br />

Em 2 de Janeiro de 1997 foi-lhe atribuído o direito de adquirir<br />

à Telecel até 12.500 acções ao preço unitário de 7.950 escudos<br />

(39,65 euros) ao abrigo do Plano de Opções de Acções<br />

aprovado pela Comissão de Remuneração do Conselho Geral.<br />

Ao abrigo do referido Plano, adquiriu, a 7.950 escudos (39,65<br />

euros), 1.700 acções em 13 de Fevereiro de 1998, 1.700 acções<br />

em 17 de Fevereiro de 1998 e 600 acções em 21 de Abril de<br />

1998. Vendeu 600 acções em 3 de Fevereiro de 1998 a 24.500<br />

escudos (122,21 euros), 1.500 acções em 13 de Fevereiro de<br />

1998 a 22.510 escudos (112,28 euros), 1.500 acções em 17 de<br />

Fevereiro de 1998 a 24.325 escudos (121,33 euros) e 600 acções<br />

em 21 de Abril de 1998 a 36.001 escudos (179,57 euros).<br />

Em 15 de Dezembro de 1998 foi-lhe atribuído o direito de adquirir<br />

à Telecel até 1.700 acções ao preço unitário de 35.020<br />

escudos (174,68 euros).<br />

REVISOR OFICIAL DE CONTAS<br />

Amável Calhau, Ribeiro da Cunha e Associados não detém<br />

acções nem obrigações da Empresa.<br />

O Dr. José Maria Ribeiro da Cunha não detém acções nem<br />

obrigações da Empresa.<br />

pág 57<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 3 RELATÓRIOS E CERTIFICAÇÃO LEGAL


03<br />

Extracto da Acta da Reunião<br />

do Conselho Geral da Telecel<br />

(…)<br />

Ponto 2. Aprovação do Relatório e Contas da Direcção de<br />

1998, incluindo a proposta de aplicação de Resultados<br />

O Sr. Dr. Carrapatoso, Presidente da Direcção, apresentou<br />

o Relatório da Direcção e as Contas relativas ao Exercício de<br />

1998, tendo explicado os acontecimentos mais importantes do<br />

ano bem como um resumo do conteúdo do Relatório.<br />

O Sr. Dr. Carrapatoso informou que o Sr. Dr. José Maria<br />

Ribeiro da Cunha da Sociedade de Revisores Oficiais de<br />

Contas "Amável Calhau, Ribeiro da Cunha e Associados",<br />

justificou a sua ausência e lhe solicitou que, conforme aliás<br />

o constante no respectivo relatório, expressasse ao Conselho<br />

Geral a sua opinião favorável sobre as Contas relativas ao<br />

exercício de 1998 considerando que a informação financeira<br />

constante das mesmas apresenta de forma verdadeira e apropriada,<br />

em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição<br />

financeira da Telecel – Comunicações Pessoais S.A. em<br />

31 de Dezembro de 1998.<br />

Não havendo comentários sobre nomeadamente a secção<br />

12 do Relatório da Direcção – Política de Distribuição de<br />

Resultados - e a Certificação Legal de Contas e Relatório do<br />

Auditor Externo, o Sr. Tyerman submeteu à votação do Conselho<br />

a aprovação do Relatório da Direcção, bem como das<br />

Contas referentes ao exercício de 1998, tendo estes documentos<br />

sido aprovados por unanimidade.<br />

(…)<br />

Lisboa, 3 de Março de 1999<br />

04<br />

Certificação Legal de Contas<br />

e Relatório do Auditor Externo<br />

INTRODUÇÃO<br />

1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação<br />

Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação<br />

financeira contida nos documentos de prestação de<br />

contas da "Telecel – Comunicações Pessoais, S.A.". Estes documentos<br />

compreendem o Relatório de Gestão, o Balanço em<br />

31 de Dezembro de 1998 (que evidencia um total de 99.375.406<br />

contos e um total de capital próprio de 48.405.812 contos, incluindo<br />

um resultado líquido de 19.374.227 contos), a Demonstração<br />

dos resultados por naturezas e funções e a Demonstração<br />

dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e os<br />

correspondentes anexos.<br />

pág 58


RESPONSABILIDADES<br />

2. É da responsabilidade da Direcção da Empresa a preparação<br />

dos documentos de prestação de contas, incluindo o Relatório<br />

de Gestão e Demonstrações Financeiras que apresentem<br />

de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa<br />

e o resultado das suas operações e os fluxos de caixa<br />

que satisfaçam os princípios de suficiência, veracidade, objectividade<br />

e actualidade exigidos pelo Código do Mercado de<br />

Valores Mobiliários, bem como a adopção de políticas e critérios<br />

contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema<br />

de controlo interno apropriado.<br />

3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação<br />

financeira contida naqueles documentos, designadamente no<br />

que respeita aos princípios exigidos pelo Código do Mercado<br />

de Valores Mobiliários com o objectivo de expressar uma<br />

opinião profissional e independente sobre aquela informação,<br />

baseada na nossa auditoria.<br />

ÂMBITO<br />

4. A nossa auditoria foi efectuada de acordo com as Normas<br />

e Directrizes Técnicas da Câmara dos Revisores Oficiais de<br />

Contas, as quais exigem que a mesma seja planeada e executada<br />

com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável<br />

sobre se os documentos de prestação de contas estão isentos<br />

de distorções materialmente relevantes.<br />

Para tanto a referida auditoria inclui:<br />

- A verificação, numa base de amostragem, do suporte das<br />

quantias e divulgações constantes dos documentos de prestação<br />

de contas e a avaliação das estimativas, baseadas em<br />

juízos e critérios definidos pela Direcção, utilizadas na sua<br />

preparação;<br />

- A apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas<br />

adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;<br />

- A verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade;<br />

e<br />

- A apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação<br />

dos documentos de prestação de contas.<br />

5. A nossa auditoria abrangeu ainda o Relatório de Gestão,<br />

tendo incluído a verificação da sua concordância com a informação<br />

financeira divulgada, bem como a verificação de estarem<br />

satisfeitos os princípios exigidos pelo Código do Mercado<br />

de Valores Mobiliários.<br />

6. Entendemos que a auditoria efectuada proporciona uma<br />

base aceitável para a expressão da nossa opinião.<br />

OPINIÃO<br />

7. Em nossa opinião, a informação financeira constante dos<br />

mencionados documentos de prestação de contas apresenta<br />

de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente<br />

relevantes, a posição financeira da "Telecel –<br />

– Comunicações Pessoais, S.A." em 31 de Dezembro de 1998<br />

e o resultado das suas operações e os fluxos de caixa, no exercício<br />

findo naquela data, em conformidade com os princípios<br />

contabilísticos geralmente aceites e satisfaz os princípios de<br />

suficiência, veracidade, objectividade e actualidade exigidos<br />

pelo Código do Mercado de Valores Mobiliários.<br />

ÊNFASE<br />

8. No exercício de 1998, a empresa reconheceu e contabilizou<br />

os impostos diferidos resultantes das diferenças temporárias<br />

entre resultados contabilísticos e fiscais, no valor de cerca de<br />

1.481 milhares de contos. Esta situação está evidenciada nas<br />

notas 3.l, 6 e 49 do Anexo ao Balanço e Demonstração dos<br />

Resultados.<br />

Lisboa, 26 de Fevereiro de 1999<br />

Dr. José Maria Ribeiro da Cunha<br />

Em representação de:<br />

“Amável Calhau, Ribeiro da Cunha e Associados<br />

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas”<br />

pág 59<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 3 RELATÓRIOS E CERTIFICAÇÃO LEGAL


4.<br />

4. Demonstrações Financeiras<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998<br />

Demonstrações<br />

Financeiras


01<br />

Nota à Informação Financeira<br />

Apresentada em Euros<br />

A informação financeira prestada em Euros no presente relatório<br />

enquadra-se no âmbito da Directriz Contabilística nº 21<br />

relativa à contabilização dos efeitos da introdução do Euro,<br />

aprovada em 29 de Outubro de 1997, pela Comissão de Normalização<br />

Contabilística, e das Recomendações da Comissão<br />

do Mercado de Valores Mobiliários quanto à Informação<br />

Financeira prestada pelas Entidades Emitentes.<br />

Para fins contabilísticos, a moeda base da Telecel é o Escudo.<br />

A informação financeira apresentada em Euros no texto e nas<br />

demonstrações financeiras, relativa a 1998 e a exercícios anteriores,<br />

é fornecida apenas para conveniência dos leitores e é baseada<br />

na taxa fixa de conversão de 200,482 escudos para 1 euro.<br />

Os valores em Euros resultam directamente da aplicação, linha<br />

a linha, da referida taxa e das regras de arredondamento em<br />

vigor. Poderão verificar-se pequenas diferenças entre somatórios<br />

de parcelas e totais convertidos ou entre rácios calculados<br />

antes ou após a conversão dos respectivos factores.<br />

As transposições de valores históricos em Escudos para Euros<br />

devem ser interpretadas como informação divulgada apenas<br />

a título indicativo e não como representando ou podendo representar<br />

os valores em Euros nas datas a que se referem.<br />

pág 63<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 4 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS<br />

pág 64


02<br />

Balanço do Exercício Findo em<br />

31 de Dezembro de 1998<br />

(Montantes expressos em Escudos)<br />

ACTIVO<br />

Nota<br />

31.12.98 31.12.97 Escudos<br />

Activo Amortizações/ Activo Activo<br />

Bruto Provisões Líquido Líquido<br />

IMOBILIZADO<br />

Imobilizações incorpóreas<br />

Despesas de instalação 5.896.592.145 4.880.897.074 1.015.695.071 1.588.007.804<br />

Despesas de investigação e desenvolvimento 3.942.188.545 3.287.398.616 654.789.929 238.759.171<br />

Propriedade industrial e outros direitos 127.413.662 2.529.475 124.884.187 68.851.205<br />

Imobilizações em curso 89.480.387 89.480.387 133.455.109<br />

8,10 10.055.674.739 8.170.825.165 1.884.849.574 2.029.073.289<br />

Imobilizações corpóreas<br />

Terrenos e recursos naturais 648.724.411 648.724.411 569.558.896<br />

Edifícios e outras construções 11.074.872.448 2.178.353.560 8.896.518.888 7.338.542.214<br />

Equipamento básico 57.787.404.734 17.623.642.449 40.163.762.285 29.030.256.911<br />

Equipamento de transporte 1.294.010.073 724.449.579 569.560.494 526.490.405<br />

Ferramentas e utensílios 2.818.694.077 1.233.546.738 1.585.147.339 1.242.166.781<br />

Equipamento administrativo 14.551.344.409 8.495.490.961 6.055.853.448 5.110.011.070<br />

Outras imobilizações corpóreas 11.386.500 8.811.006 2.575.494 7.366.227<br />

Imobilizações em curso 4.614.276.020 4.614.276.020 1.721.205.758<br />

10,14 92.800.712.672 30.264.294.293 62.536.418.379 45.545.598.262<br />

Investimentos financeiros<br />

Partes de capital em empresas do grupo 2.436.756.238<br />

Empréstimos a empresas do grupo 5.819.651<br />

2,10 2.442.575.889<br />

CIRCULANTE<br />

Existências<br />

Mercadorias 10.973.691.737 987.230.190 9.986.461.547 7.636.315.618<br />

Adiantamentos por conta de compras<br />

21,22,34 10.973.691.737 987.230.190 9.986.461.547 7.636.315.618<br />

Dívidas de terceiros - curto prazo<br />

Clientes C/C 13.816.567.301 22.837.789 13.793.729.512 7.562.116.791<br />

Clientes de cobrança duvidosa 23,34 8.630.000.000 8.630.000.000 115.933.029<br />

Adiantamentos de Clientes<br />

Adiantamentos a fornecedores 220.776.361 220.776.361 207.273.340<br />

Adiantamentos a fornecedores de imobilizado 398.929 398.929 1.618.920<br />

Estado e outros entes públicos 48 332.661.292 332.661.292 357.988.915<br />

Outros devedores 214.834.693 214.834.693 286.155.736<br />

23.215.238.576 8.652.837.789 14.562.400.787 8.531.086.731<br />

Depósitos bancários e caixa<br />

Depósitos bancários 114.312.425 114.312.425 249.161.860<br />

Caixa 14.282.212 14.282.212 7.879.903<br />

128.594.637 128.594.637 257.041.763<br />

Acréscimos e diferimentos<br />

Acréscimos de proveitos 49 6.109.559.735 6.109.559.735 4.683.255.976<br />

Custos diferidos 49 4.167.121.574 4.167.121.574 1.516.906.345<br />

10.276.681.309 10.276.681.309 6.200.162.321<br />

Total de amortizações 38.435.119.458<br />

Total de provisões 9.640.067.979<br />

Total do activo 147.450.593.670 48.075.187.437 99.375.406.233 72.641.853.873<br />

As notas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras<br />

O TÉCNICO DE CONTAS<br />

A DIRECÇÃO<br />

pág 64


(Montantes expressos em Escudos)<br />

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Nota 31.12.98 31.12.97<br />

Escudos<br />

CAPITAL PRÓPRIO<br />

Capital 36,37,40 21.500.000.000 21.500.000.000<br />

Acções próprias<br />

Valor nominal<br />

Prémios e descontos<br />

Prestações acessórias<br />

Reservas<br />

Reservas legais 40 1.151.300.225 486.460.982<br />

Reservas estatutárias<br />

Reservas contratuais<br />

Reservas livres<br />

Reservas especiais<br />

Reservas/Subsídios<br />

Resultados transitados 40 6.380.285.482 198.339.864<br />

Resultado líquido do exercício 40 19.374.226.627 13.296.784.861<br />

Dividendos antecipados<br />

Total do capital próprio 48.405.812.334 35.481.585.707<br />

PASSIVO<br />

PROVISÕES PARA RISCOS E ENCARGOS<br />

Outras provisões para riscos e encargos 34 2.259.426.047 664.939.274<br />

2.259.426.047 664.939.274<br />

DÍVIDAS A TERCEIROS - MÉDIO E LONGO PRAZO<br />

Empréstimos por obrigações<br />

Convertíveis<br />

Não convertíveis 54 2.500.000.000<br />

2.500.000.000<br />

DÍVIDAS A TERCEIROS - CURTO PRAZO<br />

Empréstimos por obrigações<br />

Convertíveis<br />

Não convertíveis 54 2.500.000.000 7.500.000.000<br />

Dívidas a instituições de crédito 52 15.536.312.286 3.780.926.205<br />

Adiantamentos por conta de vendas<br />

Fornecedores C/C 7.214.150.534 4.191.530.410<br />

Fornecedores - facturas em recepção e conferência 4.021.669.338 16.841.003<br />

Fornecedores - títulos a pagar<br />

Fornecedores de imobilizado C/C 6.204.067.643 6.653.080.141<br />

Estado e outros entes públicos 48 4.935.914.993 5.053.183.205<br />

Outros credores 396.794.007 396.768.856<br />

40.808.908.801 27.592.329.820<br />

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS<br />

Acréscimos de custos 49 3.586.591.356 3.659.992.704<br />

Proveitos diferidos 49 4.314.667.695 2.743.006.368<br />

7.901.259.051 6.402.999.072<br />

Total do passivo 50.969.593.899 37.160.268.166<br />

Total do capital próprio e do passivo 99.375.406.233 72.641.853.873<br />

As notas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras<br />

O TÉCNICO DE CONTAS<br />

A DIRECÇÃO<br />

pág 65<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 4 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


(Montantes expressos em Euros)<br />

ACTIVO<br />

31.12.98 31.12.97 Euros<br />

Activo Amortizações/ Activo Activo<br />

Bruto Provisões Líquido Líquido<br />

IMOBILIZADO<br />

Imobilizações incorpóreas<br />

Despesas de instalação 29.412.078 24.345.812 5.066.266 7.920.950<br />

Despesas de investigação e desenvolvimento 19.663.554 16.397.475 3.266.078 1.190.926<br />

Propriedade industrial e outros direitos 635.537 12.617 622.920 343.428<br />

Imobilizações em curso 446.326 446.326 665.671<br />

50.157.494 40.755.904 9.401.590 10.120.975<br />

Imobilizações corpóreas<br />

Terrenos e recursos naturais 3.235.824 3.235.824 2.840.948<br />

Edifícios e outras construções 55.241.231 10.865.582 44.375.649 36.604.494<br />

Equipamento básico 288.242.360 87.906.358 200.336.002 144.802.311<br />

Equipamento de transporte 6.454.495 3.613.539 2.840.956 2.626.123<br />

Ferramentas e utensílios 14.059.587 6.152.905 7.906.682 6.195.902<br />

Equipamento administrativo 72.581.800 42.375.330 30.206.470 25.488.628<br />

Outras imobilizações corpóreas 56.796 43.949 12.847 36.743<br />

Imobilizações em curso 23.015.912 23.015.912 8.585.338<br />

462.888.003 150.957.663 311.930.340 227.180.486<br />

Investimentos financeiros<br />

Partes de capital em empresas do grupo 12.154.489<br />

Empréstimos a empresas do grupo 29.028<br />

12.183.517<br />

CIRCULANTE<br />

Existências<br />

Mercadorias 54.736.544 4.924.283 49.812.260 38.089.782<br />

Adiantamentos por conta de compras<br />

54.736.544 4.924.283 49.812.260 38.089.782<br />

Dívidas de terceiros - curto prazo<br />

Clientes C/C 68.916.747 113.914 68.802.833 37.719.680<br />

Clientes de cobrança duvidosa 43.046.259 43.046.259 578.272<br />

Adiantamentos de Clientes<br />

Adiantamentos a fornecedores 1.101.228 1.101.228 1.033.875<br />

Adiantamentos a fornecedores de imobilizado 1.990 1.990 8.075<br />

Estado e outros entes públicos 1.659.308 1.659.308 1.785.641<br />

Outros devedores 1.071.591 1.071.591 1.427.339<br />

115.797.122 43.160.173 72.636.949 42.552.881<br />

Depósitos bancários e caixa<br />

Depósitos bancários 570.188 570.188 1.242.814<br />

Caixa 71.239 71.239 39.305<br />

641.427 641.427 1.282.119<br />

Acréscimos e diferimentos<br />

Acréscimos de proveitos 30.474.355 30.474.355 23.359.982<br />

Custos diferidos 20.785.515 20.785.515 7.566.297<br />

51.259.870 51.259.870 30.926.279<br />

Total de amortizações 191.713.568<br />

Total de provisões 48.084.456<br />

Total do activo 735.480.460 239.798.024 495.682.436 362.336.040<br />

A informação financeira apresentada em Euros é baseada na taxa fixa de conversão de 200,482 escudos para 1 euro (ver capítulo 4.1 Nota à informação financeira apresentada<br />

em Euros).<br />

O TÉCNICO DE CONTAS<br />

A DIRECÇÃO<br />

pág 66<br />

pág 65<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 4 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


(Montantes expressos em Euros)<br />

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 31.12.98 31.12.97<br />

Euros<br />

CAPITAL PRÓPRIO<br />

Capital 107.241.548 107.241.548<br />

Acções próprias<br />

Valor nominal<br />

Prémios e descontos<br />

Prestações acessórias<br />

Reservas<br />

Reservas legais 5.742.661 2.426.457<br />

Reservas estatutárias<br />

Reservas contratuais<br />

Reservas livres<br />

Reservas especiais<br />

Reservas/Subsídios<br />

Resultados transitados 31.824.730 989.315<br />

Resultado líquido do exercício 96.638.235 66.324.083<br />

Dividendos antecipados<br />

Total do capital próprio 241.447.174 176.981.403<br />

PASSIVO<br />

PROVISÕES PARA RISCOS E ENCARGOS<br />

Outras provisões para riscos e encargos 11.269.970 3.316.703<br />

11.269.970 3.316.703<br />

DÍVIDAS A TERCEIROS - MÉDIO E LONGO PRAZO<br />

Empréstimos por obrigações<br />

Convertíveis<br />

Não convertíveis 12.469.947<br />

12.469.947<br />

DÍVIDAS A TERCEIROS - CURTO PRAZO<br />

Empréstimos por obrigações<br />

Convertíveis<br />

Não convertíveis 12.469.947 37.409.842<br />

Dívidas a instituições de crédito 77.494.799 18.859.180<br />

Adiantamentos por conta de vendas<br />

Fornecedores C/C 35.984.031 20.907.266<br />

Fornecedores - facturas em recepção e conferência 20.060.002 84.003<br />

Fornecedores - títulos a pagar<br />

Fornecedores de imobilizado C/C 30.945.759 33.185.424<br />

Estado e outros entes públicos 24.620.240 25.205.172<br />

Outros credores 1.979.200 1.979.075<br />

203.553.979 137.629.961<br />

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS<br />

Acréscimos de custos 17.889.842 18.255.967<br />

Proveitos diferidos 21.521.472 13.682.058<br />

39.411.314 31.938.025<br />

Total do passivo 254.235.263 185.354.636<br />

Total do capital próprio e do passivo 495.682.436 362.336.040<br />

A informação financeira apresentada em Euros é baseada na taxa fixa de conversão de 200,482 escudos para 1 euro (ver capítulo 4.1 Nota à informação financeira apresentada<br />

em Euros).<br />

O TÉCNICO DE CONTAS<br />

A DIRECÇÃO<br />

pág 67<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 4 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS<br />

pág 68


03<br />

Demonstração dos Resultados do Exercício<br />

Findo em 31 de Dezembro de 1998<br />

(Montantes expressos em Escudos)<br />

CUSTOS E PERDAS Nota 31.12.98 31.12.97<br />

Escudos<br />

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas 41 26.479.236.921 18.299.091.172<br />

Fornecimentos e serviços externos 40.462.641.319 66.941.878.240 29.115.569.122 47.414.660.294<br />

Custos com o pessoal<br />

Remunerações 5.065.992.407 3.493.431.857<br />

Encargos sociais e outros 2.535.452.401 7.601.444.808 1.323.133.090 4.816.564.947<br />

Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 10 12.541.852.624 8.987.320.069<br />

Provisões 34 3.058.878.150 15.600.730.774 3.573.935.290 12.561.255.359<br />

Impostos 1.833.304.524 1.123.646.241<br />

Outros custos operacionais 1.243.986.978 3.077.291.502 289.327.758 1.412.973.999<br />

(a).......... 93.221.345.324 66.205.454.599<br />

Perdas em empresas do grupo e associadas 45 299.124.181<br />

Juros e custos similares 45 1.219.120.026 1.219.120.026 1.301.294.023 1.600.418.204<br />

(c).......... 94.440.465.350 67.805.872.803<br />

Custos e perdas extraordinárias 46 1.932.468.886 859.355.641<br />

(e).......... 96.372.934.236 68.665.228.444<br />

Imposto s/ o rendimento do exercício 6 9.414.508.516 7.564.855.701<br />

(g).......... 105.787.442.752 76.230.084.145<br />

Resultado líquido do exercício 19.374.226.627 13.296.784.861<br />

125.161.669.379 89.526.869.006<br />

PROVEITOS E GANHOS Nota 31.12.98 31.12.97<br />

Escudos<br />

Vendas de mercadorias 44 13.284.968.803 8.893.351.359<br />

Prestação de serviços 44 108.351.772.877 78.770.783.309<br />

Trabalhos para a própria empresa<br />

Subsídios à exploração<br />

Proveitos suplementares e outros 214.202.186 189.935.614<br />

(b).......... 121.850.943.866 87.854.070.282<br />

Rendimentos de títulos negociáveis e outras aplicações financeiras 45 139.961.660 52.595.570<br />

Outros juros e proveitos similares 45 566.949.802 706.911.462 488.586.071 541.181.641<br />

(d).......... 122.557.855.328 88.395.251.923<br />

Proveitos e ganhos extraordinários 46 2.603.814.051 1.131.617.083<br />

(f).......... 125.161.669.379 89.526.869.006<br />

Resultados operacionais 28.629.598.542 21.648.615.683<br />

Resultados financeiros -512.208.564 -1.059.236.563<br />

Resultados correntes 28.117.389.978 20.589.379.120<br />

Resultados antes de impostos 28.788.735.143 20.861.640.562<br />

Resultado líquido do exercício 19.374.226.627 13.296.784.861<br />

As notas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras<br />

O TÉCNICO DE CONTAS<br />

A DIRECÇÃO<br />

pág 68


(Montantes expressos em Euros)<br />

CUSTOS E PERDAS 31.12.98 31.12.97<br />

Euros<br />

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas 132.077.877 91.275.482<br />

Fornecimentos e serviços externos 201.826.804 333.904.681 145.227.846 236.503.328<br />

Custos com o pessoal<br />

Remunerações 25.269.064 17.425.165<br />

Encargos sociais e outros 12.646.783 37.915.847 6.599.760 24.024.925<br />

Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 62.558.497 44.828.564<br />

Provisões 15.257.620 77.816.117 17.826.714 62.655.278<br />

Impostos 9.144.484 5.604.724<br />

Outros custos operacionais 6.204.981 15.349.465 1.443.161 7.047.885<br />

(a).......... 464.986.110 330.231.415<br />

Perdas em empresas do grupo e associadas 1.492.025<br />

Juros e custos similares 6.080.945 6.080.945 6.490.827 7.982.852<br />

(c).......... 471.067.055 338.214.268<br />

Custos e perdas extraordinárias 9.639.114 4.286.448<br />

(e).......... 480.706.169 342.500.715<br />

Imposto s/ o rendimento do exercício 46.959.370 37.733.341<br />

(g).......... 527.665.540 380.234.057<br />

Resultado líquido do exercício 96.638.235 66.324.083<br />

624.303.775 446.558.140<br />

PROVEITOS E GANHOS 31.12.98 31.12.97<br />

Euros<br />

Vendas de mercadorias 66.265.145 44.359.850<br />

Prestação de serviços 540.456.365 392.907.011<br />

Trabalhos para a própria empresa<br />

Subsídios à exploração<br />

Proveitos suplementares e outros 1.068.436 947.395<br />

(b).......... 607.789.946 438.214.255<br />

Rendimentos de títulos negociáveis e outras aplicações financeiras 698.126 262.346<br />

Outros juros e proveitos similares 2.827.934 3.526.060 2.437.057 2.699.403<br />

(d).......... 611.316.005 440.913.658<br />

Proveitos e ganhos extraordinários 12.987.770 5.644.482<br />

(f).......... 624.303.775 446.558.140<br />

Resultados operacionais 142.803.835 107.982.840<br />

Resultados financeiros -2.554.886 -5.283.450<br />

Resultados correntes 140.248.950 102.699.390<br />

Resultados antes de impostos 143.597.605 104.057.424<br />

Resultado líquido do exercício 96.638.235 66.324.083<br />

A informação financeira apresentada em Euros é baseada na taxa fixa de conversão de 200,482 escudos para 1 euro (ver capítulo 4.1 Nota à informação financeira apresentada<br />

em Euros).<br />

O TÉCNICO DE CONTAS<br />

A DIRECÇÃO<br />

pág 69<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 4 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS<br />

pág 70


04<br />

Demonstração dos Resultados<br />

por Funções do Exercício Findo em<br />

31 de Dezembro de 1998<br />

(Montantes expressos em Escudos)<br />

Nota 1998<br />

Escudos<br />

Vendas e prestações de serviços 121.636.741.680<br />

Custo das vendas e prestações de serviços 56 60.768.253.624<br />

Resultados brutos 60.868.488.056<br />

Outros proveitos operacionais 1.548.016.237<br />

Custos operacionais e de distribuição 17.946.638.349<br />

Custos administrativos 14.506.453.351<br />

Outros custos e perdas operacionais 1.889.331.068<br />

Resultados operacionais 56 28.074.081.525<br />

Custo líquido de financiamento<br />

Ganhos e perdas em filiais e associadas 0<br />

Ganhos e perdas em outros investimentos -512.208.564<br />

Resultados correntes 56 27.561.872.961<br />

Impostos sobre os resultados correntes 9.414.508.516<br />

Resultados correntes após impostos 18.147.364.445<br />

Resultados extraordinários 56 1.226.862.182<br />

Impostos sobre os resultados extraordinários 0<br />

Resultados líquidos 56 19.374.226.627<br />

Resultados por acção 901<br />

As notas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras<br />

O TÉCNICO DE CONTAS<br />

A DIRECÇÃO<br />

pág 70


(Montantes expressos em Euros)<br />

1998<br />

Euros<br />

Vendas e prestações de serviços 606.721.510<br />

Custo das vendas e prestações de serviços 303.110.771<br />

Resultados brutos 303.610.738<br />

Outros proveitos operacionais 7.721.472<br />

Custos operacionais e de distribuição 89.517.455<br />

Custos administrativos 72.357.884<br />

Outros custos e perdas operacionais 9.423.944<br />

Resultados operacionais 140.032.928<br />

Custo líquido de financiamento<br />

Ganhos e perdas em filiais e associadas 0<br />

Ganhos e perdas em outros investimentos -2.554.886<br />

Resultados correntes 137.478.043<br />

Impostos sobre os resultados correntes 46.959.370<br />

Resultados correntes após impostos 90.518.672<br />

Resultados extraordinários 6.119.563<br />

Impostos sobre os resultados extraordinários 0<br />

Resultados líquidos 96.638.235<br />

Resultados por acção 4<br />

A informação financeira apresentada em Euros é baseada na taxa fixa de conversão de 200,482 escudos para 1 euro (ver capítulo 4.1 Nota à informação financeira apresentada<br />

em Euros).<br />

O TÉCNICO DE CONTAS<br />

A DIRECÇÃO<br />

pág 71<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 4 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS<br />

pág 72


05<br />

Demonstração dos Fluxos<br />

de Caixa do Exercício Findo em<br />

31 de Dezembro de 1998<br />

(Montantes expressos em milhares de Escudos)<br />

1998 1997<br />

Escudos<br />

ACTIVIDADES OPERACIONAIS<br />

Recebimentos de Clientes 114.477.006 87.447.876<br />

Pagamentos a Fornecedores -63.807.622 -53.807.467<br />

Pagamentos ao Pessoal -7.280.570 -4.687.414<br />

Pagamento de Imposto sobre os lucros -9.973.134 -7.518.881<br />

Outros pagamentos relativos à actividade operacional -2.581.936 -881.739<br />

Recebimentos relativos a itens extraordinários 96.784 40.818<br />

Pagamentos relativos a itens extraordinários -22.900 -123.181<br />

Fluxos das actividades operacionais (1) 30.907.628 20.470.012<br />

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO<br />

Recebimentos provenientes de:<br />

Investimentos Financeiros 0 0<br />

Imobilizações corpóreas 23.130 125.023<br />

Imobilizações incorpóreas 0 0<br />

Subsídios ao Investimento 0 0<br />

Juros e proveitos similares 706.912 541.182<br />

730.042 666.205<br />

Pagamentos respeitantes a:<br />

Investimentos Financeiros 0 -1.075.900<br />

Imobilizações corpóreas e incorpóreas -28.165.019 -16.677.727<br />

Outros Investimentos 0 0<br />

-28.165.019 -17.753.627<br />

Fluxos de actividades de investimento (2) -27.434.977 -17.087.422<br />

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO<br />

Recebimentos provenientes de:<br />

Empréstimos obtidos 11.755.386 0<br />

Aumento de Capital Social 0 0<br />

Outros aumentos de Capital 0 0<br />

Outras actividades de financiamento 0 0<br />

Subsídios 0 0<br />

11.755.386 0<br />

Pagamentos respeitantes a:<br />

Empréstimos obtidos -7.500.000 -2.108.033<br />

Juros e custos similares -1.406.485 -1.304.754<br />

Dividendos -6.450.000 0<br />

-15.356.485 -3.412.787<br />

Fluxos das actividades de financiamento (3) -3.601.099 -3.412.787<br />

Variação de disponibilidades (4) = (1) + (2) + (3) -128.448 -30.197<br />

Efeito de diferenças câmbiais<br />

Disponibilidades no princípio do período 257.042 287.239<br />

Disponibilidades no final do período 128.594 257.042<br />

As notas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras<br />

O TÉCNICO DE CONTAS<br />

A DIRECÇÃO<br />

pág 72


(Montantes expressos em milhares de Euros)<br />

1998 1997<br />

Euros<br />

ACTIVIDADES OPERACIONAIS<br />

Recebimentos de Clientes 571.009 436.188<br />

Pagamentos a Fornecedores -318.271 -268.391<br />

Pagamentos ao Pessoal -36.315 -23.381<br />

Pagamento de Imposto sobre os lucros -49.746 -37.504<br />

Outros pagamentos relativos à actividade operacional -12.879 -4.398<br />

Recebimentos relativos a itens extraordinários 483 204<br />

Pagamentos relativos a itens extraordinários -114 -614<br />

Fluxos das actividades operacionais (1) 154.167 102.104<br />

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO<br />

Recebimentos provenientes de:<br />

Investimentos Financeiros 0 0<br />

Imobilizações corpóreas 115 624<br />

Imobilizações incorpóreas 0 0<br />

Subsídios ao Investimento 0 0<br />

Juros e proveitos similares 3.526 2.699<br />

3.641 3.323<br />

Pagamentos respeitantes a:<br />

Investimentos Financeiros 0 -5.367<br />

Imobilizações corpóreas e incorpóreas -140.487 -83.188<br />

Outros Investimentos 0 0<br />

-140.487 -88.555<br />

Fluxos de actividades de investimento (2) -136.845 -85.232<br />

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO<br />

Recebimentos provenientes de:<br />

Empréstimos obtidos 58.636 0<br />

Aumento de Capital Social 0 0<br />

Outros aumentos de Capital 0 0<br />

Outras actividades de financiamento 0 0<br />

Subsídios 0 0<br />

58.636 0<br />

Pagamentos respeitantes a:<br />

Empréstimos obtidos -37.410 -10.515<br />

Juros e custos similares -7.016 -6.508<br />

Dividendos -32.172 0<br />

-76.598 -17.023<br />

Fluxos das actividades de financiamento (3) -17.962 -17.023<br />

Variação de disponibilidades (4) = (1) + (2) + (3) -641 -151<br />

Efeito de diferenças câmbiais<br />

Disponibilidades no princípio do período 1.282 1.433<br />

Disponibilidades no final do período 641 1.282<br />

A informação financeira apresentada em Euros é baseada na taxa fixa de conversão de 200,482 escudos para 1 euro (ver capítulo 4.1 Nota à informação financeira apresentada<br />

em Euros).<br />

O TÉCNICO DE CONTAS<br />

A DIRECÇÃO<br />

pág 73<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 4 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


5.<br />

5. Anexo às Demonstrações Financeiras<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998<br />

Anexo às<br />

Demonstrações<br />

Financeiras


01<br />

Anexo ao Balanço, à Demonstração dos Resultados e à Demonstração dos Resultados<br />

por Funções do Exercício Findo em 31 de Dezembro de 1998<br />

(Montantes expressos em milhares de Escudos - mEsc)<br />

INTRODUÇÃO<br />

A Telecel - Comunicações Pessoais, S.A. é uma sociedade anónima constituída em 15 de Maio de 1991 que tem como actividade<br />

principal a exploração do serviço de telecomunicações complementares móvel terrestre ao abrigo de uma licença concedida pelo<br />

Governo português em 18 de Outubro de 1991, a qual tem uma duração de 15 anos a partir daquela data. Esta actividade<br />

da Empresa está condicionada aos termos da referida licença, concedida através do Instituto das Comunicações de Portugal (ICP).<br />

A Empresa deteve, até ao final do exercício de 1997, 100% do capital social da Telechamada - Chamada de Pessoas, S.A., a qual<br />

tinha como actividade principal a prestação de serviços de telecomunicações complementares móveis, designadamente o serviço<br />

de chamada de pessoas paging.<br />

Em 18 de Dezembro de 1998 realizou-se por escritura pública, nos termos da alínea a) do número quatro do artigo noventa<br />

e sete do Código das Sociedades Comerciais, a fusão por incorporação da sociedade Telechamada - Chamada de Pessoas, S.A.<br />

na sociedade Telecel - Comunicações Pessoais, S.A., mediante transferência global do património da sociedade incorporada para<br />

a empresa incorporante, segundo os valores do respectivo balanço estatutário com referência a 31 de Dezembro de 1997 e com<br />

efeitos retroactivos a 1 de Janeiro de 1998.<br />

Por incorporação da Telechamada, a Telecel passou a desenvolver também a actividade de paging até então prosseguida por<br />

aquela subsidiária, tendo solicitado ao Instituto das Comunicações de Portugal a transmissão da licença de operador de paging<br />

emitida a favor da Telechamada em 29 de Abril de 1992, o que obteve despacho favorável em 27 de Outubro de 1998. Assim,<br />

os pressupostos da licença atribuída à Telechamada e agora transmitida para a Telecel condicionaram esta nova actividade<br />

da Empresa, quer no que diz respeito ao prazo de atribuição (15 anos), quer relativamente ao cumprimento das metas quantitativas<br />

e qualitativas nela definidas.<br />

NOTA 1<br />

DERROGAÇÕES AO POC<br />

As notas às contas respeitam a ordem estabelecida pelo Plano Oficial de Contabilidade (POC) aprovado pelo Decreto-Lei<br />

nº 410/89, de 21 de Novembro, modificado pelo Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho, sendo de referir que os números não indicados<br />

neste Anexo não têm aplicação.<br />

pág 77<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 5 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


NOTA 2<br />

VALORES COMPARATIVOS<br />

Os valores apresentados para o exercício de 1998 são comparáveis em todos os aspectos significativos com os valores de 1997, com<br />

excepção dos efeitos da alteração da política contabilística referida nas Notas 3 l), 3 m) e 6 e da incorporação da Telechamada.<br />

Como referido na introdução a estas notas, em 1998 foi efectuada a fusão por incorporação da Telechamada na Telecel, com<br />

efeitos retroactivos a 1 de Janeiro de 1998, tendo todos os activos e passivos nessa data, sido incorporados nas demonstrações<br />

financeiras da Telecel. Consequentemente, as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 1998 incluem<br />

as operações realizadas pela Telechamada, enquanto que os valores comparativos do exercício de 1997 incluem a contabilização<br />

da Telechamada pelo método da equivalência patrimonial (ver Nota 3 e)).<br />

As principais rubricas do Balanço da Telechamada em 1 de Janeiro de 1998 eram as seguintes:<br />

ACTIVO<br />

Valor Líquido<br />

Imobilizações incorpóreas 421.080<br />

Imobilizações corpóreas 955.415<br />

Mercadorias 148.617<br />

Dívidas de terceiros 398.205<br />

Depósitos bancários e caixa 62.273<br />

Acréscimos de proveitos 116.357<br />

Custos diferidos 842.389<br />

Total do activo 2.944.336<br />

CAPITAL PRÓPRIO<br />

Capital social 1.600.000<br />

Prestações acessórias 3.000.000<br />

Resultados transitados -1.863.934<br />

Prejuízo do exercício -299.310<br />

2.436.756<br />

PASSIVO<br />

Dívidas a terceiros 353.435<br />

Acréscimos de custos 107.782<br />

Proveitos diferidos 46.363<br />

507.580<br />

Total do capital próprio e do passivo 2.944.336<br />

pág 78


As principais rubricas da Demonstração dos Resultados da Telechamada de 1997 eram as seguintes:<br />

Custos e perdas:<br />

Custos das mercadorias vendidas e matérias consumidas 1.116.701<br />

Custos com o pessoal 520.317<br />

Amortizações e provisões 422.213<br />

Outros custos operacionais 90.786<br />

Juros e custos similares 14.443<br />

Custos e perdas extraordinárias 4.292<br />

Prejuízo do exercício -299.310<br />

1.869.442<br />

Proveitos e ganhos:<br />

Vendas e prestações de serviços 1.851.834<br />

Proveitos suplementares 10.509<br />

Outros juros e proveitos similares 2.780<br />

Proveitos e ganhos extraordinários 4.319<br />

1.869.442<br />

Relativamente ao efeito no Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) da Telecel, resultante da fusão por incorporação<br />

da Telechamada ver Notas 3 l) e 6.<br />

É de referir ainda que, tendo a Demonstração dos Resultados por Funções sido preparada pela primeira vez com referência<br />

ao exercício de 1998, a mesma não contém os valores comparativos do exercício de 1997.<br />

NOTA 3<br />

BASES DE APRESENTAÇÃO, PRINCIPAIS PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS E CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS UTILIZADOS<br />

As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade normal das operações da Empresa e a partir<br />

dos seus livros e registos contabilísticos, escriturados de acordo com princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.<br />

Os principais princípios contabilísticos e critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram<br />

os seguintes:<br />

a) Especialização dos exercícios<br />

Os custos e os proveitos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento<br />

ou recebimento.<br />

pág 79<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 5 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


As receitas dos serviços de telecomunicações são reconhecidas no período em que ocorrem. A facturação destes serviços é efectuada<br />

numa base mensal durante o mês. Os valores não facturados desde o último ciclo de facturação até ao final do mês são<br />

registados por estimativa com base no tráfego realmente ocorrido. As diferenças entre estes valores estimados e os reais, que<br />

normalmente não são significativas, são registadas no período subsequente.<br />

b) Imobilizações incorpóreas<br />

As imobilizações incorpóreas são valorizadas ao custo de aquisição e são constituídas, basicamente, por (i) despesas de funcionamento<br />

ocorridas na fase pré-operacional, (ii) despesas com o estudo e desenvolvimento da rede, (iii) despesas com o estudo<br />

de admissão ao concurso público de atribuição da licença de operador, (iv) despesas directamente relacionadas com a expansão<br />

da rede comercial da Empresa, (v) custos incorridos com a extensão do período inicial de garantia do equipamento da rede, (vi)<br />

despesas relacionadas com o apoio técnico necessário para o desenvolvimento e melhoramento das condições de exploração<br />

da rede, (vii) taxas de instalação de circuitos e (viii) custos decorrentes de campanhas promocionais para aquisição de novos<br />

Clientes (paging - bónus por opção de serviço).<br />

A política de amortizações está directamente relacionada com a natureza dos custos incorridos, como segue:<br />

• As despesas com os estudos de admissão ao concurso são amortizadas em duodécimos, pelo método das quotas constantes,<br />

durante o período da concessão (15 anos).<br />

• As restantes imobilizações incorpóreas são amortizadas em duodécimos, pelo método das quotas constantes, durante 3 ou 5 anos,<br />

conforme a sua natureza, a contar da data em que são incorridos os respectivos custos.<br />

c) Imobilizações corpóreas<br />

As imobilizações corpóreas são valorizadas ao custo de aquisição. Os encargos de manutenção corrente são registados como<br />

custo no período em que são incorridos. As grandes reparações e beneficiações são capitalizadas. As depreciações das imobilizações<br />

corpóreas são calculadas pelo método das quotas constantes e são contabilizadas por duodécimos a partir da data em<br />

que os bens entram em exploração. No método das quotas constantes, as taxas anuais utilizadas são as definidas no Decreto<br />

Regulamentar 2/90, de 12 de Janeiro, as quais reflectem uma vida útil que não difere significativamente da estimada para os<br />

respectivos bens e resumem-se como segue:<br />

Vida útil (anos)<br />

Edificações ligeiras 10 a 50<br />

Equipamentos 6 a 10<br />

Programas informáticos 3<br />

Outros 3 a 10<br />

As depreciações das imobilizações corpóreas directamente relacionadas com a rede de telecomunicações (com a excepção de<br />

programas informáticos e da rede de paging) e adquiridas desde o início da actividade até 31 de Dezembro de 1995, foram calculadas<br />

pelo método das taxas progressivas. A partir de 1 de Janeiro de 1996, face ao grau de desenvolvimento atingido pela<br />

Empresa, tanto em número de utilizadores dos serviços como em número de instalações de recepção e de transmissão de telecomunicações,<br />

a Direcção decidiu adoptar o método das quotas constantes para depreciação das aquisições a partir daquela data.<br />

pág 80


Adicionalmente, a partir de 1 de Janeiro de 1996, e face à constante inovação tecnológica, a Empresa decidiu alterar de 6 anos<br />

para 3 anos a vida útil estimada dos programas informáticos da rede de telecomunicações; assim as adições a partir dessa data<br />

são amortizadas em 3 anos, utilizando o método das quotas constantes. As taxas de depreciação das aquisições anteriores àquela<br />

data, foram revistas prospectivamente e o seu impacto registado na rubrica de “Outras provisões para riscos e encargos” (ver<br />

Nota 34).<br />

d) Locação financeira<br />

Os contratos de locação financeira são registados, desde a data do seu início, como activo (imobilizado corpóreo) e passivo<br />

(fornecedores de imobilizado) pelo custo de aquisição do bem locado, o qual é equivalente ao valor actual das rendas de locação<br />

financeira à data de aquisição.<br />

e) Investimentos financeiros<br />

Até ao exercício findo em 31 de Dezembro de 1997, o investimento na Telechamada - Chamada de Pessoas, S.A., encontrava-se<br />

registado pelo método da equivalência patrimonial, reflectindo-se nas contas sociais a totalidade dos capitais próprios e dos resultados<br />

da referida subsidiária. Tendo em conta que os valores dos saldos e transacções entre as duas Empresas eram relativamente<br />

pouco significativos, considerou-se que a adopção do método de consolidação integral não alteraria de forma materialmente<br />

relevante a apresentação da situação financeira e dos resultados do conjunto das duas Empresas, pelo que, ao abrigo do artigo<br />

4º do Decreto - Lei nº 238/91, de 2 de Julho, não eram preparadas contas consolidadas do Grupo.<br />

Como referido na introdução destas notas, em 1998 foi efectuada a fusão por incorporação da Telechamada na Telecel com<br />

efeitos retroactivos a 1 de Janeiro (ver Nota 2).<br />

f) Existências<br />

As existências são valorizadas ao valor mais baixo que resulta da comparação entre o valor esperado de realização e o custo<br />

de aquisição, utilizando-se o custo médio como método de custeio das saídas.<br />

g) Acréscimos e diferimentos<br />

A Empresa regista nestas rubricas os custos e os proveitos imputáveis ao exercício corrente e cujas despesas e receitas apenas<br />

ocorrerão em exercícios futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram mas que respeitam a exercícios futuros<br />

e que serão imputadas aos resultados de cada um desses exercícios pelos valores que lhes correspondem.<br />

Os custos directos incorridos com a aquisição de Clientes, decorrentes da actividade de paging (subsidiação de equipamento)<br />

no âmbito de campanhas promocionais, são diferidos e amortizados pelo período de 3 anos. Contudo, é constituída uma provisão<br />

sempre que haja indícios do investimento realizado não gerar benefícios futuros (ver Nota 34).<br />

h) Contratos plurianuais<br />

Os custos directos (subsidiação de equipamento) de aquisição de Clientes relacionados com contratos plurianuais são diferidos<br />

e amortizados durante o período do contrato.<br />

i) Provisão para créditos de cobrança duvidosa<br />

Esta provisão é constituída/reforçada tendo em consideração o risco global previsto de cobrança dos saldos a receber de Clientes.<br />

pág 81<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 5 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


j) Programa promocional<br />

Em 1998, a Empresa desenvolveu um programa de promoções directamente relacionadas com o volume de tráfego gerado pelos<br />

subscritores desde 30 de Junho de 1997, sendo atribuídos pontos que permitem o acesso a diversas promoções. Para o efeito,<br />

a Empresa constituiu uma provisão correspondente aos encargos estimados a incorrer resultantes do tráfego já realizado e que<br />

se integra no âmbito deste programa. A estimativa efectuada teve em consideração a proporção prevista de utilização dos pontos<br />

atribuídos aos subscritores.<br />

k) Plano de incentivos<br />

As responsabilidades assumidas no âmbito do plano de incentivos para membros da Direcção (ver Notas 34 e 53) são reconhecidas<br />

em cada ano, tendo em conta o tempo já decorrido para o vencimento do direito efectivo do exercício das opções<br />

de aquisição das acções da Telecel atribuídas. A provisão constituída corresponde à diferença entre o preço fixado no plano<br />

de incentivos para a cedência pela Empresa das correspondentes acções próprias aos beneficiários e o respectivo valor de mercado<br />

(se as acções estão por adquirir) ou, alternativamente, o seu preço efectivo de aquisição pela Empresa (se aquela já teve lugar).<br />

l) Imposto sobre o rendimento<br />

O imposto sobre o rendimento é apurado tendo em consideração as disposições do Código do Imposto sobre o Rendimento das<br />

Pessoas Colectivas (IRC) (ver Nota 6).<br />

Até 31 de Dezembro de 1997, de acordo com a prática corrente, a Empresa não registava nas contas o efeito fiscal decorrente<br />

das diferenças temporárias que se verificavam entre os resultados anuais determinados numa óptica contabilística e numa óptica<br />

fiscal.<br />

A partir de 1 de Janeiro de 1998, a Empresa passou a adoptar o conceito de contabilização de impostos diferidos, desde que haja<br />

uma probabilidade razoável de que venha a registar-se matéria colectável em exercícios futuros (ver Nota 6), conforme previsto<br />

na Norma Internacional de Contabilidade (revista) nº 12, aplicada supletivamente ao Plano Oficial de Contabilidade por força<br />

da entrada em vigor no exercício de 1998 da Directriz Contabilística nº 18.<br />

m) Benefícios de reforma<br />

A partir de 1 de Maio de 1998, os empregados efectivos da Empresa, passaram a beneficiar de um plano complementar de pensões<br />

de reforma. O custo em cada exercício referente a este beneficio corresponde ao valor da contribuição da Empresa no ano para<br />

o respectivo Fundo (ver Nota 55).<br />

NOTA 4<br />

ACTIVOS E PASSIVOS EXPRESSOS EM MOEDA ESTRANGEIRA<br />

De acordo com a Directriz Contabilística nº 21, relativa à contabilização dos efeitos da introdução do Euro, a Telecel valorizou<br />

em Escudos todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira à data do balanço, por recurso à triangulação com<br />

a taxa de conversão do Euro.<br />

Os custos e proveitos resultantes desta conversão foram registados nos resultados correntes do exercício, como resultados financeiros.<br />

pág 82


NOTA 6<br />

IMPOSTOS SOBRE LUCROS<br />

A Empresa está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC).<br />

A Administração Fiscal tem a possibilidade de rever a situação fiscal da Empresa durante um período de 5 anos; deste modo,<br />

as declarações fiscais dos exercícios desde 1994 poderão vir, ainda, a ser sujeitas a revisão. A Direcção da Empresa entende que<br />

eventuais correcções àquelas declarações de IRC, resultantes de revisões/inspecções por parte da Administração Fiscal, não terão<br />

efeito significativo nas demonstrações financeiras.<br />

No âmbito do processo de fusão por incorporação da Telechamada na Telecel e ao abrigo do preceituado no número 5 do artigo<br />

62º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) a Telecel obteve despacho favorável por parte<br />

do Ministério das Finanças para proceder à dedução dos prejuízos fiscais da sociedade incorporada (cerca de mEsc 1.900.000),<br />

desde que essa dedução não exceda 4 % do lucro tributável apurado em cada exercício.<br />

O imposto sobre o rendimento (IRC) que onerou o exercício de 1998, no montante de mEsc 9.414.509, encontra-se líquido de<br />

impostos diferidos, no montante de mEsc 211.000, gerados no ano pelas diferenças temporárias respectivas. O saldo de impostos<br />

diferidos apurado em 1 de Janeiro de 1998, no montante de mEsc 1.270.000, relativo a diferenças temporárias geradas em anos<br />

anteriores, foi registado na rubrica de Proveitos e Ganhos Extraordinários - (ver Nota 3 l)). As situações de impostos diferidos,<br />

registados pela Empresa em custos diferidos em 31 de Dezembro de 1998, são as seguintes:<br />

31 de Dezembro de 1998 Anos anteriores<br />

Diferenças<br />

Temporárias<br />

Imposto<br />

Diferido<br />

Diferenças<br />

Temporárias<br />

Imposto<br />

Diferido<br />

Provisão para Clientes de cobrança duvidosa 596.000 223.000 1.436.000 537.000<br />

Provisão para outros riscos e encargos 1.246.000 466.000 335.000 125.000<br />

Amortizações acumuladas 980.000 367.000 1.327.000 496.000<br />

Acréscimos de custos 522.000 195.000 300.000 112.000<br />

Prejuízos fiscais transitados (Telechamada) 616.000 230.000 0 0<br />

3.960.000 1.481.000 3.398.000 1.270.000<br />

A taxa efectiva de imposto estimada para o exercício é de 32,7% (1997: 36,3%) a qual é inferior à taxa normal de 37,4% devido,<br />

fundamentalmente, à dedução de prejuízos fiscais da Telechamada, aos benefícios fiscais relacionados com o volume de investimentos<br />

da Empresa e ao acima referido diferimento de impostos.<br />

pág 83<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 5 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


NOTA 7<br />

NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL<br />

O efectivo médio anual de trabalhadores ao serviço da Empresa em 1998 foi de 1.126 (em 1997 foi de 784).<br />

NOTA 8<br />

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS<br />

1998<br />

1997<br />

Despesas de instalação:<br />

Despesas de funcionamento no período de instalação 2.276.693 1.556.561<br />

Estudo de admissão ao concurso 278.582 278.582<br />

Despesas com aumento de capital 279.445 261.707<br />

Estudos e desenvolvimento da rede 1.701.135 4.302.074<br />

Outras despesas de instalação (a) 1.360.737 1.110.928<br />

5.896.592 7.509.852<br />

Amortizações acumuladas -4.880.897 -5.921.844<br />

1.015.695 1.588.008<br />

Despesas de investigação e desenvolvimento 3.942.189 788.117<br />

Amortizações acumuladas -3.287.399 -549.358<br />

654.790 238.759<br />

Propriedade industrial e outros direitos 127.414 69.863<br />

Amortizações acumuladas -2.529 -1.012<br />

124.885 68.851<br />

Imobilizações em curso 89.480 133.455<br />

Total geral 1.884.850 2.029.073<br />

(a) A rubrica "Outras despesas de instalação" engloba basicamente os custos de constituição e expansão da rede comercial da Empresa.<br />

pág 84


NOTA 10<br />

MOVIMENTOS DO ACTIVO IMOBILIZADO<br />

ACTIVO BRUTO<br />

Saldo Inicial<br />

Aumentos<br />

Transferências<br />

Abates<br />

Saldo Final<br />

Imobilizações incorpóreas:<br />

Despesas de instalação 7.509.852 671.798 -2.285.058 0 5.896.592<br />

Despesas de investigação e desenvolvimento 788.117 337.674 2.816.397 0 3.942.188<br />

Propriedade industrial e outros direitos 69.863 57.551 0 0 127.414<br />

Imobilizações em curso 133.455 487.365 -531.339 0 89.481<br />

8.501.287 1.554.388 0 0 10.055.675<br />

ACTIVO BRUTO<br />

Saldo Inicial<br />

Aumentos<br />

Transferências<br />

Abates<br />

Saldo Final<br />

Imobilizações corpóreas:<br />

Terrenos e recursos naturais 569.559 0 79.165 0 648.724<br />

Edifícios e outras construções 8.865.160 0 2.240.122 -30.409 11.074.873<br />

Equipamento básico 39.338.484 653.512 17.803.512 -8.103 57.787.405<br />

Equipamento de transporte 873.482 68.076 394.486 -42.034 1.294.010<br />

Ferramentas e utensílios 1.948.410 803.732 83.448 -16.896 2.818.694<br />

Equipamento administrativo 10.904.595 702.011 2.947.878 -3.140 14.551.344<br />

Outras imobilizações corpóreas 8.805 11.387 -8.805 0 11.387<br />

Imobilizações em curso 1.721.206 26.432.876 -23.539.806 0 4.614.276<br />

64.229.701 28.671.594 0 -100.582 92.800.713<br />

ACTIVO BRUTO<br />

Saldo Inicial<br />

Aumentos<br />

Transferências<br />

Equivalência<br />

patrimonial<br />

Saldo Final<br />

Investimentos financeiros:<br />

Partes de capital em empresas do grupo e prestações acessórias 2.436.756 0 -2.436.756 0 0<br />

Empréstimos a Empresas do grupo 5.820 0 - 5.820 0 0<br />

2.442.576 0 -2.442.576 0 0<br />

A coluna dos aumentos de imobilizado incorpóreo e corpóreo inclui os saldos iniciais transferidos da Telechamada, no montante<br />

de mEsc 927.174 e mEsc 1.578.152, respectivamente.<br />

Relativamente aos Investimentos Financeiros ver Notas 2 e 3 e).<br />

pág 85<br />

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AMORTIZAÇÕES<br />

Saldo Inicial<br />

Reforço<br />

Transferências<br />

Abates<br />

Saldo Final<br />

Imobilizações incorpóreas:<br />

Despesas de instalação 5.921.844 895.637 -1.936.584 0 4.880.897<br />

Despesas de investigação e Desenvolvimento 549.358 801.457 1.936.584 0 3.287.399<br />

Propriedade industrial e outros direitos 1.012 1.517 0 0 2.529<br />

6.472.214 1.698.611 0 0 8.170.825<br />

Imobilizações corpóreas:<br />

Edifícios e outras construções 1.526.618 717.919 -65.433 -750 2.178.354<br />

Equipamento básico 10.308.227 7.230.812 84.892 -289 17.623.642<br />

Equipamento de transporte 346.991 408.635 263 -31.440 724.449<br />

Ferramentas e utensílios 706.244 539.737 -2.428 -10.006 1.233.547<br />

Equipamento administrativo 5.794.583 2.717.754 -15.855 -991 8.495.491<br />

Outras imobilizações corpóreas 1.439 8.811 -1.439 0 8.811<br />

18.684.102 11.623.668 0 -43.476 30.264.294<br />

Total geral 25.156.316 13.322.279 0 -43.476 38.435.119<br />

A coluna de reforços das amortizações acumuladas do imobilizado incorpóreo e corpóreo inclui os saldos iniciais da Telechamada<br />

no montante de mEsc 506.093 e mEsc 626.166, respectivamente.<br />

NOTA 14<br />

INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE AS IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS<br />

1998<br />

1997<br />

a) Imobilizações afectas à actividade da Empresa<br />

Equipamento de rede 55.405.792 32.230.061<br />

NOTA 21<br />

JUSTIFICAÇÃO DE PROVISÕES EXTRAORDINÁRIAS RESPEITANTES A ELEMENTOS DO ACTIVO CIRCULANTE<br />

No exercício de 1998 a Empresa reforçou em mEsc 390. 017 (1997: mEsc 449.176) a provisão para depreciação de existências,<br />

para cobertura da desvalorização tecnológica e comercial das existências de telefones e pagers (ver Nota 34).<br />

Durante o exercício de 1998, a Empresa procedeu ao abate físico de existências obsoletas no valor de mEsc 272.382 (1997:<br />

mEsc 34.330).<br />

pág 86


NOTA 22<br />

VALORES GLOBAIS DAS EXISTÊNCIAS QUE SE ENCONTRAM FORA DA EMPRESA<br />

Em 31 de Dezembro de 1998 o valor de existências em poder de terceiros ascende a mEsc 393.846 (1997: mEsc 462.484).<br />

NOTA 23<br />

DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA<br />

O saldo da provisão para créditos de cobrança duvidosa reflecte a avaliação dos riscos de cobrança existentes nos saldos a receber<br />

de Clientes apresentados em balanço (ver Nota 34).<br />

NOTA 25<br />

DÍVIDAS ACTIVAS E PASSIVAS COM O PESSOAL<br />

1998<br />

1997<br />

Saldos devedores 0 10.132<br />

Saldos credores 8.019 49<br />

NOTA 34<br />

MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES<br />

Saldo Inicial<br />

Reforço<br />

Anulação<br />

Transferências<br />

Saldo Final<br />

Provisão para créditos de cobrança duvidosa (Nota 23) 6.769.067 1.783.516 0 100.255 8.652.838<br />

Outras provisões para riscos e encargos 664.939 1.247.293 0 347.194 2.259.426<br />

Provisão para depreciação de existências (Nota 21) 597.213 390.017 0 0 987.230<br />

Total geral 8.031.219 3.420.826 0 447.449 11.899.494<br />

pág 87<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 5 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


A parte do reforço/(redução) das amortizações de programas informáticos da rede de telecomunicações apresentada na rubrica<br />

provisões, da Demonstração de Resultados ((mEsc 347.194); 1997: mEsc 228.984; ver Nota 3 c)), foi reclassificada no Balanço<br />

de “Outras provisões para riscos e encargos” para a rubrica de “Amortizações das imobilizações corpóreas - Equipamento básico”<br />

(ver Nota 10).<br />

A rubrica “Outras provisões para riscos e encargos” inclui (i) a provisão para cobertura de direitos já vencidos e ainda não exercidos<br />

de aquisição de acções da Empresa no âmbito do plano de incentivos a membros da Direcção, no montante de cerca<br />

de mEsc 1.133.000 (1997 foi de mEsc 334.000) (ver Notas 3 k) e 53), (ii) uma provisão para cobertura de encargos a incorrer com<br />

o programa promocional de vendas, no montante de mEsc 327.000 (ver Nota 3 j)) e (iii) uma provisão no montante de mEsc<br />

393.000 para fazer face a encargos associados ao investimento realizado com a aquisição de Clientes de paging (ver Nota 3 g)).<br />

Os reforços das provisões para créditos de cobrança duvidosa e para depreciação de existências incluem os saldos iniciais transferidos<br />

da Telechamada, no montante de mEsc 151.247 e mEsc 4.064, respectivamente.<br />

NOTA 36<br />

COMPOSIÇÃO DO CAPITAL<br />

Em 31 de Dezembro de 1998 e 1997 a totalidade do capital da Empresa era representado por 21.500.000 acções escriturais<br />

ordinárias nominativas de valor nominal de 1.000 escudos cada (ver Nota 37).<br />

NOTA 37<br />

PESSOAS COLECTIVAS COM PARTICIPAÇÃO SUPERIOR A 20% NO CAPITAL DA EMPRESA<br />

Em 31 de Dezembro a estrutura accionista da Empresa apresentava-se como segue:<br />

DETENTOR DE CAPITAL<br />

Montante<br />

1998 1997<br />

% Montante %<br />

AirTouch Europe, BV 10.941.107 50,89 10.941.107 50,89<br />

Outros 10.558.893 49,11 10.558.893 49,11<br />

Total geral 21.500.000 100,00 21.500.000 100,00<br />

Em 31 de Dezembro de 1998 e 1997 a AirTouch Europe, BV era reconhecida como o único accionista qualificado da Empresa,<br />

com uma participação de capital de 50,89 %.<br />

Nos termos dos estatutos da Empresa em vigor, a partir da alteração do Contrato Social realizada por decisão da Assembleia<br />

Geral do dia 14 de Novembro de 1996, a Direcção da Empresa, após parecer favorável do Conselho Geral, pode deliberar sobre<br />

o aumento do capital, por uma ou mais vezes, até ao limite de 50.000 milhares de contos.<br />

pág 88


NOTA 40<br />

MOVIMENTOS OCORRIDOS NAS CONTAS DE CAPITAL PRÓPRIO<br />

Saldo Inicial<br />

Aumento<br />

Redução<br />

Saldo Final<br />

Capital 21.500.000 0 0 21.500.000<br />

Reserva legal 486.461 664.839 0 1.151.300<br />

Prestações acessórias 0 0 0 0<br />

Reservas livres 0 0 0 0<br />

Outras reservas 0 0 0 0<br />

Resultados transitados 198.339 6.846.785 -664.839 6.380.285<br />

Resultado líquido:<br />

1997 13.296.785 0 -13.296.785 0<br />

1998 0 19.374.227 0 19.374.227<br />

Total geral 35.481.585 26.885.851 -13.961.624 48.405.812<br />

Por decisão da Assembleia Geral da Empresa realizada em 19 de Maio de 1998 foi decidida a distribuição de dividendos no valor<br />

de 300 escudos por acção, a que correspondem um valor global de mEsc 6.450.000.<br />

O Código das Sociedades Comerciais estabelece que pelo menos 5% do lucro apurado em cada exercício tem de ser utilizado<br />

para reforçar a reserva legal, até que esta represente, no mínimo, 20% do capital social. A reserva legal não está disponível para<br />

distribuição, apenas podendo ser utilizada para aumentar o capital social ou compensar prejuízos.<br />

pág 89<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 5 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


NOTA 41<br />

CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS<br />

O custo das mercadorias vendidas e consumidas foi determinado como segue:<br />

1998<br />

1997<br />

Existências iniciais 8.233.529 2.734.723<br />

Compras 31.920.874 26.032.113<br />

Transferências para imobilizações -636.799 -857.271<br />

Regularização de existências -2.064.675 -1.376.945<br />

Existências finais -10.973.692 -8.233.529<br />

26.479.237 18.299.091<br />

As regularizações de existências incluem ofertas, consumos internos e o diferimento dos custos de aquisição relacionados com<br />

contratos plurianuais, como segue:<br />

1998<br />

1997<br />

Regularizações:<br />

Por Oferta 214.298 168.673<br />

Por Consumo e Quebras 520.201 239.629<br />

Custos com contratos plurianuais (ver Notas 3 h) e 49) 1.330.176 968.643<br />

2.064.675 1.376.945<br />

NOTA 43<br />

REMUNERAÇÕES DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS<br />

As remunerações atribuídas aos membros dos Órgãos Sociais da Empresa foram as seguintes:<br />

Direcção (ver Nota 53 e 55) 230.674 284.331<br />

1998<br />

1997<br />

pág 90


NOTA 44<br />

VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR ACTIVIDADE<br />

As vendas e prestações de serviços, líquidas, distribuem-se da seguinte forma:<br />

ACTIVIDADE<br />

1998<br />

1997<br />

Vendas de equipamentos e acessórios 13.284.969 8.893.351<br />

Prestação de serviços e outros 108.351.773 78.770.783<br />

Total geral 121.636.742 87.664.134<br />

NOTA 45<br />

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS<br />

1998<br />

1997<br />

Custos e perdas:<br />

Juros suportados 532.186 749.843<br />

Perdas em Empresas do grupo e associadas 0 299.124<br />

Diferenças de câmbio desfavoráveis 110.974 204.968<br />

Descontos de pronto pagamento concedidos 43.460 14.112<br />

Outros custos e perdas financeiras 532.500 332.371<br />

Total geral 1.219.120 1.600.418<br />

Proveitos e ganhos:<br />

Juros obtidos 139.962 101.006<br />

Diferenças de câmbio favoráveis 131.344 109.819<br />

Descontos de pronto pagamento obtidos 435.310 330.233<br />

Outros proveitos e ganhos financeiros 295 124<br />

Total geral 706.911 541.182<br />

pág 91<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 5 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


NOTA 46<br />

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS<br />

1998<br />

1997<br />

Custos e perdas:<br />

Donativos 19.338 25.025<br />

Perdas em existências 407.385 80.195<br />

Perdas em imobilizações 33.062 21.638<br />

Multas e penalidades 2.926 592<br />

Aumento de amortizações/provisões 1.212.984 714.536<br />

Correcções relativas a exercícios anteriores 213.000 13.540<br />

Outros custos e perdas extraordinárias 43.774 3.830<br />

Total geral 1.932.469 859.356<br />

Proveitos e ganhos:<br />

Ganhos em imobilizações 12.300 51.767<br />

Redução de amortizações/provisões 1.217.196 725.311<br />

Correcções relativas a exercícios anteriores 93.701 29.359<br />

Excesso de estimativa para impostos 7.533 324.496<br />

Impostos diferidos (ver Nota 6) 1.270.000 0<br />

Outros proveitos e ganhos extraordinários 3.084 684<br />

Total geral 2.603.814 1.131.617<br />

pág 92


NOTA 48<br />

ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS<br />

A receber<br />

1998 1997<br />

A pagar A receber A pagar<br />

Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) 332.661 437.570 357.989 278.531<br />

Contribuições para a Segurança Social 0 123.138 0 88.066<br />

Imposto retido sobre rendimentos (IRS e IRC) 0 101.208 0 67.827<br />

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) 0 4.246.402 0 4.601.204<br />

Outros (Contribuição Autárquica e Imposto de Selo) 0 27.597 0 17.555<br />

Total geral 332.661 4.935.915 357.989 5.053.183<br />

Relativamente ao “Imposto sobre o valor acrescentado” (IVA), o valor a pagar refere-se ao imposto a liquidar ao Estado<br />

português e o valor a receber corresponde a liquidações de IVA efectuadas por entidades estrangeiras à Empresa e que esta tem<br />

a recuperar directamente dos Estados respectivos.<br />

pág 93<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 5 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


NOTA 49<br />

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS<br />

1998<br />

1997<br />

Acréscimos de proveitos:<br />

Facturação a emitir a Clientes, agentes e operadores de rede 5.748.334 4.446.364<br />

Créditos de fornecedores, a receber 361.226 236.892<br />

6.109.560 4.683.256<br />

Custos diferidos:<br />

Rendas e alugueres 216.759 325.335<br />

Seguros 49.100 63.401<br />

Juros e custos adicionais do papel comercial e obrigações 49.343 20.197<br />

Custos com contratos plurianuais (ver Nota 41) 1.624.146 968.643<br />

Custos com aquisição de Clientes - paging (ver Notas 3 g) e 34) 513.994 0<br />

Impostos diferidos activos (ver Nota 6) 1.481.358 0<br />

Outros custos diferidos 232.422 139.330<br />

4.167.122 1.516.906<br />

Acréscimos de custos:<br />

Remunerações a liquidar 1.209.657 888.783<br />

Encargos financeiros 47.170 205.391<br />

Remuneração da utilização da rede fixa 1.023.080 940.987<br />

Comissões a intermediários 443.019 729.524<br />

Aluguer de circuitos 348.175 265.782<br />

Outros acréscimos de custos 515.490 629.526<br />

3.586.591 3.659.993<br />

Proveitos diferidos:<br />

Proveitos antecipados de Clientes 4.314.668 2.743.006<br />

pág 94


NOTA 50<br />

CONTINGÊNCIAS<br />

Activação de Clientes<br />

Os procedimentos utilizados pela Empresa na activação de uma parte dos seus Clientes e que são específicos da sua actividade,<br />

são susceptíveis de gerar contingências interpretativas que, em determinadas circunstâncias, poderiam ser estimadas à data<br />

de 31 de Dezembro de 1998 entre mEsc 2.100.000 e mEsc 2.700.000 (1997: mEsc 1.400.000 e mEsc 1.800.000).<br />

No entanto, com base nos fundamentados pareceres obtidos de reputados especialistas, geralmente favoráveis à posição assumida<br />

pela Empresa, a Direcção considera não se justificar a criação de qualquer provisão para o efeito.<br />

NOTA 51<br />

RELAÇÕES COM ACCIONISTAS<br />

As principais relações comerciais da Empresa com os seus principais Accionistas resumem-se como segue:<br />

Valor das Transações 1998 Valor das Transações 1997 Saldo em 1998 Saldo em 1997<br />

EMPRESAS Proveito Custo Proveito Custo A pagar A receber<br />

AirTouch International e filiais 49.011 266.608 136.219 232.351 54.862 33.945<br />

NOTA 52<br />

DÍVIDAS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO<br />

Em 31 de Dezembro de 1998, as dívidas de curto prazo a Instituições de Crédito incluem mEsc 5.000.000, que correspondem<br />

ao financiamento obtido por emissões de Papel Comercial.<br />

Emissão<br />

Data de<br />

Subscrição<br />

Montante<br />

Taxa de<br />

Juro<br />

Data de<br />

Vencimento<br />

51ª Emissão 13.08.1998 2.000.000 4,12% 15.02.1999<br />

52ª Emissão 30.10.1998 3.000.000 3,68% 30.04.1999<br />

Total 5.000.000<br />

pág 95<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 5 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


O programa de Emissões de Papel Comercial é garantido por um sindicato bancário até ao montante de mEsc 5.000.000 e tem<br />

a duração de um ano, renovável.<br />

O restante saldo desta rubrica corresponde a descobertos bancários que vencem juros às taxas correntes de mercado.<br />

NOTA 53<br />

PLANO DE INCENTIVOS<br />

Em Janeiro de 1997, foi aprovado um plano de incentivos para os actuais membros da Direcção da Empresa constituído por opções<br />

de compra de acções da Telecel. Nos termos do referido plano, os seus beneficiários têm a opção de adquirir, no seu conjunto,<br />

um total de 25.000 acções após o termo de cada um dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 1997, 1998 e 1999, ao preço<br />

unitário de Esc 7.950. O direito de exercício das opções de compra termina no ano 2004.<br />

Em 15 de Dezembro de 1998, foi aprovado um segundo plano de incentivos para os actuais membros da Direcção da Empresa.<br />

Nos termos do referido plano, os seus beneficiários têm a opção de adquirir, no seu conjunto, um total de 3.200 acções após<br />

o termo de cada um dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 1999, 2000 e 2001, ao preço unitário de Esc 35.020, terminando<br />

o direito de exercício no ano 2005.<br />

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 1998, os membros da Direcção exerceram o direito de opção referente a 24.600<br />

acções da Telecel, de cuja operação resultou um encargo do exercício no valor de cerca de mEsc 268.000 líquidos da provisão<br />

constituída no exercício anterior (ver Nota 34). Adicionalmente a Empresa reforçou a provisão para custos a incorrer no montante<br />

de mEsc 979.000.<br />

NOTA 54<br />

EMPRÉSTIMOS POR OBRIGAÇÕES<br />

Em 31 de Dezembro de 1998, esta rubrica integra um empréstimo obrigacionista, com as seguintes características:<br />

Emissão<br />

Data de<br />

Subscrição<br />

Montante<br />

Taxa de Juro<br />

Valor de<br />

Subscrição<br />

Data de<br />

Maturidade<br />

Obrigações Telecel / 94 Série A 18.08.1994 2.500.000 4,5625% 2.500.000 18.08.1999<br />

O empréstimo obrigacionista “Obrigações Telecel/94” foi liderado conjuntamente pela Caixa Geral de Depósitos e pelo Banco<br />

Nacional Ultramarino, tendo sido tomado firme por um sindicato bancário. As “Obrigações Telecel/94” foram admitidas à cotação<br />

no 2º Mercado da Bolsa de Valores de Lisboa em Fevereiro de 1995.<br />

Os juros das “Obrigações Telecel/94” são pagos semestral e postecipadamente, a 18 de Fevereiro e 18 de Agosto de cada ano.<br />

As receitas da Telecel respondem integralmente pelo serviço da dívida emergente destas emissões de obrigações.<br />

pág 96


No exercício de 1998, foram efectuados reembolsos de “Obrigações Telecel/1994 serie B” no montante de mEsc 2.500.000<br />

e de “Obrigações Telecel/1995” no montante de mEsc 5.000.000, nas respectivas datas de vencimento.<br />

NOTA 55<br />

PENSÕES DE REFORMA<br />

Em Dezembro de 1997, o Conselho Geral aprovou a criação de um plano de complementos de pensões de reforma para todos<br />

os empregados da Telecel, incluindo os membros da Direcção. O plano foi implementado a partir de Maio de 1998 e é de contribuição<br />

definida. O plano é financiado pela Empresa e pelos empregados (por sua opção) e abrange todos os empregados com<br />

mais de um ano de serviço. A gestão do Fundo ficou a cargo de uma Sociedade Gestora de Fundos de Pensões.<br />

De acordo com as condições do plano, a Empresa compromete-se a efectuar contribuições entre 1% e 5,75% da massa salarial,<br />

dependendo da contribuição de cada empregado e da sua idade.<br />

Os encargos contabilizados no exercício e referentes a este plano ascenderam a cerca de mEsc 65.000, registados na rubrica<br />

de custos com o pessoal.<br />

No momento da eventual desvinculação laboral, as contribuições efectuadas por cada empregado até aquela data revertem a seu<br />

favor acrescidas do respectivo rendimento em cada ano, contudo, as contribuições da Empresa só revertem em benefício<br />

do empregado desvinculado de acordo com uma percentagem calculada em função do período de tempo de serviço prestado<br />

pelo empregado, como segue:<br />

Tempo de serviço do funcionário<br />

>135810 anos<br />

% do valor que reverte como benefício 10<br />

25<br />

50<br />

80<br />

100<br />

NOTA 56<br />

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES<br />

a) Reclassificação dos resultados extraordinários evidenciados na demonstração dos resultados por naturezas<br />

A Demonstração dos resultados por funções foi preparada em conformidade com o estabelecido pela Directriz Contabilística<br />

nº 20, a qual apresenta um conceito de resultados extraordinários diferente do definido no Plano Oficial de Contabilidade (POC)<br />

para preparação da Demonstração dos Resultados por naturezas. Assim, o valor dos resultados extraordinários apresentados<br />

na Demonstração dos Resultados por naturezas (ver Nota 46), foi reclassificado para as rubricas de outros proveitos e ganhos<br />

operacionais e outros custos e perdas operacionais pelos montantes de mEsc 1.333.814 e mEsc 1.889.331 (devedor), respectivamente.<br />

As reclassificações acima referidas proporcionaram as seguintes diferenças nas diversas naturezas de resultados:<br />

pág 97<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 5 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


Demonstração dos resultados em 1998<br />

Por Naturezas<br />

Reclassificação<br />

Por funções<br />

Resultados operacionais 28.629.598 -555.517 28.074.081<br />

Resultados financeiros -512.209 0 -512.209<br />

Resultados correntes 28.117.390 -555.517 27.561.873<br />

Resultados extraordinários 671.345 555.517 1.226.862<br />

Resultado líquido do exercício 19.374.227 0 19.374.227<br />

b) Custo das vendas e das prestações de serviços<br />

Mercadorias<br />

Prestação de<br />

serviços<br />

Total<br />

Existências iniciais 8.233.529 0 8.233.529<br />

Entradas provenientes da produção/compras 31.920.874 34.289.017 66.209.891<br />

Regularização de existências -2.064.675 0 -2.064.675<br />

Saídas para a produção e imobilizado -636.799 0 -636.799<br />

Existências finais -10.973.692 0 -10.973.692<br />

Custo das vendas e prestação de serviços 26.479.237 34.289.017 60.768.254<br />

O TÉCNICO DE CONTAS<br />

A DIRECÇÃO<br />

pág 98


02<br />

Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa do Exercício<br />

Findo em 31 de Dezembro de 1998<br />

(Montantes expressos em milhares de Escudos)<br />

em 31 de Dezembro<br />

1998<br />

1997<br />

Númerário 14.282 7.880<br />

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 114.312 249.162<br />

128.594 257.042<br />

O TÉCNICO DE CONTAS<br />

A DIRECÇÃO<br />

pág 99<br />

TELECEL · COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 1998 5 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


Para mais informações, por favor contacte:<br />

Direcção de Relações com Investidores<br />

(Luísa Pestana, telefone 01-722 52 51, fax 01-722 54 80, e-mail pestana@telecel.pt)<br />

ou Direcção de Comunicação Institucional<br />

(telefone 01-722 52 19, fax 01-722 58 78)<br />

www.telecel.pt<br />

1.000 Exemplares<br />

ISSN: 0873-1012<br />

Concepção


TELECEL • Comunicações Pessoais S.A.<br />

Centro Empresarial Torres de Lisboa • Rua Tomás da Fonseca, Torre A, 1649-032 Lisboa

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